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Obrigado e um grande abraço para todos especialmente para o Antonio Estevam, o Dinamite!
"Maxwell's Silver Hammer" é uma canção dos Beatles composta por Paul McCartney, creditada à dupla Lennon-McCartney, e lançada no álbum Abbey Road de 1969. A gravação teve início no dia 9 de julho de 1969, e concluída em 25 de agosto de 1969. Dura 3 minutos e 27 segundos. Segundo McCartney, é uma analogia para as vicissitudes da vida. Quando as coisas vão indo bem, vem o martelo prata de Maxwell e "Bang! Bang!", põe tudo a perder. A letra é bastante curiosa e o fato da cor do martelo ser prata McCartney não soube explicar. Achou que soaria melhor "martelo prata de Maxwell" do que somente "martelo de Maxwell". Para muitos, é o tipo de música que ou você gosta ou odeia. Em entrevistas posteriores, John Lennon declarou que odiava a canção. "Maxwell's Silver Hammer" foi criada para o álbum The Beatles (álbum branco) em outubro de 1968, porém não foi gravada. Ensaiada em janeiro de 1969 no Twickenham Film Studios, conforme pode ser visto no filme Let It Be, sua gravação teve início no dia 9 de julho de 1969. No dia 14 de agosto foi mixada para estéreo e no dia 25 de agosto de 1969 editada para a fita master. Quem toca o quê? Paul McCartney vocal principal, vocalização, overdubb de guitarra e piano. John Lennon não estava presente. George Harrison vocalização, baixo, guitarra e sintetizador Moog. Ringo Starr vocalização, bateria e bigorna (o som do martelo de Maxwell). George Martin participa tocando órgão Hammond.
Nascido em Mount Olive West, Alabama, em 17 de setembro de 1923, Hiriam King Williams foi o terceiro filho de Lon e Williams Lillie. Lon, um veterano da I Guerra Mundial, ficou internado num hospital durante a maior parte do início da vida de Williams, deixando o menino sob educação de sua mãe. Pequeno e frágil desde criança, ele sofria de espinha bífida, lesão congênita na medula espinhal. Aos 10 anos, os pais decidiram que o menino iria morar com seus tios. Tia Alice tocava guitarra e Tio J.C Mcneil bebia uísque. Ela ensinava-o a tocar guitarra, enquanto Tio Mcneil ensinava-o a beber. Williams escolheu a música como uma alternativa ao esporte. Enquanto vivia em Georgiana, no Alabama, ele fez amizade com Rufe Payne, um músico negro de rua conhecido como "Tee-Tot. Anos mais tarde, Williams disse que Payne havia lhe dado todo o treinamento em música que jamais teve, e a maioria dos biógrafos considera Payne a fonte do segmento de blues da música de Hank.
AS BALSAS DO RIO BALSAS - Por Pedro Ivo de Sousa e Silva O meu primo Raimundo Floriano está escrevendo um livro no qual dedica um capítulo às “balsas” do Rio Balsas. Meu cunhado Cesário Barbosa Bonfim já fez um excelente trabalho sobre este assunto, cujo conteúdo aquele já está autorizado a usar. O Raimundo pediu ao meu filho Eduardo Bonfim e Silva que desenhasse uma “balsa” para ilustração de sua obra.
