sábado, 4 de setembro de 2010

SUPERBANDAS INESQUECÍVEIS: SUPERTRAMP!


Há muito tempo, muitos amigos me perguntavam quando ia fazer uma bela postagem em homenagem ao incomparável Supertramp. Parodiando John Lennon, “Amanhã” eu respondia. Finalmente, hoje é o dia. Caros amigos: o Baú do Edu tem a honra e o prazer de apresentar aqui, pela 1ª vez uma das maiores bandas dos últimos 40 anos. Uma banda que me emocionou muito e marcou minha adolescência. Talvez eu não ouvisse os discos deles há mais de 15 anos... Não importa. O amor nunca morre... SUPERTRAMP!


“My life is full of romance...”


É outra segunda-feira
Estou no mesmo lugar de sempre
Com os mesmos velhos rostos, sempre me observando
Quanto tempo terei que ficar?
Poderá ser uns cem anos de suor e lágrimas
Desse mesmo jeito
As vezes, lentamente me afasto
De toda a rotina pesada
Que me acompanha todo dia
Uma fantasia chegará para mim
Diamantes são o que realmente preciso,
Penso em roubar uma loja, escapar da lei
E viver na Itália,
Ultimamente ando sem sorte,
Você conhece a roda da roleta,
Um negócio desonesto, estou jogando tudo que tinha
Logo, volto a ser o homem que está na correria
E vive seu dia a dia
Nunca precisando de ninguém
Brincado de esconde-esconde pela semana
... Minha vida está cheia de romance...
Acho que sempre terei
Que viver em fantasia,
É assim que tem que ser
De agora em diante
Acho que sempre terei
Que viver em fantasia,
Não, não vou ficar assim
De agora em diante
Você pensa que estou louco, eu posso ver,
É cada um por si
Vivendo numa fantasia
De agora em diante
Acho que sempre terei
Que viver em fantasia,
É assim que tem que ser,
De agora em diante...

"From Now On" é a sexta faixa do álbum “Even in the Quietest Moments", do Supertramp lançado em 1977.
A belíssima canção foi escrita por Rick Davies mas Roger Hodgson também aparece nos créditos. FROM NOW ON fala de um cara que vive isolado, num beco sem saída e parece estar na beira do abismo. Pronto para pular. Depois, é levado para um mundo de fantasia para compensar o tédio de toda a rotina diária.
Nos útimos quarenta anos, o SUPERTRAMP já vendeu mais de 70 milhões de discos. E isso não é para qualquer um! No início patrocinado pelo milionário holandês Stanley August Miesegaes, o vocalista, pianista e compositor Rick Davies estava em busca de integrantes para a formação do grupo, em agosto de 1969. Juntaram-se a ele os músicos Roger Hodgson (vocal, guitarra e teclados), Richard Palmer (guitarra, balalaika e vocais) e Robert Millar (percussão e harmônica). Inicialmente chamavam-se Daddy, logo alterado para Supertramp, que ao pé da letra quer dizer "super mendigo", inspirado no livro de W.H. Davies, “The Autobiography of a Super-Tramp”.

