O PIANO MÁGICO DE PAUL McCARTNEY - THE FOOL ON THE HILL ⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐


Os Beatles não estavam mais realizando concertos quando lançaram "The Fool on the Hill". Paul McCartney considerou incluí-la no set list da turnê mundial do Wings 1975-76 (a primeira vez que decidiu tocar músicas dos Beatles ao vivo com a nova banda), mas "The Fool on the Hill" não entrou. Paul e seus Wings a tocaram durante sua turnê em 1979 pelo Reino UnidoPaul finalmente incluiu "The Fool on the Hill" em sua turnê mundial de 1989-1990 - Flowers In The Dirt. Ansioso de abraçar seu passado com os Beatles, ele tocou no mesmo piano multicolorido que havia usado para compor a música em 1967; ele apresentou o instrumento ao público como o "Psicodélico Piano Mágico".
No final de 1966, Paul contratou a empresa de design Binder, Edwards & Vaughan para pintar o pequeno piano Alfred E. Knight, que ficava na sala de música de sua nova casa em St. John's Wood. O trio (Binder e Edwards eram os designers e pintores e Vaughan, gerente e administrador) tinha transformado o AC Cobra de Tara Browne numa obra de arte nunca vista antes em Londres. O exterior inteiro era pintado com um estilo de parque de diversões britânico, com raios amarelos, azuis, roxos, vermelhos e alaranjados até deixá-lo mais parecido com um carrinho de batida do que com um carro esporte de dois lugares sofisticadíssimo.

Paul queria um efeito similar em seu piano, então Binder e Edwards o levaram para o estúdio, onde o transformaram numa obra de arte.

Apesar de muita gente se referir a ele como um piano psicodélico, o objetivo dos artistas foi fazer algo alegre, em vez ele alucinante, e as inspirações foram os primórdios do rock ‘n’ roll, teddy boys bri-tânicos e feiras itinerantes dos anos 1950, quando eram os poucos lugares onde os discos de rock ‘n’ roll podiam ser tocados no último volume. Eles começaram com algumas camadas de gesso, que depois lixaram até conseguirem uma supcrlicie parecida com vidro, então aplicaram cores vibrantes com tinta brilhante e esmalte extravagante (uma pintura "de feira" bem popular). A parte de trás do piano ficou parecendo uma série de raios combinações sofisticadas de cores que refletiam o interesse por art déco, formas geométricas e arte folk primitiva. Paul criaria algumas de suas músicas mais conhecidas naquele instrumento, que chamava de "piano mágico".

Em uma conferência de imprensa no último dia da turnê mundial Flowers In The DirtMcCartney comentou que "The Fool on the Hill" era sobre "alguém que tem a resposta certa, mas as pessoas tendem a ridicularizá-lo". Uma versão ao vivo do concerto de McCartney na Wembley Arena de Londres em 13 de janeiro de 1990 foi incluída no álbum Tripping the Live Fantastic"The Fool on the Hill" apareceu novamente nas turnês de McCartney em 2001-2002, e outra versão ao vivo apareceu no álbum Back in the US. E vem sendo tocada sempre desdfe então e é obrigatória em todos os shows. Sempre no "piano mágico".

AMADEUS ELETRIC QUARTET - THE ELETRIC STRING ⭐


Publicada originalmente em 25 de junho de 2019.
O grupo Amadeus Electric Quartet é um quarteto vocal-instrumental formado por quatro garotas lindas. Elas são romenas, com um visual ousado, tocando instrumentos elétricos e combinando ritmos de pop-dance com o virtuosismo dos instrumentos clássicos.
A banda Amadeus, ou Quarteto Amadeus – The Electric String nasceu de um projeto musical em Bucareste na Romênia, e o nome foi em homenagem a um quarteto só de homens, chamado também Amadeus na década de de 1940. A banda, adota estilos de crossover pop e músicas clássicas. Elas são: Jeff Runceanu (violino / voz), Bianca Gavrilescu (vocal Voar / backing), Patricia Cimpoiaşu (vocal cello / backing) e Naomi Anelis (piano / teclados). Fundada em novembro de 2000 pelo produtor musical Adrian Ordean, as garotas vem se apresentando no palco, como um grupo, há mais de vinte anos.
A combinação constante e engenhosa de elementos clássicos e modernos certificou este grupo como um dos líderes incontestados no reino da música crossover. Todas as quatro artistas são instrumentistas profissionais, graduadas pela Universidade Nacional de Música de Bucareste, na Romênia, com grandes realizações na performance de música clássica. Bravo!

