JOHN LENNON - GOD - FANTÁSTICA!******


O primeiro álbum “oficialmente” lançado por John Lennon depois do fim dos Beatles, “John Lennon/Plastic Ono Band” é sua criação mais impressionante em termos de carreira-solo e cada vez, que apreciado com mais atenção, um dos melhores, senão o melhor de todos - melhor ainda que “Imagine” que viria depois, todo arranjado, todo produzido e comercial. Esse não era. Era a decretação de Lennon de sua ruptura com o passado, os Beatles, ou o que quer que fosse. E o clímax do álbum (depois de tantas bombas) é a última, “GOD”, uma de suas mais verdadeiras reflexões sobre seu passado, presente e possível futuro. Na época, John e Yoko participavam da terapia primal do Dr. Arthur Janov em Los Angeles. Através da terapia, Lennon tentou lidar com seus traumas da infância (abandono, isolamento e morte). De volta a Inglaterra, John chamou o produtor Phil Spector e começou as gravações do álbum. Participaram do discaço o também ex-Beatle Ringo Starr, além de Billy Preston, Klaus Voorman e Alan White. John Lennon fala do abandono da mãe e do pai em "Mother" e em "God" decreta que "o sonho acabou", afirmando não acreditar em Mágica, I-Ching, Bíblia, Tarô, Hitler, Jesus, Kennedy, Buda, Mantra, Gita, Yoga, Reis, Elvis, Zimmerman (Dylan) e nem nos Beatles, claro. Só nele e em Yoko Ono.

MAUREEN COX – A 1ª MULHER DE RINGO STARR


Paul McCartney escreveu "Little Willow" em homenagem à primeira esposa de Ringo, Maureen, que morreu de câncer no dia 30 de dezembro de 1994. Paul permaneceu amigo de Maureen e dos seus filhos mesmo depois que ela separou-se de Ringo. Quando ela se foi, Paul compôs a canção como forma de consolar seus filhos. "Little Willow" é a 11ª canção do ábum "Flaming Pie", lançado em 1997. No encarte do álbum, McCartney escreveu: "Eu queria de alguma forma transmitir o quanto pensei nela e em seus filhos. Certamente é sincera, e eu espero que ajude um pouco...".

Maureen "Mo" Cox Starkey nasceu em Liverpool em 4 de agosto de 1946. Conheceu os Beatles quando tocavam no Cavern Club e depois de descobrir que estava grávida no final de janeiro de 1965, casou-se com Ringo em 11 de fevereiro do mesmo ano tendo Brian Epstein como padrinho. Tiveram três filhos: Zak, Jason e Lee. Depois da separação dos Beatles em 1970, começou a queixar-se do alcoolismo e dos adultérios de Ringo até que se divorciaram em 17 de julho de 1975. Na década de 1980, Maureen começou um relacionamento com Isaac Tigrett, um dos fundadores da cadeia Hard Rock Cafe e atual proprietário do House of Blues em Los Angeles. Ela deu à luz a uma filha, Augusta, em 1987 e eles se casaram em 27 de maio de 1989. Durante a abertura do clube House of Blues, Maureen desmaiou. O que foi inicialmente pensado para ser anemia acabou revelando-se uma forma de leucemia. Mesmo com transplante da medula óssea doada por seu filho Zak, Maureen morreu de uma infecção num hospital em Seattle. Ringo e seus três filhos estavam com ela.

sábado, 29 de dezembro de 2018

PAUL McCARTNEY - THE CONCERTS FOR THE PEOPLE KAMPUCHEA******



Concerts for the People of Kampuchea foi uma série de concertos beneficentes em prol das vítimas da guerra no Camboja realizados no Hammersmith Odeon em Londres na última semana de 1979, entre os dias 26 e 29 de dezembro. O evento foi organizado por Paul McCartney e Kurt Waldheim, e envolveu artistas da velha geração como McCartneyThe Who junto a novos grupos de sucesso como The Clash e The Pretenders. O concerto de encerramento marcou a última apresentação do Wings. Uma seleção com os melhores momentos do evento foi lançada em 1980 no filme Concert for Kampuchea, com versões em EP e LP lançadas no ano seguinte. O álbum duplo, trazia um lado só de Paul McCartney, com os Wings, ou comandando a poderosa Rockestra.
Participaram dos shows (todos em Londres): Wings, Queen, The Who, The Pretenders, The Clash, Elvis Costello, Ian Dury & the Blockheads, The Clash, Rockpile, Dave Edmunds, Nick Lowe, Robert Plant, entre outros. Logo depois, Paul e seus Wings partiram para uma turnê ao Japão, onde Paul McCartney foi preso ao desembarcar no aeroporto por porte de maconha. Ele ficou preso por nove dias antes de ser deportado do país. O incidente marcou o fim do Wings. Em compensação, no mesmo ano, o Guinness, Livro dos Recordes declarou-o como o compositor musical de maior sucesso da história da música pop mundial de todos os tempos.