O Eduardo, apesar de toda boa vontade, ficou em dificuldade por ter saído da nossa cidade de Balsas ainda muito criança e nunca ter viajado em tal embarcação, bem como por não ter em mãos uma fotografia retratando um “balsa grande”, mas tão somente de pequenos “macacos” - como eram chamadas as ”balsinhas” para viagens curtas - pediu-me então que eu fizesse um esboço do que ainda me lembro de uma”balsa grande”, com capacidade para transportar muita carga e até passageiros em certas épocas do ano. Assim, mesmo não sendo desenhista, resolvi tentar atender ao pedido e rabiscar um arremedo (conforme anexo), apenas para dar uma idéia do que ainda me lembro a respeito daquele rústico meio de transporte, de tanta utilidade na época. A ”balsa” era feita de talos de palmas do buritizeiro jovem, cortadas ao rés do chão, secos e/ou verdes; os verdes ficavam um bom tempo ao sol, para depois serem juntados aos secos, permitindo assim a uniformidade de flutuação de todos, cuja quantidade utilizada dependia do volume de cereais a ser transportado da região dos “gerais” para a cidade de Balsas; eram cobertas de palha de coco babaçu ou de piaçava, tendo duas vogas fazendo papel de leme, sendo uma na frente e a outra atrás. Transportavam arroz com casca, feijão, farinha de mandioca, tapioca e até pequenos animais, tais como leitoas, galinhas e outros. Eram os produtos desses pequenos lavradores arduamente conseguidos em pequenas “roças de toco” e chiqueiros muito rudimentares. Naquela época sequer era conhecido o arado puxado a animal ou qualquer outro acessório que facilitasse a cultura, exceto o machado e a enxada. A modernidade passou diretamente desses utensílios para as máquinas agrícolas, o que fez desaparecer, praticamente, o pequeno lavrador, restando apenas aqueles que plantam para a própria subsistência.
Chegando em Balsas, depois de vendidos os produtos, quase sempre aos proprietários das usinas de beneficiamento de arroz e a pequenos quitandeiros da cidade; os talos de buriti eram adquiridos pelos intermediários desses produtos, que os deixavam por muitos dias arrumados no sentido vertical para desencharcarem, a fim de que pudessem ser reutilizados na confecção de grandes “balsas” que carregavam não só o arroz pilado (como era chamado), mas também couros de boi, peles silvestres, crina animal, penas de emas e porcos vivos para a cidade de Floriano, no Estado do Piauí ou, eventualmente, para Teresina, capital do mesmo Estado.
As “balsas” também levavam a estudantada ao término das férias de fim de ano; nestes casos eram divididas ao meio, no comprimento, com uma parede de palhas, formando um quarto para a acomodação das moças e de uma ou mais senhoras encarregadas da comitiva. Os rapazes armavam suas redes na outra metade, sobre o lastro formado de sacos de arroz pilado que se estendia por todo o assoalho da “balsa”. O comando ficava a cargo do “mestre” – exímio conhecedor de todos os canais percorrido nos rios Balsas e Parnaíba, mas sempre ao sabor da correnteza das águas, auxiliado pelo “contra-mestre”, o qual também fazia as vezes de cozinheiro.É importante dizer que esses bravos trabalhadores retornavam do destino a pé, levando nas costas não só o saco com a rede de dormir e alguns pertences, mas também as pás das vogas para serem usadas novamente. Ao chegarem a Floriano eram desmanchadas e vendidas a quem interessasse, para confecção de cercas de buriti nos quintais daquelas pessoas de menos posse.
Brasília, 25/09/2009 – Pedro Ivo de Sousa e Silva
JOSÉ DE SOUSA E SILVA - CASUSA RIBEIRO
Por Pedro Ivo de Sousa e Silva
Prezado Raimundo Floriano,
Recebi seu e-mail e agradeço sinceramente o comentário sobre o modesto trabalho que escrevi, na tentativa de contar, mais ou menos, como eram e para que serviam as balsas de buriti. Como disse naquele relato, sou fraco em desenho, tendo feito o rascunho apenas para que o Eduardo tivesse uma melhor idéia do que você pretendia. São válidas suas observações, entretanto, como o meu arremedo de desenho não refletiu o que eu quis descrever, gostaria de esclarecer alguns pontos: A cobertura de palha não ia de extremo a extremo em qualquer um dos dois sentidos, já que era preciso espaço na frente e atrás para facilitar a atracação ao anoitecer, ou mesmo em alguma eventualidade, e