terça-feira, 30 de agosto de 2022

JOHN LENNON AND THE ELEPHANT'S MEMORY BAND


Rock and Roll panfletário era coisa corriqueira no Village e nos bares mais legais de Nova York, onde os heróis locais eram merecedores de estima igual, senão maior, aos campeões das paradas de sucessos. John Lennon ouviu comentários entusiásticos de Jerry Rubin, David Peel e outros sobre uma banda de rua da pesada chamada Elephant's Memory.
Elephant's Memory, também conhecida como Elephants Memory, sem o apóstrofe, foi formada entre 1967 e 1968, pelo saxofonista Stan Bronstein , veterano da orquestra de Tio Puente, e o baterista Rick Frank. Em 1968, eles adicionaram brevemente Carly Simon como vocalista. Em 1969, a formação se expandiu para incluir John Ward (baixo), Chester Ayers (guitarra), Myron Yules (trombone baixo), R .Sussmann (teclados), Michael Shapiro (vocal), Guy Peritore (guitarra e vocal), Danny Adler (guitarra e teclados), David Cohen (guitarra, teclados e vocal) e Michael Rose na guitarra. Duas de suas músicas, "Jungle Gym at the Zoo" e "Old Man Willow", apareceram na trilha sonora de 1969 do filme Midnight CowboyEm 1970, a Elephant's Memory conseguiu um pequeno sucesso com a música "Mongoose" (de Frank e Bronstein) pela Metromedia Records.

Entre 1970 e 1973, a formação permaneceu mais ou menos constante em torno de Stan Bronstein Rick Frank, juntamente com os guitarristas Wayne "Tex" Gabriel, o tecladista Adam Ippolito e baixista Gary Van Scyoc.
Essa formação que basicamente acompanhou Lennon & Yoko em seu álbum Some Time in New York City durante as sessões de gravação em março de 1972. O álbum foi lançado em junho nos Estados Unidos e em setembro de 1972 no Reino Unido.
Ainda em 1972, eles foram anunciados como a Plastic Ono Elephant's Memory Band e se apresentaram com Lennon e Ono em vários programas de TV, álbuns e shows.
Em abril e maio de 1972, a Elephant's Memory gravou seu segundo álbum auto-intitulado, produzido por Lennon e lançado pelo selo Apple Records, juntamente com o single "Power Boogie".

Esse disco também contém várias entusiásticas contribuições do próprio Lennon tocando guitarra e nos vocais de apoio e um segmento de piano. Este álbum nunca foi relançado em CD.

Em 30 de agosto de 1972, com a adição de John Ward no baixo e Jim Keltner na bateria, a banda tocou com Lennon e Ono no famoso One to One Concert organizado por Geraldo Rivera, para beneficiar a Willowbrook State School para crianças com deficiência intelectual. O concerto foi filmado e gravado, mais tarde lançado em fevereiro de 1986 como o álbum Live In New York City.

De outubro a novembro, a banda gravou material para o álbum duplo de Yoko Ono Aproximately Infinite Universe, lançado em janeiro de 1973.
A última vez que os Elefantes – a banda Elephant’s Memory – se apresentou ao lado de John Lennon, aconteceu no dia 6 de setembro de 1972, na maratona televisiva beneficente comandada por Jerry Lewis por ocasião do Dia do Trabalho. O evento anual em benefício dos portadores de distrofia muscular parecia uma ocasião bizarra para Lennon, dada a lista usual de convidados de Jerry Lewis: gente da velha guarda da indústria do entretenimento, como seus ex-parceiros Dean Martin, Frank Sinatra e ouros luminares de Las VegasLewis apresentou John e Yoko assim: “Senhoras e Senhores, apresentando, e muito orgulhoso em apresentá-los, duas das pessoas mais incomuns em todo o mundo, e não quero dizer apenas no mundo do entretenimento. Eles não se encaixam em nenhum formato ou padrões, exceto o padrão da excelência. Senhoras e senhores, John Lennon e Yoko”Lennon não mudou de estilo. De óculos escuros, com o cabelo esvoaçando em todas as direções e barba por fazer, tocou “Imagine” e com Yoko Ono e a banda, "Now or Never" (“cantada” por Yoko) e "Give Peace a Chance" numa versão reggae“Mandem dinheiro agora...”, pedia John entre os refrões para manter o telefone tocando. Mas, ao contrário da resposta pretendida, é muito possível que os telefones pararam de tocar enquanto John e Yoko estavam se apresentando.
Apesar de terem uma nítida conexão quando tocavam juntos, John e os Elefantes não duraram tanto, devido a diversas problemáticas, como a questão da imigração do músico - que era torturado continuamente pela espera de uma resposta definitiva do governo dos EUA. Enquanto não tivesse seu passaporte ajustado pelas autoridades locais, Lennon estava incapacitado de produzir algo musicalmente sério. Para se ter ideia, o máximo que o astro conseguiu foi fazer um show para caridade no Madison Square Garden de Nova York, em 1972. A parceria entre os elefantes e o leão-marinho durou o ano de 1972 inteiro e gerou o álbum “Sometime in New York City” que, infelizmente, não agradou nem o público, nem a crítica da época. "Da próxima a gente acerta", disse Lennon em 1973, que sempre esperou por dias melhores.