RINGO STARR - YOU'RE SIXTEEN - 1974 ⭐⭐⭐⭐⭐⭐


"You’re Sixteen" foi escrita pelos irmãos Sherman (Robert B. Sherman e Richard M. Sherman) e foi gravada originalmente pelo americano Johnny Burnette, cantor de Rockabilly, cuja versão chegou ao número oito dos EUA em dezembro de 1960 e número 3 no Reino Unido em 1961. A versão original de 1960 de "You're Sixteen" de Johnny Burnette aparece na trilha sonora do filme American Graffiti, de 1973.

Johnny Burnette, nascido em Memphis, em 25 de março de 1934, foi um dos pioneiros do rockabilly. No começo dos anos 50, Burnette ao lado de seu irmão e Paul Burlison, formou o grupo Rhythm Rangers. Em 1956 o trio se mudou para Nova York. Depois de chegarem a final de um concurso, assinaram um contrato com a gravadora Coral Records, ganhando o nome Johnny Burnette Rock and Roll Trio. Daí em diante, Burnette seguiu, trocando de bandas e mudando de gravadoras. A carreira de Johnny Burnette teve um fim abrupto quando morreu afogado aos 30 anos em um acidente de barco, em 14 de agosto de 1964, em Clear Lake.

A versão de "You’re Sixteen" gravada por Ringo Starr foi lançada como single pela Apple, em 3 de dezembro de 1973 nos EUA, e em 8 de fevereiro de 1974 no Reino Unido. Em janeiro de 1974, a música, extraída do álbum RINGO, chegou o número 1 nos EUA na parada Cash Box Top 100. O vídeo que a gente confere agora, com Ringo contracenando com Carrie Fisher, foi gravado em 1978 para o especial de TV “Ringo”. Ela já era a Princesa Leia.

VIVER É FÁCIL COM OS OLHOS BEM FECHADOS


Em 1966, quando estava em Almeria, John Lennon recebeu a visita de Juan Carrión Gañán, um professor de inglês de 41 anos de Cartagena que costumava usar as letras dos Beatles em suas aulas. Desde a primeira vez que ouviu “Love Me Do” na Radio Luxemburgo, ele passou a cuidadosamente tirar a letra de todas as canções. Entretanto, nos últimos tempos os Beatles estavam usando uma linguagem menos familiar, e os cadernos dele estavam ganhando mais lacunas, suposições e interrogações.
Ao saber que John estava no pais filmando, ele decidiu encontrá-lo para esclarecer as letras das canções. Ele pegou o ônibus de Cartagena para Almeria, conseguiu encontrar John na praia jogando bola com Michael Crawford e mostrou a ele seu caderno e os de seus alunos. John foi gentil e preencheu as lacunas, além de corrigir palavras que o professor tinha escutado incorretamente. Na letra de “Yellow Submarine", John usou canetas coloridas para anotar as palavras “yellow”, “blue" e “green”. Em “Eleanor Rigby" ele escreveu versos-chave com caneta vermelha c grifou palavras como “dirt” e “darning”, que Gañán não tinha conseguido distinguir. Numa nota de rodapé marcada com asterisco, ele explicou que o “jar” [“jarro”] deixado à porta era um “pot” (pote). Lennon achou que era uma ótima ideia ensinar inglês com as músicas dos Beatles e autografou o caderno para Gañán com a mensagem “Boa sorte com o inglês”. Uma versão ficcionalizada desse acontecimento serviria de base para o filme Viver é Fácil Com os Olhos Fechados, dirigido por David Trueba.
Era 1966 e a ditadura de Francisco Franco ainda estava em voga na Espanha. No filme de TruebaJuan Carrión Gañán virou "Antonio" interpretado por Javier Cámara, o professor que ensinava inglês com músicas dos Beatles e viu pela TV que John Lennon iria à Almería, na Andaluzia, gravar um filme. Sem pensar muito, ele decide viajar até lá para conhecer o ídolo. Esse episódio, que de fato aconteceu, foi o mote para que Trueba criasse Viver é Fácil Com os Olhos Fechados (Vivir Es Fácil con los Ojos Cerrados, Espanha, 2013), filme vencedor de seis prêmios Goya, o Oscar espanhol, entre eles o de melhor filme, diretor, ator e trilha sonora.

