Por Liane Carvalho Oleques
É impossível falar da arte do século XX sem mencionar o nome de Picasso, um dos maiores expoentes da Arte Moderna. Nascido Pablo Diego José Francisco de Paulo Juan Nepomuceno Maria de Los Remedios Críspin Crispiano Santíssima Trinidad Ruiz Y Picasso, em Málaga na Espanha no dia 25 de outubro de 1881, ele foi pintor, escultor e desenhista e seu trabalho influenciou e transformou o rumo da arte aquele século. Filho de um pintor e professor de desenho, Picasso aos 13 anos já havia desenvolvido habilidades artísticas que o fizeram pintar aos 15 anos seu primeiro quadro denominado “A primeira Comunhão”. Antes de completar 20 anos, vivendo em Barcelona, conheceu e conviveu com artistas entre eles Toulouse-Lautrec e montou com Carlos Casagemas um ateliê. Em seguida muda-se para Paris onde aperfeiçoa suas habilidades e realiza novos contatos. Morando no centro da Arte Moderna e capital das vanguardas europeias, ainda pobre e passando por necessidades, Picasso começava a ficar conhecido por sua extensa obra. Foi admirado por marchands que o incentivaram e logo seu nome começou a ganhar fama e, consequentemente, dinheiro. Inquieto e espirituoso, experimentou e passou por diversos estilos, buscando sempre inovar suas propostas. Em 1901 profundamente sentido pela morte do amigo Carlos Casagemas e encantado pelas obras de El Greco – pintor maneirista do século XVI -, Picasso inicia sua Fase Azul (1901-1904) onde suas pinturas eram dominadas pela graduação da cor azul e das cores frias. As pinturas dessa fase passam uma sensação sombria, dolorido e triste. Foi um período difícil financeiramente para o artista. Ladrões, mendigos, velhos e doentes, foram temas recorrentes em suas pinturas. Após esse período, morando definitivamente em Paris e seduzido pelas obras de Cézanne, inicia a Fase Rosa (1904-1906). Os temas tristes e depressivos de outrora deram lugar a arlequins e temas circenses, bem como a leveza da técnica. Foi nesse período também que realiza suas primeiras experiências com a escultura. Insaciável, aproximadamente em 1907 entra em sua Fase Negra (1907-1909), caracterizada por uma visão sobrenatural do mundo. Nesse período dá suas primeiras pinceladas cubistas. As senhorias de Avignon (1907) se torna o marco inicial do movimento cubista que transforma significativamente a arte moderna. Em sua vasta trajetória experimentou diversos estilos que marcaram sua obra, dedicando-se também a cerâmica, a gravura e a escultura. Cada fase de suas pinturas estavam intimamente ligadas ao seu estado de espirito, mostrando-se fiel a suas emoções. Em plena Segunda Guerra Mundial se filiou ao Partido Comunista e realizou uma de suas obras mais significativas – Guernica (1907), onde retratou, em forma de protesto, os horrores da guerra na cidade basca. Seus relacionamentos, geralmente, conturbados com as mulheres são temas recorrentes e influenciaram suas pinturas. Quando estava prestes a se separar de sua primeira esposa, Olga Koklova, Picasso a retratou em Banhista sentada (1930). Seus filhos também foram temas de suas pinturas como na tela Paul, como um arlequim (1924). Também era um amante da fotografia. A fotografia o auxiliou no trato com a pintura como na obra Guernica onde 36 imagens fotográficas foram o ponto de partida para a pintura. Ainda, no fim de sua vida aos 87 anos, produziu 347 gravuras, encerrando sua produção alguns anos mais tarde depois de problemas de saúde. Aos 90 anos foi o primeiro artista vivo a receber uma exposição na Grande Galeria do Museu do Louvre. Morre em 08 de Abril de 1973 na França deixando uma vasta herança cultural e artística.
Um comentário:
Não entendo do ramo, mas pelo que sei, o cara era pra lá de gênio.
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