Se Cynthia Powell viva estivesse, estaria completando hoje 76 anos. Ela nasceu em Blackpool, no dia 10 de setembro de 1939 e morreu em 1 de abril de 2015. Confira aqui, algumas das melhores postagens sobre ela:
No início de setembro de 1963, já devidamente instalados em Londres, John Lennon e Paul McCartney seguiam de táxi quando encontraram com um aflito Andrew Loog Oldhan, empresário dos Rolling Stones que precisava urgente de um sucesso para seu grupo gravar. Oldhan, que não era bobo nem nada, pediu que os dois assistissem um ensaio dos Stones no Ken Colyer Club. Vendo que o grupo de Mick Jagger precisava de um novo single, Lennon e McCartney sentaram em uma mesa e finalizaram “I Wanna Be Your Man” em menos de 2 minutos (como reza a lenda), para que os Rolling Stones pudessem gravar. Essa canção foi lançada como lado 1 do segundo compacto do grupo, colocando-os devidamente no cenário da música pop londrina que começava a efervescer. Nada mal para os dois caipiras de Liverpool.
Uma lembrança como essa não tem preço. Depois que minha mãe morreu, na virada do ano, tudo desandou de vez. Mas muita coisa foi encontrada. E eu tive o privilégio de ficar com algumas, com gosto dos meus irmãos. Uma delas, a mais preciosa de todas, foi a radioalazinha Phillips que meu pai originalmente deu ao meu irmão no seu aniversário de 1972, mas se tornou minha por uso capião. Todos os meus primeiros discos, estrearam nela. “HELP!” – o primeirão; “A HARD – OS REIS DO IÉ IÉ IÉ”, o segundo, e daí pra frente foi. Minha coleçãozinha ia aumentando, mas ainda era na radiloalazinha Phillips que eu traçava a trilha sonora da minha vida. E assim foi meu caso de amor por ela até 1978, quando apareceu o tal do 3 em 1. Um absurdo tecnológico revolucionário que juntava no mesmo aparelho, o toca-discos, o player de fitas cassetes (e gravador) e ainda rádio AM e FM. Gostei do trem. O som era mil vezes melhor que o da radiolazinha, e assim ela acabou encostada. Mas a mamãe guardou. E ela voltou para mim, depois de quase 40 anos. Agora está aqui para ficar até o fim. A primeira coisa que fiz, foi pegar meu primeiro “Help” e ouvir todinho de novo, 3 vezes de cada lado. E ainda com a abertura jamesbondiana. Isso não tem preço. Obrigado sempre, mamãe!
Hoje (09) é o lançamento mundial do disco “The Beatles Live at The Hollywood Bowl”. O original, de 1977, nunca havia sido editado em CD. Oficialmente, é a primeira vez. E vem com faixas bônus. O conteúdo reúne canções gravadas em dois shows dos Beatles no Hollywood Bowl. Um em 1964. O outro, em 1965. O vinil de 1977 não tinha boa qualidade sonora. Os esforços do produtor George Martin não foram suficientes. Para o ouvinte, ficava a sensação de que a gritaria do público comprometia o desempenho do grupo. Mas a importância histórica era indiscutível. Agora, 39 anos depois, o disco reaparece para esse lançamento em CD (também em vinil). Ouvi ontem pela primeira vez e posso dizer que os recursos tecnológicos atuais operaram um verdadeiro milagre. O ganho na qualidade do som é sensível. Só há um problema. Como o lançamento está sendo comercialmente associado à estreia do documentário “Eight Days a Week”, sobre o fenômeno da Beatlemania, a capa original do disco foi trocada por uma que reproduz o cartaz do filme. Ora, pode até ser mais bonita. Mas atenta contra a história e a memória do quarteto. Não faz nenhum sentido trocar a capa original de um disco dos Beatles por um cartaz de um novo filme. Por melhor que venha a ser o documentário dirigido por Ron Howard. A música dos Beatles está aí há meio século. A sua permanência não depende de uma associação comercial como esta.
Vivenciar um pouco do que foi o mundo dos Beatles, durante o auge da banda, é a proposta de uma exposição que foi montada no estacionamento do shopping eldorado. Na "beatlemania experience", é possível entrar em espaços quase idênticos àqueles que fizeram parte da vida do quarteto de liverpool, como a Abbey Road e o Cavern Club.
No dia 8 de setembro de 1995, há 21 anos, Klaus Voorman, o genial artista, finalizou seus trabalhos das capas do projeto ANTHOLOGY dos Beatles. Belíssimo trabalho! Fonte: thebeatlesdiary.blogspot.
"Jealous Guy" é uma das mais belas canções escritas e interpretadas por John Lennon. Apareceu pela primeira vez 1971 em seu álbum Imagine."Jealous Guy" também é uma das canções mais regravadas de Lennon, com pelo menos 95 versões, sendo a mais conhecida a gravação do Roxy Music, que alcançou o número um em vários países três meses após a morte de John Lennon. A origem da composição aparece na Índia, depois que os Beatles assistiram a uma palestra do Maharishi sobre um "son of the mother nature". Isso inspirou tanto Paul McCartney como John Lennon para escreverem canções sobre o mesmo assunto. A música de McCartney "Mother Nature's Son" foi selecionada para o álbum branco, enquanto canção de Lennon "Child of Nature" não foi, mas antes que alguém pense bobagem, apenas porque não estava pronta e sequer tinha letra. No entanto, ambas foram gravadas como demos na casa de George Harrison em Esher em maio de 1968. A demonstração contou com vocal de Lennon e uma guitarra acústica. Depois disso, Lennon continuou a tocá-la em algumas sessões. Eventualmente, a letra e o conceito foram demolidos e substituídos pelos versos de "Jealous Guy" que foi lançada somente em Imagine e durante a vida de Lennon, nunca foi lançada como single. Quase cinco anos após o assassinato de Lennon, e quatro anos e meio depois do Roxy Music alcançar o número um nas paradas do Reino Unido em 1981, a gravação de "Jealous Guy" de John Lennon, foi lançada pela Parlophone como single em novembro de 1985, tendo "Going Down on Love" do Walls And Bridges como lado B. Esse single de Lennon, só alcançou o número 65 nas paradas. Nos Estados Unidos, chegou ao número 80 da Billboard Hot 100 em novembro de 1988, junto com o lançamento do filme Imagine: John Lennon. Agora a gente confere a música com o tal de Brian Ferry e seu Roxy Music. Alguém pode até dizer que eu sou ciumento, mas a versão original gravada por John Lennon, dá pelo menos de 1000.000.000 a zero na desse gayzão! Quem é que vai dizer que não? E não é porque o John morreu não. É por que tudo que os Beatles fazem, ninguém faz melhor. Podem se passar + 10 mil anos! Necas!