O maior desejo de Antonio era encontrar Lennon para pedir-lhe que os LPs dos Beatles viessem com as letras das músicas. Ele mesmo, ao ouvir as canções, coloca as letras no papel, mas nem sempre consegue entender tudo. Com esse propósito, pega a estrada a caminho de Almeria. O que seria apenas uma viagem para conhecer Lennon, no entanto, se torna a chance de bons encontros. Em uma parada em um posto de gasolina, Antonio conhece Belén (Natalia de Molina), uma jovem de 21 anos que diz estar a caminho da casa da mãe. Depois, o professor encontra outro caroneiro na estrada. É Juanjo (Francesc Colomer), um adolescente de 16 anos com um penteado à la moptop dos Beatles, que saiu de casa porque seu pai, um militar, quer obrigá-lo a cortar o cabelo. Juntos, eles formam um grupo divertido, que se entrosa durante as horas que passarão juntos até Almería, destino final de Antonio e apenas escala para os outros dois - Juanjo, na verdade, nem sabe bem para aonde está indo. Há um trecho engraçado da conversa do trio em que Antonio pergunta se os dois jovens gostam dos Beatles. Belén responde que sim e Juanjo diz que prefere Rolling Stones e Kinks, ao que Antonio para o carro num solavanco e o manda descer imediamente. Mas é apenas brincadeira dele. Os três continuarão juntos por um tempo em Almería. Juanjo trabalhando no bar do lugarejo onde Antonio e Belén se hospedam, ela a convite do professor. É aí que se tornarão mais íntimos e será possível conhecê-los melhor. São, no fundo, três sonhadores.

Para alguns críticos espanhóis, o roteiro exagerou no tom de ternura com que retrata uma história ocorrida durante o franquismo. Para outros, Trueba acertou ao focar em pessoas comuns que buscam seus sonhos em meio a um tempo difícil, já que as mudanças não aconteceriam sem os anônimos. O filme é realmente leve e às vezes soa ingênuo demais, mas é uma história boa, embalada por um clima de esperança juvenil. Natalia de Molina ganhou o Goya de atriz revelação por essa atuação. Francesc Colomer não fica atrás. Javier Cámara (Os Amantes Passageiros), de Pedro Almodóvar, está excelente, como de costume. As imagens, as cores e a produção bem feitas criaram uma atmosfera real dos anos 1960. Lennon, quando esteve em Alméria em 1966, filmou a comédia Como Eu Ganhei a Guerra. A estadia o teria inspirado a compor Strawberry Fields Forever, música que diz "Living is easy with eyes closed", ou seja, Viver É Fácil com os Olhos Fechados, ótimo título para um longa que fala de sonhos em tempos difíceis. Juan Carrión Gañán faleceu em 2017 com 93 anos.

MARIANNE FAITHFULL - IT'S ALL OVER NOW, BABY BLUE


"It's All Over Now, Baby Blue" foi escrita e interpretada por Bob Dylan e apresentada em seu álbum Bringing It All Back Home, em março de 1965, pela Columbia RecordsSempre houve muita especulação sobre a identidade real de "Baby Blue", com possibilidades incluindo Joan Baez e outros. Até o próprio Dylan"It's All Over Now, Baby Blue" foi regravada pelo Them (com Van Morrison), Joan Baez and The ByrdsA versão do Them, lançada em 1966, influenciou diversas bandas de garagem em meados dos anos 60Os Byrds gravaram a música duas vezes, uma em 1965 como um possível single seguinte a "Mr. Tambourine Man" e "All I Really Want to Do", mas nenhuma das gravações foi lançada dessa forma. Os Byrds lançaram uma nova gravação em 1969 em seu álbum Ballad of Easy Rider. De lá pra cá, "It's All Over Now, Baby Blue" já foi regravada pelos mais variados artistas. George Harrison, que tocou com Dylan no Traveling Wilburys e também co-escreveu a música "I'd Have You Anytime" com Dylan em novembro de 1968, não fez um cover da música, mas fez uma referência ao título em 1987. Em "When We Was Fab", em um dos últimos versos ele diz "It's All Over Now, Baby Blue" - "Mas está tudo acabado agora, Baby Blue", uma homenagem de Harrison a seu amigo Dylan.

