“Strawberry Fields Forever” foi escolhida a melhor música dos Beatles de todos os tempos, em uma enquete organizada pela revista britânica NME. Além dos repórteres do periódico, nomes como Pete Townshend, do The Who, e George Martin , produtor da banda, também participaram da votação. Outros artistas como Dave Grohl, Julian Lennon, The Vaccines, Suede, Nile Rodgers, The Libertines, Noel Gallagher, Matt Bellamy of Muse, The Beach Boys’ Brian Wilson, Royal Blood, Arctic Monkeys e Johnny Marr também escolheram sua favorita. Lançada em fevereiro de 1967 ao lado de Penny Lane – como duplo lado A, as duas foram posteriormente incluídas na edição americana - e atualmente mundial do disco Magical Mystery Tour, a música marca um dos momentos de maior experimentação do grupo. “Strawberry Fields Forever” foi escrita por John Lennon, e é creditada à dupla Lennon & McCartney. "Viver é fácil, se você fechar os olhos". É basicamente isso. Se perguntassem para mim se era essa, ou aquelas outras tantas, poderia ser que não fosse exatamente essa. Talvez nem tivesse pensado em inclui-la na minha lista. Mas daria um jeito de aparecer entre as minhas 10 mais. Ora! Essa coisa de lista não existe mais faz muito tempo. Talvez, nunca tenha contado de fato. Pelo sim, pelo não, deixe sua opinião se "Strawberry Fields" é a sua melhor ou não. Participe! Sua musica preferida pode ser a próxima postagem. And... "Let Me Take You Down, Cos' I'm Going To... Strawberry Fields, Nothing Is Real... And Nothing to get houngabout - STRAWBERRY FIELS FOREVER!!!
Aqui, logo abaixo, a gente confere o que disse Steve Turner no seu livro "The Beatles - A História Por Trás De Todas As Canções".
No outono de 1966, John Lennon foi para a Espanha filmar o papel do soldado Grippweed no filme “How I Won The War”, de Richard Lester, – “Como Ganhei a Guerra”. Foi o primeiro Beatle a realizar um trabalho sem os três companheiros. Entre as cenas na praia de Almeria, ele começou a compor “Strawberry Fields Forever”, uma música concebida para ser um blues arrastado. A canção começou com o que viria a ser o segundo verso da versão gravada. Era uma reflexão sobre a convicção de que desde a infância ele sempre fora, de alguma forma, diferente dos demais, de que via e sentia coisas que os outros não viam ou sentiam. Na versão mais antiga de suas fitas na Espanha, ele começa com: “ No one is on my wavelenght”, para depois mudar a frase para “No one i think is in my tree”, aparentemente para disfarçar o que poderia ser visto como arrogância. Ele estava dizendo que acreditava que ninguém conseguia se sintonizar com sua forma de pensar e que, então, devia ser ou um gênio (“high”) ou louco (“low”). “Eu pareço ver coisas de uma maneira diferente das pessoas”. Foi apenas no take 4 da fita de composição que ele fala dos Strawberry (sem o “forever”) e, no take 5, acrescentou a frase “nothing to get mad about”, que depois foi alterada para “nothing to get hung about”. Ele já estava usando um modo deliberadamente hesitante – “er”, “that is”, “I mean”, “I think” – para reforçar que essa era uma tentativa de articular conceitos que não podem ser colocados em palavras. Ao retornar à Inglaterra, John trabalhou na música em Kenwood, onde o verso final foi incluído. Foi só no estúdio que ele a terminou, acrescentendo o verso de abertura, o que ajuda a explicar por que a introdução dá a sensação de não fazer parte do resto da canção.
Na versão completa, um lugar é criado para representar um estado da mente. Strawberry Field (John acrescentou o “s”) era um orfanato do Exército da Salvação na Beaconsfield Road, Woolton, a cinco minutos de caminhada de sua casa em Menlove Avenue. Era uma enorme construção vitoriana em um terreno arborizado aonde o jovem Lennon ia com sua tia Mimi para os festivais de verão, mas também um lugar onde ele entrava sorrateiramente a noite e nos fins de semana com amigos como Pete Shotton e Ivan Vaughan para fumarem e beberem escondidos. Strawberry Field era o playground de John Lennon. Essas visitas ilícitas eram para John como as fugas de Alice pela toca do coelho e através do espelho.
Ele sentia estar entrando em outro mundo, um universo que era mais próximo do seu mundo interior, e na vida adulta ele associaria esses momentos de alegria com sua infância perdida e também com uma sensação de psicodelismo, neste caso sem drogas. Na entrevista de 1980 para a Playboy , John declarou que “entrava em alfa” quando criança e via “imagens alucinatórias” de seu rosto quando se olhava no espelho. Ele disse que foi só quandio descobriu o trabalho dos surrealistas que percebeu que não era louco, que não era o “único”, e sim membro de “um clube exclusivo que vê o mundo desse jeito”. “Strawberry Fields Forever” foi a primeira gravação do que viria logo em seguida: o magnífico SGT. PEPPER’S. Estranhamente, o compacto “Strawberry Fields Forever” / “Penny Lane” não foi imediatamente para o primeiro lugar, como era costume há vários anos.
5 comentários:
Não tenho como definir qual é a melhor das melhores, mas sem dúvida ela é fantástica!!!
A cada minuto eu mudo de ideia.
Valeu, Fabão! Tô esperando a grana pra botar seu disquinho no malote. JC está certo! Essas coisas (de listagens, de escolhas) são tão relativas que se tornam frágeis por sí só. O que é a MELHOR música? É a que fulano ou sicrano gosta mais? Ou chegaram a este consenso depois de "elaborados estudos das estruturas melódicas"? Balela! Eu gosto de Strawberry Fields. Mas acho que não estaria no meu top 10.
Todas são number one para mim
Essa coisa de "listas" são sempre muito excludentes !! A Minha lista muda a cada dia, a cada hora !!
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