domingo, 22 de setembro de 2024

WINGS - WITH A LITTLE LUCK - 1978 ⭐⭐⭐⭐🍀🍀🍀


"With a Little Luck" é uma música de Paul McCartney, lançada em 20 de março de 1978, como single por sua banda Wings como o primeiro do álbum London Town, em 31 de março. Chegou ao topo da parada Billboard Hot 100 em maio de 1978. "With a Little Luck" foi escrita na Escócia e foi o single seguinte do Wings ao então single mais vendido do Reino Unido de todos os tempos, "Mull of Kintyre". Foi gravada em maio de 1977 nas Ilhas Virgens a bordo do barco Fair Carol, equipado com um estúdio de 24 canais. O álbum, que tinha o título provisório Water Wings, foi lançado em março de 1978 como o sétimo álbum da banda. Durante essas gravações, o guitarrista principal, Jimmy McCulloch e o baterista Joe English gravaram gravaral algumas faixas, mas saíram, retornando a banda à formação de três integrantes que havia gravado Band on the Run em 1973. McCartney tocou piano elétrico, baixo e sintetizador na música; English provavelmente estava na bateria, enquanto Denny Laine e Linda McCartney ajudaram com alguns teclados. "With a Little Luck" alcançou o primeiro lugar nos Estados Unidos e Canadá, e o quinto lugar no Reino Unido. Enquanto estava no topo das paradas nos EUA, McCartney anunciou a nova formação do Wings com o guitarrista Laurence Juber e o baterista Steve Holley.

terça-feira, 17 de setembro de 2024

PAUL McCARTNEY - WANDERLUST - 1982 ⭐⭐⭐⭐⭐⭐


Em maio de 1997, Paul McCartney, sua mulher Linda e seus Wings, estavam nas Ilhas Virgens gravando o que seria o álbum London Town. Certo dia, Paul e Linda resolveram passear e alguém lhe alugou uma embarcação especial para se divertirem pelas águas tranquilas. Wanderlust era o nome do catamarã, comandado por um capitão truculento. Depois de alguns minutos mar adentro, o tal capitão sentiu o cheiro da maconha e enfezado disse que drogas não eram permitidas a bordo e eles teriam que deixar o barco e seriam presos. Então houve uma espécie de discussão e os McCartney escolheram outro barco. Tempos depois, Paul compôs "Wanderlust" sobre o episódio.
“Wanderlust” foi lançada em 26 de abril de 1982como a terceira faixa do lado 2 do excelente TUG OF WAR (LP) e mais tarde, como oitava do CD. Paul McCartney queria que “Wanderlust” tivesse um solo de guitarra de George Harrison. Ele, Linda, George Martin (produtor do álbum) e Denny Laine foram visitar George em sua casa, Friar Park, onde ele tinha seu estúdio pessoal (FPSHOT – Friar Park Studio, Henley-On-Thames). Antes de trabalhar em “Wanderlust”, George Harrison pediu a Paul para gravar alguns backing vocals para sua música “All Those Years Ago”. No final, o overdub de guitarra para “Wanderlust” nunca chegou a ser gravado. E em vez de um solo de guitarra, McCartney decidiu usar um conjunto de metais. "Eu gostei de fazer essa faixa, e o conjunto de metais foi ótimo; Eles eram fabulosos, o Philip Jones Brass Ensemble. Acho que, ouvindo o disco novamente recentemente, não usei o conjunto de metais o suficiente. Eles poderiam ter feito mais; eles poderiam ter sido mais frequentes na música, em vez de apenas no solo", disse Paul.
“Wanderlust” foi regravada para o filme de McCartney de 1984, “Give My Regards To Broad Street” (ainda com Philip Jones Brass Ensemble). A versão completa com duração de 4:07 apareceu no CD da trilha sonora, enquanto uma versão abreviada de 2:48 foi lançada no LP.

Em 2014, "Wanderlust" foi gravada por Brian Wilson para o álbum The Art Of McCartney.