THE BEATLES AT THE HOLLYWOOD BOWL★★★★★★★★★


No dia 29 de agosto de 1965, os Beatles se apresentaram mais uma vez no Hollywood Bowl. No dia 30, estariam lá novamente. Como no ano anterior, o concerto no local foi gravado com a intenção de lançamento de um álbum ao vivo que só veria a luz do dia muitos anos depois. Em 4 de maio de 1977.

O lançamento de um álbum ao vivo dos Beatles gravado no Hollywood Bowl foi anunciado pela imprensa diversas vezes durante a década de 70. Em 72 surgiu a notícia de que o disco seria para combater o volume crescente de discos piratas. Um ano e meio depois, falou-se mais uma vez do lançamento. Foi divulgado que o LP seria a gravação de uma apresentação no Hollywood Bowl, em Los Angeles, em 23 de agosto de 1964. Nada. Em 1977, falou-se novamente na divulgação de um álbum ao vivo dos Beatles, mas agora com a notícia de que incluiria gravações da apresentação de 1964 e de outra de 29 de agosto de 1965.
Dessa vez, o disco saiu, e a espera dos fãs compensou. A eletricidade da atmosfera dos shows é captada perfeitamente, com os gritos de 17 mil fãs enlouquecidos! A desvantagem é que, com todo esse ruído, o disco não pode ser considerado técnica ou musicalmente perfeito. Das 13 faixas, seis, "All My Loving", "She Loves You", "Things We Said Today", "Roll Over Beethoven", "Boys" e "Long Tall Sally", foram gravadas na apresentação de 1964. As sete restantes, "Twist And Shout", "She’s a Woman", "Dizzy Miss Lizzy", "Ticket to Ride", "Can’t Buy Me Love", "A Hard Day’s Night" e "Help!", são de 65. Elas foram editadas em sequência (como se fossem de um único show) por George Martin e juntas formam um disco sensacional! Uma vez que as gravações foram feitas com antigos gravadores de três canais, foi necessário transferi-las para uma fita de 16 canais antes que George Martin e seu fiel engenheiro de estúdio Geoff Emerick pudessem filtrar, equalizar e editar o material. O principal problema do processo era que, com o uso contínuo do aparelho, as cabeças de gravação se superaqueciam e derretiam a fita magnética. O inventivo George Martin encontrou uma solução criativa: usar secadores de cabelo soprando o ar frio para resfriá-las.

