quinta-feira, 31 de outubro de 2019

WHAT'S MY NAME - O 20º ÁLBUM DE RINGO STARR - SENSACIONAL!

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O baterista mais famoso do mundo, nosso queridíssimo Ringo Starr lançou na última sexta-feira (13) pela Universal Music, o 20º álbum de estúdio de sua carreira, apropriadamente batizado de "What’s My Name".
"What's My Name" é o lançamento mais recente de uma série de álbuns que Ringo vem produzindo em casa nos últimos anos. O novo álbum conta com participações de Paul McCartney, Joe Walsh, Edgar Winter, Dave Stewart, Benmont Tench, Steve Lukather, Nathan East, Colin Hay, Richard Page, Warren Ham, Windy Wagner, Kari Kimmel entre outros.
Para Ringo, gravar em casa tornou-se um modo de vida bem-vindo e produtivo. "Não quero mais estar em um estúdio de gravação antiquado. Eu já tive o suficiente da grande parede de vidro e da separação. Estamos todos juntos aqui, quem eu convidar. Este é o menor clube da cidade. E eu adoro estar em casa, poder dizer oi para a Barb (sua esposa, Barbara Bach), tem sido muito bom para mim e para a minha música". Disse ele.
Com gravação e mixagem de Bruce Sugar, "What's My Name" reflete o desejo do baterista em manter sua música caseira. "What's My Name" traz uma música composta por John Lennon, "Grow Old With Me", de 1980. A inspiração para gravá-la veio quando encontrou o produtor Jack Douglas, que produziu com John Lennon e Yoko Ono o álbum "Double Fantasy", e o póstumo “Milk And Honey”.
"Jack perguntou se eu já tinha ouvido 'The Bermuda Tapes', as demos de John daquela época", recorda Ringo. "E eu nunca tinha ouvido sobre isso. A ideia de que John falava de mim naquele tempo antes de morrer, bem, sou uma pessoa emocional. E eu simplesmente amei essa música. Eu cantei da melhor maneira que eu pude. Eu faço o meu melhor quando penso em John tão profundamente. E eu fiz o meu melhor. Nós fizemos o nosso melhor. A outra coisa boa é que eu realmente queria que Paul tocasse esta música conosco, e ele disse que sim. Paul veio e tocou baixo e canta um pouco comigo. Então, de certa forma, John está também nela. Eu estou nela e Paul está nela. Não é um golpe publicitário. Isto é exatamente o que eu queria. E os arranjos de cordas que Jack providenciou para esta faixa, se você realmente a escuta, elas fazem a linha de 'Here Comes The Sun'. Então, de certa forma, somos nós quatro".
Outra grande momento de “What's My Name” é uma nova versão do clássico da Motown, "Money (That’s What I Want)", que os Beatles gravaram em 1963 no álbum With The Beatles. A versão de Ringo mostra sua voz processada através de um vocalizador. “Eu só queria fazer diferente. Acho que ficou ótimo”. A faixa-título "What's My Name's" foi composta pelo vocalista do Men at Work, Colin Hay e inspirada pelo coro quando Ringo chama os fãs em seus shows. Clique aqui.

IMAGEM DO DIA - FELIZ DIA DAS BRUXAS!!!

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THE ZOMBIES - SHE'S NOT THERE e TIME OF THE SEASON - SENSACIONAL!*****

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"She's Not There" foi a música de estreia da banda britânica The Zombies. Alcançou o número 20 no Reino Unido em agosto de 1964, e entrou no top dez dos Estados Unidos. No Canadá, chegou a número 2. A revista Rolling Stone deu a "She's Not There" o lugar de número 297 na sua lista das "500 Melhores Canções de Todos os Tempos".
The Zombies foi formado em 1961 em St. Albans, Inglaterra e o sucesso veio em meados dos anos 1960 junto com toda a turma da invasão britânica, embora nunca tenham alcançado o destaque e o sucesso de outros grupos contemporâneos com The Kinks e The Animals. Guiados pelo piano rápido de Rod Argent e a melódica voz de Colin Blunstone, a banda emplacou alguns sucessos, como "She's Not There", "Tell Her No" e "Time Of The Season".

