Para a divulgação do clássico Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band em 1967, os Beatles decidiram registrar em vídeo parte das sessões gravadas no Abbey Road Studios, em Londres. O resultado dessa sequência de imagens e mais de 50 mini-filmes será apresentado ao mundo na edição especial da coletânea 1 - obra que conta com relançamento em Blu-Ray previsto para o dia 6 de novembro no primeiro mundo. Entre as pérolas que abastecem a coletânea, a clássica “A Day In The Life”, canção de encerramento do álbum Sgt. Pepper’s, lançado em junho de 1967 e autoria dividida entre John Lennon e Paul McCartney. São pouco mais de cinco minutos de imagens sombrias (e psicodélicas) que mostram o relacionamento da banda em estúdio, uma orquestra com mais de 40 músicos, além da rápida participação de tipos como os Rolling Stones e os Monkees.
Para compor "A Day in the Life", John Lennon foi buscar nas notícias dos jornais inspiração para seus versos. Havia a trágica manchete da morte, em um acidente de trânsito, do irlandês Tara Browne, herdeiro do grupo Guinness e amigo dele e de Paul McCartney. Supostamente, a frase "he blew his mind out in a car" da canção refere-se às circunstâncias da morte de Browne. Essa é a versão que Lennon e McCartney sempre defenderam, mas também se especulou muito sobre uma possível alusão ao consumo de drogas. As mesmas alusões também são atribuídas a outros versos da canção, como o que diz "found my way upstairs and had a smoke / and somebody spoke and I went into a dream" ("me encontrei subindo as escadas e fumei / e alguém falou e eu entrei em um sonho"). "A Day in the Life" gerou controvérsias desde seu lançamento, no dia 1º de junho de 1967, já que a "BBC" a censurou no mesmo dia. Assim, se tornou a primeira canção a ser censurada na história da rádio britânica e chegou a não ser incluída no disco quando ele começou a ser vendido em alguns países asiáticos. Esta música foi o resultado da junção de duas músicas distintas: uma composta por John Lennon e a outra por Paul McCartney.
John tinha o início e o fim da música, mas não tinha o miolo dela. Achava que tinha de por algo entre as partes que tinha composto. Por isso, gravou a primeira parte; marcou o meio dela com uma contagem de 1 (um) a 24 compassos, feita por Mal Evans; e em seguida gravou a parte final. A indicação do final da contagem era marcada, para fins de orientação, pelo toque de um despertador.
Paul possuía uma canção que não tinha início e nem fim. Apresentou ao grupo que resolveu inserí-la entre as partes já gravadas por John. O resultado final agradou aos dois. Por coincidência, a frase da parte de Paul iniciava com: "Woke up, fell out of bed…" (acordei, caí da cama…), e começava exatamente no ponto antecedido pela marcação do toque do despertador. Por este motivo, o som do despertador foi mantido na gravação, já que Paul, pela canção, estava despertando.
“Foi um grande momento. Paul e eu estávamos indiscutivelmente trabalhando juntos, em especial em “A Day In The Life”... Costumávamos compor da seguinte forma: um de nós escrevia a parte agradável, o trecho fácil, como, por exemplo, ‘hoje li os jornais’ ou qualquer coisa do gênero, e quando a coisa empacava ou ficava difícil, simplesmente punha a música de lado; Paul e eu, então, nos encontrávamos, eu cantava a metade que havia feito, ele se inspirava, escrevia a parte seguinte vice-versa. Ele não se sentia à vontade quando acrescentava algo, provavelmente por achar que a canção já estava boa. Algumas vezes, não permitíamos que um interferisse no trabalho do outro, pois há uma tendência de sermos descuidados quando se trata do projeto de outra pessoa, e nos propúnhamos a fazer experimentações. Então, certo dia, estávamos trabalhando na sala onde ficava o piano de Paul e ele perguntou, ‘O que você acha de fazermos isso?’. Sim, vamos em frente. Acho que Pepper foi um grande trabalho”.