Na contracapa do LP original de 1977, há um texto emocionado de George Martin, que tenta explicar a dificuldade na época para deixar o som o mais limpo possível. Como sempre, a gente confere aqui, com absoluta exclusividade.
"Há mais de doze anos atrás, os Beatles apresentaram-se pela primeira vez no Hol­lywood Bowl, em Los Angeles. Haviam cau­sado seu primeiro impacto na américa não muito antes mas eu já os tinha sob con­trato de gravação, para a EMI, há dois anos. Para falar francamente, eu não era favorável à gravação do concerto. Tinha certeza que não poderia ficar tão boa quanto as que fazíamos no estúdio, mas resolvemos tentar assim mesmo. Tecnica­mente, os resultados foram desapontadores; as condições de trabalho dos enge­nheiros foram extremamente difíceis. O caos — quase posso dizer pânico — que reinava nesses concertos era inacreditá­vel, a menos que você estivesse lá. Só foi possível fazer uma gravação em três ca­nais. Os Beatles não contavam com um sistema de “feed back” e não podiam ouvir o que cantavam. Além disso, os gritos in­cessantes de 17.000 pulmões jovens e saudá­veis tornariam inaudível até mesmo um avião a jato. Um ano mais tarde — em 1965 — John, Paul, George e Ringo apresentaram-se no­vamente no Hollywood Bowl e, mais uma vez, a Capitol gravou o espetáculo para a posteridade. Os tapes ficaram guardados por mais de uma década. Os rapazes e eu achávamos que não poderiam ser usados, porque se compunham de números que já haviam sido lançados em discos de estúdio. Falávamos sempre em fazer uma gravação ao vivo e, na verdade, foi essa a ideia ini­cial do malfadado álbum "Let It Be”, onde seria utilizado um material novo. Por tudo isso, foi com certa prevenção que concordei em ouvir aqueles primeiros tapes. A pedido de Bhaskar Menon, presiden­te da Capitol. O fato de serem as únicas gravações existentes dos Beatles, ao vivo — sem contar as ilegais, de qualidade infe­rior — não me impressionou muito. O que me impressionou foi a atmosfera eletrizante e a vibração espontânea que captaram. Junto com meu engenheiro de gravação, Geoff Emerick, comecei a trabalhar para trazer o show de volta à vida. Foi um tra­balho de amor. Pois não sabíamos se ficaria suficientemente bom para ser ouvido pelo mundo — sem mencionar John, Paul, George e Ringo. Transferimos a potência de três canais para a moderna, multicanal, fizemos a remixagem, purificamos, nivelamos e, de um modo geral, aperfeiçoamos os tapes. Assim, trabalhando cuidadosamente as duas gra­vações, produzimos essa que você vai ouvir agora. Obviamente, não houve alterações; todas as vozes e os instrumentos são in­terpretações originais — certas harmo­nias vocais, com três cantores num só canal, constituem prova suficiente disso. É um trecho da história que jamais se repetirá. Aqueles que tiveram a felicidade de ou­vir um concerto dos Beatles, ao vivo — em Liverpool, Londres, New York, Washington, Los Angeles, Tóquio, Sidney, ou em qual­quer outro lugar — sabem o quanto suas interpretações eram surpreendentes, úni­cas. Não era apenas a voz dos Beatles, era a expressão de todos os jovens do mundo. Aos que ficam imaginando o porquê de todo este estardalhaço em torno deles, esse álbum deverá dar uma pequena ideia. Pode ser apenas um pobre substituto para a realidade daqueles dias mas, agora, é tudo o que resta. No desiludido e sofisticado mundo de hoje, é difícil compreender a emoção pro­vocada pelo rompimento do conjunto. Uma vez, minha filha mais nova, Lucy, agora com nove anos, falou-me a respeito deles. "você costumava gravá-los, não, papai? Eles eram tão bons como os Bay City Rollers?”. “Provavelmente, não”, respondi. Algum dia, ela mesma descobrirá. Aqueles que clamam pela reconciliação dos Beatles não percebem que nunca mais poderia ser a mesma coisa. Os rapazes, à sua maneira, nos deram muito de suas vidas, como os Beatles e, agora, encontraram sua própria individualidade. Desejo-lhes boa sorte. Sinto-me muito orgulhoso por ter participado de sua história. Muito obrigado a John. Paul, George e Ringo". George Martin.
Em 2016, com o lançamento do documentário "The Beatles: Eight Days a Week - The Touring Years", The Beatles At The Hollywood Bowl foi remasterizado e relançado em CD e em LP. Mas sem metade do charme do álbum original de 1977.

segunda-feira, 29 de agosto de 2022

WINGS - VENUS AND MARS - ROCK SHOW E JET ★★★★★


O álbum excelente e incomparável álbum triplo WINGS OVER AMERICA, lançado em 10 de dezembro de 1976, já começa com um medley com três pedradas e a banda dizendo a que veio: primeiro com a suave “Venus And Mars", emendada com as pauladas “Rock Show” e “Jet". Mas o show de Rock and Roll ainda está começando. Isso foi só um prenúncio do está por vir! Ainda no mesmo lado 1 do LP, segue-se mais outras três pedradas nas vidraças: a excelente “Let Me Roll It" e o dois rockões "Spirits of Ancient Egypt" e "Medicine Jar".