Todo mundo já ouviu a expressão "o dia em que a música morreu". Ela apareceu na canção "American Pie" (1972), de Don McLean, descrevendo o fatídico dia em que o avião que transportava os pioneiros do rock Buddy Holly, J.P. Richardson (mais conhecido pelo apelido The Big Bopper) e Ritchie Valens caiu em um campo coberto de neve em Clear Lake, Iowa. A tragédia aconteceu na madrugada de 3 de fevereiro de 1959. Foi uma perda gigantesca para o rock. Simbolicamente, muitos consideraram o exato instante que marcou o fim da inocência daquele início do rock. A tragédia levou três artistas jovens de grande talento e que ainda tinham muito a oferecer. Buddy Holly já era um nome de enorme sucesso na época, mas a morte dele com apenas 22 anos fez com que se transformasse em uma autêntica lenda. Ele se mostrou extremamente influente, deixando sua impressão musical em tudo o que foi produzido até a metade da década de 1960, antes do psicodelismo aparecer e mudar a cena. Todo o rock inglês, de uma forma, ou outra, bebeu na fonte criada por Buddy Holly. The Beatles, The Rolling Stones, The Who, The Searchers, The Hollies (que até se inspiraram no nome dele) e muitos outros gravaram as canções do artista norte-americano, ou então tentaram imitar o som característico dele. Charles Hardin Holley nasceu há exatamente 80 anos, no dia 7 de setembro de 1936 em Lubbock, Texas. Ele começou se interessando pela música country, mas também ouvia muito o som pulsante do rhythm and blues. Não levou muito tempo para Holly, assim como Elvis Presley e outros, começar a juntar elementos das músicas branca e negra e, assim, dar a cara do emergente rock and roll. Com os amigos e conterrâneos Jerry Allison (bateria) e Joe B. Mauldin (baixo), Holly formou o The Crickets. No começo, gravavam pela Decca, mas o sucesso veio mesmo quando foram contratados pela Coral. Eles eram produzidos por Norman Petty e gravavam no estúdio dele em Clovis, Novo México. Petty, na realidade, era o produtor nominal – era Holly quem metia a mão na massa e criava o som revolucionário da banda.
Ao lado dos Crickets, ele criou vários clássicos do rock como "That'll be The Day","Oh, Boy!", "Rave On!", "Peggy Sue", "Words of Love", "Not Fade Away", "Everyday", etc. Buddy Holly e companheiros faziam um som denso, encorpado e claro como um dia de sol. Apesar das raízes dos Crickets estarem no rockabilly, eles não sovam como músicos regionais e a pegada era moderna e avançada. Logo, Buddy Holly and The Crickets se tornaram um dos artistas mais requisitados dos Estados Unidos, tocando para casas lotadas e aparecendo em programas de TV como American Bandstand eThe Ed Sullivan Show. O visual do cantor também se mostrou influente. Usando óculos de aro grosso e com jeitão de nerd, Buddy Holly provava que qualquer um poderia ser um astro do rock e não precisava necessariamente ter o mesmo look sexy e apolíneo de Elvis Presley. No final de 1958 Holly estava insatisfeito, achando que precisava de maior autonomia. Então, se separou de Norman Petty e dos Crickets. O cantor se mudou para Nova York com o objetivo de iniciar uma carreira solo e aprender produção e outros truques da indústria fonográfica. Enquanto isto, permanecia em seu apartamento gravando demos acompanhados do violão. Algumas destas canções eram "Peggy Sue Got Married", "Crying, Waiting, Hoping" e "Learning The Game". Apesar do acompanhamento esparso, a qualidade sonora era excelente e isso seria de grande utilidade no futuro.
Nesse meio tempo ele havia se casado e a esposa, Maria Elena Santiago, engravidou. Holly precisava de dinheiro e resolveu participar da Winter Tour Party, que também tinha no elenco Ritchie Valens (no auge com os hits "Donna" e "La Bamba"), The Big Bopper (com o hit "Chantilly Lace") e os novatos Frankie Sardo e Dion DiMucci. Para tal empreitada, ele selecionou novos músicos para acompanhá-lo: Carl Bunch (bateria), Tommy Allsup (guitarra) e o futuro super astro da country music Waylon Jennings (baixo). A turnê começou em Milwaukee, Wisconsin, no dia 23 janeiro de 1959. Os artistas excursionavam em meio a um inverno rigoroso. As apresentações era extenuantes e eles viajavam de cidade em cidade em um ônibus desconfortável. Quando chegaram a Clear Lake, Holly resolveu fretar um pequeno avião para que ele e sua banda rumassem ao próximo destino, que era Moorhead – de lá, iriam para Fargo, no Dakota do Norte. Com isso, poderiam chegar antes e dormir e comer decentemente, além de conseguirem lavar as roupas sujas que carregavam. O show à noite, no dia 2 de fevereiro, no Surf Ballroom, foi um tremendo sucesso. Todos os artistas foram muito bem recebidos, especialmente Holly. Depois da apresentação, Holly falou para o gerente do local: "Ou eu vou para o topo, ou eu vou cair. Mas eu acho que eu vou alcançar as alturas". Ele ligou para Maria Elena em Nova York para dizer que estava tudo bem e que já estaria viajando para o próximo destino. Mas sabendo que a mulher tinha medo de pequenos aviões, não contou com ele iria viajar.