nas laterais havia as coxias de aproximadamente 50 centímetros de largura, por onde transitavam o mestre e/ou o contra mestre quando surgia uma situação inusitada qualquer. As vogas, como dois grandes remos, eram movimentadas num entra e sai das águas do rio, para que a balsa, mesmo descendo ao sabor da correnteza, estivesse sempre no canal desejado; apareceram no croquis como se estivessem suspensas, simplesmente para orientação. O fogão, conforme está no esboço, realmente ficava dentro da balsa, no canto traseiro, do lado esquerdo, sob uma pequena cobertura ou todo debaixo da casa principal. Repetindo, como disse no primeiro e-mail, o desenho proposto foi para ele melhor entender como era uma balsa. Acredito que o Eduardo vai conseguir representar com mais precisão aquela rústica embarcação, tão útil, nos idos do século passado. D. Ritinha e todos os filhos do S. Casusa
Quanto aos dados biográficos do papai, destaco alguns pontos: Nasceu no Município de Floriano-PI, em 22 de outubro de 1898. Quando o Vovô Pedro mudou-se da fazenda para a cidade, o papai, ainda muito criança, foi trabalhar na casa comercial do seu irmão por parte de pai, Raimundo Ribeiro da Silva, o Tio Mundico. Em 1912 mudou-se para Balsas, onde já morava seu outro irmão por parte de pai, João Ribeiro da Silva, o Tio João Ribeiro, a fim de com ele trabalhar, no comércio em geral, tendo sido admitido posteriormente na firma, como sócio. Na vigência da sociedade, adquiriram um automóvel Ford, modelo 1929, o qual, depois, passou a ser de propriedade exclusiva do papai.A Dindinha
O Tio João Ribeiro morreu no dia 30 de dezembro de 1930. A sociedade continuou com a viúva, Maria Ribeiro da Silva, a Dindinha Marica, e só se desfez em 1934, quando ela, premida pela necessidade de oferecer estudos mais avançados aos seus muitos filhos, mudou-se para Teresina-PI. O papai passou a negociar por conta própria, na Casa Violeta, sempre contando com o inestimável apoio do seu irmão Emigdio Rosa e Silva, o Tio Rosa Ribeiro. Em 06 de dezembro de 1919 casou-se com Rita Pereira da Silva (Ritinha Pereira), tendo criado e proporcionado instrução aos dez filhos legítimos e a um de criação, com grande sacrifício, mandando-os para os estudos em centros mais adiantados, pois jamais transferiram sua residência de Balsas.
Faleceu, ainda relativamente novo, em São Luis-MA, no dia 27 de junho de 1952. Trabalhou ininterruptamente no ramo de distribuição de sal grosso e mercadorias em geral, inclusive tecidos, e na compra e venda de couros de boi, peles silvestres e todos os demais gêneros que se comercializavam na região na época.
A fim de expandir seus negócios, com firma individual, fundou uma casa comercial na cidade de Miracema-TO (antiga Xerente-GO), sob a direção do seu sobrinho e amigo Pedro Albuquerque e Silva, o qual se tornou seu sócio na firma Silva & Cia., transferida posteriormente para a cidade de Carolina-MA.
Em Balsas o papai foi um grande empreendedor em várias atividades, tais como produção de energia elétrica para sua própria residência, distribuida com alguns amigos por onde passava a rede condutora, usina de beneficiamnto de arroz, empresa de navegação fluvial, iniciada com o motor "Pedro Ivo" e a barca "Macapá", com capacidade de 40 e 60 toneladas, respectivamente, construídos na cidade de Sambaíba-MA.
Os motores Pedro Ivo e Ubirajara
Posteriormente, numa sociedade informal com o Sr.Luiz Botelho Barbosa, que com ele já vinha trabalhando no comando do motor "Pedro Ivo", foi lançado o motor "Ubirajara", destinado principalmente a transportar óleo combustível em tambores de 200 litros para o Conselho Nacional do Petróleo, do porto de Parnaíba-PI até Balsas. Naquele tempo, o CNP (através da empresa GEOFISICA), pesquisava petróleo na região de Riachão-MA e no lugar denominado "Testa Branca", no município de Balsas. O papai era proprietário de dois grandes armazéns de madeira, onde estocava querosene e gasolina em latas de 18 litros (encaixotadas) e, principalmente, o sal grosso que vinha de Parnaíba em grandes barcas (rebocadas por embarcações a vapor). Havia barcas com capacidade de até 120 toneladas. O transporte para Carolina era feito em dois caminhões de sua propriedade, sendo um Chevrolet 1949 (ou 1945, não me lembro bem) e um Ford 1951.