THE BEATLES - YOU REALLY GOT A HOLD ON ME ★★★★★


"You Really Got a Hold on Me" (Você realmente me conquistou) foi um hit de 1962 composto por Smokey Robinson, gravada por The Miracles e aparece no álbum The Fabulous Miracles para a Tamla (Motown) label. A música, que entrou para o Top 10, fala sobre os sentimentos de um cara tão apaixonado por uma mulher que não pode deixá-la.
"You Really Got a Hold on Me" foi um grande sucesso para os Miracles, chegando a posição número oito na Billboard Hot 100 e número 1 na parada de R&B singles entre 1962 e 1963.

Foi também o segundo hit do grupo a vender mais de um milhão cópias, depois de "Shop""You Really Got a Hold on Me" foi uma das mais famosas do início dos anos Motown foi e foi regravada por muita gente, incluindo a versão mais famosa dos Beatles. Também foi coverizada por Percy Sledge, Mike and the Mechanichs, Greg Lake, Little Caesar e os Cônsules, The Zombies, Small Faces, The Temptations, The Supremes e tantos outros.
"You Really Got a Hold on Me" foi a primeira faixa gravada pelos Beatles, para seu segundo álbum With the Beatles, com John Lennon no vocal principal (claro) e George Harrison em estreita harmonia. Os Beatles tinham conseguido uma cópia importada da música gravada por The Miracles e a incluíram em seu repertório no início de 1963. Foi gravada nos estúdios da EMI em 18 de julho de 1963 em 11 takes. Foi produzida por George Martin e teve Norman Smith como engenheiro. Foi lançada no álbum With the Beatles em 22 de novembro de 1963 no Reino Unido e em 10 de abril de 1964 nos Estados Unidos no álbum The Beatles' Second Album. John Lennon: canta e toca guitarra; Paul McCartney: faz backing vocals e toca baixo; George Harrison faz backing volcals e toca guitarra; Ringo Starr toca sua bateria e George Martin toca o piano.

Os Beatles também gravaram "You Really Got a Hold on Me" em outras quatro ocasiões, para a rádio BBC ainda em 1963. Uma delas, do dia 30 de julho, foi incluída no Live at the BBC em 1994 e outra versão gravada ao vivo em Estocolmo, Suécia, em outubro de 1963 aparece no Anthology 1.

27/08/1967 - A ESTRANHA MORTE DE BRIAN EPSTEIN


Ele nunca apareceu em capas de discos, não compôs refrãos famosos nem arrancou gritos e suspiros de fãs ensandecidas. Sem Brian Epstein, entretanto, talvez você jamais tivesse ouvido falar em John Lennon e “iê, iê, iê” seria apenas uma simples expressão sem sentido. Epstein nasceu em 19 de setembro de 1934, em Liverpool, e começou a ganhar a vida trabalhando em uma loja de discos. Brian Epstein era homossexual (em uma época que isso era crime) e isso só se tornou público tempos depois de sua morte. A homossexualidade de Brian era conhecida somente entre os mais próximos, inclusive os Beatles. Devido a uma maior proximidade que tinha com John Lennon surgiram rumores que os dois tiveram um breve caso numa viagem que fizeram juntos para a Espanha em abril de 1963. Pouco depois de começar a empresariar os Beatles, Brian começou a tomar anfetaminas. Para ele era o único meio de manter-se acordado até altas horas durante as exaustivas turnês.
Mais tarde, se envolveu  no uso de outras drogas como a maconha e o LSD. Pouco antes de sua morte, Brian foi internado na clínica Priory tentando se livrar do uso de anfetaminas e da insônia.