ERIC CLAPTON - DON'T THINK TWICE, IT'S ALL RIGHT - SENSACIONAL!*****


Conheça aqui, toda a história por trás dessa fantástica canção de Bob Dylan, que ele compôs especialmente para sua então namorada - Suse Rotolo. Imperdível! BOB DYLAN - DON'T THINK TWICE, IT'S ALRIGHT

GARY WRIGHT AND THE WONDER WHEEL - TWO FACED MAN (with GEORGE HARRISON)*****


Ao longo de mais de 40 anos de carreira, Gary Wright é aquele típico roqueiro bacana, gente boa com um talento extraordinário e que todo mundo gosta dele. Quando era menino, chegou a aparecer no programa do Ed Sullivan como ator mirim e viu os Beatles em 1965 tocando no Carnegie Hall. Foi membro-fundador original da banda ‘Spooky Tooth’ até iniciar uma carreira solo. Wright também foi responsável por introduzir o sintetizador no rock e na música pop. Através de Klaus Voorman, foi convidado por George Harrison para tocar piano em ‘All Things Must Pass’ e a partir daí, estabeleceram uma forte e duradoura amizade. Gary tocou em quase todos os discos de Harrison.
Gary Wright nunca foi um popstar, muito pelo contrário. A crença na cultura indiana fortalecia sua amizade com Harrison. Alguns de seus álbuns fizeram sucesso, como “The Dream Weaver” de 1975, mas é quase sempre como convidado que Wright aparece mais. Também tocou com os mais famosos músicos de sua época. Participou de vários álbuns de Ringo e fez parte da “All Starr Band” em 2010/11, época que eu tive o privilégio de vê-lo ao vivo quando a banda passou aqui por Brasília. Esse vídeo que a gente confere agora, foi gravado no programa “The Dick Cavett Show” em 23 de novembro de 1971 e conta com a participação de alguém muito especial.

PAUL MCCARTNEY - THE LOVERS THAT NEVER WERE*****

Little Richard, Chuck Berry, Buddy Holly, Ervis Presley... Todos esses gênios da era de ouro do rock são quase sempre mencionados quando se relembra da legião de heróis que levaram os Beatles ao “Olimpo". E Smokey Robinson? Nem tanto. Mas William “Smokey” Robinson, um dos pioneiros da Motown, também teve seu peso na formação dos rapazes de Liverpool. “You Really Got a Hold On Me”, do disco de 1963, With the Beatles, é o exemplo clássico. Quando os Beatles já eram craques em compor, duas faixas importantes de Rubber Soul apontaram a influência certeira de Smokey na música do Mersey: “You Won’t See Me” e a obra-prima “In My Life”. Foi com esse mote que Paul e Elvis Costello deram início a “The Lovers That Never Were”, uma de suas primeiras composições em parceria. Embora tenha sido uma das primeiras crias da dupla em 1987, a dificuldade em encontrar uma versão satisfatória a manteve nos arquivos até ser regravada para o "Off  The Ground", cinco anos mais tarde.
O momento de composição de “The Lovers That Never Were” é descrito sempre com muita emoção por Elvis Costello. Recentemente, no relançamento de Flowers in the Dirt, que traz diversas versões da canção, ele relembrou como ele e Paul produziram a demo acústica no andar de cima de seu estúdio em Sussex. “Na hora de gravar a demo, Paul tocou vilão e eu, piano. De repente, Paul começou a cantar com um vocal totalmente distorcido, quase como aquele que ele gravou em "I'm Down". Aquele som forte veio por trás da minha cabeça enquanto eu olhava para baixo, fazendo de tudo para que minhas mãos não cometessem os erros nas teclas. Eu pensava comigo: ‘Não estrague tudo, não estrague tudo!’ De vez em quando, tentava participar em algumas partes da música que nós combinamos harmonizar.” A versão encontrada em Off the Ground foi registrada no estúdio The Mill, com Paul no baixo, Wix no piano Steinway e órgão Ham-motid, Hamish tocando violão, Blair na bateria e Robbie no mandolim e guitarra. Fonte: "MASTERS" de Claudio Dirani, que ainda pode ser adquirido aqui.
“The Lovers That Never Were” é a terceira faixa do lado 2 do excelente "Off The Ground", lançado em fevereiro de 1993.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

