segunda-feira, 26 de setembro de 2022

THE BEATLES - ABBEY ROAD - O CLÁSSICO DOS CLÁSSICOS ★★★★★★★★★★★★★★★★★★★★★★

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Sete anos depois das primeiras gravações nos estúdios Abbey Road, os Beatles voltaram para aquelas que seriam as últimas sessões juntos. Em junho de 1962, eles eram rapazes provincianos de olhos arregalados prontos para deixar sua marca no mercado musical. Em julho de 1969, tinham se tornado homens sofisticados, cansados do mundo, com as vidas dete­rioradas pelas lutas por poder e dinheiro.
Muitas das músicas de Abbey Road refletem essas frustrações. Algumas são sobre nego­ciações legais, dívidas não pagas, roubos, karma ruim e, de modo geral, sobre carregar o peso do mundo nas costas. Havia até uma canção falsamente alegre sobre um martelo de prata (o "martelo de Maxwell") esperando para bater em você quando as coisas começam a melhorar. No entanto, outras homenageiam o sol, reis, o fundo do mar e o amor incondicional. Apesar do bom humor - ou talvez por causa dele - Abbey Road foi um presente de despedida excepcionalmente criativo. Ele traz duas das melhores canções de George, "Here Comes The Sun" e "Something", uma criação atípica de John, "Come Together", e um medley de canções inacabadas habilmente entremeadas por Paul. George Martin lembra que, depois de Let It Be, Paul pediu que ele produzisse um álbum dos Beatles com o tipo de sensação que a banda costumava produzir jun­ta. Martin concordou em ajudar se os Beatles estivessem preparados para oferecer sua cooperação. "Foi assim que fizemos Abbey Road. Não era exatamente como nos velhos tempos porque eles ainda estavam trabalhando nas canções antigas e traziam outras pessoas para traba­lhar como músicos contratados, em vez de trabalharem em equipe". Na Inglaterra, Abbey Road foi lançado no dia 26 de setembro de 1969 e ficou no primeiro lugar por dezoito semanas. Nos EUA, foi lançado em outubro e foi o número 1 por onze semanas.

Abbey Road foi o 12° álbum de estúdio lançado pelos Beatles. Está na lista dos 200 álbuns definitivos no Rock and Roll Hall of Fame, onde ocupa a 12ª posição, há mais de 50 anos. Apesar de ter sido o penúltimo lançado pelos Beatles, foi o último a ser gravado. As músicas de "Let It Be", foram gravadas alguns meses antes das sessões que deram origem ao Abbey Road. O álbum é considerado um dos melhores do grupo e parecia que os momentos de turbulências haviam passado e tudo havia voltado ao normal entre eles, mas na verdade o maior problema começou a esquentar: Uma terrível guerra de egos.

Após a morte de Brian Epstein, Paul McCartney queria que Lee Eastman, advogado de sucesso e pai de Linda Eastman, tomasse conta dos negócios, mas os outros (Jonh&Yoko, George e Ringo), desconfiando e visando uma proteção maior ao legado de todos sugeriram que Allen Klein, (que era promotor dos Stones e já vinha tentando "roubar" os Beatles de Epstein há muito tempo), era a melhor opção pelo seu jeito durão de "homem das ruas". McCartney não concordou por achar absurdo pagar 15% de todos os lucros para Klein. Após a separação da banda, Eastman foi advogado da carreira solo de Paul e Allen Klein foi a justiça por ter roubado uma média de mais de 5 milhões de dólares dos Beatles. O restante dos Beatles mantiveram contrato com Klein até 1977.
George Martin produziu e orquestrou o álbum junto com Geoff Emerick como engenheiro de som, Phil McDonald também como engenheiro de som, Alan Parsons como assistente  e Tony Banks como operador de fitas. Martin considera Abbey Road o melhor disco que os Beatles fizeram. E não é por menos: ele é o mais bem acabado de todos e um dos mais cuidadosamente produzidos (comparável somente a Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band). Sua estrutura foi bastante pensada e discutida, e as visões discordantes dos integrantes da banda só contribuíram para a riqueza da criação final. Também foi em Abbey Road que George Harrison se firmou como um compositor de primeira linha. Após anos vivendo sob a sombra de John Lennon e Paul McCartney, ele finalmente emplacou dois grandes sucessos com este álbum. Ambas foram regravadas incessantemente ao longo dos anos, sendo que "Something" chegou a ser apontada pela revista Time como "a melhor música do disco" e como a segunda música mais interpretada no mundo, atrás somente de "Yesterday", também dos Beatles.