"Time of the Season" foi composta por Rod Argent e gravada por sua banda, The Zombies, em agosto de 1967 nos estúdios de Abbey Road. Lançada como terceiro compacto simples de Odessey and Oracle, o terceiro álbum da banda, em novembro de 1968, acabou por se tornar um sucesso inesperado nos Estados Unidos e no Canadá"Time Of The Season" é marcada pela voz rara do vocalista Colin Blunstone, pelo riff de baixo memorável de Chris White (semelhante ao de "Stand By Me", sucesso de Ben E. King) e pela improvisação rápida e psicodélica de Argent no teclado. The Zombies eram os favoritos dos críticos musicais por seus complexos arranjos e harmonias vocais. Seu álbum Odessey and Oracle, de 1968, é considerado hoje em dia um dos melhores de sua época e já esteve aqui para download.

THE BEATLES - KANSAS CITY - HEY, HEY, HEY, HEY! SENSACIONAL*****

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"Kansas City" é uma música de rhythm and blues escrita por Jerry Leiber e Mike Stoller em 1952, em Los Angeles, quando tinham 19 anos. Nenhum deles esteve em Kansas City, mas foram inspirados pelos discos de Big Joe Turner. Foi gravada pela primeira vez por Little Willie Littlefield no mesmo ano e se tornou o hit # 1 quando foi gravado por Wilbert Harrison em 1959. "Kansas City" se tornou uma das músicas mais gravadas de Leiber e Stoller, com mais de trezentas versões, várias delas aparecendo nas paradas de R&B e pop.
Em 1955, Little Richard gravou duas versões bastante diferentes em 13 de setembro e em 29 de novembro. A primeira, que foi muito próxima da música original, só foi lançada muito mais tarde, em novembro de 1970, na coletânea ”Well Alright!”. A segunda versão de Richard, havia sido substancialmente retrabalhada por ele que apresentava novo refrão com as palavras "Hey, hey, hey, hey; Hey baby, hey child, hey now" foi lançada no final de 1958 em The Fabulous Little Richard e em abril de 1959 como single, chegando a nº 95 na parada americana e nº 26 na parada de Singles na Inglaterra. Cinco anos depois, esta versão foi gravada pelos Beatles.
Em 1964, os Beatles gravaram "Kansas City", música que começaram a tocar nos primeiros dias de Hamburgo. Eles já haviam tocado a música em 17 de setembro durante uma turnê que passou por Kansas City, uma adição única ao setlist habitual. Sua versão, um pouco diferente, aparece nos álbuns Beatles for Sale (Reino Unido) e Beatles VI (EUA) e foi o lado B do single que trazia "Boys" do lado A em outubro de 1965 pela Capitol Records. O piano na música foi tocado por George Martin e ma versão alternativa foi lançada no Anthology 1. Uma versão ao vivo, gravada em Hamburgo foi lançada no álbum duplo The Beatles Live! at the Star-Club in Hamburgo, Alemanha; 1962. Outras versões ao vivo aparecem nos álbuns Live at the BBC e On Air - Live no BBC Volume 2 e no filme Let It Be. Os Beatles também apareceram no programa de televisão norte-americano Shindig tocando Kansas City ao vivo em outubro de 1964, e essa sensacional a gente confere agora!

PAUL McCARTNEY - KANSAS CITY - 1993

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domingo, 27 de outubro de 2019