GEORGE HARRISON - THIS SONG - SENSACIONAL!*****

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"This Song" é a quarta faixa do álbum de 1976 de George Harrison, Thirty Three & 1/3. Foi lançada como o primeiro single do álbum e alcançou o número 25 nas paradas pop americanas, apesar de, assim como todos os três singles do álbum, não ter conseguido fazer sucesso no Reino Unido. Quem é que entende? Esses outros três foram: "Crackerbox Palace", "True Love" e "It's What You Value".
Depois de passar uma semana em um tribunal de Nova York tentando sem sucesso convencer um juiz que "My Sweet Lord" não infringiu intencionalmente o hit de Ronnie Mack / The Chiffons "He's So Fine", George Harrison compôs e lançou "This Song" em novembro de 1976. É uma melodia acelerada que expressa sua frustração com a profunda análise de suas canções.No dia seguinte, em 20 de novembro, Harrison apareceu no Saturday Night Live e cantou “Homeward Bound” e “Here Comes the Sun” com o apresentador Paul Simon. O show também incluiu o vídeoclipe (que ainda não tinha esse nome) hilário com George cantando "This Song" em um tribunal junto com um elenco de amigos vestidos como jurados, oficiais de justiça e especialistas em defesa. “This Song” apresenta Billy Preston no piano e órgão, e Eric Idle, do Monty Python, cantando em um falsete “Could be 'Sugar Pie, Honey Bunch” logo antes do solo instrumental. Aqui no Baú, a gente confere "This Song" em dois momentos: no já citado vídeo produzido em 1976 e outro com George apresentando a música em um programa de televisão alemão 'Disco 1977', em 5 de fevereiro de 1977.

Aqui no Brasil, os vídeos de "This Song", "Crackerbox Palace" e "True Love" foram lançados no Fantástico da Globo, no final de 1976 e início de 1977. Eu tinha 14 para 15 anos, não perdi nenhum dos três!

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

JOHN LENNON - A HISTÓRICA ENTREVISTA DA PLAYBOY - 1980


Esta, foi uma das primeiras postagens do nosso blog preferido, que ainda engatinhava em fevereiro de 2009, e é sempre muito bom ler e reler, linha por linha, tudo o que John Lennon disse na histórica (e rara!) entrevista à revista Playboy em 1980. Esta entrevista acabou se tornando famosa por ter sido a primeira de dezenas de "A Última Entrevista de John Lennon" que viriam depois. A sinceridade de Lennon impressiona e choca em alguns momentos, pela crueza e lucidez que fala de certos assuntos. Fala do período em que esteve recluso, o que andou fazendo, sua vida com Yoko Ono, os Beatles, Jagger, Dylan e a conturbada relação com Paul McCartney. O mais impressionante é como as palavras e ideias de Lennon estão mais atuais do que nunca. Mesmo depois de 38 anos da sua morte. John Lennon foi entrevistado pela Playboy no dia 11 de setembro de 1980 pelo jornalista David Sheff. E só aqui no Baú, a gente pode conferir novamente tudo que John falou, tim-tim por tim-tim! Essa entrevista foi publicada originalmente aqui no Baú em 27 de fevereiro de 2009: PLAYBOY ENTREVISTA JOHN LENNON - Absolutamente Imperdível!

PAUL McCARTNEY - FOLLOW ME!*****


No dia 25 de junho de 2004, Paul McCartney e banda subiram no palco do Festival Glastonbury para uma de suas apresentações mais triunfantes perante o público inglês. Entre as canções de seu repertório, Paul decidiu "debutar" uma nova peça, composta em setembro de 2003 em sua casa na região de Sussex: "Follow Me". A letra aparentava trazer, desde o início, uma mensagem de cunho espiritual: “you lift up my spirit, you shine on my soul, whenever Tm emptyyou make me whole. I can rely on you to guide me through any destination” (você levanta meu espírito, e brilha em minha alma, sempre que me sinto vazio você me preenche. Posso acreditar em você pra me guiar por qualquer destino). Dois anos depois, em entrevista oficial para o lançamento de “Chaos”, Paul confirma a suspeita dos fãs dizendo que, como Let It Be, Follow Me traria uma mensagem, um sentimento “quase religioso”"Follow Me" foi uma das primeiras canções gravadas nas sessões do álbum, e a única faixa do disco que contou com a participação de Brian Ray, Abe Laboriel e Rusty Anderson no estúdio. Claudio Dirani - Todos os segredos. Não deixe de conferir também a superpostagem CHAOS AND CREATION IN THE BACKYARD.