O Supertramp foi um dos primeiros grupos a assinar com A&M Records inglesa, e o primeiro álbum foi lançado em julho de 1970. Foi um enorme fracasso comercial. Richard Palmer resolveu sair seis meses depois e Robert Millar logo em seguida. Foram substituídos por Frank Farrell (baixo), Kevin Currie (bateria) e Dave Winthrop (flauta e saxofone). O álbum com esta formação, Indelibly Stamped, enfim trazia as marcas registradas da banda: as harmonias vocais entre Davies e Hodgson, e solos de saxofone. Mas também foi um fracasso de vendas, o que fez com que Miesegaes retirasse o patrocínio. Novamente o grupo debandou, restando apenas Hodgson e Davies. No final de 1972, convocaram o baixista Dougie Thomson, o baterista Bob Siebenberg (que era um americano vivendo ilegalmente na Inglaterra, daí seu pseudônimo “Bob C. Benberg”) e o homem que deu o toque final ao som do grupo, John Helliwell (saxofone e sopros em geral, vocais).
Essa formação lançou Crime of The Century em 1974 e finalmente fez sucesso com “Dreamer”, “School”, “Bloody Well Right”, entre outros hits. O disco seguinte, Crisis? What Crisis?, de 1975, não foi tão bem nas vendas mas mesmo assim Ain't Nobody But Me fez bastante sucesso e o disco possui tambem outro hit A Soapbox Opera,Even in the Quietest Moments, de 1977, recolocou o Supertramp no topo das paradas musicais com “Give a Little Bit” e “Fool's Overture”. Breakfast in America, de 1979, trouxe mais sucessos ("The Logical Song", "Take the Long Way Home", "Goodbye Stranger", "Breakfast in America") e vendeu 28 milhões de cópias.
Em 1980, o duplo ao vivo "Paris" manteve o nome do grupo na mídia, porém, nos bastidores, as coisas começavam a ficar complicadas. Mesmo sendo os únicos remanescentes da formação original, Rick Davies e Roger Hogdson nunca tiveram muitas afinidades fora do campo musical. Rick gostava de grandes produções, já Roger preferia um esquema mais simples. Além disso, Roger deixava claro que o Supertramp não o entusiasmava como antes. Por conta disso, Roger anuncia que só gravaria mais um disco com o Supertramp.
O disco foi lançado em 82, e pelo nome Famous Last Words (Famosas últimas Palavras) a banda deu a entender que alguma coisa tinha acabado. Os singles "It's raining again" e "My kind of lady" logo chegam ao topo das paradas, e ultrapassaram a marca de 5 milhões de cópias vendidas. Seguiram no que foi a maior turnê de toda a carreira e com apenas 53 shows, somaram um público pagante de de 1,5 milhões de pessoas.

Davies resolveu manter o Supertramp na ativa com o álbum Brother Where You Bound, iniciado pelo single "Cannonball". A faixa título do álbum, de 16 minutos de duração, conta com a participação especial de David Gilmour, do Pink Floyd. Em 1997, Davies reformou o Supertramp com Helliwell, Siebenberg e Hart, mais alguns músicos de estúdio. Essa formação seguiu gravando até 2002, com o álbum Slow Motion. Da extensa discografia do Supertramp recheada de sucessos, existem 4 álbums que não abro mão de jeito nenhum e gostaria de compartilhar aqui com vocês:E, para finalizar, a gente confere o vídeo da belíssima canção "FREE AS A BIRD" do álbum homônimo que, além do título, não tem nada em comum com a canção dos Beatles. Espero que tenham gostado e deixem seus comments. Abração! Valeu! Um grande beijo para a queridíssima Dayse Cristina Amaral Dias! Obrigado por existir!

7 comentários:

João Carlos disse...

O grande mérito do SUPERTRAMP,como de toda grande banda,é a originalidade.Desde a primeira vez que ouvi saquei logo que se tratava de coisa muito boa.Uma das mais belas canções que já ouvi,incluindo o arranjo fantástico e uma execução perfeita chama-se Goodbye Stranger.
Essa entra em qualquer lista das melhores do rock.Aliás,de qualquer estilo.

Eduardo Sales disse...

Edu,
o Supertramp marcou minha juventude também e muito ...
Foram muitas transas no Fiat 147 ao som do Supertramp ! rsrsrsrs
Em 1985 fui vê-los pessoalmente na Praça da Apoteose no Rio. Foi uma noite inesquecível, mesmo sem o Roger Hodgson, que havia saído do grupo. Não me esqueço do encerramento onde eles cantaram Crime of the Century e no mesmo momento estouravam fogos ... inesquecível e emocionante !
Abraços,

Edu disse...

Caro xará: é isso que faz tudo valer à pena. Uma resposta. O seu Kit também está guardado! Abração!

Danielle Starkey disse...

Adooooooro Supertramp! Principalmente a música The Logical Song *-*
Ela tem uma história estranha, uma vez fui num show do Beatles 4Ever e eles tocaram ela... senti uma sensação muito esquisita, como se conhecesse esta música de outras vidas, sabe (?) Ou simplesmente fazia muitos anos que não a ouvia, hahaha!
Só sei que fiz questão de decorar a letra em pouco mais de um mês para cantá-la no show seguinte, e nesse período, ouvia ela tipo umas 2 ou 3 vezes seguidas todos os dias. Marcou demais! ^^

johnny disse...

a fabulosa carreira do Supertramp é fantástica, meu top five de albuns tem Crime of the century.

Anônimo disse...

Parabens pela materia pois o Supertramp vai ser sempre a melhor banda do mundo, ontem hoje e sempre.

Murilo Pedreira disse...

Megapost, muito bom, gostei. Vou baixar esses albuns.