ROBERT WHITAKER - UM DOS FOTÓGRAFOS PREFERIDOS DOS BEATLES - SENSACIONAL!**********

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Ao longo de sua trajetória, os Beatles foram fotografados por incontáveis profissionais. Robert Whitaker foi um dos seus fotógrafos preferidos. Dos cliques mágicos de Whitaker saíram capas de álbuns, EPs e singles do grupo - além de centenas e centenas de itens publicitários.
Robert Whitaker nasceu em Hertfordshire, Inglaterra em 1939. Começou na fotografia em Londres no final de 1950 e mudou-se para Melbourne em 1961, onde se tornou parte da pequena mas florescente cena de arte da cidade. Estava trabalhando como freelancer quando teve seu decisivo encontro com The Beatles e seu empresário Brian Epstein, durante a turnê australiana do grupo em junho 1964. Isto aconteceu mais ou menos por acaso, quando Whitaker acompanhava um amigo jornalista que faria uma entrevista com Epstein para um artigo para o jornal Melbourne Jewish. A foto de Whitaker para o artigo, o levou à Epstein e seus primeiros primeiros cliques dos Beatles.Em agosto de 1964, começou a trabalhar fotografando os artistas da NEMS, incluindo Billy J. Kramer & The Dakotas, Gerry & The Pacemakers e Cilla Black. Também fez várias fotografias do enorme sucesso do grupo folk pop-australiano The Seekers. Mas foi com os Beatles e em especial John Lennon, de quem se tornou amigo íntimo, que Whitaker criou a sua obra mais famosa e duradoura.
Um de seus primeiros trabalhos foi fotografar os Beatles durante sua segunda turnê triunfante americana, incluindo o histórico show no Shea Stadium em Nova York. Ele passou os próximos dois anos viajando com os Beatles e os fotografando no trabalho, no lazer, em casa, nas turnês, no estúdio de gravação, em momentos particulares e em sessões formais de fotografias. Suas fotos deste período incluem os retratos que foram usados por Klaus Voormann na colagem-ilustração da capa do álbum Revolver em 1966, e uma série de retratos do grupo tiradas enquanto estavam fazendo filmes promocionais para os singles Rain e Paperback Writer, em Chiswick Park, Londres, em 1966.
Com o acesso quase ilimitado à banda mais famosa e popular do mundo, Whitaker rapidamente se tornou uma figura-chave da cena underground de Londres, capturando "a criatividade e o excesso da Swinging London". Na época, ele disse: "Havia cerca de 100 pessoas que dirigiam os anos sessenta, e eu tive a sorte de conhecer e fotografar praticamente todas elas".
Whitaker também acompanhou os Beatles em sua turnê de 1966 do Japão. Em Tóquio, o promotor da turnê presenteou-o com uma Nikon 21mm com lente grande-angular com a qual ele fez vários takes dos Beatles relaxando em seu quarto no Hilton Hotel de Tóquio, incluindo a foto utilizada na capa de trás do álbum A Collection of Beatles Oldies...

Mas, indiscutivelmente, a obra mais célebre de Whitaker é a famosa foto dos Beatles de 1966 que foi usada como capa original do álbum Yesterday And Today onde aparecem usando jalecos brancos como açougueiros, com os pedaços de bonecas decapitadas e de carnes espalhados entre eles. O disco Yesterday and Today com essa capa, foi lançado em 15 de junho de 1966 somente nos EUA. No outro dia foi tirado de circulação. Uma referência à guerra do Vietnã? Talvez. A capa gerou muita polêmica e foi considerada de muito mau gosto pelos mais inocentes e tolos puristas.
Na época, a Capitol produziu uma capa adesiva que era colada por cima da original. Mas centenas de exemplares com a "capa do açougue" chegaram a ser vendidos. Segundo Barry Miles, o biógrafo de Paul McCartney, em seu livro The Beatles a Diary: An Intimate Day by Day History, John Lennon contou o motivo da violência empregada nas imagens: “Bob (Robert Whitaker) estava numas de Salvador Dali e realizar fotos surreais... ela foi inspirada na nossa irritação e ressentimento em ter que fazer outra sessão fotográfica e outra coisa à la Beatles. Nós estamos cansados disso... Essa combinação produziu aquela capa”.

Desde aquela época até hoje, são muitas as especulações sobre o real significado da foto. A teoria mais popular é que seria um protesto dos Beatles contra a Capitol Records por supostamente "massacrar" e "mutilar" seus álbuns nos Estados Unidos. No entanto, Whitaker disse que isso era bobagem e que também não era nenhum protesto contra o Vietnã. Queria criar algo absolutamente surreal. O disco original com a "capa do açougue" é considerado hoje, uma das maiores raridades dos Beatles e vale uma fortuna inestimável.
No final de agosto de 1966, os Beatles encerraram as turnês e durante o primeiro semestre de 1967 trabalharam em Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band. Com o fim das excursões, a associação de Whitaker com os Beatles e a NEMS chegou ao fim. Então trabalhou com o Cream e Salvador Dali que ele fotografou várias vezes entre 1967 e 1972. No início dos anos setenta, Whitaker efetivamente se aposentou da fotografia e por quase vinte anos apenas cultivou sua propriedade em Sussex.
Em 1991, reuniu algumas de suas fotografias inéditas dos Beatles para o seu livro de grande sucesso The Unseen Beatles. Robert Whitaker morreu em 20 de setembro de 2011 aos 71 anos, de câncer. Não deixe de visitar o sensacional site de Robert Whitaker.