Abbey Road foi marcado pelo uso de novos recursos tecnológicos que estavam surgindo na época. Um deles foi o sintetizador Moog, que começava a ser utilizado em maior escala dentro do rock. Ele possibilitava que virtualmente qualquer som fosse gerado eletronicamente. O Moog pode ser notado claramente em músicas como "Here Comes the Sun", "Maxwell's Silver Hammer" e "Because". Por seu trabalho em Abbey Road, os engenheiros de som Geoff Emerick e Phil McDonald ganharam um Grammy.

Após as sessões de gravação do álbum então chamado de "Get Back" (mais tarde intitulado "Let It Be"), Paul McCartney sugeriu ao produtor George Martin que os Beatles se reunissem e fizessem um novo álbum "como nos velhos tempos… como a gente fazia antes", gravado ao vivo, sem overdubs e, logicamente, livres dos conflitos que começaram desde as sessões do Álbum Branco. Martin pensou, levou em consideração o acontecido de ter sido produtor secundário do álbum Get Back e aceitou, mas com a condição que a banda se comportasse "como nos velhos tempos", e ele seria tratado como o "produtor dos velhos tempos" também. Queria o consentimento de Lennon que aceitou numa boa pois todos estavam ansiosos para compor e gravar. O resultado final acabou sendo um grande álbum, considerado por muitos críticos como o melhor da banda, e segundo a revista Rolling Stone o 14° melhor álbum de todos os tempos.
Na época do lançamento do discão, George fez braves comentários sobre todas as canções, faixa por faixa:
Come Together "A genialidade de Lennon, aparece particularmente em seu timing, mas quando você o questiona sobre o que é, ele não sabe. Ele apenas faz isso naturalmente”.
Something — "É uma música minha. Eu a escrevi quando nós estávamos terminando o último álbum, o branco. Mas nunca a termina­va. Nunca conseguia encontrar as palavras certas para ela. Joe Cocker fez uma gravação também, e há conversa de que será o próximo compacto dos Beatles. Quando a gravei, pensei em alguém como Ray Charles fa­zendo a música, pensando na sensação que ele deveria ter. Mas como não sou Ray Charles, sou muito limitado, nós fizemos o que podíamos. É um bom pensamento e, provavelmente, a melhor melodia que já escrevi".
Maxwell's Silver Hammer — "É algo só de Paul, passamos um diabo de tempo gravando. É uma daquelas músicas que se assobia ins­tantaneamente, algumas pessoas vão odiar e outras vão amar. É como 'Honey Pie', um tipo de coisa divertida, mas provavelmente vai pegar, porque na estória o camarada mata todo mundo. Usamos meu sintetizador moog e eu acho que saiu com grande efeito".
Oh! Darling — "É outra música de Paul, típica dos anos 50/ 60, principalmente nos acordes. É uma música típica da época dos gru­pos Moonglows, Paragons, She/ls e tudo o mais. Nós fizemos alguns oh, oohs no vocal e Paul gritando".
Octopus Garden — "É de Ringo, a segunda que escreveu. É linda. Ringo fica chateado só tocando bateria. Ele toca piano, em sua casa, mas só conhece três acordes. E ele sabe o mesmo na guitarra. Gosta principalmente de música country, tem um sentimento bem country. É realmente uma grande música. Superficialmente, é uma mú­sica boba e infantil, mas acho a letra muito significativa. Ringo escre­ve suas músicas cósmicas sem saber. Eu encontro significados profun­dos em suas letras e provavelmente ele nem sabe disso. Linhas como 'Resting our head on the seabed' (descansando nossa cabeça no leito do mar) e 'we'll be warm beneath the storm' (nós estaremos aquecidos debaixo da tempestade) fazem com que eu entenda que quando se che­ga dentro de nossa consciência, tudo é de muita paz".