LOVING VINCENT - COM AMOR, VAN GOGH

Especialmente para minhas amigas Dayse Amaral e Mônica Maragno. Beijão!
Desde quando ouvi falar a primeira vez que iriam fazer esse filme, e vi os primeiros trailers, tive certeza que seria um filme extraordinário, impressionante. "Loving Vincent" (Com Amor, Van Gogh) é um filme biográfico de animação, o primeiro totalmente pintado, que conta a história do genial artista Vincent van Gogh e foi escrito e dirigido por Dorota Kobiela e Hugh Welchman. A ideia de um filme ilustrado sobre o mestre Van Gogh surgiu de Dorota Kobiela, que também é pintora, após se aprofundar nas técnicas e história do artista através das suas cartas durante um período de crise pessoal. Inicialmente seria um curta metragem de 17 minutos com telas feitas por Dorota. Cada um dos 65.000 frames do filme, é uma pintura a óleo sobre tela, usando a mesma técnica de Van Gogh, tudo feito por uma equipe de 115 artistas. A maioria dos críticos elogiou o filme. Tim Robey do jornal The Telegraph escreveu: "Nunca experimentei nada assim" e considerou o roteiro realista, como uma sensação ocasional de uma caminhada por um museu. Escreve que os flashbacks das amizades que Vincent experimentou são compartilhadas academicamente embora não possuam muitas surpresas para os já familiarizados com sua biografia. O jornal The Independent afirmou: "...é uma tela sempre transformadora que brilha na frente de seus olhos. "Os diretores não queriam fazer as pinturas de Van Gogh, eles queriam que toda a ação aconteça nas pinturas que ele pintou. Imagine 'Starry Night' ou 'The Night Cafe' ganhando vida... É tão revolucionário e notável como assistir, digamos, seu primeiro filme da Pixar, porém relevante". "Uma obra-prima animada! Eu nunca vi nada na vida da tela antes" - Deadline Hollywood.
Confira aqui a crítica do filme publicada em oglobo.globo.com/rioshow e assinada por Marcelo Janot.
"Talvez não esteja longe o dia em que será possível selecionar cenas de um filme com atores e, com um simples clique no smartphone, transformá-las instantaneamente em uma animação no estilo de seu pintor favorito. Enquanto a tecnologia não chega lá, a equipe dos diretores Dorota Kobiela e Hugh Welchman, composta por 100 pintores, pintou em estúdios poloneses, utilizando as mesmas técnicas do artista holandês, cada um dos 65 mil frames do filme “Com amor, Van Gogh”, depois da filmagem com atores de verdade. O resultado de seis anos de trabalho insano pode ser visto nos cinemas a partir de hoje. É algo parecido com o que Richard Linklater fez na animação “Waking Life”, em 2001: reconhece-se a feição e os movimentos dos atores, só que aqui eles parecem imersos em quadros de Van Gogh. Uma fascinante viagem pelo universo do mestre pós-impressionista que não se esgota em si mesmo, ou seja, a técnica é o meio para contar uma história e transmitir algo que vai além da experiência sensorial.Resultado de imagem para COM AMOR, VAN GOGH Loving Vincent (2017)
Vincent Van Gogh foi um dos mais notórios artistas a não ter o reconhecimento de sua genialidade em vida. Ele só começou a pintar em 1881, aos 28 anos de idade, e sua personalidade conturbada fez com que fosse encarado como louco, o que não o impediu de ter uma produção prolífica, especialmente as célebres pinturas a óleo que realizou pouco antes de morrer, aos 37 anos. Sua biografia já foi parar nas telas de cinema em diversas ocasiões. A mais famosa talvez seja “Sede de viver” (1956), de Vincente Minnelli, em que era interpretado por Kirk Douglas. Robert Altman direcionou seu foco para a relação entre Van Gogh e o irmão Theo no filme “Vincent & Theo” (1990). Mas a versão mais ambiciosa artisticamente ainda é “Van Gogh” (1991), escrita e dirigida pelo francês Maurice Pialat.Resultado de imagem para COM AMOR, VAN GOGH Loving Vincent (2017)
No caso de “Com amor, Van Gogh”, a trama se inicia um ano após a morte do pintor. O protagonista é Armand Roulin (Douglas Booth), filho do carteiro Joseph Roulin (Chris O’Dowd), de quem Van Gogh se tornou grande amigo ao se mudar para Arles, no sul da França. Os retratos que ele pintou de Joseph e de toda a família Roulin estão entre os mais conhecidos de sua obra. No filme, Armand é visto usando o mesmo figurino, composto por jaqueta amarela e chapéu, do retratado por Van Gogh, e isso vai se repetir com diversos outros personagens e cenários contemplados pelo artista, deixando no espectador a sensação de que sua obra ganha vida e movimento.Resultado de imagem para COM AMOR, VAN GOGH Loving Vincent (2017)
O resultado disso é tão incrível que pouco importa que a estrutura do roteiro seja um pouco engessada. Usando como pretexto a incumbência que seu pai lhe deu de entregar uma carta deixada por Van Gogh para o irmão, após descobrir que Theo está morto Armand vira uma espécie de detetive, indo atrás das pessoas que conviveram com o pintor em seus últimos dias. Praticamente cada conversa rende um flashback em que a trajetória de Van Gogh (Robert Gulaczyk) é relembrada de forma bem didática, até o momento em que Armand decide investigar o que teria levado o pintor a se suicidar numa fase em que ele teoricamente se encontrava feliz. Acaba questionando se de fato ele se suicidou com um tiro na barriga ou foi morto e teria dito, antes de morrer, que foi ele mesmo quem deu o tiro, com o intuito de acobertar o assassino. O principal “suspeito” é o seu médico, Paul Gachet (Jerome Flynn), ele mesmo um artista frustrado. A reconstituição ficcional não oferece conclusões, apenas a certeza de que este é um filme que merece ser visto no cinema.