O piloto do avião se chamava Roger Peterson. Ele tinha 21 anos e voava havia cerca de dois. Ele queria muito fazer a viagem, por causa do dinheiro e pelo fato de poder interagir com artistas famosos. Peterson era dono de um pequeno avião vermelho Beechcraft 35 Bonanza. No último instante aconteceu algo inesperado. Jennings e Allsup, que deveriam ir com Holly, cederam seus lugares para Valens e J.P. Richardson. Na verdade, Valens e Allsup decidiram que iriam embarcar no cara ou coroa - e Valens ganhou. Carl Bunch tinha ficado para trás, já que estava se recuperando de uma queimadura no pé causada pelo intenso frio. No final, os músicos de Holly, notando que Valens e Richardson estavamem péssimas condições (Richardson estava muito resfriado), não se importaram que os amigos voassem no lugar deles – afinal, eles eram astros do show. Foi o que salvou Jennings e Allsup. Pouco depois da 0h30, na terça-feira, no dia 3 de fevereiro, Ritchie Valens e The Big Bopper se acomodaram no assento traseiro do avião com toda a roupa suja dos músicos, e Holly se sentou ao lado do piloto. O barômetro ia baixando, o teto e a visibilidade diminuíam, uma neve leve caía, o vento soprava forte, a pista de decolagem tinha pouca iluminação. Pouco antes da 1h da madrugada, o avião avançou lentamente pela pista do aeroporto e decolou, fez uma volta de 180º e apontou para o norte. Não havia horizonte definido e a viagem não teria volta. Hubert Dwyer, proprietário da empresa área que viabilizou o transporte, não recebia notícias de Peterson desde que o avião havia levantado voo horas antes. Temendo o pior, ele pegou outro avião para refazer a rota do Beechcraft Bonanza. Do alto, viu os destroços e alertou o xerife local. A polícia chegou e todos perceberam que nada poderia ser feito. Os corpos dos músicos estavam espalhados sem vida pelo campo nevados onde o avião caiu. O legista concluiu que todos morreram na hora e, posteriormente, a perícia analisou que o piloto, Peterson, não tinha a experiência e os equipamentos necessários para efetuar um voo naquelas condições péssimas. Foi um imenso choque, afinal, a morte dos artistas foi a primeira grande perda dentro da história do rock. A morte de Holly, Valens e Richardson foi manchete no mundo todo. Maria Elena, que estava grávida de seis meses, entrou em estado de choque e sofreu um aborto. A viúva do músico não compareceu ao funeral e nunca visitou o túmulo do falecido marido. Enquanto isso, “It Doesn't Matter Anymore", que Holly havia acabado de lançar, chegava aos primeiros postos das paradas mundiais. Mas a Winter Tour Party não parou. Jennings, Alsup e Bunch seguiram cumprindo as datas pré-estabelecidas. Jennings assumiu o posto de vocalista. Quando o show chegou em Fargo, estava no palco uma banda chamada The Shadows, comandada por um rapaz de 15 anos chamado Robert Velline. Como muitos na época, ele era fanático por Buddy Holly. Velline e os amigos, todos músicos amadores, foram chamados pelos promotores locais para “tapar buraco”. No começo da década de 1960, depois de trocar o nome para Bobby Vee e assinar com Liberty Records, ele se tornou um grande astro e por toda a vida homenageou Buddy Holly. Chegou até a gravar um elogiado álbum juntos aos Crickets em 1961. Em 1963, Vee lançou o LP I Remember Buddy Holly. Os discos de Holly seguiam vendendo e a necessidade de material novo era urgente. Assim, a família dele entregou para o produtor Norman Petty o material que o cantor havia gravado informalmente em Nova York. Petty juntou os "tapes do apartamento", como passaram a ser chamados, e acrescentou a eles o acompanhamento da banda The Fireballs, que ele estava produzindo naquele momento. Até hoje são polêmicos (muitos achavam que Petty deveria ter chamado os Crickets), mas os overdubs deram certo e logo canções como "Learning The Game", “Peggy Sue Got Married" e "Crying, Waiting, Hoping" eram lançadas no mercado, conseguindo boa vendagens. Até a segunda metade da década de 1960 sempre havia produto "novo" de Buddy Holly no mercado. Mas é claro chegou um momento em que a fonte secou. Os Crickets seguiram sem Holly e tiveram uma carreira bem-sucedida, especialmente na Europa. Holly não foi esquecido. Em Lubbock, os fãs ainda fazem peregrinação ao túmulo do artista. Em 1972, Don McLean lançou "American Pie" e o sucesso da canção colocou Buddy Holly novamente na boca do povo. Paul McCartney, grande fã e colecionador da obra do artista texano, adquiriu na década de 1970 todo o catálogo e os direitos autorais relativos a Holly. A MPL Communications, empresa do ex-beatle, gerencia e supervisiona os lançamentos de material que tenha a ver com o músico norte-americano. Em 1978, foi lançado o filme biográfico A História de Buddy Holly, com Gary Busey no papel principal. Indicado ao Oscar, o filme foi polêmico (houve problemas legais), mas é é bem agradável e dá uma dimensão adequada da importância de Buddy Holly na história e consolidação do rock. Com seu som energético e disciplinado, ele até poderia ser considerado um avô do power pop. Em 1994, o Weezer gravou uma canção como nome do pioneiro. A bela homenagem "Buddy Holly", escrita pelo líder Rivers Cuomo, foi um grande sucesso, mostrando que ele era mesmo imortal, cujo legado iria seguir atravessando décadas. Em 2009, quando foram lembrados os 50 anos da morte de Buddy Holly, Paul McCartney falou à Rolling Stone EUA: “Ouvir e cantar as músicas de Buddy faz a gente ficar feliz. Parece que aquele tempo volta, e você é adolescente mais uma vez. Para mim, isso evoca lembranças lindas, porque foi bem quando eu estava começando a me ligar em música. John e eu cantávamos ‘Words of Love’ juntos, em casa. Ele cantava e eu seguia com a harmonia. E isso se transformou na espinha dorsal de muitas obras dos Beatles – John fazendo o vocal principal e eu cantando a harmonia. Passamos horas tentando descobrir como tocar o acorde de guitarra de abertura de ‘That’ll Be the Day’, e realmente fomos abençoados pelos céus no dia em que conseguimos. Essa foi uma das primeiras músicas que eu aprendi a tocar e, na verdade, foi a primeira que John, George e eu gravamos, em um disco caseiro”.