I Want You (She's so heavy) — "É uma música bem forte. Foi John quem tocou guitarra solo e cantava, isso é bom porque a frase- solo que ele toca é basicamente blues. Mas é uma música muito original do tipo Lennon, tem algo de espantoso no seu ritmo; ele sempre cruza algo, coisas diferentes no ritmo, por exemplo 'All You Need Is Love', da qual o tempo vai de 3-4 para 4-4, mudando o tempo todo. Quando você pergunta para ele sobre isso, ele não sabe como. Faz naturalmente. No instrumental inicial e nos intervalos, ele criou uma excelente seqüencia de acordes".
Here Comes The Sun — "É a primeira faixa do lado 2. É a música que escreví para este álbum. Eu a fiz em um dia ensolarado no jardim de Eric Clapton. Nós tínhamos passado por muitos problemas nos negócios, e tudo era muito pesado. Estar no jardim de Eric Clap­ton era como fazer bagunça depois da escola. Eu senti um tipo de alí­vio e a música saiu naturalmente, é um pouco parecida com 'lf I Needed Someone', com aquele tipo de solo correndo por ela. Mas, realmente,' é muito simples".
Because — "É uma das coisas mais bonitas que fizemos. Tem uma harmonia de três partes — John, Paul e eu. John escreveu a músi­ca, e o acompanhamento é um pouco parecido com Beethoven. As­semelha-se com o estilo de Paul escrever, mas só por causa de sua sua­vidade. Paul geralmente escreve coisas mais suaves e John é mais deli­rante, mais pirado. Mas, de tempos em tempos, John gosta de escre­ver uma música simples de 12 compassos. Acho que é a faixa de que mais gosto do álbum. É tão simples, especialmente a letra. A harmonia foi muito difícil de ser feita, tivemos que aprendê-la mesmo. Eu acho que vai ser a música que impressionará a maioria das pessoas. Os pira­dos vão entender e os caretas, pessoas sérias, e críticos, também. Depois vem a seleção de músicas de John e Paul, todas juntas. É difícil descre­vê-las sem que se ouça todas juntas. 'You Never Give Me Your Money' parece ser duas músicas, uma completamente diferente da outra. Em seguida vem 'Sun King' (Rei Sol) que John escreveu. Originalmente, ele a tinha chamado de Los Paranoias".
Mean Mister Mustard e Polytheme Pam "São duas músicas pequenas que John escreveu na India, há 18 meses".
She Came In Through the Bathroom Window — "É uma mú­sica muito boa de Paul com uma boa letra".
Golden Slumbers — "É outra música muito melódica de Paul que se encadeia".
Carry The Weight — "Fica entrando por todo o tempo (pot pourri)".
The End — "É o que é: uma pequena sequencia que finaliza tudo. Eu não consigo ter uma visão completa de 'Abbey Road'. Com 'Pepper', e até o álbum branco, eu tive uma imagem do começo ao fim do produto, mas nesse disco eu ainda estou perplexo. Acho que é um pouco parecido com 'Revolver', não sei direito. Não consigo realmente ainda vê-lo como uma entidade completa".

TODAS AS MÚSICAS DE ABBEY ROAD E MAIS - SENSACIONAL!

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ABBEY ROAD - A MAGIA DA RUA QUE ATRAVESSA O TEMPO

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"Rua da Abadia" - Abbey Road. Naquela rua simples, muito tempo atrás, havia um mosteiro e daí veio o nome. Mas a fé nunca deixou o lugar. Depois da abadia, o estúdio eternizado pelo álbum homônimo transformou o local em templo de adoração de uma religião de seguidores fanáticos pelos Beatles.