Sua última visita aos estúdios de gravação de "seus rapazes", foi em 23 de agosto. No dia seguinte ele partiu para sua casa no campo em Uckfield (Sussex) para férias. Chegando em Uckfield, resolveu voltar a Londres. No dia 27 de agosto de 1967, Brian Epstein foi encontrado morto em seu quarto, aos 32 anos.
No laudo, constava "morte acidental" por overdose de Carbitol, um medicamento para insônia. No dia de sua morte, os Beatles estavam em Bangor meditando com o Maharishi Mahesh Yogi quando souberam da notícia e ficaram visivelmente chocados. O corpo de Brian encontra-se sepultado no Cemitério Judaico Kirkdale, Kirkdale, Merseyside na Inglaterra.
Sobre a morte de Brian, John Lennon disse: "Estávamos no País de Gales com o Maharishi. Havíamos acabado de assistir à sua primeira palestra quando recebemos a notícia. Fiquei chocado, todos nós ficamos, e fomos falar com o Maharishi. ‘Ele morreu’, dissemos, e ele, como um idiota, dizia em tom paternal, ‘Esqueçam, fiquem felizes, sorriam’, e foi o que fizemos. Senti o que qualquer um sente quando uma pessoa íntima morre: algo dentro de nós dizendo de forma descontrolada, ‘ainda bem que não fui eu’. Não sei se você já passou por isso, mas muitas pessoas próximas a mim morreram e eu pensei ‘Que droga! Não há nada a fazer’. Sabia que estávamos em uma enrascada. Estava assustado, pois não tinha nenhuma ilusão de que pudéssemos fazer qualquer outra coisa a não ser tocar, e pensei ‘Estamos acabados’. Eu gostava de Brian e tivemos uma relação estreita durante anos, por isso não quero que nenhum estranho seja nosso empresário, simplesmente isso. Gosto de trabalhar com amigos. Eu era o mais próximo de Brian, tão próximo quanto se pode ser de alguém que leva um estilo de vida ‘gay’, e você não sabe o que ele faz por fora. De todos os Beatles, eu era o mais próximo de Brian e realmente gostava muito dele. Nós tínhamos plena confiança nele como empresário. Para nós, ele era o especialista. Bem, no começo ele tinha uma loja e achávamos que qualquer um que tivesse uma loja sabia o que fazer. Ele costumava encantar e seduzir a todos, mas, às vezes explodia, tinha acessos de raiva e tinha crises de poder e, então, sabíamos que iria desaparecer por alguns dias. De tempos em tempos, entrava em crise e todo o negócio parava, pois ficava prostrado na cama, tomando soníferos por dias a fio. Às vezes desaparecia, porque fora espancado por algum estivador em Old Kent Road. No início, não sabíamos o que realmente acontecia, mas, mais tarde, descobrimos a verdade.
Nunca teríamos conseguido chegar ao topo sem sua ajuda e vice-versa. No começo de nossa carreira tanto Brian quanto nós contribuímos, nós tínhamos o talento e ele fazia as coisas acontecerem. Mas ele não tinha força suficiente para nos controlar. Nunca conseguiu que fizéssemos algo que não queríamos”.

sexta-feira, 26 de agosto de 2022

THE BEATLES - LOVE ME DO MEDLEY - 1964


Esta gravação, parte do especial "Around The Beatles" é o único medley de músicas dos Beatles, gravado deliberadamente por eles, é dezoito anos anterior ao confuso The Beatles' Movie Medley, que foi compilado sem a permissão dos Beatles. Na sequencia, estão "Love Me Do", "Please Please Me", "From Me To You", "She Loves You" e "I Want To Hold Your Hand", emendadas com "Can't Buy Me Love". Show!

