Hoje, exatamente há 31 anos, no dia 16 de janeiro de 1980, Paul McCartney foi preso em Tókio por carregar 225 gramas de maconha na bagagem. Fato bastante constrangedor, para a época. Talvez ainda para os dias de hoje. Nesse dia eu, inocente, puro e besta estava esperando a hora do almoço vendo o jornal “Hoje” na Globo, junto com meu pai e meu irmão. Eu já era um beatlemaníaco doente, quando apareceu a manchete: “EXCLUSIVO: Ex-Beatle Paul McCartney é preso com drogas no Japão!” Na mesma hora, meu pai apontou para a TV e disse: “Eu sabia, dessa gente não escapa um!” E veio o blá blá blá todinho da notícia e o de lá de casa. “Tá vendo?”, era o mínimo que eu escutava. Mas precisava saber de notícias e procurei meus amigos que sabiam tanto quanto eu. Numa época que a internet ainda não era nem sonho, tinha que esperar os jornais do outro dia. Assim, comprei logo na manhã seguinte o “Jornal de Brasília” e o “Correio Braziliense”, que traziam apenas pequenas notas, sem muita importância e sem acrescentar nada ao pouco que se sabia. Na semana seguinte, a revista “Manchete” publicou uma merdinha de reportagem sobre o drama de Paul, de sua família e de um possível fim dos Wings. Para quem não viu, ou viu e queira ver de novo, aqui vai a matéria da Manchete sobre a tola prisão de Paul no Japão há tantos anos publicada aqui em janeiro de 2010. Valeu! Abração a todos! O Baú do Edu.
Chamar Paul McCartney de gênio é uma coisa normal. Ao lado de John Lennon formou a dupla de compositores de maior sucesso da história da música. É um excelente produtor e multi-instrumentista como poucos. Escolheu o baixo como ofício. Também toca, e muito bem, guitarra, piano, bateria ou qualquer outro instrumento que parar em suas mãos. E ainda é também é um dos maiores, senão o maior, cantor do rock de todos os tempos. Além de toda esta excelência musical, Paul McCartney tem outro grande talento, o cuidado com sua imagem. Olhando para trás, desde o início de sua carreira, no final dos anos 50 até os dias de hoje, é difícil encontrar fatos que possam arranhar sua imagem de bom moço, um Beatle que conquistou a realeza britânica e foi nomeado Sir. No entanto, um problema de Paul envolvendo drogas chegou às manchetes mundiais no início de 1980. No dia 16 de janeiro, ao desembarcar no aeroporto de Tokyo com a mulher, os filhos e os Wings, ele foi preso com 225 gramas de maconha. Paul ficou em cana por mais de uma semana. Disse que antes de viajar estava em Nova York com um fumo muito bom e como não tinha certeza se encontraria alguma erva no Japão, resolveu levar a mercadoria. “O negócio era bom demais para jogar na privada, então eu resolvi levar comigo” afirmou Paul. Ele também admitiu que esta foi umas das coisas mais imbecis que já fez na vida. Sua prisão no Japão também decretou o fim dos Wings. Os músicos Denny Laine, Laurence Juber e Steve Holly, insatisfeitos com a perda do contrato das apresentações (consequentemente, com a grana que iriam ganhar com os shows) e com uma remuneração baixa, resolveram cair fora! Matéria publicada originalmente na revista Manchete de 25 de janeiro de 1980. PAUL McCARTNEY – O BARATO SAIU CARO!
Na desastrosa relação entre o rock e as drogas, um dos mais divulgados capítulos vem sendo escrito desde semana passada. O cenário era clássico: no aeroporto de Narita, Tóquio, milhares de fãs superexcitados aguardava a chegada de Paul McCartney e seu conjunto Wings para uma série de 11 apresentações no Japão. Inevitavelmente, a imprensa estava lá – em peso. O sorridente Paul McCartney apareceu de moço bem-comportado, com mulher e filhos, mas, ao que parece, as autoridades japonesas já estavam de olho em sua bagagem. Procuraram e encontraram: 220 gramas de maconha. E, em vez do palco, Paul McCartney acabou na cadeia, levantando-se, no Japão, grande polêmica sobre as severíssimas leis envolvendo drogas. Mas não é a primeira vez que o ex-Beatle enfrenta esse tipo de problema. Em 1972, por exemplo, em Gotenburgo, na Suécia, ele chegou a admitir o consumo de haxixe e o contrabando para aquele país, sendo multado em dois mil dólares. No ano seguinte, sofreu nova multa – desta vez por cultivar maconha em sua fazenda na Escócia. Ele chegou a Tóquio, o filho no colo e a mulher, Linda Eastman, pelo braço, sem demonstrar qualquer preocupação aparente, para fazer um total de 11 concertos com seu conjunto Wings. Mas a alegria de Paul McCartney e seus fãs iria durar pouco. As autoridades japonesas estavam de olhos bem abertos.