THE BEATLES - DRIVE MY CAR - BEEP BEEP BEEP BEEP YEAH!

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A eletricidade da guitarra cortante, em seguida o baixo pesado e a bateria são as primeiras notas que se ouve do ensolarado Rubber Soul. Então entra o vozeirão rasgado de Paul: “Perguntei a uma garota o que ela queria ser, ela disse: querido, será que você não vê? Eu quero ser famosa, uma estrela de cinema. Mas você pode fazer algo até lá. Querido, você pode dirigir o meu carro”.

“Drive My Car” é o início perfeito para o novíssimo álbum dos Beatles, Rubber Soul, lançado apropriadamente em tempo para o natal de 1965 – 3 de dezembro. Foi quase toda composta por Paul McCartney com grandes colaborações de John Lennon.
McCartney estava a caminho da casa de Lennon para tentarem uma nova composição, quando a melodia surgiu em sua cabeça, mas os versos não eram bons. Reciclava a ideia de comprar um anel de diamantes para uma garota como em “Can’t Buy Me Love”. Então começaram a trabalhar. Paul escreveu a partir do ponto de vista da garota, algo como "você pode me dar anéis dourados / Você pode não me dar nada / Porque baby, eu te amo". John sugeriu o refrão "você pode dirigir meu carro", uma metáfora sexual que se ajustaria à natureza bluesy da música, e também o sensacional gancho "Beep beep beep beep yeah!". E os dois elaboraram uma letra sobre uma garota louca para se tornar uma estrela, ser famosa. “Para mim, eram as garotas de L.A. – você pode ser meu chofer", disse McCartney com uma supresa guardada para o final da música: a moça não tinha carro e só queria o motorista. O resultado disso foi mais um megahit na história da banda, e um dos melhores números de Rubber Soul.

“Drive My Car” foi claramente influenciada pelo som da Motown e foi George Harrison quem sugeriu que a guitarra solo e o baixo tivessem linhas semelhantes e também um riff de guitarra escorregadio para os versos, inspirado em uma canção recente e uma de suas favoritas: a versão original de Otis Redding de “Respect”. Mas foi Paul quem fez o solo de guitarra.

"Drive My Car" foi concluída, arranjada e gravada em uma maratona no mesmo dia - 13 de outubro de 1965. Esta foi a primeira sessão de gravação dos Beatles a passar da meia noite. Com os meses, isso se tornaria rotina. Gravaram quatro takes e somente o último foi aproveitado. Paul encabeça os vocais durante quase toda a música, e John (com a voz dobrada) entra em “And maybe I love you"; George, por sua vez, aparece para fazer a harmonia no coro "Beep beep beep beep yeah!".
“Drive My Car” foi produzida por George Martin e teve como engenheiro de som Norman Smith. Esta música era um dos números favoritos de todos os quatro Beatles. Paul McCartney faz os vocais, guitarra, guitarra solo e baixo; John Lennon faz backing vocals, toca piano e pandeiro; George Harrison faz vocais de harmonia e toca guitarra e Ringo Starr toca sua bateria e faz percussão com um cowbell.

BASS TAB - DRIVE MY CAR - THE BEATLES - SENSACIONAL!

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sábado, 26 de outubro de 2019

PAUL McCARTNEY - DRIVE MY CAR - SÃO PAULO - 2017

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THE BEATLES - MEMBROS DA ORDEM DO IMPÉRIO BRITÂNICO

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Há 54 anos, no dia 26 de outubro de 1965, os Beatles foram ao Palácio de Buckinghan e cada um recebeu da Rainha sua MBE (Members of the British Empire). Eles chegaram ao Palácio de Buckingham no RolIs Royce de John a tempo para a cerimônia, que se iniciaria às 11 h, na sala do trono. Eles vestiam terno e gravata escuros e perfilaram-se, enquanto a rainha colocava as comendas na estreita lapela de seus paletós. "Há quanto tempo estão juntos?", perguntou a rainha. "Ah, há muitos anos", respondeu Paul. "Há 40 anos", replicou Ringo e todos riram. "Foi você que começou o grupo?", perguntou a rainha para Ringo, e ele lhe disse que os outros haviam começado, "Eu sou o caçula".