JOHN LENNON - BEEF JERKY - GENIAL!★★★


A instrumental “Beef Jerky” (algo como “Carne Seca”), foi composta e gravada por John Lennon entre julho e agosto de 1974 e lançada no álbum Walls And Bridges, primeiramente em 23 de setembro de 1974 nos EUA, e em 4 de outubro de 1974, no Reino Unido“Beef Jerky” foi também lançada como lado B do single “Whatever Gets You Thru The Night” – único single de John Lennon em vida, a alcançar o #1 nos EUA.
“Beef Jerky” é um funk pesado com bases de blues, recheado de riffs de guitarras irregulares e um arranjo bem arrojado. O riff de guitarra central foi criado por Lennon a partir de uma demo caseira gravada em 1973 que acabou se tornando “Tight A$”, do álbum Mind Games em novembro de 1973. Lennon também já tinha feito uma guitarra parecida em Everybody’s Got Something To Hide Except Me And My Monkey, gravada pelos Beatles em 1968 para o álbum branco. Da gravação de  participaram: John Lennon, guitarra líder; Jesse Ed Davis, guitarra; Klaus Voormann, baixo; Arthur Jenkins, percussão; Jim Keltner, bateria; Bobby Keys, Steve Madaio, Howard Johnson, Ron Aprea, e Frank Vicari, metais. Sobre “Beef Jerky”, Lennon disse: "Eu gosto desta porque eu não canto, e posso ficar ouvindo sem me ouvir minha voz o tempo todo".

PAUL McCARTNEY - CALICO SKIES*****


"Calico Skies" é a sexta música do álbum de 1997 de Paul McCartney, Flaming PieDurante as sessões do álbum Off The Ground, Paul McCartney decidiu gravar também, mais outras três faixas acústicas que acabaram não entrando no álbum, lançado em 1993. Entre elas estava "Calico Skies", composta durante um feriado após um blecaute na região de Long Island, onde McCartney costumava passar as férias de verão com a família no hemisfério norte e que foi afetada pela passagem do furacão Bob. O clima folk de "Calico Skies" foi reproduzido com a supervisão do produtor George Martin, que também produziria "Great Day", também lançada em Flaming Pie e "When Winter Comes", que permaneceu inédita até McCartney III, em dezembro de 2020. No início de março de 1998, Paul contribuiu com um vídeo de "Calico Skies" para o especial de TV "Christopher Reeve - A Celebration Of Hope" da rede americana ABC. "Calico Skies" também foi arranjada para quarteto de cordas e esta versão foi incluída no álbum de 1999 de McCartney Working Classical. A música também foi regravada para inclusão no álbum Hope, lançado em 2003 para ajudar as vítimas da Guerra do Iraque.

TERRY JACKS - SEASONS IN THE SUN ❋❋❋❋❋


Originalmente "Le Morribond" ("The Dying Man"),  foi escrita e interpretada em francês pelo poeta e compositor belga Jacques Brel em 1961. O poeta americano Rod McKuen traduziu a letra para o inglês e, em 1964, o Kingston Trio lançou a primeira versão em inglês da música. Esta foi a versão que Terry Jacks ouviu, e que se tornou a base para sua versão. A versão original de Jacques Brel é bastante sombria, mas Jacks teve uma inspiração sincera para a reformulação da música: um bom amigo seu estava com leucemia e com apenas seis meses de vida. "Ele se foi em quatro meses", Jacks disse. "Ele era um grande amigo meu, um dos meus melhores amigos, e ele disse que eu era o primeiro para que ele contou. Eu me lembrei dessa música de um velho morrendo de coração partido, e gostei um pouco da melodia, havia algo lá. Eu reescrevi a música sobre meu amigo". Em 1973, "Seasons In The Sun" foi lançada como o segundo single de Jacks ("Concrete Sea" foi o primeiro), e foi um enorme sucesso, indo para o primeiro lugar nos Estados Unidos por três semanas e também no topo das paradas do Reino Unido e Canadá.
Terry Jacks lançou o single pelo seu próprio selo, Goldfish Records, e ficou surpreso quando se tornou o single mais vendido da história canadense: mais de 285.000 cópias vendidas em questão de semanas. O vice-presidente da Bell Records, Dave Carrico, ouviu o disco, voou para Vancouver e comprou os direitos americanos. Bell lançou a música nos EUA e, em 14 de fevereiro de 1974, ganhou seu primeiro RIAA Gold Award por vendas de mais de um milhão de cópias. Eventualmente, vendeu mais de três milhões de cópias apenas nos Estados Unidos. Em todo o mundo, o número foi superior a seis milhões.
"Seasons in the Sun" é a história de um moribundo, despedindo-se de seus entes queridos que compartilharam sua vida. Pouco antes do lançamento da gravação de Terry Jacks, Jacques Brel se aposentou, no auge de sua popularidade. Seus fãs ficaram surpresos, mas o compositor não deu razão. Depois de anos, a verdade foi revelada: após uma batalha silenciosa de seis anos contra o câncer, Brel sucumbiu à doença e morreu em 9 de outubro de 1978. Com o dinheiro que ganhou com essa música, Jacks comprou um barco, que batizou de "Seasons in the Sun". Começou a navegar pela costa oeste do Alasca e Canadá, e teve algumas revelações de caráter religioso. Terry Jacks tornou-se cristão e começou uma busca pessoal para proteger a natureza. Desistiu da música e se tornou um ativista ambiental, lutando contra as fábricas de papel canadenses, que ele acusou de despejar toxinas e destruir florestas. Ele fez alguns filmes sobre o assunto, incluindo The Faceless Ones e The Warmth of Love: The 4 Seasons of Sophie Thomas, mantendo um estilo de vida modesto no Canadá financiado por suas realizações musicais. Terry Jacks está com 78 anos.