Tony Palmer, de 75 anos, se pergunta: “Se alguém me falasse, em 1968, que estaria em São Paulo em 2016 para apresentar meus filmes, o que eu diria?”. E ele mesmo responde: “Diria que essa pessoa estaria louca!”. O inglês ri do outro lado da linha. Palmer estava, contudo, prestes a embarcar em um avião para voltar a São Paulo – ele passou pela cidade no fim dos anos 1980, para participar da Mostra de Cinema de São Paulo – e ser homenageado pelo simpático In-Edit 2016, na oitava edição do festival dedicado exclusivamente aos documentários musicais, realizada a partir desta quarta-feira, 7, até o dia 18 de setembro.
“Vou começar a citar alguns nomes famosos, mas não me leve a mal, está bem?” Na história de Tony Palmer é impossível escapar disso. “Mas tudo começou com John Lennon, em novembro de 1963.” Ele foi testemunha de toda a revolução que tomou conta da música pop durante a década de 1960 e seguiu pelos anos seguintes. O homenageado desta oitava edição do festival de documentários musicais In-Edit terá oito de seus filmes exibidos, da sua centena de produções criadas para a televisão e o cinema. O festival começa nesta quarta, 7, e segue pelos cinemas paulistanos até o dia 18 de setembro. As salas participantes são Cinesesc, Spcine Olido, Spcine Lima Barreto (no Centro Cultural São Paulo), Cinemateca Brasileira, Matilha Cultural e seis CEUs do Circuito Spcine. O homenageado da vez, além de ter seus filmes exibidos na programação que inclui um total de 57 longas, Palmer, participará de uma masterclass na sexta-feira, 16, às 18h30, na Matilha Cultural, com entrada gratuita (os ingressos devem ser retirados na bilheteria com uma hora de antecedência).
Palmer foi tragado pela música – e isso não é exagero. Aos 22 anos, então estudante de lógica na universidade de Cambridge, Palmer foi a uma entrevista coletiva com os Beatles. Escrevia no jornal interno da universidade. Em 1963, o grupo de John Lennon já tinha chegado ao topo das paradas, mas a mania em torno do quarteto ainda não era tamanha. Palmer não fez uma pergunta sequer. No fim da sessão de questionamentos, Lennon indagou ao jovem: “Por que você ficou em silêncio?”. “E eu respondi”, diz Palmer: “Por que tudo ali me parecia estúpido”. John, segundo o diretor, concordou. Ambos riram e o beatle pediu para que Palmer lhe apresentasse a universidade e rodou pelos prédios históricos com uma barba falsa. “Ele estava ridículo”, brinca Palmer. Ao fim do encontro, Lennon entregou ao então repórter um cartão com seu número de telefone. Somente em 1967, quando o diretor já morava em Londres e trabalhava na BBC, ligou para o número. Horas depois, recebeu um recado de Lennon. “Ele dizia: ‘Por que você demorou quatro anos para me ligar?’ E assim começamos uma grande amizade’.”
Conta Palmer que foi o beatle que o convenceu o a filmar All My Loving – “ele até sugeriu o nome” – no qual o diretor registrasse as mudanças que aconteciam na música pop – do surgimento dos Beatles, Rolling Stones, Jimi Hendrix, Eric Clapton. “Depois desse filme, tudo seguiu como uma consequência”, avalia ainda Tony Palmer. “As pessoas têm, até hoje, um interesse muito grande por essa época. O máximo que o Reino Unido tinha como registro da música pop era o Top of Pops, que era horrível. Nesses filmes, os músicos são respeitados”, acrescenta.
Baby It's You é o nome de uma canção escrita por Burt
Bacharach (música), Barney Williams e Hal David (letra).
Foi gravada pelas bandas The Shirelles e The Beatles, Anna Calvi,
entre outras. Outra conhecida versão é da banda norte-americanaSmith, que alcançou o
ranking #5 da Billboard Hot 100 em 1969. A canção foi lançada
pelas Shirelles no álbum Baby It's You,
produzido por Phil Spector, chegando ao ranking #8 nos EUA.
Os Beatles fizeram uma versão para a canção no álbum Please Please Me, produzida por George Martin. A voz principal na canção é de John Lennon. Foi a única composição de Bacharach cantada pelo grupo. A canção foi lançada nos Estados Unidos da América no álbum The Early Beatles, de 1965. Outra versão dos Beatles aparece no álbum Live at the BBC lançado em 1994.