O filme é realmente tudo isso e muito mais! Absolutamente imperdível, não deixe de conferir! Nesse link - "Com Amor, Van Gogh" - você assiste o filme inteirinho, na íntegra, dublado em português e alta resolução. Absolutamente imperdível!

DON McCLEAN - VINCENT - (STARRY, STARRY NIGHT)*******


A belíssima "Vincent", foi composta por Don McLean como uma homenagem explícita a Vincent van Gogh e também ficou mais conhecida e reconhecida por sua linha de abertura, "Starry Starry Night", uma referência à pintura clássica de Van Gogh de 1889, "The Starry Night". McLean escreveu a letra em 1971 depois de ler um livro sobre a vida de Van Gogh. No ano seguinte, a música se tornou o hit número 1 no UK Singles Chart por 2 semanas. Nos EUA, "Vincent" também atingiu o segundo lugar na tabela Easy Listening. A Billboard a classificou como número 94 em 1972. Em 2000, a PBS transmitiu Don McLean: Starry, Starry Night, um concerto especial que foi filmado em Austin, Texas que foi bem elogiado pela crítica. Ao todo, “Vincent” obteve um segundo lugar nos Estados Unidos e no Canadá, um terceiro na Austrália e o número 1 no Reino Unido. Na época em que "Vincent" emplacou, Don McLean estava com 27 anos, hoje está com 73.
Don McLean nasceu em Nova Iorque em outubro de 1945. Ficou famoso pela canção "American Pie", elegia folk-pop de oito minutos e meio que atingiu o topo das paradas americanas. O compacto com “American Pie” foi lançado no mesmo dia de “Imagine” e as duas disputavam o 1º lugar.  McLean Iniciou sua carreira em meados dos anos 60, tocando em clubes nova-iorquinos, escolas primárias e em prol de causas ambientais. Outras tantas canções, escritas e interpretadas por ele, também alcançaram os primeiros lugares, em suas próprias gravações ou nas vozes de gente famosa como Roy Orbison e Elvis Presley. Algumas delas foram: “Vincent (Starry Night)”, “Castles in the Air”, “Since I Don’t Have You”, “Crying”, e “And I Love You So”.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

HAPPY CHRISTMAS, PLANETA BEATLES!


O Baú do Edu deseja a todos os fãs, amigos, sócios e colaboradores, um very very very Feliz Natal, com muito Beatles e paz na terra aos que tem boa vontade. Valeu, obrigadão Planeta Beatles!

PAUL McCARTNEY - LIVE AT MARACANÃ STADIUM, 1990 - SENSACIONAL!