ELECTRIC LIGHT ORCHESTRA - FOUR LITTLE DIAMONDS - 1983 - 💎💎💎💎


"Four Little Diamonds” parecia algo que os Beatles poderiam ter feito em cinco minutos quando estavam entediados". Paul Elliott.
Secret Messages foi o décimo álbum de estúdio da Electric Light Orchestra (ELO), lançado em 1983 pela Jet Records. Foi o último da banda com o baixista Kelly Groucutt, o maestro Louis Clark e instrumentos de cordas reais, e o último pelo selo Jet. Foi também o último álbum de estúdio da Electric Light Orchestra a se tornar um hit mundialmente top 40 após o lançamento, 5 de junho de 1983. "Secret Messages, como o título sugere, está repleto de mensagens ocultas, algumas óbvias e outras nem tanto”. Disse Jeff Lynne em resposta às alegações de mensagens satânicas ocultas em LPs anteriores da Electric Light Orchestra por fundamentalistas cristãos.
Com um riff poderoso, "Four Little Diamonds" é a primeira faixa do lado 2 do LP Secret Messages e 6ª do CD. Também foi destaque nos álbuns de compilação Afterglow (com uma introdução um pouco mais longa) e Flashback. O single não foi muito bem nos Estados Unidos, passando apenas 2 semanas na parada Billboard Hot 100 e alcançando a posição 86. Também teve baixa pontuação no Reino Unido, alcançando a 84ª posição. A música se refere à busca feita por alguém de quem foi levado um anel com “quatro pequenos diamantes” incrustados nele. Muitos acham que “quatro pequenos diamantes” é uma referência clara aos Beatles. A introdução tem um momento divertido onde Jeff Lynne e uma outra pessoa, ou ele mesmo através da magia do estúdio, trocam ideias sobre como começar a música.

quinta-feira, 12 de setembro de 2024

THE BEATLES - I'M LOOKING THROUGH YOU - 1965


“I'm Looking Through You” (de Paul), com seus 2:25 de duração é a 3ª música do lado 2 do fantástico Rubber Soul depois de "Girl" (de Lennon) e antes de "In My Life" (também de Lennon). Foi composta por Paul McCartney e creditada a Lennon-McCartney, claro.
Assim como emYou Won’t See MeeWe Can Work It Out, “I'm Looking Through You” também é sobre seu relacionamento com a atriz inglesa Jane Asher, sua namorada por boa parte dos anos 1960, e sua recusa em desistir de sua carreira para se concentrar nas necessidades dele.

O verso "Você não parece diferente, mas mudou" reflete a insatisfação de McCartney com o relacionamento.

A letra também se refere à mudança de estado emocional: "O amor tem um mau hábito de desaparecer da noite para o dia" (Love has a nasty habit of disappearing overnight).

Aqui, a gente confere um trecho do livro de Steve Turner, 1966 - O Ano Revolucionário: “A mudança de Jane Asher para Bristol começou a preocupar Paul McCartney. Significava que ela não estava mais à disposição, mesmo que ele ainda estivesse morando na casa da família Asher. Como um jovem de origem operária de Liverpool, era difícil para ele entender uma garota que colocava sua carreira antes do amor. Anos depois, McCartney admitiu para Hunter Davies que toda a sua existên­cia até aquele momento girava em torno de levar uma vida de soltei­ro sem preocupações. Ele não tratava as mulheres como a maioria das pessoas. Sempre havia muitas em volta dele, mesmo quando esta­va em uma relação estável. "Eu sei que era egoísta. Jane foi embora e eu disse 'tudo bem, vá. Eu encontro outra pessoa'. Foi devastador ficar sem ela. Foi quando escrevi “I’m Looking Through You", ele contou. Era sua canção mais amarga até então. Em vez de questionar as próprias atitudes, Paul acusa a mulher de ter mudado e faz a amea­ça levemente velada de deixar de gostar dela. O amor tem o hábito, ele alerta, de desaparecer da noite para o dia. Ele depois se lembraria da canção como tendo servido para livrá-lo de "uma pesada bagagem emocional".
Durante outubro e novembro de 1965, os Beatles gravaram três versões de "I'm Looking Through You". A 1ª tomada foi gravada em 24 de outubro e era mais lenta que a versão lançada no álbum. Tinha um ritmo significativamente diferente e não possuía o "Por que, me diga por que...” (Why, tell me why...), na entrada do refrão. Esse Take 1 apareceu em 1996 no Anthology 2. Os Beatles gravaram o primeiro remake da faixa em 6 de novembro, já no final das sessões do Rubber Soul, mas ficaram novamente insatisfeitos com o resultado. O Take 4, a versão final, foi gravado em 10 de novembro com overdubs no dia seguinte.
Os créditos da contracapa do single e do álbum, indicam que Ringo Starr tocou órgão eletrônico nesta canção, um instrumento não usual para o baterista, só que o pesquisador Mark Lewishon afirma que não se pode ouvir o instrumento na gravação e que o crédito não consta nas fitas de gravação originais da música.

"I'm Looking Through You", assim como todas as faixas do álbum, foi produzida por George Martin e teve Norman Smith como engenheiro de som. Paul McCartney faz os vocais e toca baixo; John Lennon faz backing vocals e toca guitarra; George Harrison toca guitarra e pandeiro e Ringo Starr toca sua bateria, órgão e percussão.

