terça-feira, 9 de agosto de 2011

UM LIVRO PARA VER APENAS AS FOTOS

Tem gente que não sabe mais o que fazer para tentar ganhar alguns tostões em cima da popularidade dos Beatles ou dos Rolling Stones. As livrarias estão lotadas de títulos - alguns imperdíveis e outros totalmente supérfluos como é o caso desse "The Beatles VS The Rolling Stones – A Grande Rivalidade do Rock’n’Roll”. Uma bobagem sem igual. Para se ter uma ideia, leia essa resenha que rola na internet:
"Podem falar o que quiserem sobre Oasis e Blur ou Nirvana e Guns’n’ Roses. A “batalha” original entre bandas de rock começou mesmo com os Beatles e os Rolling Stones. Nos anos 1960, a imprensa descobriu que um público jovem e ávido por notícias consumia tudo o que se referia aos dois grupos e decidiu faturar em cima do movimento. Criou-se então uma suposta rivalidade entre Beatles e Stones, deixando para que os fãs escolhessem sua banda preferida. Lá se vão quase cinco décadas e agora o confronto histórico se transforma em livro. "The Beatles VS The Rolling Stones – A Grande Rivalidade do Rock’n’Roll” (Editora Globo) foi escrito por Jim Derogatis e Greg Kot, dois confessos fãs dessas bandas. O que eles fazem é o que fãs no mundo inteiro já fizeram na mesa do bar. Quem é o melhor? Quem canta mais? Qual é o melhor guitarrista? A diferença é que eles discutem o assunto com um verniz mais crítico, mas sem perder o bom humor que garante um veredito no final. Quando se discute o melhor álbum duplo, por exemplo, a argumentação entre “Exile on Main St.”, dos Stones, e o “Álbum Branco”, dos Beatles, é difícil não querer participar da conversa. Lançado em 1968, o “Álbum Branco” é um retrato do estado em que os Beatles se encontravam, como banda, cada um por si. Traz canções como “Happiness is a Warm Gun”, de John Lennon, “While My Guitar Gently Weeps”, de George Harrison, e “Blackbird”, de Paul McCartney. Já “Exile on Main St.” saiu em 1972 e representa bem a energia que movia os Stones. Faixas como “Rocks Off” se misturam a uma toada country como em “Sweet Virginia”, até o blues que está na raiz da banda, em “Stop Breaking Down”. Jim Derogatis argumenta que o disco dos Beatles é apenas um apanhado de canções, com pontos fortes e fraquezas, sem uma unidade artística. E ressalta que mesmo estando em seu momento mais sombrio, os Beatles nunca chegaram perto de serem “tenebrosos”, como os Rolling Stones. O álbum dos Stones, por sua vez, é cheio de atitude e vibração, afirma Greg Kot. E que se deve, em grande parte, ao comando do guitarrista Keith Richards, que manteve o alto nível da música – e por isso tornou-se um modelo para bandas com dois guitarristas. O livro não tem a pretensão de ser um guia definitivo e é nesse ponto que reside sua força. Ao incensar o espírito crítico dos fãs, sem deixar que percam de vista a adoração, brinca com tudo o que já foi dito sobre Beatles e Stones. No final, quem vai decidir mesmo é o leitor, para quem fica a pergunta: Então, o que você prefere ser, um Beatle ou um Stone?".
Em promoção na Livraria Saraiva por R$ 55,90.

8 comentários:

Edu disse...

Não comprei, não li e não gostei. "Os verdadeiros rivais dos Beatles não eram os Stones e sim os Beach Boys!" Paul McCartney

Anônimo disse...

Edu, também não comprei, não li e não gostei, embora tenha dado uma olhada na livraria. De fato é uma bobagem, porque, em primeiro lugar, não havia rivalidade entre eles (sei que você sabe disso melhor do que eu), aliás, muito pelo contrário, pois até música os Beatles já "deram" para os Stones. Sem contar que John & Paul já fizeram backing vocal numa música dos Stones e que Brian Jones participou de 2 ou 3 músicas dos Beatles (sem contar também que Mick Jagger vivia xeretando gravaçoes de estúdio dos Beatles. Gosto dos Stones, de alguns discos, mas o que tenho a dizer sobre sua música é o seguinte: os Stones fizeram grandes pérolas, grandes clássicos do roquenrol, mas sua música não revolucionou, não trouxe nada de novo. Se não houvesse Stones, o rock seria o mesmo, embora sem aqueles clássicos dos Stones. Já sem os Beatles, bom, aí o rock ainda estaria nos anos 50.
Quanto aos Beach Boys, de fato Paul achava isso - agora, vamos ao mérito da questão: ouça Rubber Soul, ou Revolver e ouça a obra prima dos Beach Boys, "Pet Sounds" - caramba, Pet Sounds é sonífero. Abraço, Carlos Cesar

Valdir Junior disse...

Edu , vi esse livro na livraria nesse final de semana e realmente o que vale nele são as fotografias tanto dos Beatles como dos Stones , nem li nada nele , para comprar ele prefiro esperar mais e abaixar mais esse preço porque não vale isso não !!!!

Abraço e Hare !!!

João Carlos disse...

Não é nenhum desmerecimento mas o EXILE é permeado por covers e saiu em 72.O BRANCO é 100% autoral.Os Beatles competiam consigo mesmos.3 compositores produzindo ragas,rocks,blues,countries,vaudevilles e até "experimentalismos".A diversificação era a marca registrada.Já os Stones queriam algo com um som preponderante e fizeram bem.É comparar estrogonofe com peixada.A justificatica é a preferência pelo sabor.O BEACH BOYS foi uma rivalidade circunstancial, inspirada pelo Pet Sounds.E só.

João Carlos disse...

Quanto ao livro,poderia (ou deveria) ser brinde da Revista CARAS! Típico.

Anônimo disse...

João Carlos, gostei muito dos seus comentários, Abraço, ccm

Aly disse...

JC disse tudo... próximo!

João Carlos disse...

Gentileza de vocês.Na verdade meu comentário foi uma complementação dos demais.