A rainha usava um vestido de delicada nuança dourada e o salão estava decorado em tons de creme e ouro, seis grandes lustres pendiam do teto e havia um órgão em um dos cantos. A Banda da Guarda Real discretamente tocou trechos de "Humoresque" e "Bitter Sweet", o que Paul mais tarde descreveria como "agradável entretenimento". Lorde Cobbold, camareiro-mor do Palácio de Buckingham, chamou os Beatles. Eles deram um passo à frente e fizeram uma reverência. A rainha cumprimentou-os, conversou com cada um deles e entregou-lhes a comenda. Eles, então, voltaram para seus lugares e fizeram outra reverência. Paul descreveu a rainha como "Adorável Maravilhosa! Ela foi muito atenciosa, parecia uma mãe".
Durante a cerimônia, 189 pessoas foram homenageadas, seis delas como "Cavaleiros do Império Britânico". A comenda recebida pelos Beatles por serviços prestados ao país é a de menor importância entre as cinco classes da ordem de cavalaria - "A Excelente Ordem do Império Britânico". Entre os 126 títulos nobiliárquicos britânicos, o recebido pelos Beatles está classificado em 120º lugar, e é o que tem o maior número de agraciados.
Fora do palácio, 4 mil fãs enlouquecidas se descabelavam e gritavam "Yeah, Yeah, Yeah", e acabaram entrando em confronto com a polícia, que conseguiu afastá-las, mas não pôde impedi-las de subir nos postes e portões ao redor de Buckingham. Após a cerimônia, houve uma coletiva de imprensa no bar do Saville Theatre, durante a qual os Beatles falaram sobre a comenda e os protestos que se seguiram à sua indicação.
No dia 25 de novembro de 1969, John Lennon devolveu ao Palácio de Buckingham, a comenda que recebeu anos antes junto com os outros Beatles. Em janeiro de 2009, a insígnia foi encontrada junto com a carta que ele escreveu para justificar sua posição: "Sua majestade, estou devolvendo minha MBE em protesto contra o envolvimento da Grã-Bretanha no lance Nigéria-Biafra, contra nosso apoio à guerra do Vietnã e contra a queda nas paradas de 'Cold Turkey'. Com amor, John Lennon". O próprio Lennon e seu motorista Les Anthony foram ao palácio fazer a entrega. Por mais de 40 anos, a insígnia ficou guardada num armário do Palácio de St. James, onde fica a Chancelaria Central das Ordens de Cavaleiros.