COLD TURKEY - SOMETHING - COME TOGETHER


Abbey Road contém algumas das gravações mais tecnicamente apuradas dos Beatles e várias das harmonizações vocais mais intrincadas que realizaram. Em algumas faixas foi usado um sintetizador, por sugestão de Harrison, que havia gravado o álbum Electronic Sound usando apenas esse instrumento. Este disco, e sua outra empreitada solo, a trilha sonora Wonderwall - onde o foco e a música indiana demonstravam que os interesses musicais de George não se encaixavam mais com os da banda. John Lennon, agora descontente por continuar a ser um beatle, também começara a enveredar na carreira solo. Com a ajuda de Yoko Ono, gravara Unfinished Music No. 1: Two Virgins e Unfinished Muslc No. 2: Life With The Lons. dois álbuns de música avant-garde. Além disso, lançara um compacto, "Give Peace A Chance", gravado pela Plastic Ono Band. A carreira solo prosseguiu com os lançamentos de The Wedding Album, seu terceiro disco de música experimental; Live Peace in Toronto, uma gravação ao vivo da Plastic Ono Band, e o compacto Cold Turkey - todos eles algumas semanas depois do lançamento de Abbey Road. Aparentemente, Lennon desejava que os Beatles gravassem "Cold Turkey" como seu novo compacto, mas Paul e George não se interessaram. Acompanhado por Ringo, Eric Clapton e Klaus Voorman, a primeira formação da Plastic Ono Band, John gravou "Cold Turkey"; devido a data do lançamento, esse disco entrou em competição direta com "Something / Come Together, as primeiras músicas de um álbum já lançado pelos Beatles a serem comercializadas também em um compacto simples no Reino unido. (Jeff Russel)

terça-feira, 10 de setembro de 2024

THE BEATLES - EVERYBODY'S TRYING TO BE MY BABY - ⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐


Com belos vocais de George Harrison e um show de guitarras, Everybody's Trying To Be My Baby foi escolhida como a faixa de encerramento do álbum Beatles For Sale, quarto álbum dos Beatles em outubro de 1965. A música, de autoria de Carl Perkins, foi originalmente gravada por ele em 1957. Os Beatles gravaram duas outras canções de Perkins para a EMI - Honey Don't e Matchbox, ambas cantadas por Ringo Starr. Eles também tocaram várias de suas músicas ao vivo: Lennon cantou Tennessee, Bopping The Blues, Blue Suede Shoes e versões iniciais de Honey Don’t, McCartney cantou Sure To Fall (In Love With You) e fez dueto com Lennon em Lend Me Your Comb. George Harrison, entretanto, era indiscutivelmente o maior fã de Perkins no grupo.
Ele cantou Your True Love e Glad All Over, além de Everybody's Trying To Be My Baby. Além disso, durante a primeira turnê dos Beatles na Escócia em 1960, como banda de apoio para Johnny Gentle, todos decidiram adotar pseudônimos. George tornou-se brevemente conhecido como Carl Harrison. Os Beatles gravaram Everybody's Trying To Be My Baby para o programa de rádio da BBC Saturday Club em novembro de 1964. Esta versão pode ser ouvida no Live At The BBC. Eles também a gravaram em junho de 1963 para o programa Pop Go The Beatles. A música voltou a ser tocada ao vivo por eles em 1965, após o lançamento do Beatles For Sale. Uma versão ao vivo, gravada no Shea Stadium em 15 de agosto foi incluída no Anthology 2.

Para o álbum Beatles For Sale, os Beatles gravaram Everybody's Trying To Be My Baby em uma única tomada em 18 de outubro de 1964. A gravação continha uma grande quantidade de ecos nos vocais de Harrison, que foram rastreados duas vezes para torná-los ainda mais completos. Para isso, os engenheiros da Abbey Road usaram uma técnica chamada STEED: eco de fita única e atraso de eco. Os Beatles inseriram uma pequena pausa entre as linhas no primeiro verso, um arranjo emprestado da gravação original de Perkins em Blue Suede Shoes. O final falso, entretanto, foi invenção do próprio grupo. Genial, sensacional!!!

JEFF HEALEY - WHILE MY GUITAR GENTLY WEEPS ★★★★★★★★★★★★★★★★★★★★★★★★★★★★★★★★★


Em 1990, The Jeff Healey Band lançou seu segundo álbum, Hell to Pay, que trazia nada mais, nada menos que George Harrison tocando com Jeff Healey na faixa cover dos Beatles "While My Guitar Gently Weeps" e também Mark Knopfler (Dire Straits) tocando em “I Think I Love You Too Much”, outro grande sucesso. Hell to Pay é considerado por muitos fãs e imprensa, como sendo o melhor álbum da banda. Além das presenças de HarrisonKnopfler, Eric Clapton também participou de Hell to Pay.