Em 1956, o cineasta Conrad Rook, então apenas um garoto rico (o pai foi um dos fundadores da Avon, a empresa de cosméticos), caminhava pela Rua 57, em Manhattan, quando esbarrou, quase literalmente, com um indiano baixinho, carregando uma imensa case com uma cítara. Era Ravi Shankar. Rook, e mais umas 60 pessoas, tinha acabado de assistir a um dos primeiros concertos de Shankar nos EUA. Puxou conversa com ele, e tornaram-se amigos. Foi através de Conrad Rook, que o mestre da cítara e da música clássica indiana conheceu jazzmen como John Coltrane, os integrantes do Modern Jazz Quartet, e Bud Shank, com quem dividiria um álbum. Mas seu trabalho continuou por muito tempo restrito a um pequeno número de pessoas interessadas por filosofia e religiões orientais, muitos influenciados pelos escritores da geração beat. Dez anos mais tarde, Conrad Rook, depois de viajar pelo mundo, se tornar um junkie, se livrar das drogas, dirigiu o primeiro filme. Desdenhou-se na época o trabalho como mera terapia ocupacional de um milionário. O filme, Chappaqua, no entanto, acabou como um clássico da contracultura. A trilha foi assinada por Ravi Shankar, e saiu em disco há 50 anos, quando a música erudita indiana, e instrumentos como a cítara e a tabla começavam a ser adotados na música pop por influência dos Beatles.
Simples artifício sonoro para dar um tom exótico ao filme Help (1965), dos Beatles, a curiosidade de George Harrison o levou a adquirir uma cítara, e começar a explorar o instrumento. A cítara foi incorporada à música do grupo no álbum Rubber Soul, na faixa Norwegian Wood (também de 1965), depois pelos Rolling Stones, em Paint it Black (1966), e disseminou-se pelas bandas europeias e americanas(e de outros continentes. Sons orientais no ocidente não eram exatamente uma novidade. Estavam em experiências sonoras de compositores eruditos de vanguarda como Terry Riley. Em 1955, o citarrista Ali Akbahr Khan, cunhado de Ravi Shankar, gravou com Yehudi Menuhin, o álbum Music of India. Morning and Evening Ragas. O pessoal do jazz, desde os anos 50, levava a música e a filosofia indianas mais a sério. O saxofonista John Coltrane foi talvez o que mais se aprofundou em ambas. Sua admiração por Ravi Shankar o levou a dar o nome do citarrista indiano ao seu filho, o hoje também saxofonista Ravi Coltrane. Em 1960, o guitarrista folk inglês Davey Graham misturou folk, blues, jazz e raga, foi certamente o primeiro a botar estes elementos musicais no mesmo caldeirão. Em abril de 1966, os Beatles trabalhavam em Revolver, no estúdio 1, da EMI, em Abbey Road. Por este tempo, a cítara já fazia parte do arsenal de instrumentos de George Harrison, que estudou, na India, com Ravi Shankar. O resultado do aprendizado está em duas faixas de Revolver: Tomorrow Never Knows (sobretudo no conceito, ou no drone, comum à música indiana) e em Love You To, George Harrison empreende a primeira tentativa de compor uma canção pop numa escala musical não ocidental, e do uso de tabla, tamboura e, claro, cítara, tocada por ele. Os Beatles ainda gravavam em Revolver quando começaram as sessões de um disco histórico, West Meets East, a reunião do violino de Yehudi Menuhin com a cítara de Ravi Shankar, um álbum que teve ótima repercussão e vendagem recorde para música erudita. Shankar foi para Estados Unidos há 60 anos a convite de Menuhin. Em Here There and Everywhere, memórias dos anos que trabalhou com os Beatles e outros músicos na EMI, o engenheiro de som Geoff Emmerick lembra que Ravi Shankar gravou em Abbey Road quando os Beatles faziam Revolver, e chegou a dar uma ajuda ao produtor do disco do indiano.. Shankar, no entanto, por mais popular que tenha se tornado nos EUA e Europa, questionava a forma como sua arte estava sendo utilizada. Não perdia oportunidade para ressaltar que tocava música erudita do Norte da India, e que esta música deveria ser escutada pelas plateias como elas fariam em um concerto erudito ocidental. Sem precisar se valer de drogas para assimilar a música. Tampouco aprovava a distorção que os hippies fizeram da cultura indiana: “Toda esta onda de hare Krishna, colares, sininhos, incensos de certa forma me magoa muito… como indiano, brâmane, de uma família muito religiosa, acho tudo grosseiro, e distorcido”, queixou-se numa entrevista, em1968, ao então jornal udigrudi Rolling Stone.
Mas foi inevitável a ligação entre a maconha e o LSD com a música de Ravi Shankar, sobretudo devido aos elementos da música indiana terem sido divulgados num álbum tão popular quanto Revolver, primeiro disco “psicodélico” dos Beatles. No ano seguinte, Ravi Shankar foi uma das estrelas do festival Monterrey Pop, e dois anos depois estaria no festival de Woodstock. Aliás, ele se tornou presença obrigatória nos festival que pipocavam pelos EUA e Europa entre o final dos 60 e início dos 70. Os músicos de Jazz, como John Coltrane ou Charles Mingus se aprofundavam também na espiritualidade indiana. Na biografia John Coltrane: His Life and Music, de Lewis Porter, há a citação de um elogio do saxofonista à Ravi Shankar que acentua a diferença entre sua assimilação pelo jazz e pelo pop: “… Quando ouço sua música, quero copiá-la. Não nota a nota, claro, mas o lado espiritual. O que me aproxima de Ravi é o aspecto modal de sua arte”. As bandas e astros pop como o inglês Donovan, incluindo os Beatles não se aprofundaram na música indiana. A utilizavam de maneira superficial, embora, claro, estendendo os horizontes do rock and roll. Para um indiano. Love You To, de George Harrison deve ter soado muito estranha, talvez caricata. Harrison usava numa mesma composição vários estilos da música clássica do Norte do país, assemelhando-se a um grosseiro ragamala, grosso modo, uma espécie de pot-pourri. Pior, outros artistas não raro misturavam a música do norte (hindustani), com estilo do sul (carnático). Mas embora reclamasse, como o fez na citada, e longa, entrevista ao Rolling Stone, Ravi Shankar curvava-se à concessões, como, por exemplo, resumir o tempo de duração dos concertos, e das peças que tocava plateias de freaks e hippies. Na Índia, os concertos estendiam-se a pelo menos quatro horas, e chegavam a sete, ou oito. Seu recorde (revela na mesma entrevista) foi tocar durante dez horas, com um pequeno intervalo de dez minutos. Na mesma entrevista a Rolling Stone, Ravi Shankar, perguntado se aprovava alguma música ocidental feita na cítara, respondeu que o caso não era aprovar ou não. Pra ele não tinha importância, mas foi enfático: “Eu nunca ouvi uma musica, não indiana, tocada numa cítara que tenha me impressionado. Que fosse suficientemente boa. Não sou ortodoxo, ou de mente estreita. Se tivesse ouvido alguma, certamente aprovaria”. Ravi é “sol” em sânscrito, enquanto Shankar é outro dos nomes de Shiva. Seu nome de batismo é Rabindra Shankar Chowdhury. O pandit (mestre) da música clássica indiana faleceu em 11 de dezembro de 2012, a música que contribuiu para popularizar no Ocidente permanece incorporada às mais diversas manifestações sonoras nas Américas e Europa.