Em 1971, Marianne Faithfull gravou uma versão de "It's All Over Now, Baby Blue", que foi lançada pela primeira vez no álbum de arquivo de 1985, Rich Kid BluesEm 2018, Faithfull gravou a música novamente para seu álbum Negative Capability. Ela está com 77 anos.

terça-feira, 26 de dezembro de 2023

FLY ME TO THE MOON - JULIE LONDON - 1963 ⭐⭐⭐⭐


"Fly Me to the Moon" foi escrita em 1954 por Bart Howard. A primeira gravação foi feita ainda no mesmo ano por Kaye Ballard. A versão de 1964 de Frank Sinatra estava intimamente associada às missões Apollo à Lua. A ainda bonitona Julie London, fez uma regravação de sucesso de "Fly Me to the Moon" em seu álbum de 1963, The End of the World. Julie London foi uma fumante inveterada desde os 16 anos e fumava mais de três maços de cigarros por dia. Morreu nas primeiras horas da manhã de 18 de outubro do ano 2000. Estava com 74 anos. Acredita-se que vendeu mais de 1 milhão de discos!

BOB DYLAN - KNOCKIN' ON HEAVEN'S DOOR - 1973 ⭐⭐


Pat Garrett and Billy the Kid é um filme de faroeste de 1973 dirigido por Sam Peckinpah, escrito por Rudy Wurlitzer e estrelado por James Coburn, Kris Kristofferson e Bob Dylan. Dylan compôs a trilha sonora e as músicas do filme, com destaque para "Knockin' on Heaven's Door", que foi lançada em sua trilha sonora no mesmo ano e indicada ao Grammy de Melhor Álbum de Trilha Sonora Original. Lançada como single dois meses após a estreia do filme, "Knockin' on Heaven's Door" tornou-se um sucesso mundial, alcançando o Top 10 em diversos países. Também tornou-se uma das composições mais populares e mais regravadas de Dylan pós-década de 1960, com covers de Eric Clapton, Guns N' Roses, Randy Crawford e tantos outros. Aqui, a gente confere a trilha original de Dylan e um cover ainda melhor de uma banda chamada Hanaway Band com um clipe do filme - HD Film Tributes.

ROY ORBISON - OH PRETTY WOMAN - Ô MULHER BONITA!


No dia 27 de março de 1981, Roy Orbison fez uma aparição especial no programa de TV “The Dukes of Hazzard”, cantando “Oh Pretty Woman” em um episódio chamado “The Great Hazzard Hijack”, ao lado da bonitona “Daisy Duke” - Catherine Bach, que no final do vídeo ainda lhe dá um beijo. Orbison morreu de ataque cardíaco em 6 de dezembro de 1988 com apenas 52 anos.Em 2024 Catherine Bach vai fazer 70 anos e continua bonitona!

segunda-feira, 25 de dezembro de 2023

THE HOLLIES - THE AIR THAT I BREATHE - 1974 ⭐⭐⭐⭐


"The Air That I Breathe" é uma balada escrita por Albert Hammond e Mike Hazlewood, inicialmente gravada por Albert Hammond em seu álbum de 1972 It Never Rains in Southern California. Foi um grande sucesso com The Hollies no início de 1974, alcançando o número dois no UK Singles Chart. Em meados de 1974, chegou a sexta posição nos Estados Unidos na parada Billboard Hot 100 e a terceira na parada Adult Contemporary. No Canadá, um quinto lugar nas paradas da revista RPM. A engenharia de áudio de "The Air That I Breathe" foi feita por Alan Parsons. Em uma entrevista, Parsons mencionou que Eric Clapton disse que as primeiras notas de "The Air That I Breathe" tinham mais alma do que qualquer coisa que ele já tinha ouvido. Esta versão da música apresentava um arranjo de orquestra de cordas, que também apresentava uma seção de metais. Nessa época The Hollies eram: Allan Clarke - vocal principal, harmonia e backing vocals; Tony Hicks - harmonia, backing vocal, guitarra e violão acústico; Terry Sylvester - harmonia, backing vocals e guitarra; Bobby Elliott - bateria e tom-toms; e Bernie Calvert - baixo.