Para quem esteve no Rio, no Maracanã, nos dias 20 e 21 de abril de 1990 (ou mesmo para quem não esteve), esse filme é um verdadeiro presente de Natal.
“The Paul McCartney World Tour” foi o nome da turnê mundial de Paul McCartney durante 1989 e 1990. Foi a primeira grande turnê de McCartney em dez anos, desde “Wings UK Tour 1979”, e suas primeiras aparições na América do Norte em treze anos, desde 1976, “Wings Over America Tour”. Foi também sua primeira turnê carregando apenas seu nome. A excursão ocorreu ao mesmo tempo do lançamento do álbum “Flowers in the Dirt”, e foi tematicamente mais sobre Paul finalmente abraçar seu passado com os Beatles, incluindo pela primeira vez, em qualquer uma de suas turnês, um número substancial de músicas dos Beatles no set list. A turnê foi documentada pelos álbuns ao vivo de 1990, “Tripping the Live Fantastic” e “Tripping the Live Fantastic: Highlights!” e o filme de 1991 “Get Back” dirigido por Richard Lester. Um documentário de uma hora de duração também foi ao ar na TV Channel 4 no Reino Unido, intitulado “From Rio to Liverpool”.
Os participantes dos shows receberam, gratuitamente, um livreto de 98 páginas de 9x12 polegadas. Continha o itinerário da turnê, longos perfis de cada um dos membros da banda, descrições do palco e logística da turnê e uma descrição detalhada da missão da ONG “Friends of the Earth”. Dois terços da revista consistiam nas reflexões de McCartney sobre sua vida e carreira. Esta publicação tornou-se raríssima e ítem de colecionador. É ainda enriquecida por um projeto gráfico arrojado e primoroso, além de fotos raríssimas.

Para a “The Paul McCartney World Tour”, a banda era: Paul McCartney - vocal principal , guitarras ( acústico , elétrico e baixo ), teclados; Linda McCartney - backing vocals , teclados, percussão; Hamish Stuart - backing vocals, guitarras (acústico, elétrico e baixo); Robbie McIntosh - vocais de apoio, guitarra elétrica; Paul "Wix" Wickens - backing vocals, teclados e Chris Whitten - bateria e percussão.
Esse texto sensacional que a gente confere a seguir, é do grande jornalista e maior pesquisador e conhecedor da obra de Paul McCartney no Brasil, Claudio D. Dirani em seu livro “Paul McCartney – Todos os segredos da carreira solo”.

Após esperar três décadas, os brasileiros respiram os ares da Beatlemania em seu país em meio ao caos político e econômico que dominava o governo do presidente Fernando Collor. O ano de 1990 tinha tudo para começar bem, até o Plano Collor deixar d brasileiro de bolso vazio. Sorte de quem guardava seu dinheiro em casa, debaixo do colchão, no porquinho cor-de-rosa. Em qualquer lugar, menos no banco. Em novembro de 1989, a cinco meses do maior evento proporcionado por um artista pop no Brasil, os fãs já começariam a economizar para os shows de Paul McCartney, que anunciara, em entrevista coletiva dada à imprensa mundial, em Los Angeles, que faria duas apresentações no Brasil no ano seguinte. Os concertos inéditos, mesmo sendo afetados pela economia, não chegaram a ser ofuscados pelo tremor social provocado pelo “efeito Collor”. Pelo contrário. O público presente nos dois shows, cerca de 300 mil pessoas, conseguiu matar a sede que já perdurava, pelo menos, por duas gerações. A primeira, formada por “fanjintos” beatlemaníacos, não conseguiria mais concretizar o sonho de assistir aos Beatles, já que John Lennon havia sido morto em 1980, em Nova York. A segunda geração, composta por amantes da segunda banda de Paul McCartney, o Wings, também não teve a chance de presenciar o supergrupo ao vivo. Pelo menos, em ambos os casos, em solo verde-amarelo. Para Marco Antônio Mallagoli, que já havia encontrado e conversado com John Lennon, George Harrison e Ringo Starr, a emoção maior estava por vir. Círculo fechado. No dia 20 de abril de 1990, o presidente do fã-dube Revolution estava prestes de realizar outíro sonho quase inatingível para a maioria dos espectadores que lotaram o Maracanã: manter um “contato imediato de terceiro grau” com os quatro cavaleiros de Liverpool. Após lançar o Plano Collor no dia 12 de abril daquele ano, limitando o saque às contas bancárias em apenas 50 mil cruzados novos por pessoa, não era possível afirmar em sã consciência que a popularidade do presidente Fernando Collor de Mello estaria em alta entre os brasileiros. Bem longe disso. O reflexo das medidas bruscas aplicadas à economia transformou Collor de herói e “caçador de marajás”, ao vilão “inimigo número um” da nação. Tudo isso em menos de trinta dias. Os reflexos dessa “impopularidade-relâmpago” também ecoava pelos quatro cantos do Maracanã, com as pessoas berrando pelo nome de Lula, e vaiando alguns dos minguados Colloridos que ousavam se manifestar no estádio a seu favor. Entretanto, para cumprir o praxe, a ministra da economia Zélia Cardoso de Melo comparecería aos dois shows de McCartney, fazendo as vezes de estadista, já que Collor não aparecería a nenhum dos concertos. Em retribuição ao CD single Put It There e ao livro de receitas Home Cooking— ambos presenteados e devidamente autografados por Paul e Linda, respectivamente — Zélia visitou a família McCartney no camarim do Maracanã, trazendo livros de arte, como presente, e uma carta escrita à mão pelo próprio Fernando Collor, com a seguinte desculpa oficial, já traduzida: “Caros Paul e Linda. O Brasil os recebe de braços abertos. Nós esperamos vários anos pela alegria de cantar junto com vocês, músicas que tentam transmitir para toda a Humanidade os mais altos valores e sentimentos. Com vocês, aprendemos que precisamos dos sonhos dos jovens como uma força permanente para transformar a realidade. Os presentes que vocês gentilmente me enviaram foram recebidos com grande emoção. Além do orgulho que senti como seu admirador, senti também a vibração de fazer parte de uma geração que, ao longo das últimas décadas, aprendeu a lutar pela predominância da justiça, da paz e do respeito pelo homem e pela natureza. Infelizmente, Rosane e eu não poderemos assistir à sua apresentação no Rio. Ouviremos seu disco constantemente e poderemos até considerar sua proposta vegetariana”... Respeitosamente, Rosane e Fernando Collor de Mello.