Playboy é uma revista de entretenimento erótico direcionada para o público masculino. Foi fundada em 1953 por Hugh Hefner. A primeira edição norte-americana teve na capa a atriz Marilyn Monroe, sendo levada curiosamente às bancas sem número na capa da edição, pois seu criador não tinha certeza de sua continuação. Na época de seu lançamento, a revista destacou-se como pioneira na exibição de fotografias de mulheres nuas.
Todo mês, a revista Playboy apresenta a seus leitores uma estrela principal: a capa da revista, a playmate do mês, bem como uma entrevista e reportagens sobre assuntos diversos do universo masculino. O símbolo da Playboy é um coelho, pois segundo Hefner o coelho é como o playboy do mundo animal, por se tratar de um animal sofisticado. A revista possui edições internacionais em 33 países. No Brasil, foi publicada pela Editora Abril de 1975 até 2015 e será publicada pela PBB Entertaiment a partir de 2016. A partir de março de 2016, a Playboy não mais terá estampada em suas páginas, as belas e despidas mulheres. O motivo está na tecnologia. Segundo o chefe executivo da companhia, Scott Flanders, as pessoas podem facilmente ter acesso às imagens de cunho sexual e de graça através da internet. Sua circulação caiu de 5.6 milhões de exemplares vendidos na década de 70, para apenas 800 mil exemplares atualmente. Com a queda dos números, a revista perdeu seu valor comercial e relevância cultural. Suas próximas edições contará com poses provocantes e sensuais de belas mulheres, porém não totalmente nuas.
Num quarto em Ipanema, aquele onde vive Lúcia, pôsteres dos Beatles, discos de vinil e fitas cassete se espalham pelo ambiente. Uma colagem adolescente une uma foto da dona daquele pequeno mundo ao baixista dos Fab Four. Afinal, é Paul o muso inspirador de seu nome de guerra: Lúcia assina McCartney. Um dos personagens mais marcantes de Rubem Fonseca, a jovem prostituta que se apaixona por um cliente mais velho está de volta. Criada num conto de 1969, adaptada para o cinema por David Neves em 1971, Lúcia McCartney ressurge como protagonista da série homônima em oito episódios realizada pela Zola Filmes e com estreia marcada para 21 de novembro, no GNT. — Esse conto é muito importante para a literatura brasileira, quebrou muitos paradigmas. A série procura ser fiel ao espírito do livro, de narrativa inquietante — explica o diretor José Henrique, filho de Rubem, que assina o roteiro ao lado de Gustavo Bragança, seu companheiro em “Mandrake”, “Por isso eu sou vingativa” e “Romance policial — Espinosa”. — Meu pai escreveu o roteiro do filme, mas desta vez apenas leu os episódios.
Para viver a personagem-título, de 18 anos e muitos sonhos,
foi convocada Antonia Morais, 24. Contracenando com ela, Eduardo Moscovis,
praticamente um ator-assinatura do canal feminino — no qual estrela “Questão de
família” e já apresentou a versão masculina do “Saia justa”. É ele quem encarna
José Roberto, o homem capaz de roubar o coração da jovem, que até então
pertencia apenas a Paul. — Fui me aproximar da personagem depois do teste. Só então li o conto, que é
maravilhoso, mas muito breve — explica Antonia, com voz de sono, durante um
raro dia de folga nas gravações. — O passado dela não é mostrado no conto, nem
na série. Ele existe, sim, na minha cabeça. Eu que inventei, escrevi um diário
para ela. O conteúdo do tal diário Antonia prefere manter em segredo. Assim
como todo o processo: seus familiares só ficaram sabendo da série quando ela
foi escalada — sequer pediu conselhos para a mãe, Glória Pires, e a irmã, Cleo,
limitando-se a dividir a alegria por ter conseguido seu maior papel até então.