THE BEATLES - HELLO GOODBYE**********


"Hello, Goodbye" foi composta exclusivamente por Paul McCartney, é creditada à dupla Lennon e McCartney e foi lançada como compacto tendo "I Am The Walrus" de John Lennon como lado B (o que muito o desagradou), em 24 de novembro de 1967 no Reino Unido e 27 de novembro do mesmo ano nos Estados Unidos, alcançando o topo das paradas em todo o mundo, sendo 1º lugar nos EUA, Reino Unido, Nova Zelândia, Canadá, Austrália e vários outros países. Também fez muito sucesso aqui no Brasil. Nos Estados Unidos, "Hello, Goodbye" foi direto para o topo da parada de singles da Billboard, permanecendo nesta posição por três semanas, e se tornou a 15ª música dos Beatles nº 1 no país. Além de ter sido lançada como single, "Hello, Goodbye" é a primeira música do lado 2 do LP Magical Mystery Tour antes de “Strawberry Fields Forever”. Apesar de estar incluída no álbum com a trilha sonora, "Hello, Goodbye" não aparece no filme. Mais tarde foi lançada nos álbuns "1967-1970", "1" e "Anthology 2".

PARAMAHANSA YOGANANDA - A BIOGRAFIA DE UM IOGUE ॐॐॐॐॐॐॐॐॐॐॐॐॐॐॐॐॐॐॐ


Paramahansa Yogananda veio ao mundo em 5 de janeiro de 1893 e desencarnou em 7 de março de 1952, com 59 anos. Ele é considerado um dos maiores emissários da antiga filosofia da Índia para o Ocidente. Através da Self-Realization Fellowship (SRF), a organização que fundou ao chegar aos Estados Unidos, foi pioneiro ao promover a prática da meditação por meio das lições que os estudantes recebiam em casa, pelo correio, para cumprir a sua missão mundial de difundir as técnicas de Kriya Yoga. Paramahansa Yogananda teve sua singular história de vida imortalizada no best-seller "A Autobiografia de Um Iogue"Ele foi o último de uma sucessão de três grandes mestres indianos (Mahavatar Babaji, Lahiri Mahasaya e Swami Sri Yukteswar), tendo a missão de trazer para o ocidente a redentora mensagem e técnica de Kriya Yoga através da Self-Realization Fellowship. Excepcional autodidata, explica com clareza em seu livro, "A Autobiografia de Um Iogue", as leis sutis, mas definidas, pelas quais os verdadeiros iogues realizam milagres e atingem o autodomínio.