THE BEATNIX - STAIRWAY TO HEAVEN - MUITO LEGAL!

Publicada originalmente em 25 de dezembro de 2013.
The Beatnix é uma banda-tributo aos Beatles, australiana. A diferença entre tantas outras é que tiveram uma sacada simples e genial: ao invés de tocar só Beatles, tocam ao estilo Beatles. Gravaram uma versão da música “She Loves You” com a letra de “Stairway to Heaven”. É o cover do cover. E fazendo um mash-up com "I Want To Hold your Hand" em plena década de 90 (ninguém avisou que isso ainda não existia e eles fizeram) e ficou ótimo!

A CHRISTMAS TWIST - SI CRANSTOUN - SHOW!!!***


Simon "Si" Cranstoun é um cantor britânico que passou muitos anos como músico nas ruas de Londres até aparecer com The Dualers, uma banda de Ska que ele formou com seu irmão Tyber, antes de se tornar mais conhecido como compositor e cantor de música fortemente influenciado pelo Rock and Rhythm and Blues das décadas de 1950 e 1960. Essa música, "A Christmas Twist", é muito boa e consegue a façanha de divertir a todos, dando vontade em qualquer um dançar de bater o pé. A letra cativante e o vídeo divertido certamente animarão mais ainda nessa data tão festiva. Então embarque no ritmo, com as simpáticas dançarinas Corina Wuersch, Lowri Evans e Chloe Gatward, e Feliz Natal!

