Ser fã dos Beatles é algo que custa caro. Isso se for fã mesmo, como o cearense Fábio Parente. Um passeio pela sua casa, prestando atenção nos detalhes ou simplesmente olhando para o que fica mais explícito, e é possível ver John Lennon, Paul McCartney, Ringo Starr e George Harrison nas mais variadas versões, tamanhos, cores e posições. Eles estão no chaveiro da porta, na pulseira, nas canecas, nas paredes, dentro das gavetas e armários. Corretor de câmbio de 58 anos, Fábio conheceu o som do quarteto de Liverpool ainda na adolescência, quando um primo lhe mostrou uma coletânea da banda, Collections of Beatles - Oldies But Goldies. Ele gostou do que ouviu e logo ganhou um exemplar do pai, comprado na antiga loja Vox. A música virou um vício e ele passou também a colecionar tudo que via sobre a banda inglesa, como recortes de revistas e jornais. Hoje casado e pai de dois filhos, Fábio tem dificuldade para arrumar espaço para tantas coisas dos Beatles. “São mais de 500 livros, desde livros de fotos até biografias. Até mandei fazer uma estante para colocar os CDs. Me programei para 800, mas não tá mais cabendo”, revela ele, sem esconder o orgulho. De fato, nessa coleção existem dezenas de raridades, como edições comemorativas e produtos importados.
Expandindo e muito os limites da banda, o beatlemaníaco também coleciona a discografia dos filhos e esposas dos músicos. A coleção de Fábio parente é tão grande que uma parte permanece intocada, ainda com o plástico original. É o caso das edições comemorativas e luxuosas de alguns dos primeiros discos de Paul McCartney – McCartney (1970), Ram (1971) e Band on the run (1973). Mas nem só de CDs, LPs, livros e DVDs é feita essa coleção. Há ainda uma série de artigos que beiram o inacreditável. Por exemplo, um pedaço de uma toalha que Paul McCartney jogou na plateia durante um show. “Tá protegido num saquinho um pouquinho do DNA dele”, acrescenta. Outros artigos são exclusivos para quem está disposto a gastar alguns reais, como edições limitadas de livros autografados por George e Ringo. Ou ainda uma foto do John, feito por Astrid Kirchherr e autografada por ela. A imagem imponente fica num lugar destacado da sala. “Só foram 300 cópias no mundo”, revela Fábio puxando outros vários itens de sua coleção, como miniaturas, revistas, tudo cercado de alguma história. O amor de Fábio Parente pelos Beatles é tanto que chegou a batizar o filho de Charles Lennon. Estudante de Educação Física de 21 anos, Lennon segue os passos do pai na admiração pelo FabFour. Cercados pela banda por todos os lados, eles nem sabem quanto já gastaram nessa coleção. “Nunca pensei nisso”, reflete Fábio ainda apontando itens que pretende comprar, como uma cópia do primeiro contrato dos Beatles. “Só esses livros em edições limitadas deve ter uns 10. Mas, se um cara chegar com R$ 100 mil pelo que tenho aqui, eu não vendo, não. O valor sentimental pra mim é enorme”.
6 comentários:
Realmente para esse tipo de amor e admiração,como diz aquela musica do Renato e Seus Blue Caps:"Não Há Dinheiro Que Pague" !!!!!
A Unica coisa que resolve isso é mais Beatles !!!!
isso é que é ser fã, nossa muita coisa 0-0
O incrível nisso tudo é que há milhares de fãs assim só no Brasil.Os demais ficam na saudosa inveja...como eu.
Um dia, também ainda vou aparecer aqui! Rsrs...
Puxa vida, muito bacana. O filho também beatlemaníaco. É isso ai, minha filha também de 15 anos é louca pelos Beatles, adora o Help! Quando saimos de carro só rola Beatles, não enjoa nunca. Os Beatles são eternos. Valeu, Edu, bela postagem.
Eu conheço o Fábio do programa Frequência Beatles na rádio Universitária. Como o Fábio é modesto ele diz que só tem isso, mas ele possui mais do que foi mostrado.
Parabéns Fábio
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