A faixa de pedestres mais famosa do mundo fica no final de uma rua que tem em torno de 1.500 metros de extensão – mais precisamente, na esquina das ruas Abbey Road com Grove End, em Londres. Foi esse cruzamento que os Beatles eternizaram na capa do último álbum lançado pelo quarteto em 26 de setembro de 1969, “Abbey Road” – nome adotado pelo estúdio da EMI, depois do sucesso do disco dos Beatles, onde eles gravaram a maior parte das seus sucessos. Há 53 anos, a capa dos Beatles já foi reproduzida milhares e milhares de vezes pelos mais diversoa artistas.

O prédio em estilo Georgiano foi construído em 1813, na arborizada região de St. John’s Wood, e adquirido pela Gramophone Company em 1931. Depois de uma fusão, a empresa adotou o nome Electric and Musical Industries Ltd - EMI.
Abbey Road fica entre os bairros de Kilburn e St. John’s Wood, e a origem do seu nome se perdeu na memória. O livro “Old and new London” (“Antiga e nova Londres”), de 1878, diz que o nome provavelmente vem de uma capela instalada no centro da vila de Kilburn.
A vila foi incorporada à cidade à medida em que Londres cresceu no sentido noroeste, mas o nome da rua se manteve. Além dos estúdios, ela dá nome ao banco Abbey, que foi fundado em uma igreja batista também em Abbey Road, no século XIX.Imagem relacionada
O cruzamento fica a poucos minutos de caminhada da estação de metrô de St. John’s Wood, na Jubilee Line. Saindo da estação de metrô, o fã que quiser chegar até a faixa de pedestres deve virar à direita, acompanhando a rua Grove End. Três quadras depois, vai se deparar com um monumento em um cruzamento – ali é a Meca! Abbey Road.Imagem relacionada
O monumento branco, adornado por uma estátua de uma mulher nua, é uma homenagem ao poeta Edward Onslow Ford, morto em 1901 e morador da região. A estátua é uma réplica da imagem da Musa da Poesia, que Onslow esculpiu para adornar o túmulo do poeta P. B. Shelley. O cruzamento tem um trânsito movimentado, o que não impede os fãs de continuarem atravessando a rua para tirar fotografias como os Beatles.
Na esquina, fica um conjunto de apartamentos chamado Abbey House – a região é predominantemente residencial, e foi um dos primeiros “subúrbios” de Londres, começando a ser ocupada dessa forma a partir do século XIX.
Em frente ao monumento ficava uma placa indicando a rua, trocada quase anualmente porque é grafitada e roubada constantemente.Resultado de imagem para Abbey Road wall
Ao lado da Abbey House está um muro branco cheio de rabiscos. Ali fica o complexo de estúdios Abbey Road. As mensagens e desenhos deixados pelos fãs dos Beatles não ficam expostas para sempre, porque o muro é repintado com frequência. Além disso, os estúdios mantêm uma webcam ligada durante 24h, apontada para faixa de pedestres, que pode ser acessada pela internet. O complexo de estúdios ocupa uma casa georgiana, construída em 1831, e adquirida pela Gramophone Company em 1931. Abbey Road tem três estúdios, baseados no tamanho dos grupos usados para executar peças de música erudita. O Estúdio Um comporta uma orquestra sinfônica inteira, o Estúdio Dois tem espaço para uma orquestra de 35 peças e no Estúdio Três é possível acomodar um pequeno grupo de câmara. No mesmo ano em que o estúdio foi inaugurado, a Gramophone Company se fundiu com a Columbia Company, criando a Electrical and Musical Industries - EMI.
Em 1962, os Beatles entraram lá pela primeira vez para uma sessão de gravação com George Martin, que se tornaria o produtor e fiel escudeiro (ao menos nos assuntos sonoros) dos Fab Four, e lá ficaram até o fim.