THE BEATLES - TICKET TO RIDE - 1965 - ABSOLUTAMENTE SENSACIONAL! ⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐


"I think I'm gonna be sad, i think it's today, yeah..." - O megasucesso Ticket To Ride, lançada como single em abril de 1965 com “Yes It Is” do lado B, tornou-se o sétimo número número 1 consecutivo dos Beatles no Reino Unido e seu terceiro número consecutivo número 1 nos Estados Unidos, e também superou as paradas nacionais no Canadá, na Austrália e na Irlanda. "Ticket To Ride" ainda é um dos carros-chefe do álbum "Help!", lançado em agosto de 1965. Gravada em Londres, a trilha marcou uma progressão no trabalho dos Beatles com a incorporação do drone (efeito harmônico ou monofônico ou acompanhamento em que uma nota ou acorde é continuamente soada durante a maior parte ou a totalidade de uma peça) e da instrumentação soando mais dura em relação a seus lançamentos precedentes. Entre os críticos, Ian MacDonald descreveu a música como "psicologicamente mais profunda do que qualquer coisa que os Beatles haviam gravado antes" e "extraordinária para o seu tempo". Para John Lennon, o autor, "É uma das primeiras gravações de heavy metal já feitas!"

Embora a pretensão de Lennon tenha sido cortada por “You Really Got Me” dos Kinks,  na disputa, "Ticket To Ride" foi a primeira faixa dos Beatles a ter um riff insistente e alongado sustentado por uma forte bateria e a trazer um fade-out com uma melodia alterada. Usada no filme durante as cenas na neve austríaca, já tinha chegado ao topo das paradas na Inglaterra e nos EUA quando o filme saiu. Paul disse ao seu biógrafo Barry Miles que, embora houvesse sido considerada absurda na época, a sugestão de alguns fãs americanos de que a canção se referia a uma passagem da British Railways para a cidade de Ryde, na ilha de Wight, estava parcialmente correta. Betty Robbins, prima de Paul, e o marido dela, Mike, gerenciavam um pub na Union Street, em Ryde, e Paul e John os tinham visitado lá. Apesar de a música ser essencialmente sobre uma garota que some da vida do narrador, eles estavam conscientes do potencial do duplo sentido.
Don Short
, jornalista que tinha viajado extensivamente com os Beatles no início dos anos 60, ouviu de John que a expressão tinha mais um sentido: “As garotas que trabalhavam nas ruas de Hamburgo precisavam ter uma ficha médica limpa para que as autoridades de saúde dessem a elas um cartão declarando que não tinham nenhuma doença venérea”, conta Short. “Eu estava com os Beatles quando eles voltaram a Hamburgo em junho de 1966. Foi lá que John me contou que havia cunhado a expressão ‘a ticket to ride’ para falar desses cartões. Ele podia estar brincando – era sempre preciso ter cuidado com o que John dizia”. "Ticket to Ride" foi incluída nas listas de melhores canções dos críticos, incluindo as "500 melhores músicas de todos os tempos" da Rolling Stone (número 394) e da NME (número 311). Também apareceu em número 17 na lista da Rolling Stone das "100 Melhores Músicas dos Beatles" (nº 25) e no número 23 em uma lista similar compilada pela MojoEm 2014, o USA Today a nomeou como a melhor música dos Beatles, dizendo: "Nenhum single reflete melhor a ambição, a tensão e o puro gênio pop que tornaram os Beatles únicos... Ticket to Ride é a perfeição desde os primeiros segundos até o final"
John Lennon – vocal principal e guitarra base; Paul McCartney – vocal harmônico, baixo e guitarra solo; George Harrison – guitarra solo de 12 cordas; e Ringo Starr – bateria e pandeirola.