É esta a primeira vez que um autêntico iogue hindu escreve a história de sua vida para leitores do Ocidente. Descrevendo com vívidos detalhes muitos anos de treinamento espiritual com Siri Yukteswar, um mestre que em muito se assemelhava ao Cristo, Yogananda revela aqui um aspecto fascinante e pouco conhecido da moderna Índia. Paramahansa Yogananda iniciou na ioga mais de 100.000 estudantes - técnicas científicas para despertar a consciência divina do homem. Neste livro ele explica, com clareza científica, as leis sutis mas definidas pelas quais os iogues realizam milagres e alcançam o autodomínio. Yogananda, diplomado pela Universidade de Calcutá, escreve, com inesquecível sinceridade e incisiva agudeza. Capítulos cheios de vida são dedicados a suas visitas ao Mahatma Gandhi, a Rabindranath Tagore, a Luther Burbank e a Therese Neumann - a católica estigmatizada da Bavária"A Autobiografia de Um Iogue" tornou-se um best-seller desde que foi publicado em 1946 em inglês, quando Yogananda vivia nos EUA. Considerado um clássico espiritual moderno por editoras, livrarias e escritores de variadas nacionalidades, na virada do milênio "A Autobiografia de Um Iogue" foi nomeado uma das "100 mais importantes obras espirituais do século XX".

Conforme relatado por vários de seus discípulos, em diversas ocasiões pouco antes da sua morte, Yogananda deu uma série de indicações de que havia chegado a hora de deixar o mundo, mas nenhum deles compreendeu na época. E nos dias que antecederam sua partida, realizou uma detalhada agenda de visitas, cartas, contatos e instruções pessoais, numa clara alusão de despedida, como se verificou depois. Em 7 de março de 1952, Yogananda participou de um jantar homenageando a visita do embaixador indiano nos Estados Unidos Binay Ranjan Sen e de sua esposa no Biltmore Hotel, em Los Angeles. Duzentos e quarenta convidados estavam presentes, incluindo-se 35 estudantes da SRF, vindos de Los Angeles e cidades vizinhas. Após a conclusão do banquete, Yogananda falou a respeito da Self-Realization Fellowship e sua influência sobre a paz e a boa vontade entre as nações, sobre as contribuições da Índia e da América para a solidariedade mundial e o progresso humano, expressando sua esperança de um "Mundo Unido", "um lar espiritual de Deus". Concluiu seu discurso com a estrofe final de seu poema "Minha Índia": “Onde o Ganges, os bosques, as grutas do Himalaia e os homens sonham com Deus; Eu sou abençoado, meu corpo tocou este solo” e caiu ao chão com um leve sorriso no rosto.

Na revista Time Magazine, em 4 de agosto de 1952, foi publicado o depoimento de Harry T. Rewe, diretor do Cemitério Forest Lawn de Los Angeles, que descreveu, em uma carta enviada à SRF, sua experiência inusitada com a incorruptibilidade do corpo de Yogananda: "A ausência de quaisquer sinais visíveis de decomposição no cadáver de Paramahansa Yogananda constitui o mais extraordinário caso de nossa experiência. Nenhuma desintegração física era visível no corpo, mesmo vinte dias após a morte. Nenhum indício de bolor revelava-se em sua pele e nenhum dessecamento (secagem) ocorreu nos tecidos orgânicos. Tal estado de preservação perfeita de um corpo, até onde vão nossos conhecimentos dos anais mortuários, é algo sem paralelo. Nenhum odor de decomposição emanou de seu corpo em qualquer tempo. A aparência física de Yogananda em 27 de março, pouco antes de colocar-se a tampa de bronze no ataúde, era a mesma de 7 de março. Ele parecia, em 27 de março, tão cheio de frescor e intocado pela corrupção, como na noite de sua morte".
Entre os seguidores de Paramahansa Yogananda, figuravam muitos nomes importantes no campo da ciência, negócios e artes, incluindo o cientista Luther Burbank, a cantora lírica Amelita Galli-Curci, George Eastman (o inventor da câmera Kodak), o ganhador do Prêmio Nobel Thomas Mann, a atriz Greta Garbo e o maestro Leopold Stokowski. Posteriormente à sua morte, seus ensinamentos atraíram famosos como Elvis Presley, George Harrison, o ator Dennis Weaver, o PhD em filosofia e matemática, Bob Moses, e outros. Em 1927, Yogananda também foi oficialmente recebido na Casa Branca pelo Presidente Calvin Coolidge, que havia se interessado por suas atividades narradas pela maioria dos jornais americanos.

Paramahansa Yogananda sempre foi um dos gurus preferidos de George Harrison. Seu rosto, é um dos quatro gurus indianos escolhidos por Harrison, para figurarem entre as 70 que aparecem na capa do álbum Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band dos Beatles.