MARY McCARTNEY DIRIGE DOCUMENTÁRIO SOBRE ABBEY ROAD

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Mary McCartney, filha de Paul e Linda McCartney, cresceu entre as salas de gravação de Abbey Road: assim, para ela foi natural dirigir um documentário sobre o estúdio mais famoso do mundo. Entre tantas gravações lendárias, foi no estúdio 2 de Abbey Road que os Beatles gravaram quase todos os seus discos, mas a ideia por trás de "If These Walls Could Sing" é ir além do óbvio e explorar os muitos artistas que já trabalharam no estúdio londrino. Afinal, além de boa parte da discografia da maior banda de todos os tempos, diversos outros clássicos foram gravados no estúdio, localizado no número 3 da rua de mesmo nome. Álbuns como “Dark Side of The Moon”, “Wish You Were Here” e praticamente todos os primeiros do Pink Floyd, “All Things Must Pass”, de George Harrison, assim como “Be Here Now”, do Oasis, “The Bend”, do Radiohead, e muitos mais foram todos gravados em Abbey Road.

O filme retrata parte da história do estúdio, mas também inusitadas memórias pessoais dos artistas e da própria Mary – como de uma foto de seu pai atravessando a famosa faixa puxando um pônei ao lado de sua mãe, Linda McCartney. Além do próprio Paul, participam nomes como Elton John, Jimmy Page, Kate Bush, Roger Waters, David Gilmour e o compositor John Williams, no documentário produzido pelos estúdios Mercury e Ventureland.

Anteriormente chamado EMI Recording Studios, o Abbey Road foi fundado em 1931, e imortalizado principalmente pelo disco dos Beatles que o homenageia na capa e no título. Lançado em 1969, “Abbey Road” foi o último álbum gravado pela banda, e traz a mais icônica capa de disco da história do rock, com foto tirada na faixa de pedestres em frente ao estúdioA lista de artistas que já gravaram lá, se confunde com a própria história da música pop. Estrelas como Adele, Burt Bacharach, Tony Bennett, Blur, The Black Keys, Nick Cave, Elvis Costello, Miley Cyrus, Depeche Mode, Ella Fitzgerald, Green Day, Iron MaidenMichael Jackson, Alicia Keys, Lady Gaga, John Mayer, Metallica, Alanis Morissette, Fela Kuti, Frank Ocean, Queen, Red Hot Chilli Peppers, Spice Girls, U2, Kanye WestAmy Winehouse e muitos – muitos outros. Antes mesmo de ser exibido, o documentário If These Walls Could Sing já foi adquirido pela Disney, e em breve terá uma data de estreia anunciada para a plataforma Disney+.

THE BEATLES - ABBEY ROAD 50º ANNIVERSARY EDITION

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PAUL McCARTNEY - PIPES OF PEACE - 1983★★★★★

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"Pipes of Peace" é a primeira música do álbum Pipes Of Peace de Paul McCartney. Também foi lançada como single e alcançou o número 1 nas paradas de singles do Reino Unido por duas semanas. Também alcançou o número 1 na parada de singles irlandesa.

O álbum Pipes Of Peace foi lançado em 31 de outubro de 1983. O tema da faixa-título foi inspirado pela leitura de um poema de autoria do indiano Rabindranath Tagore, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 1913. A frase “in love all of life’s contraditions dissolve and disappear” (com amor, todas as contradições da vida dissolvem-se e desaparecem) é o mote principal da canção título. O tema “paz” serviria como contraponto à “guerra”, utilizado em seu trabalho anterior, ‘Tug Of War’A faixa básica foi gravada em 10 de setembro de 1982 no AIR Studioscom overdubs orquestrais adicionados posteriormente, provavelmente no mesmo estúdio. Paul McCartney toca piano, baixo e percussão no joelho, enquanto a tabla foi adicionada por James Kippen, que tentou "algo como 20-30 takes" antes de McCartney ficar satisfeito. Uma sessão especial foi organizada para que o Coro Infantil Pestalozzi acrescentasse suas vozes.

