A primeira coletânea de gravações de George Harrison - The Best Of...", foi lançada pela EMI em 1976, quando o músico saiu daquela gravadora rumo ao seu próprio selo "Dark Horse" (distribuído até 1992 pela Warner). The Best Of George Harrison partia de uma premissa pobre e errônea: a de que o artista não tinha hits suficientes para uma compilação só sua. Dessa forma, incluiu sete gravações de músicas dele gravadas com os Beatles (Something, If I Needed Someone, Here Comes The Sun, Taxman, Think For Yourself, For You Blue e While My Guitar Gently Weeps) e apenas seis da carreira solo: "My Sweet Lord", "Give Me Love", "You", "Bangla Desh", "Dark Horse" e "What Is Life".
A segunda saiu em 1989, "Best Of Dark Horse 1976-1989". Este álbum deixava, por razões contratuais, o período EMI (1970-1975) de fora, mas ao menos era eficiente no mapeamento da era Dark Horse, com 15 músicas, sendo duas inéditas.
Em 2011, como a então ainda EMI contando com a obra completa do ex-beatle em seu acervo, foi lançada uma nova coletânea, "Let It Roll: Songs By George Harrison", que tinha tudo para ter sido a compilação perfeita. Mas novamente a escolha das músicas foi quase a mesma de sempre e ficaram de fora grandes músicas da trajetória individual de George. A virtude fica por conta de, pela primeira vez, termos músicas que abrangem toda a carreira solo de Harrison em um único álbum, e a inclusão da ótima "I Don’t Want To Do It", composição de Bob Dylan que George gravou para a trilha do filme "Porky’s Revenge" em 1985. São 19 músicas e todas foram digitalmente remasterizadas por Giles Martin em Abbey Road, incluindo algumas de "Brainwashed", álbum póstumo lançado em 2002, como Any Road (“se você não sabe para onde está indo, qualquer estrada o levará até la”) e "Marwa Blues"; Traz ainda "Got My Mind Set On You", "Give Me Love", "Ballad Of Sir Frankie Crisp (Let It Roll)", "My Sweet Lord", "All Those Years Ago" e "Isn’t It a Pity". Todas fora de qualquer ordem cronológica (?). Sabe-se lá qual explicação.
A verdade é que todas essas três coletâneas de George Harrison, são uma merda! As três tem algo em comum: erros conceituais e repertórios fracos que poderiam ter sido melhor escolhidos, mas como sempre, preferiram a zona de conforto. Na minha opinião, todos os fãs dos Beatles já são macacos velhos e nem os novos fãs, suportam mais coletâneas fajutas e enganatórias trazendo uma ou duas gotinhas de mel, ou boxes caríssimas e inacessíveis. Se alguém realmente quisesse fazer uma coletânea decente à altura da importância de George Harrison, faria no mínimo um álbum duplo que seria vendido a preço de único, com no mínimo 60 músicas e não só duas gotinhas de mel. Let it roll.
3 comentários:
Concordo contigo Edu, em gênero, numero e grau. A Olivia e o Dhani só sabem lançar mais do mesmo em caixas pra lá de luxuosas e caríssimas. Musica que é bom ...NADA. Só embalagem.
Vou me juntar ao Edu e ao Valdir. Concordo com tudo. A primeira nunca ouvi, acho que nem conhecia, a última, por algum motivo que não lembro, não fui atrás. Eu tenho baixada em formato MP3 a segunda, Best of Dark Horse 1976-1989, e confesso que achei fraquinha. Prefiro ouvir os álbuns originais de estúdio do George, ouvi todos!
Faço coro com todos vocês!
E tenho a opinião final da Dani: prefiro ouvir os álbuns originais, onde essas músicas foram colocadas, com toda a percepção que, juntas e na ordem que foram pensadas, trazem.
Das 3, a menos pior é a terceira (Let it Roll), ainda assim com escolhas óbvias faltando ali...
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