WINGS - BAND ON THE RUN - THE SONG - 1974 ⭐⭐⭐⭐


O megassucesso "Band on the Run" foi escrito por Paul McCartney, gravada pelo Wings e lançada como faixa-título de seu álbum de 1973. "Band on the Run" foi lançada como single em abril de 1974 nos Estados Unidos e em junho de 1974 no Reino Unido, após o sucesso de "Jet", e se tornou um outro sucesso nas paradas internacionais. Liderou nos Estados Unidos, alcançando também o número 3 no Reino Unido. O single vendeu mais de um milhão de cópias em 1974 apenas na América. Desde então, tornou-se uma das canções mais famosas de Paul McCartney e quase obrigatória em seus shows.
Um medley de três passagens musicais distintas que variam em estilo do folk rock ao funk"Band on the Run" é um dos singles mais longos de McCartney com 5:09. A música foi parcialmente inspirada por um comentário que George Harrison fez durante uma reunião da gravadora Apple dos Beatles. O tema de toda a música é de liberdade e fuga, e sua criação coincidiu com Harrison, John Lennon e Ringo Starr tendo se separado do empresário Allen Klein em março de 1973, levando a melhores relações entre McCartney e seus colegas ex-Beatles. As demos originais para esta e outras faixas do Band on the Run foram roubadas logo depois que o Wings chegou em Lagos, Nigéria, para começar a gravar o álbum. Com a banda reduzida a um trio formado por McCartney, sua esposa Linda e Denny Laine"Band on the Run" foi gravada no estúdio da EMI em Lagos e concluída no AIR Studios em Londres.

O single foi certificado com Ouro pela Recording Industry Association of America por vendas de mais de um milhão de cópias. Foi o segundo de cinco singles número um da banda na Billboard Hot 100. Em 1974, a Billboard classificou-o em 22º lugar na sua parada de fim de ano Top Pop Singles. A Billboard também listou a canção como o sexto hit mais bem sucedido de Paul McCartney nas paradas de todos os tempos, excluindo os lançamentos dos Beatles.
"Band on the Run" foi elogiada pelo ex-colega de banda e parceiro de composição, John Lennon, que a considerou "uma ótima música e um ótimo álbum". Paul McCartney e Wings ganharam o prêmio de Melhor Performance Vocal Pop por um Duo, Grupo ou Coro por "Band on the Run" no 17º Grammy Awards. O NME classificou a música como a décima melhor canção dos anos 1970, bem como a décima quinta melhor canção solo de um ex-Beatle. Em 2010, os ouvintes da AOL Radio votaram "Band on the Run" como a melhor música da carreira solo de Paul McCartney, obtendo uma classificação melhor do que "Maybe I'm Amazed" e "Silly Love Songs”. Em 2012, os leitores da Rolling Stone classificaram a música como a quarta melhor música de McCartney de todos os tempos, atrás de "Maybe I'm Amazed", “Hey Jude"e "Yesterday". Também classificaram "Band on the Run" como a quinta melhor canção solo de ex-membros dos Beatles.
"Band on the Run" aparece em vários álbuns de compilação de McCartney/Wings, incluindo Wings Greatest, All the Best!, e Wingspan: Hits and History. "Band on the Run" é tocada em muitos dos shows ao vivo de McCartney, com uma versão ao vivo incluída no álbum triplo de 1976, Wings over America.

BOB DYLAN - THE NIGHT WE CALLED IT A DAY - 2015 ⭐


Shadows in the Night foi o 36º álbum de estúdio de Bob Dylan, lançado pela Columbia Records em 3 de fevereiro de 2015. O álbum é composto por covers de standards pop tradicionais que foram imortalizados pela voz de Frank Sinatra. Como a maior parte de sua produção do século 21, Dylan produziu o álbum sozinho sob o pseudônimo de Jack Frost. Shadows in the Night foi aclamado pela crítica, que elogiou a seleção de músicas, bem como o desempenho e os arranjos de Dylan e sua banda. Shadows in the Night estreou em primeiro lugar na UK Albums Chart, tornando Dylan o artista solo masculino mais velho a ocupar o primeiro lugar no Reino Unido. No Grammy de 2016, foi indicado para Melhor Álbum Vocal Pop Tradicional.