Em poucos anos Paul McCartney se tornara uma das pessoas mais famosas do Ocidente, com os Beatles sendo tão reconhecíveis quanto o presidente dos Estados Unidos, a rainha da Inglaterra e os maiores astros do esporte e do cinema. Além disso, a banda era um desenho animado vivo, seguido diariamente pelo público de modo tão ávido quanto se liam os quadrinhos nos jornais. Os rapazes eram fonte de entretenimento não só para as pessoas na Grã-Bretanha e na Amé­rica do Norte, como também na Europa Ocidental, Ásia, América do Sul e até atrás da Cortina de Ferro, onde seus discos eram banidos, juntamente com outras formas da cultura ocidental degenerada, mas negociados avidamente no mercado negro. Os Beatles não eram os primeiros ícones pop globais — Elvis tivera essa honra, mas nem ele tinha sido tão festejado em tantos lugares e de modo tão amplo. Tudo acontecera em um piscar de olhos. No Reino Unido, talvez apenas a rainha fosse mais famosa que o grupo de Liverpool e, em 1965, os garotos foram os primeiros astros pop a ter a honra de ser nomeados por Sua Majestade como mem­bros da Ordem do Império Britânico, outro pioneirismo dos Beatles. No futuro, Sua Majestade concederIa títulos a várias celebridades da música como reconhecimento ao lucro que tiveram com exportação, por suas obras de caridade e para marcar sua popularidade. Quando os fab four receberam a honraria em 26 de outubro de 1965, foram os primeiros astros pop a ser convidados ao palácio de Buckingham e, assim como é difícil compreender agora o quanto os Beatles eram fa­mosos há tantos anos, também fica difícil entender a celeuma criada pela decisão da rainha em conceder um título à banda, embora fosse da classe mais baixa disponível nas circunstâncias, algo menor que o humilde título de oficial da Ordem do Império Britânico e cinco pos­tos abaixo do título de cavaleiro. Alguns velhos soldados, enojados pela homenagem aos rapazes, devolveram suas medalhas militares duramente conquistadas (mesmo com o sistema militar sendo sepa­rado do civil) enquanto uma vasta multidão de estudantes histéricas se reuniu do lado de fora do palácio para gritar pelos Beatles através dos portões de ferro, uma colisão entre o pop e o cerimonial que foi transmitida pela TV no noticiário nacional. Enquanto muitos não achavam que os Beatles mereciam ser hon­rados apenas por se divertirem e ficarem ricos, outros viam o sentido pragmático do que era, fundamentalmente, um gesto político orques­trado pelo primeiro-ministro da nação, ciente da publicidade. Harold Wilson viu corretamente que os Beatles eram bons para a Grã-Breta­nha. Como disse o próprio McCartney, “a maioria das pessoas sentia que éramos um grande produto de exportação e embaixadores da Grã-Bretanha. Pelo menos as pessoas estavam prestando atenção na Grã-Bretanha, carros como Míni e Jaguar e roupas britânicas es­tavam vendendo... Em certos aspectos, éramos supervendedores para o país”. George expressou esse mesmo pensamento de modo mais cínico, como era de seu feitio: "Fizemos muito pela Grã-Bretanha, vendendo todo aquele tecido de veludo cotelê, então eles nos deram essa maldita [medalha] velha.” John devolveu sua honraria em 1969, “em protesto contra o envolvimento da Grã-Bretanha no caso Nigéria-Biafra e contra o fato de 'Cold Turkey' ter caído nas paradas". Ringo também se desencantou com a realeza em 2004, Depois de ser preterido para o título de cavaleiro conquistado por McCartney, ele declarou: "Eu realmente não sou mais multo fã de Sua Majestade.