A única coisa que estava clara desde o começo era a sua vontade de encarnar a
personagem, ao menos para José Henrique: — Fizemos testes com muitas atrizes e os da Antonia foram impressionantes. Ela
me ligava, queria muito esse papel. Ela se apropriou da Lúcia McCartney desde o
primeiro minuto. Hoje, a personagem é dela. Mas, para dominá-la, Antonia foi a campo, ao lado de Eduardo. — Fomos a uma casa de prostituição para entender o universo dessas mulheres,
ouvir suas histórias. Foi uma experiência muito rica — explica o ator. — A pior
coisa que tem é fazer cena de sexo. É ruim, desconfortável, uma intimidade
forçada, eu detesto. Antonia, que nunca havia gravado algo do tipo, jura que tirou de letra: — Inclusive, não vejo a hora de assistir. Claro que eu não dormi na véspera,
mas na hora de gravar foi tudo supertranquilo, eu não senti nada, nem frio na
barriga. Estava superentregue. Aliás, com tudo. Não me sinto pressionada. Tenho
gravado todos os dias de manhã até a noite. As pessoas me falam “ai, coitada de
você”, e eu sempre respondo: “Vocês estão loucos? Eu estou numa felicidade que
vocês não estão entendendo!”. Apesar de dizer que não se identifica com Lúcia, a atriz se contradiz e enumera
várias características em comum: — Nós duas gostamos muito de música. Fora que eu sempre me mudei muito de casa,
então sempre fiz do quarto o meu universo, assim como ela. É o lugar onde eu
fico viajando ouvindo música, tendo minhas ideias. Lúcia é uma menina
sonhadora, lúdica, misteriosa, e eu também tenho muito disso. Acho que as
pessoas vão me descobrindo aos poucos, e eu mesma descobri a Lúcia assim.
“No Reply” era uma típica canção de John Lennon sobre
traição e ciúme, a história de uma garota que o troca por outro homem. Ela era
baseada, ele declarou certa vez, não em sua própria experiência, mas na canção
“Silhouettes’’, grande sucesso de 1957 com a banda The Rays. Escrita por Bob
Crewe e Frank Slaye, que compuseram sucessos também para Freddy Cannon,
“Silhouettes” colocava um novo elemento na antiga história de amor traído: o
rapaz descobre que está sendo enganado quando vê silhuetas nas cortinas da casa
de sua amada. Na versão de John, o rapaz começa a suspeitar quando a garota não
atende a campainha e, quando, depois, ele telefona e os pais da moça dizem que
ela não está em casa. Como em “Silhouettes”, ele volta para a casa dela e,
escondido nas sombras, vê a garota sair com outro homem. A repetição da frase
“I saw the light”, para se referir à luz por trás das cortinas e à revelação de
que ele está sendo enganado, pode ser uma alusão à conhecida canção religiosa
de Hank Williams “I Saw The Light” (1948). Desde “Please Please Me”, as
composições dos Beatles vinham sendo publicadas pela Northern Songs, uma
empresa montada por John, Paul, Brian Epstein e o editor musical Dick James,
amigo de George Martin. James tinha experiência tanto como cantor quanto como
compositor antes de se envolver com edição e, quando ouviu “No Reply”, disse a
John: “Essa é a primeira canção completa que você escreve, a primeira canção
que se resolve. E uma história com começo, meio e fim”.
Luciana Gimenez aproveitou a passagem de Mick Jagger e dos Rolling Stones pelo Brasil para entrevistar o amigo e pai de seu filho, Lucas, de 16 anos. O roqueiro falou sobre a vitalidade aos 72 anos de idade, sobre a banda, sobre os sete filhos e a dificuldade em conseguir reunir todos. "Eles são todos crescidos agora. O Lucas é o mais novo e ele não precisa mais de alguém olhando o tempo todo. Eu gosto de ter todos por perto. É difícil juntar todos ao mesmo tempo, é um desafio, mas fizemos isso no Natal. Acho que estivemos todos juntos no Natal", disse o vocalista. Para manter a energia e o pique de seus shows, Jagger contou o que é essencial: "Eu tiro algum tempo de folga. É tudo uma questão de ritmo. Eu sou sortudo, é tudo genética na verdade". Desde 1962 com os Rolling Stones, Mick Jagger falou sobre a relação com o banda. "Nós tentamos deixar tudo divertido. Nós nos divertimos. Algumas coisas dão errado, mas tudo bem. É como uma partida de futebol, alguém pode cometer um erro, mas você tem que imediatamente pensar na próxima jogada. Somos como um time de futebol bem antigo", disse o cantor querecebeu Lucas e Gimenez no show em São Paulo. Sobre o show no Rio de Janeiro, Jagger contou o que achou. "No Rio foi um show muito bom. Foi caloroso, relaxado e não choveu. Eu acho que foi um ótimo público, apenas senti uma atmosfera bem relax. Toda cidade é diferente. Você precisa pegar o feeling de cada cidade e o Rio tem esse feeling super relax", disse o líder dos Stones, tietado por Caetano Veloso.
"Slippin' and Slidin” é um rocklássico de Little Richard que aparece em seu primeiro álbum – “Here Is Little Richard”. Também foi lançada como Lado B do single que trazia “Long Tall Sally” no Lado A. Curiosamente, ambas se tornariam marcas registradas dos Beatles. “Long Tall Sally” virou o que virou, e "Slippin' and Slidin” foi belamente regravada, ainda mais hard, por ninguém menos do que John Lennon no seu incrível álbum ‘Rock And Roll” de 1975. E é ela que a gente confere agora! Let’s go Johnny! Dá-lhe pau!!!
O primeiro álbum “oficialmente” lançado por John Lennon depois do fim dos Beatles, “John Lennon/Plastic Ono Band” é sua criação mais impressionante em termos de carreira-solo e cada vez, que ouvido com mais atenção, um dos melhores, senão o melhor de todos. Melhor ainda que “imagine” que viria depois, todo arranjado, todo produzido e comercial. Era a decretação de Lennon de sua ruptura com o passado, os Beatles, ou o que quer que fosse, e o clímax do álbum (depois de tantas bombas) é a última, “God”, uma de suas mais verdadeiras reflexões sobre seu passado, presente e possível futuro. Na época, John e Yoko participavam da terapia do grito primal do Dr. Arthur Janov em Los Angeles. Através da terapia, Lennon tentou lidar com seus traumas da infância (abandono, isolamento e morte). De volta a Inglaterra, John chamou o produtor Phil Spector e começou as gravações do álbum. Participaram do álbum somente o ex-beatle Ringo Starr, além de Billy Preston, Klaus Voorman e Alan White. John Lennon fala do abandono da mãe e do pai na canção "Mother" e em "God" diz a famosa frase "O sonho acabou", e afirma não acreditar em mágica, I-ching, Bíblia, tarô, Hitler, Jesus, Kennedy, Buda, Mantra, Gita, Ioga, reis, Elvis, Zimmerman (Dylan) e nem nos Beatles. Só nele e em Yoko Ono.
