Após “Blood On The Tracks”, Bob Dylan precisava mudar, pois aquele tipo de composição já estava esgotado. Em parceria – algo inédito em sua carreira – com o letrista e diretor de teatro Jaques Levy, as letras de Bob ganharam um ar teatral, uma qualidade cinematográfica. Como sempre, as gravações duraram apenas quatro dias (Bob afirma que não dormiu nesse período), e contaram com Scarlet Rivera no violino, Rob Stoner no baixo e vocais de fundo de Emmylou Harris, que tinha de se basear no movimento da boca de Dylan, uma vez que não tinha as letras para acompanhar. O violino confere um som meio cigano ao disco, o que faz dele único na discografia de Dylan. Para Jeff Tweedy (Wilco), “Hurricane” é uma canção que “só acontece uma vez a cada dez anos”. É uma excelente abertura para “Desire” e mostra que Bob ainda podia compor canções de protesto. “Isis” é praticamente um conto sobre casamento. “Mozambique” parece um exercício de Levy e Bob para encontrar rimas em “ique”. A faixa seguinte, “One More Cup Of Coffee” traz um belo vocal de Dylan, comparado a um segundo violino (e já ganhou uma versão rascante do White Stripes). O lado dois conta com letras longas (“Joey”, “Romance In Durango”, “Black Diamond Bay”), mas o diamante é “Sara”. A canção menciona a alegria das crianças pequenas, o feriado em Portugal e apela no fim: “don’t ever leave me, don’t ever go”. Sara passou pelo estúdio durante as gravações e Bob cantou a canção para ela: “Daria para ouvir um alfinete caindo no chão”, afirmou Levy. Resultado: uma bela canção e Sara de volta aos braços de Bob. Quem disse que histórias de amor não têm um final feliz? Fonte: screamyell.com.br
sexta-feira, 18 de janeiro de 2019
BOB DYLAN - DESIRE - 1976 - SENSACIONAL*****
Após “Blood On The Tracks”, Bob Dylan precisava mudar, pois aquele tipo de composição já estava esgotado. Em parceria – algo inédito em sua carreira – com o letrista e diretor de teatro Jaques Levy, as letras de Bob ganharam um ar teatral, uma qualidade cinematográfica. Como sempre, as gravações duraram apenas quatro dias (Bob afirma que não dormiu nesse período), e contaram com Scarlet Rivera no violino, Rob Stoner no baixo e vocais de fundo de Emmylou Harris, que tinha de se basear no movimento da boca de Dylan, uma vez que não tinha as letras para acompanhar. O violino confere um som meio cigano ao disco, o que faz dele único na discografia de Dylan. Para Jeff Tweedy (Wilco), “Hurricane” é uma canção que “só acontece uma vez a cada dez anos”. É uma excelente abertura para “Desire” e mostra que Bob ainda podia compor canções de protesto. “Isis” é praticamente um conto sobre casamento. “Mozambique” parece um exercício de Levy e Bob para encontrar rimas em “ique”. A faixa seguinte, “One More Cup Of Coffee” traz um belo vocal de Dylan, comparado a um segundo violino (e já ganhou uma versão rascante do White Stripes). O lado dois conta com letras longas (“Joey”, “Romance In Durango”, “Black Diamond Bay”), mas o diamante é “Sara”. A canção menciona a alegria das crianças pequenas, o feriado em Portugal e apela no fim: “don’t ever leave me, don’t ever go”. Sara passou pelo estúdio durante as gravações e Bob cantou a canção para ela: “Daria para ouvir um alfinete caindo no chão”, afirmou Levy. Resultado: uma bela canção e Sara de volta aos braços de Bob. Quem disse que histórias de amor não têm um final feliz? Fonte: screamyell.com.br
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3 comentários:
Uau!! Ouvi só as introduções já gostei. Lindas canções. Vou ouvir esse álbum.
Maravilhoso, Esplêndido, Sensacional. Agradeço ao Edu por trazer esta Obra Prima do Mestre Dylan. Hurricane é Perfeita! Linda capa! Um dos discos que eu mais escutei na vida...Acabei de colocar o disco para tocar (4 musicas não é o suficiente).
"Here comes the story of the Hurricane, the Man the authorities came to blame for something that he's never done..." Dylan, Dylan... grande Dylan!
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