Foi a primeira vez que um megastar internacional precisou de um estádio de futebol para se apresentar para uma plateia brasileira: Frank Sinatra cantou para 175 mil pessoas, no Maracanã, em 26 de janeiro de 1980 - há 35 anos. Foi também mágico: a plateia ficou extática quando, às 21h em ponto, Sinatra, então com 64 anos, pisou o palco erguido no gramado e começou a cantar "I've Got the World on a String", "I've Got You Under My Skin", "The Lady Is a Tramp". E só despertou do transe às 22h15, quando, 20 clássicos depois, ele se curvou pela última vez para o maior público de sua carreira, desceu a longa passarela e sumiu de volta pelos camarins. Durante os 75 minutos de show, ninguém na multidão podia avaliar o que custara pôr de pé um espetáculo como aquele num país sem know-how no gênero - porque Sinatra e sua música engoliam o Maracanã, a arquibancada e cada um ali. E, no entanto, se algo desse errado, o Brasil talvez fosse riscado para sempre do roteiro dos grandes shows que começavam a tomar os estádios na Europa e nos EUA. Mas tudo deu certo. Foi uma vitória do empresário carioca Roberto Medina, pai da ideia de trazê-lo e futuro criador do Rock in Rio. Ali abriu-se o caminho para as futuras atrações do Maracanã e de outros estádios brasileiros: Paul McCartney, os Rolling Stones, Madonna e tantos outros. Até então, uma coisa era o Maracanã receber o papa João Paulo 2º ou o pastor evangélico Billy Graham, promover a chegada anual do Papai Noel ou abrigar regularmente um Flamengo x Vasco para 150 mil pessoas. Outra era servir de palco para o cantor mais exigente do mundo. Um show perfeito, que só não foi ainda mais, por culpa do próprio Sinatra quando creditou “Something” de Harrison a Lennon & McCartney. Só não levou uma baita vaia porque 'Ele - a voz' - era Frank Sinatra. A partir dos outros shows, alguém deve tê-lo avisado do engano e "a voz" aprendeu a falar certo. Então, começou a era dos grandes concertos. Esse recorde de Sinatra, só seria batido por Paul Mcartney, num show espetacular e inesquecível para quem viu, e eu estava lá! Mas isso não vem ao caso. Atenção que esse não é mais o vídeo de "Something" no Maracanã, que já esteve aqui e agora está fora do Youtube, mas não importa. Nunca mais encontrei o original desse vídeo no Maracanã, jeito nenhum. Se alguém souber e quiser colaboarar, a casa agradece! Obrigado, valeuzão! Obs: quanto à "Something", o próprio Sinatra a apresentou, naquela noite, como a 'mais linda canção de amor' que já conheceu e cantou. THAT'S ALL, coroa! Thanks for coming!
segunda-feira, 26 de janeiro de 2015
FRANK SINATRA - SOMETHING - HÁ 35 ANOS
Foi a primeira vez que um megastar internacional precisou de um estádio de futebol para se apresentar para uma plateia brasileira: Frank Sinatra cantou para 175 mil pessoas, no Maracanã, em 26 de janeiro de 1980 - há 35 anos. Foi também mágico: a plateia ficou extática quando, às 21h em ponto, Sinatra, então com 64 anos, pisou o palco erguido no gramado e começou a cantar "I've Got the World on a String", "I've Got You Under My Skin", "The Lady Is a Tramp". E só despertou do transe às 22h15, quando, 20 clássicos depois, ele se curvou pela última vez para o maior público de sua carreira, desceu a longa passarela e sumiu de volta pelos camarins. Durante os 75 minutos de show, ninguém na multidão podia avaliar o que custara pôr de pé um espetáculo como aquele num país sem know-how no gênero - porque Sinatra e sua música engoliam o Maracanã, a arquibancada e cada um ali. E, no entanto, se algo desse errado, o Brasil talvez fosse riscado para sempre do roteiro dos grandes shows que começavam a tomar os estádios na Europa e nos EUA. Mas tudo deu certo. Foi uma vitória do empresário carioca Roberto Medina, pai da ideia de trazê-lo e futuro criador do Rock in Rio. Ali abriu-se o caminho para as futuras atrações do Maracanã e de outros estádios brasileiros: Paul McCartney, os Rolling Stones, Madonna e tantos outros. Até então, uma coisa era o Maracanã receber o papa João Paulo 2º ou o pastor evangélico Billy Graham, promover a chegada anual do Papai Noel ou abrigar regularmente um Flamengo x Vasco para 150 mil pessoas. Outra era servir de palco para o cantor mais exigente do mundo. Um show perfeito, que só não foi ainda mais, por culpa do próprio Sinatra quando creditou “Something” de Harrison a Lennon & McCartney. Só não levou uma baita vaia porque 'Ele - a voz' - era Frank Sinatra. A partir dos outros shows, alguém deve tê-lo avisado do engano e "a voz" aprendeu a falar certo. Então, começou a era dos grandes concertos. Esse recorde de Sinatra, só seria batido por Paul Mcartney, num show espetacular e inesquecível para quem viu, e eu estava lá! Mas isso não vem ao caso. Atenção que esse não é mais o vídeo de "Something" no Maracanã, que já esteve aqui e agora está fora do Youtube, mas não importa. Nunca mais encontrei o original desse vídeo no Maracanã, jeito nenhum. Se alguém souber e quiser colaboarar, a casa agradece! Obrigado, valeuzão! Obs: quanto à "Something", o próprio Sinatra a apresentou, naquela noite, como a 'mais linda canção de amor' que já conheceu e cantou. THAT'S ALL, coroa! Thanks for coming!
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5 comentários:
Tenho O maior respeito por todos esses cantores "standarts" que fizeram o século XX, como Sinatra, Crosby, Martin, etc. Mas, me desculpem os fãs - Eu acho isso tudo um lixo! O mundo precisava de rock - se mexer! Sinatra, Crosby, Martin, ou qualquer outro - mesmo Presley - que Hollywood tenha inventado. Nem me importo se ele trocou o nome dos compositores. Mas mudar a letra? Cheia de erros que já aparecem logo no segundo verso. Mas segue: "You'd better believe it now" - ISSO NUNCA EXISTIU! Adoro mafiosos, mas cada um na sua!
Respeito, mas no geral não curto muito a voz dele !!!
E esses "erros" para mim são muito mais uma forma de desmerecer um pouco a posição dos Beatles e da musica pop, visto por essa geração mais velha como ameaça !!
É isso aí!
Pô Sinatra tinha uma bela voz, com graves lindíssimos. Não havia rock e era a praia dele. A letra? Será que ele queria uma parceria?
Tenho o vinil de um show dele de 1979 no Madison Square Garden. Gosto muito de suas apresentações ao vivo.
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