Postagem publicada originalmente em 2 de outubro de 2008

 Durante o fim de semana de 10 a 12 de novembro de 1967, enquanto os Beatles estavam preocupados em gravar o vídeo de seu novo compacto, "Hello Goodbye", The Fool* começaram a pintar a antiga fachada de tijolos da loja, armando um andaime e envolvendo-o com encerados, de modo que o trabalho pudesse ser feito em sigilo. "Eles se recusavam a dizer a qualquer um de nós a aparência que a fachada teria" diz Alistair Taylor. Ninguém, com exceção dos estudantes de artes contratados para executar o painel, tinha permissão de espiar o trabalho em curso. Até os Beatles eram mantidos a distância, como normalmente se faz com crianças ávidas de curiosidade. "Quando finalmente chegou a hora de tornar público o trabalho, todos nós nos juntamos na rua. O encerado caiu de maneira dramática e, sob ele, estava um incrível mural psicodélico na fachada do pequeno edifício, um autêntico gênio de dois andares, com estrelas, luas e fadas e coisas desse tipo. Minha nossa! Nós ficamos absolutamente pasmados. Era fabuloso! As pessoas debruçavam-se das janelas dos prédios e dos ônibus para olhar. Qualquer motorista que entrava na rua quase batia no carro da frente, cujo chofer também tinha parado para olhar.
Durante o fim de semana de 10 a 12 de novembro de 1967, enquanto os Beatles estavam preocupados em gravar o vídeo de seu novo compacto, "Hello Goodbye", The Fool* começaram a pintar a antiga fachada de tijolos da loja, armando um andaime e envolvendo-o com encerados, de modo que o trabalho pudesse ser feito em sigilo. "Eles se recusavam a dizer a qualquer um de nós a aparência que a fachada teria" diz Alistair Taylor. Ninguém, com exceção dos estudantes de artes contratados para executar o painel, tinha permissão de espiar o trabalho em curso. Até os Beatles eram mantidos a distância, como normalmente se faz com crianças ávidas de curiosidade. "Quando finalmente chegou a hora de tornar público o trabalho, todos nós nos juntamos na rua. O encerado caiu de maneira dramática e, sob ele, estava um incrível mural psicodélico na fachada do pequeno edifício, um autêntico gênio de dois andares, com estrelas, luas e fadas e coisas desse tipo. Minha nossa! Nós ficamos absolutamente pasmados. Era fabuloso! As pessoas debruçavam-se das janelas dos prédios e dos ônibus para olhar. Qualquer motorista que entrava na rua quase batia no carro da frente, cujo chofer também tinha parado para olhar."A pintura era maravilhosa", disse Paul, fazendo eco à opnião compartilhada pelos demais Beatles com a maior parte do público. Na cidade toda, o mural da butique da Apple tornou-se assunto de conversa. Londres jamais vira algo parecido. As pessoas vinham de todos os bairros para observar melhor, obstruindo a calçada em frente à loja, congestionando o tráfego. Ela se tornou tão popular como atração turística como qualquer um dos pontos turísticos tradicionais. Porém, a comissão de planejamento da City of Wesminster, à qual tinha sido requerida a permissão oficial para pintar a fachada - ignorando-se se ela havia ou não dado a resposta -, não mostrava muito entusiasmo com isso tudo. 'Não demorou muito tempo para que fôssemos chamados pelos advogados do poder público, que disseram que teríamos de devolver ao prédio a antiga aparência", lembra Taylor. Seguiram-se três semanas de uma acalorada disputa na justiça, até que, finalmente, o mural foi apagado pelos The Fool.
Fonte: The Beatles - A BIOGRAFIA - Bob Spitz.
*The Fool, grupo de designers holandeses que fez diversos trabalhos para os Beatles. Os mais famosos foram a fachada, claro, o Rolls Royce de John Lennon, e os muros externos da casa de George, em Esher. Além dos desenhos das roupas psicodélicas que eram vendidas na butique.
 

Um comentário:
Pelo que andei lendo Edu,esse povo do THE FOOL era "meio" perdulário.Mas eram bons.
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