A PEDIDOS - "O CONTO DE NATAL DO MICKEY" *****

Esta é especialmente para meus dois netinhos, Julia e Eric. Beijão!"O Conto de Natal do Mickey", também conhecido como A Canção de Natal do Mickey e O Natal do Mickey Mouse, foi um marco nas animações Disney nos anos 1980. O curta-metragem produzido e dirigido por Burny Mattinson, marca o retorno do camundongo às telas em 1983, após 30 anos de hiato. Mattinson, que coincidentemente havia começado a trabalhar com animações na Disney exatamente quando o último desenho do Mickey foi lançado, não podia estar mais empolgado com a empreitada que lhe foi confiada.
Assim, escolheu a dedo um time de animadores de forma com que cada um se sentisse o mais confortável possível com o personagem ao qual iria dar vida no celuloide. Da mesma forma, o elenco vocal original contou com a presença de uma equipe que já tinha trabalhado em uma versão de "A Christmas Carol" - (Um Conto de Natal), de Charles Dickens, em um LP dez anos antes. Para a voz do personagem principal, Ebenezer Scrooge (encarnado pelo Tio Patinhas), Alan Young foi o escolhido e sua interpretação foi tão acertada que, poucos anos mais tarde, reprisou o papel do Pato Mais Rico do Mundo na série animada Duck Tales (e em 2013, no videogame Duck Tales Remastered). Young consegue captar soberbamente os contrastes de personalidade de Scrooge/Patinhas, tanto sua avareza quanto, ao final, sua conversão, além de imitar o sotaque escocês de forma natural. No Brasil, Ebenezer Scrooge foi também brilhantemente dublado pelo veterano Isaac Bardavid, a voz do Wolverine nos cinemas.
Se o clássico de Dickens tinha como óbvia a escolha de Patinhas McPato para representar Ebenezer Scrooge (inclusive, seu nome original “Uncle Scrooge” o referencia), para interpretar Bob Cratchit ninguém seria melhor indicado do que o próprio Mickey Mouse. Para tanto, o técnico de som Wayne Allwine foi escalado e se tornou a terceira pessoa a interpretar o camundongo (o primeiro, de 1928 a 1946, tinha sido o próprio Walt Disney), e continuou como a voz de Mickey até sua morte, em 2009. A personalidade de Mickey se manteve fiel ao que ele sempre foi, mesmo 30 anos depois: pacato e carismático, e um tanto quanto modesto. Um personagem adorável, que mesmo com todos os problemas que enfrenta na vida se mantém otimista e confiante em um futuro melhor. Cratchit trabalha duro, sendo subserviente ao seu inescrupuloso patrão, para sustentar sua mulher e três filhos, sendo o mais novo, Timmy, muito doente.
A história, como no clássico conto, gira em torno de Ebenezer e sua avareza se confrontando com os espíritos dos natais passado, presente e futuro. Scrooge demonstra prazer em enriquecer de forma ilícita, e tem momentos de pura crueldade, como quando, no passado, executou a hipoteca da própria noiva. O sovina recebe a primeira visita do além quando o fantasma de seu falecido sócio Jacob Marley surge para alertá-lo do que o espera no pós-vida. Marley, “interpretado” pelo atrapalhado Pateta, tinha sido em vida ainda mais cruel que seu sócio e, na morte, foi condenado a arrastar correntes pela eternidade “ou até mais”. Pateta/Marley o avisa que receberá a visita de três espíritos ainda nessa noite, véspera de natal, e o deixa aterrorizado.
O primeiro espírito, o Fantasma do Natal Passado é interpretado pelo Grilo Falante, e sua introdução traz uma solução visual no mínimo interessante ao vermos uma câmera em primeira pessoa pulando pelo quarto. O fantasma leva Ebenezer Scrooge a revisitar seu passado, desde quando ainda era um jovem tímido, porém promissor, numa cena onde aparece a maior parte das “participações especiais” do curta (incluindo uma rara presença da Vovó Donalda), até sua transformação em um ser detestável e avarento. Contrastando com o grilo, o Fantasma do Natal Presente é representado por Willie, o Gigante de Mickey e o Pé de Feijão (segmento do clássico Como é bom se divertir). O ator vocal Will Ryan procurou manter-se fiel ao personagem, reprisando frases do gigante do curta anterior. Em um momento marcante e bastante sentimental, o gigante mostra para Scrooge como seu empregado Cratchit está passando o natal.

Alheio à forma como “pessoas normais” vivem, Scrooge mal conseguia imaginar que o salário que pagava a seu empregado não garantiria sequer uma refeição digna. Scrooge se choca mais ainda ao ver o pequeno Timmy, doente e andando com ajuda de muletas, ter sua vida interrompida precocemente. Numa abrupta mudança de cena, vemos a família do camundongo no cemitério, chorando a morte do caçula. Ainda no cemitério, Scrooge vê seu próprio túmulo junto ao Fantasma do Natal Futuro (Bafo de Onça), sendo enterrado solitário, sem família e amigos, e uma clara alusão ao inferno no fundo de sua cova. Ao acordar desesperado, Ebenezer tem então sua conversão, distribuindo dinheiro aos pobres e fazendo a ceia de natal de seu empregado um momento mais feliz, tornando-o seu sócio.
É possível ver a leveza do personagem de Scrooge ao fim em comparação com o peso que carregava no começo do filme. Até mesmo na forma de andar, antes com as costas arcadas como se carregasse o mundo em seus ombros com todo o peso de seus pecados passados. Em seu despertar, o peso das costas se esvai e Ebenezer fica visivelmente mais leve e, consequentemente um tanto atrapalhado com a súbita mudança, porém uma pessoa mais feliz e altruísta. Talvez a noção cristã de pecado e remissão esteja presente nesse momento, mesmo não se falando em momento algum sobre religião. O natal, nos desenhos Disney, não é exatamente uma data cristã, mas um momento de celebrar com a família e amigos, de desejar paz na Terra a todos, e assim é o final desse desenho, otimista e reconfortante, agradando crianças e adultos igualmente e principalmente nos fazendo refletir junto ao Tio Patinhas sobre nossos atos e nossos anseios para o futuro.
Se Um Conto de Natal já foi adaptada para todos os meios possíveis, de peças teatrais a longa animado em computação gráfica, passando por novelas radiofônicas e inúmeras sátiras, "O Conto de Natal do Mickey" é uma das versões mais acalentadoras do conto de Dickens. A produção prima tanto pela qualidade da animação quanto trilha sonora e interpretações vocais, além de colocar personagens consagrados interpretando outros igualmente atemporais. Um clássico que honra as produções Disney anteriores e deixa um legado para as que vieram depois. Fonte: vortexcultural.com.br