"The Night We Called It a Day" é a 2ª faixa do CD. Esta música, um dos grandes hits do jazz, foi lançada originalmente em 1941 e já foi interpretada por June Christy, Frank Sinatra, Doris Day e Diana Krall. Este trabalho de Dylan, de 2015, caiu nas graças tanto a imprensa como do público, o que resultou na subida de Shadows in the Night ao topo da tabela dos álbuns mais vendidos do Reino Unido no seu lançamento. Confira o supervídeo de "The Night We Called It a Day", realizado por Nash Edgerton e que traz o próprio Dylan como protagonista de um filme noir dos anos 50 e logo abaixo, o álbum inteiro. Valeu!

THE BEATLES - CHRISTMAS TIME IS HERE AGAIN - 1967 🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟


Entre 1963 e 1969 os Beatles gravaram 7 discos com mensagens de Natal para seu fã clube, a maioria com conversas, brincadeiras e trechos de músicas. A exceção foi o disco de 1967 que incluia a inédita "Christmas Time (Is Here Again)". Esta música só seria lançada comercialmente com o single "Free as a Bird", em 1994. Esses discos flexíveis eram única e exclusivamente para os sócios do fã-clube oficial. Eram disputados a tapas pelas rádios e colecionadores. Gravados nos estúdios da EMI pelos quatro Beatles, todas as mensagens foram produzidas por George Martin, com exceção dos discos de 1968 e 1969, onde cada um gravou a sua parte separado, inclusive com a participação de Yoko Ono nas faixas de John"Christmas Time (Is Here Again)" foi gravada em Abbey Road, no dia 28 de novembro de 1968. Foi produzida por George Martin, que teve Geoff Emmerick como engenheiro. John Lennon canta, faz bass drum e toca órgão; Paul McCartney canta e toca piano; George Harrison canta e toca violão; Ringo Starr canta, toca bateria e bate palmas; George Martin faz alguns vocais, Victor Spinetti também e bate palmas e Mal Evans fala alguma coisa.

"Christmas Time (Is Here Again)" é uma das poucas de autoria Lennon / McCartney / Harrison / Starkey. Depois de ser marcada para inclusão no álbum "Sessions" planejado (mas finalmente descartado) em 1985, a música finalmente foi relançada oficialmente em 1995 no single "Free as a Bird" (lançado em conjunto com a série Anthology), para o qual foi editado de 6:17 original para uma versão abreviada de 3:03. "Christmas Time” começa com uma música alegre de todos os quatro Beatles e ocasionalmente corta para um conto dos Beatles chegando na casa fictícia da BBC. Esta parte foi cortada da edição do single de 1995. A música então termina com uma saudação de Natal dos quatro. No final, "Auld Lang Syne" é tocado no órgão enquanto Lennon lê um de seus poemas originais de versos sem sentido.
Especialmente para os britânicos, os Beatles estariam permanentemente associados aos Natais dos anos 1960. Seis álbuns tinham sido lançados a tempo dos festejos e quatro singles tinham chegado ao número 1 no mesmo feriado. Em 1963 e 1964, eles apresentaram shows especiais de Natal em casas londrinas que eram uma mistura de música e pantomima, e contavam com atrações de abertura que iam dos Yardbirds e Rolf Harris.
Ringo Starr gravou sua própria cover de "Christmas Time (Is Here Again)" em seu álbum de Natal de 1999, I Wanna Be Santa Claus. Em 2000, o R.E.M. lançou uma cover em um single de Natal para seu fã-clube. Os Smithereens também coverizaram para o seu álbum de 2007, Christmas With the Smithereens. Também foi gravada por Terry Draper (ex-Klaatu) na compilação de 2002 Takin 'Care of Christmas. Em 2013, a Elephant Stone fez uma cover para o lançamento do Psychop Out Christmas, da Cleopatra Records. E é isso, Feliz Natal Everybody!