Para compor "A Day in the Life", John Lennon foi buscar nas notícias dos jornais inspiração para seus versos. Havia a trágica manchete da morte, em um acidente de trânsito, do irlandês Tara Browne, herdeiro do grupo Guinness e amigo dele e de Paul McCartney. Supostamente, a frase "he blew his mind out in a car" da canção refere-se às circunstâncias da morte de Browne. Essa é a versão que Lennon e McCartney sempre defenderam, mas também se especulou muito sobre uma possível alusão ao consumo de drogas. As mesmas alusões também são atribuídas a outros versos da canção, como o que diz "found my way upstairs and had a smoke / and somebody spoke and I went into a dream" ("me encontrei subindo as escadas e fumei / e alguém falou e eu entrei em um sonho"). "A Day in the Life" gerou controvérsias desde seu lançamento, no dia 1º de junho de 1967, já que a "BBC" a censurou no mesmo dia. Assim, se tornou a primeira canção a ser censurada na história da rádio britânica e chegou a não ser incluída no disco quando ele começou a ser vendido em alguns países asiáticos. Esta música foi o resultado da junção de duas músicas distintas: uma composta por John Lennon e a outra por Paul McCartney.
John tinha o início e o fim da música, mas não tinha o miolo dela. Achava que tinha de por algo entre as partes que tinha composto. Por isso, gravou a primeira parte; marcou o meio dela com uma contagem de 1 (um) a 24 compassos, feita por Mal Evans; e em seguida gravou a parte final. A indicação do final da contagem era marcada, para fins de orientação, pelo toque de um despertador.
Paul possuía uma canção que não tinha início e nem fim. Apresentou ao grupo que resolveu inserí-la entre as partes já gravadas por John. O resultado final agradou aos dois. Por coincidência, a frase da parte de Paul iniciava com: "Woke up, fell out of bed…" (acordei, caí da cama…), e começava exatamente no ponto antecedido pela marcação do toque do despertador. Por este motivo, o som do despertador foi mantido na gravação, já que Paul, pela canção, estava despertando.
“Foi um grande momento. Paul e eu estávamos indiscutivelmente trabalhando juntos, em especial em “A Day In The Life”... Costumávamos compor da seguinte forma: um de nós escrevia a parte agradável, o trecho fácil, como, por exemplo, ‘hoje li os jornais’ ou qualquer coisa do gênero, e quando a coisa empacava ou ficava difícil, simplesmente punha a música de lado; Paul e eu, então, nos encontrávamos, eu cantava a metade que havia feito, ele se inspirava, escrevia a parte seguinte vice-versa. Ele não se sentia à vontade quando acrescentava algo, provavelmente por achar que a canção já estava boa. Algumas vezes, não permitíamos que um interferisse no trabalho do outro, pois há uma tendência de sermos descuidados quando se trata do projeto de outra pessoa, e nos propúnhamos a fazer experimentações. Então, certo dia, estávamos trabalhando na sala onde ficava o piano de Paul e ele perguntou, ‘O que você acha de fazermos isso?’. Sim, vamos em frente. Acho que Pepper foi um grande trabalho”.
A verdade verdadeira é que esse discaço dos Beatles ainda se mantêm no topo há quase 50 anos. Agora, final de outubro de 2015, graças ao trabalho hercúleo de uma equipe de dezenas de pessoas, a gente tem o privilégio de assistir pela primeira vez aqui no Baú, a fantástica "A Day in the Life" em High Definition, direto do novo ‘1’. Com esse já são três. Já teve “Revolution” e “Hello Goodbye”. Bravo, Beatles!
Curiosidade: Em outubro de 2011, a letra da canção manuscrita por Lennon foi vendida por US$ 1.202.500 em um leilão em Nova York.
4 comentários:
Não vejo a hora de "Help!"...
Tomara Deus que não seja aquele das bicicletas ergométricas... tem q ser o da abertura do filme!
KKKKKKK! Ainda assim vale. Mas acho que vai demorar a chegar por aqui.
Edu, parece que o vídeo de "Help!" vai ser mesmo o das bicicletas ergométricas.
Agora esse do " A Day..." é de chorar de tanta emoção de tão bonito que tá.
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