PAUL McCARTNEY - MANDE MINHAS LEMBRANÇAS PARA BROADSTREET

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Mesmo na época, eu gostei. Assisti várias vezes pelos cinemas onde passou. Certa vez, “Mande Minhas Lembranças para Broadstreet” seria exibido em um cinema em Sobradinho, cidade satélite de Brasília. Fomos eu e meu saudoso e querido amigo João Neiva. Chegada a hora da sessão, um senhor veio dizer que não ia ligar o cinema somente para nós dois. Essa foi de doer! A crítica acabou com o filme. O fracasso de “Give My Regards to Broad Street” pode ser comparado ao de “Magical Mystery Tour”. Dois filmes com uma excelente trilha sonora e sem conteúdo. “Broad Street" conta a história do desaparecimento de uma fita com canções que seriam usadas em um novo álbum de Paul McCartney. O grande suspeito é um funcionário que também desapareceu. Embora massacrado, "Broad Street" trazia momentos maravilhosos. Um presente para os Beatlemaníacos - além da fantástica seleção das músicas.
"Give My Regards to Broad Street" é o nome do 13º álbum da carreira solo de Paul McCartney, que traz a trilha sonora do filme homônimo realizado em 1984. Descrito por McCartney como um álbum difícil de fazer, "Broad Street" trazia a canção "No more Lonely nights" como carro-chefe, um dos maiores sucessos da carreira de Paul. "Nights" contou com a participação especial na guitarra solo de David Gilmour (Pink Floyd).
A maioria das canções são regravações de músicas de Paul lançadas anteriormente com os Beatles e com o Wings. O álbum com a trilha sonora original do filme foi lançado em 22 de outubro de 1984. O LP incluía 14 faixas, das quais 3 são novas músicas e 11 são músicas antigas com uma nova orquestração. Mais uma vez, Paul convidou vários músicos especiais para gravar "Broad Street". Entre eles, Ringo Starr, Dave Edmunds, Chris Spedding, Eric Stewart, David Gilmour, John Paul Jones e alguns músicos da banda Toto. George Martin também ajudou, principalmente para gerenciar a nova orquestração das músicas e, naturalmente para produzir o álbum.
"No More Lonely Nights" abre o álbum. David Gilmour faz um sensacional solo de guitarra e em seguida vem uma série de covers dos Beatles. A primeira é Good Day Sunshine de Revolver de 1966, com todos os instrumentos executados por Paul, exceto o piano que é tocado por George Martin. É seguido por "Corridor Music", uma canção instrumental. Em seguida vem Yesterday, do álbum Help! de 1965, com o apoio de uma orquestra. "Yesterday" é seguida, sem qualquer interrupção por "Here, There and Everywhere", também do Revolver e Wanderlust, do álbum Tug of War de 1982. Segue-se outro título deste mesmo álbum, "Ballroom Dancing", habilmente reforçada pelas guitarras de Chris Spedding e Dave Edmunds.
Paul regressa à fase com o Wings com um cover de "Silly Love Songs" do álbum Wings at Speed Sound de 1976. Esta versão é reforçada por uma forte e poderosa linha de baixo e um ritmo ainda mais jazzy, sendo considerado por muitos como melhor que a obra original.
A 8ª faixa é a segunda nova canção do álbum, "Not Such a Bad Boy", um rockão bem alegre e em ritmo acelerado com Ringo na bateria, Chris Spedding e Dave Edmunds nas guitarras. Segue-se "So Bad", do álbum Pipes of Peace de 1983 com Ringo na bateria, e Eric Stewart na guitarra. Uma bela performance para esta grande balada. A terceira nova composição "No Values", um forte rock realizado por Paul cantando com sua voz áspera. Segue-se duas obras-primas do tempo dos Beatles, "For No One" e "Eleanor Rigby" de Revolver, ambas  muito bem orquestradas contando com a contribuição de um quarteto de cordas. "Eleanor Rigby" é diretamente seguida por um instrumental intitulado "Eleanor's Dream", que é uma variação sinfônica sobre o tema anterior.

A próxima música é a oportunidade de Paul de rever sua belíssima "The Long And Winding Road". Todos sabem que Paul nunca gostou do trabalho feito por Phil Spector, no álbum "Let It Be". Essa nova versão é uma agradável interpretação apoiada por uma grande orquestração e por um excelente solo de saxofone.

A última faixa do álbum é uma reprise de "No More Lonely Nights". Este "playout" é tocado com um ritmo mais rápido do que o utilizado para a primeira faixa. É uma versão mais jazzy e dançante que a original. A faixa bônus "Good Night Princess", uma trilha instrumental composta por Paul, foi incluída na trilha sonora na versão CD em seu relançamento em 1993 na série The Paul McCartney Collection. Com esta faixa, Paul exibe mais uma vez, o seu gosto pela música dos anos 30 e consegue uma bela composição com orquestração de trompete, sax, clarinete, piano e violino.
O filme “Mande Minhas Lembranças para Broadstreet” foi lançado em 23 de outubro de 1984. Paul McCartney escreveu e estrelou o filme, que contava também com a presença de Ringo Starr. No enredo, Paul tinha uma fita master do seu último disco roubada e, enquanto os personagens procuravam pela tal fita, era feita uma série de rearranjos para suas músicas – tanto da sua carreira solo quanto do tempo dos Beatles. Estrelado por Linda McCartney, Ringo Starr, Barbara Bach, Bryan Brown, Ralph Richardson e Tracey Ullman. "Give My Regards To Broad Street" foi lançado no outono de 1984 e se tornou um dos maiores fiascos da carreira de McCartney. Nem críticos nem fãs entenderam bem o que Paul queria com tudo aquilo. O filme não se encaixa nas habituais regras de produção, não tem roteiro e mais parece um grande videoclipe, em vez de uma sequência de fatos estruturados. Um bom destaque é a estética das cenas altamente criativas e visualmente inovadoras.