Não deixe de conferir a superpostagem especial de JEFF HEALEY, publicada aqui em 2 de março de 2011, em que além de "While My Guitar Gently Weeps" também toca "Yer Blues". Imperdível!

terça-feira, 3 de setembro de 2024

RICHARD AVEDON – A ARTE DE FOTOGRAFAR ESTRELAS


Pense em qualquer grande superestrela da segunda metade do século XX. É quase certo que quem você pensou, tenha estado em frente as lentes de RICHARD AVEDON (Nova York, 15/05/1923 - San Antonio, 1/09/2004) - conhecido por revolucionar a fotografia da moda criando um novo padrão que se mantém até hoje.
Com vários trabalhos publicados nas revistas Harper’s Bazaar, Egoiste, The New Yorker e Vogue, o nova-iorquino Richard Avedon fotografou grandes nomes da moda e arte do século como Coco Chanel, Marilyn Monroe, Audrey Hepburn, Elizabeth Taylor, Twiggy, Pablo Picasso e uma infinidade de outrosalém de fotos publicitárias para marcas como Calvin Klein, Versace, e Revlon. Seu trabalho foi consolidado em 1957, em sua contribuição como consultor visual do filme “Cinderela em Paris”, do diretor Stanley Donen com Audrey Hepburn e Fred Astaire nos papéis principais. A colaboração não foi casual: o filme foi inspirado nos bastidores das publicações de moda e conta com as belíssimas fotografias de Avedon.

De todos os grandes fotógrafos que tiveram oportunidade de fotografar os BeatlesAvedon merece um lugar de grande destaque. Avedon é considerado de forma quase unânime, como um dos mais criativos e talentosos artistas do século XX. Nos anos 1960, no auge de sua carreira, Avedon fez as clássicas fotografias psicodélicas dos Beatles num período de mutação para a fase adulta da banda. Ele conheceu os Beatles em janeiro de 1965, no clube Ad Lib em Londres. Em um estúdio fotográfico em uma cobertura em Thompson House, na 200's Inn Road, Avedon fez um retrato de Ringo, usando uma coroa de louros, como um imperador romano. A fotografia foi publicada pela primeira vez no jornal Daily Mail em 12 de maio de 1965, sob a manchete "Hail, Ringo".
Dois anos e meio depois, os Beatles foram fotografados por Richard Avedon em 11 de agosto de 1967 no mesmo estúdio fotográfico - e o estúdio foi novamente usado pelos Beatles para uma das locações de fotos do que ficou conhecido como "Mad Day Out" em 28 de julho de 1968.

Avedon fez uma série de fotos do grupo na sessão de agosto de 1967, quatro das quais foram posteriormente adornadas com efeitos psicodélicos. Essas quatro fotografias dos Beatles, as belíssimas gravuras dos Beatles psicodélicos, foram publicadas pela primeira vez na edição de 9 de janeiro de 1968 da revista norte-americana Look, e posteriormente foram vendidos como posteres logo após o lançamento dos álbuns Sgt. Peppers Lonely Heart’s Club Band e Magical Mistery Tour, e apenas alguns meses antes do lançamento do álbum duplo conhecido como White Album. Também foram publicadas simultaneamente pela Stern Magazine na Alemanha, Daily Express na Inglaterra, Varagids na Holanda e na Noruega, foram impressos na revista juvenil Det Nye.
Richard Avedon era fascinado pela capacidade da fotografia de sugerir a personalidade de seus modelos. As imagens dos Beatles em 1967 se tornaram as mais famosas de Avedon e contam com cores absurdamente vivas. Essas fotos representam cada Beatle de forma muito distinta, como que refletindo através da cor a personalidade de cada um. Tanto há cinquenta anos como hoje, as personalidades dos Beatles, são conhecidas pelo grande público. Sabendo disso e para servir esse propósito, Avedon utilizou adereços propositados. Assim sendo, a simplicidade de Ringo é representada por duas cores (além do preto e do branco, naturalmente) e por um pombo branco pousado na mão do baterista, e um tom de laranja pastel, quase castanho, que lhe ilumina a face e o tronco, deixando um azul inofensivo como a sua expressão, nas sombras que o corpo encobre. George Harrison é apresentado com a mão levantada e pinturas Indianas que remetem para o lado espiritual do jovem Hare Krishna. Já Paul McCartney, é representado através de um azul extremamente claro, sem demasiada saturação, em harmonia com o lilás que cobre as sombras. Por fim, John Lennon, naquela que é provavelmente a imagem mais emblemática e icônica tanto dele como de Avedon. Ele está impresso com quatro cores. O fundo em amarelo vivo define o tom com que a imagem vai contrastar. Os famosos óculos redondos, revelam curvas psicodélicas para reforçar a ideia da controvérsia sempre gerada por John.
Os retratos dos Beatles feitos por Avedon apareceram mais tarde no álbum de 1977 "Love Songs", e no álbum de sucessos "1" de 2000Richard Avedon, cuja carreira durou 60 anos, morreu em 2004, aos 81 anos de idade, enquanto trabalhava no Texas para o The New Yorker. Se vivo estivesse, estaria com 101 anos.