Para promover a canção e o álbum, Paul de forma genial aprovou o roteiro de um supervídeoclip para ‘Pipes Of Peace’. aproveitando a história do cessar-fogo de Natal de 1914, que tinha tudo a ver com o tema título do álbum. O filme foi gravado em dois dias na localidade de Chobham Common em Surrey, Inglaterra, e contou com cem figurantes e três equipes de filmagem. Foi produzido por Hugh Symonds e dirigido por Keith MacMillan.

Com efeitos especiais, maquiagem e uma boa produção, Paul desempenhou, simultaneamente, o papel dos oficiais alemão e inglês. O armistício apesar de contado em poucos minutos sintetiza muito bem o que ocorreu no Natal de 1914 em pleno conflito mundial. O vídeo foi concluído em 12 de dezembro de 1983 e ganhou o prêmio de ‘Melhor Vídeo’ no British Rock & Pop Awards em 21 de fevereiro de 1984. Paul estava de férias com a família e gravou um vídeo de agradecimento que foi exibido na BBC na ocasião da premiação, portanto, quem recebeu o prêmio em mãos foi o diretor Keith MacMillan.

THE ROLLING STONES - LOVE YOU LIVE - 1977 ★★★★★

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Esse disco é como uma pedrada na vidraça, uma paulada na cabeça! Indiscutívelmente, um dos melhores discos de Rock and Roll dos anos 70. O histórico álbum duplo Love You Live foi o 3º álbum ao vivo dos Rolling Stones,  lançado em 23 de setembro de 1977 e gravado durante as turnês norte americana de 1975, a europeia de 1976 e um show de 1977 no El Mocambo Nightclub em Toronto. O álbum é dedicado à memória de Keith Harwood engenheiro de som. Love You Live foi gravado e mixado a partir de maio a meados de junho de 1977. Conta com as presenças de Billy Preston e Ian Stewart nos teclados.

A belíssima capa, antropofágica foi encomendada a Andy Warhol: "Mick Lábios de Borracha morde a mão de uma criança"Os títulos desenhados à mão na frente foram adicionados por ordem de Mick Jagger, para desgosto de Warhol.
Lançado em setembro de 1977, Love You Live foi bem recebido, atingindo o terceiro lugar nas paradas Britânicas e o quinto nos Estados Unidos, onde ganhou um disco de ouro. Além das músicas gravadas durante a turnê de 1975-1976, os Stones decidiram adicionar quatro faixas retiradas de apresentações no El Mocambo Club de Toronto nos dias 4 e 5 de março de 1977. A intenção era tocar um set do tipo clássico de blues e covers de R&B que selaram a reputação da banda quando se apresentavam regularmente no Crawdaddy Club em 1963. No entanto, Keith Richards chegou atrasado para os ensaios agendados, pois ele e sua namorada, Anita Pallenberg, foram presos por posse e tráfico de drogas ilícitas. Apesar desses problemas, os shows em si foram bem o suficiente, embora as versões que aparecem no álbum sejam fortemente sobrepostas com novas faixas de guitarra e backing vocals de Richards e/ou Ron Wood. Jagger também fez overdub na gaita de "Mannish Boy". Apenas "Around and Around" é intocada. Love You Live é um discão em todos os sentidos e no melhor estilo dos Rolling Stones: sujo. Da primeira à última faixa. Estão todas lá: “Honky Tonk Women"; "Tumbling Dice", "You Can't Always Get What You Want", “Hot Stuff”, "Around and Around", "It's Only Rock 'n' Roll", “Jumpin' Jack Flash”, "Happy" e mais um monte de pérolas, incluindo clássicos do Blues como "Little Red Rooster". Aqui, a gente confere os clássicos "Around and Around", "It's Only Rock And Roll" e "Star, Star" e mais embaixo, o disco inteiro. Indispensável!