Até o início desta semana, a juventude japonesa estava mobilizada pelo affaire McCartney. Com os concertos cancelados - e um prejuízo calculado em pelo menos um Milhão de dólares – as rádios oficiais proibidas de apresentar músicas de Paul (enquanto as particulares tocavam adoidado “atendendo a pedidos”), alguns achavam que era “inocente, pois não conhecia as leis japonesas”, enquanto outros reconheciam: “Ele agiu mal.” Enquanto isso, na cadeia, o cantor e compositor entrava no regime de acordar às seis da manhã e dormir às oito da noite; na justiça ainda se discutia o que fazer: formalizar a acusação de posse de drogas (mantendo-o sete anos na cadeia, mais dois mil dólares de multa) ou simplesmente expulsá-lo do país. Pelo sim, pelo não, os Wings se mandaram. Mas Linda espera por Paul. Os policiais japoneses escoltaram um Paul McCartney já algemado para a delegacia. Os fãs tentaram tumultuar a prisão, e muitos não entendiam o que estava acontecendo, mas as provas eram muito evidentes. Em sua bagagem foram encontradas cerca de 220 gramas de maconha.
Na desastrosa relação entre o rock e as drogas, um dos mais divulgados capítulos vem sendo escrito desde semana passada. O cenário era clássico: no aeroporto de Narita, Tóquio, milhares de fãs superexcitados aguardava a chegada de Paul McCartney e seu conjunto Wings para uma série de 11 apresentações no Japão. Inevitavelmente, a imprensa estava lá – em peso. O sorridente Paul McCartney apareceu de moço bem-comportado, com mulher e filhos, mas, ao que parece, as autoridades japonesas já estavam de olho em sua bagagem. Procuraram e encontraram: 220 gramas de maconha. E, em vez do palco, Paul McCartney acabou na cadeia, levantando-se, no Japão, grande polêmica sobre as severíssimas leis envolvendo drogas. Mas não é a primeira vez que o ex-Beatle enfrenta esse tipo de problema. Em 1972, por exemplo, em Gotenburgo, na Suécia, ele chegou a admitir o consumo de haxixe e o contrabando para aquele país, sendo multado em dois mil dólares. No ano seguinte, sofreu nova multa – desta vez por cultivar maconha em sua fazenda na Escócia. Ele chegou a Tóquio, o filho no colo e a mulher, Linda Eastman, pelo braço, sem demonstrar qualquer preocupação aparente, para fazer um total de 11 concertos com seu conjunto Wings. Mas a alegria de Paul McCartney e seus fãs iria durar pouco. As autoridades japonesas estavam de olhos bem abertos.
Até o início desta semana, a juventude japonesa estava mobilizada pelo affaire McCartney. Com os concertos cancelados - e um prejuízo calculado em pelo menos um Milhão de dólares – as rádios oficiais proibidas de apresentar músicas de Paul (enquanto as particulares tocavam adoidado “atendendo a pedidos”), alguns achavam que era “inocente, pois não conhecia as leis japonesas”, enquanto outros reconheciam: “Ele agiu mal.” Enquanto isso, na cadeia, o cantor e compositor entrava no regime de acordar às seis da manhã e dormir às oito da noite; na justiça ainda se discutia o que fazer: formalizar a acusação de posse de drogas (mantendo-o sete anos na cadeia, mais dois mil dólares de multa) ou simplesmente expulsá-lo do país. Pelo sim, pelo não, os Wings se mandaram. Mas Linda espera por Paul. Os policiais japoneses escoltaram um Paul McCartney já algemado para a delegacia. Os fãs tentaram tumultuar a prisão, e muitos não entendiam o que estava acontecendo, mas as provas eram muito evidentes. Em sua bagagem foram encontradas cerca de 220 gramas de maconha.
8 comentários:
Num meio desses acho bem impossível o cara nunca experimentar nada, e no caso do Paul que nunca deu motivos é sinal de que sabe usar, então deixa o cara quieto né, mas alguém tem que encarcerar o cidadão.
É um assunto que pode gerar discussão, mas nesse meio artítisco deve ser dificil pelo menos nunca ter experimentado nada, acho que o importante é se usou saber usar, sem ficar largado dando vexame, cancelando show, e acho que esse é o caso do Paul, mas com tudo é oportunidade para um escandalo nada melhor do que prendê-lo por posse de drogras.
Bela postagem Edu !!!
Parece que até hoje o Paul tem uma certa " vergonha " desse fato !!
Só queria saber se fosse hoje isso como é que seria a estoria ??!!
pensei q nessa epoca ele nao usava mais isso fiquei chocada!!!!!!!
Salva aí, Paul.
Nunca vou esquecer das broncas de quando meus pais falavam pra mim parar de comprar discos daqueles "cabeludos maconheiros"...
Paul fala abertamente sobre o assunto ´´drogas´´,não perçebo qualquer vergonha ou omissão dele em relação ao assunto.
É um bando de bundão essa banda dele,se não se mandassem ,e se eu fosse o Paul demitia todos eles...V lá se dá pra dispensar um bagulho de primeira desse , ainda mais com esse monte de mato ruim rolando por ae...
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