Agora é oficial. O Guinness World Records confirmou que a cópia do disco "The Beatles", popularmente conhecido como "Álbum branco" (1968), leiloada em dezembro pelo baterista Ringo Starr, é o vinil mais caro da história. O comprador anônimo pagou US$ 790 mil (o equivalente a cerca de R$ 2,5 milhões). Além de pertencer a um ex-Beatle, o disco tem um apelo especial por ser a edição de número 0000001 — ou seja, a primeira cópia do álbum a ser prensada. Cada unidade veio com seu número de série estampado na capa, o que prova a autencidade (e importância) do recordista. Chegou-se a especular que o preço pago pelo álbum teria sido de US$ 910 mil (quase R$ 3 milhões), mas o Guinness divulgou o valor real nesta quinta-feira. O dinheiro foi destinado para a Lotus Foundation, instituição de caridade criada por Ringo e por sua mulher, Barbara Bach. Segundo a publicação, o baterista guardou o vinil em um cofre por 35 anos e, por isso, a cópia encontra-se me perfeitas condições. Todas as quatro primeiras cópias estiveram em posse dos integrantes da banda e de seus familiares. Em 2008, a unidade 0000005 foi vendida por pouco menos de US$ 30 mil (cerca de R$ 97 mil).
Nesta terça-feira (30), Jon Bon Jovi e Paul McCartney se juntaram em uma “apresentação” durante a comemoração da arrecadação de fundos para a campanha da candidata à presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton. Nos últimos dias, a candidata fez uma maratona para arrecadar fundos para sua campanha e, há dois dias, deu uma festa em comemoração aos bons resultados e valores arrecadados nos Hamptons, região nobre de Nova York. Em certo momento do evento, Jon Bon Jovi, Jimmy Buffett e Paul McCartney se juntaram em uma performance de “Hey Jude” em homenagem à Clinton.
Julia Baird, nascida em 5 de março de 1947 é a meia-irmã mais nova de John Lennon e é a filha mais velha de John 'Bobby' Albert Dykins (1918 / dezembro de 1965) e Julia Lennon (12 de março de1915 / julho 1958). Tem uma irmã mais nova, Jacqueline "Jackie" Dykins, nascida em 26 de outubro de 1949.
John Lennon começou a visitar a casa dos Dykins em 1951. Depois da morte de Julia Lennon em 1958, Harriet e Norman Birch foram nomeados guardiães de Julia e Jackie, ignorando qualquer parentesco com Dykins, já que ele nunca tinha se casado legalmente sua mãe. Quando os Beatles já eram famosos, John Lennon convidou as irmãs Dykins para visitá-lo onde ele vivia, em Kenwood , Weybridge , com sua então esposa, Cynthia.
Julia Dykins (Baird) casou-se com Allen Baird em 1968 e mudou-se para Belfast . Tiveram três filhos E se divorciaram em 1981. Baird trabalhou como professora de necessidades especiais , e depois da morte de Lennon, escreveu “John Lennon, meu irmão” (com Geoffrey Giuliano) e em 2004 lançou “Imagine This - Crescendo com meu irmão John Lennon”. Ela é agora é diretora da Cavern City Tours em Liverpool. Sobre o livro: Esta obra da meia irmã de John Lennon Julia Baird não segue a tendência das biografias "definitivas", baseadas numa pesquisa exaustiva e no objetivo de reproduzir a vida do biografado com toda minúcia. Paradoxalmente, porém, pela proximidade da autora com o biografado, esta é uma biografia ao mesmo tempo mais e menos minuciosa. Além de um índice remissivo não apenas de nomes, a obra também traz momentos/situações chave na vida de Lennon e uma amostra generosa de sua coleção particular de fotografias familiares inéditas. Certa vez John Lennon afirmou que os Beatles eram mais famosos que Cristo. Essa fama acarreta, quanto ao conhecimento dos personagens, um efeito duplo: de um lado, sabe-se "tudo" de suas vidas; de outro, tal familiaridade impede o recuo necessário para passar por cima dos mitos cristalizados no caminho. Se já se sabe tudo, nada há a questionar e, principalmente, a descobrir. Este é o ponto de partida da meia-irmã de Lennon ao escrever sua biografia. Ou seja, que muitas das certezas sobre sua vida são mitos. Não no sentido de serem mentiras factuais, mas no de serem tão erroneamente interpretados que já não correspondem à verdade. Nas esclarecedoras palavras da autora: "Este livro é a minha tentativa de dar sentido à minha própria vida e a do meu meio-irmão John. Todas as famílias têm histórias secretas e a maioria passa suas vidas tentando mantê-las escondidas até mesmo uns dos outros. Na nossa, entretanto, as histórias escondidas têm sido penduradas em uma tela gigante nos céus, convidando à verificação e crítica de todos e à pesquisa e dissecação dos especialistas em Beatles e em John. Tivemos que deixá-los continuar, sabendo que grande parte as histórias estavam erradas. Na verdade, tantas coisas inexatas têm sido escritas sobre John e nossa família que, às vezes, tenho que lembrar a mim mesma essas verdades básicas.".
"And Your Bird Can Sing" foi lançada originalmente no album Revolver em 1966 no Reino Unido e no album Yesterday...and Today no mesmo ano nos Estados Unidos. A música é creditada à Lennon/McCartney, embora tenha sido escrita por John Lennon. O nome inicial era "You Don't Get Me". Posteriormente Lennon mostrou-se indiferente a esta música, como a muitas de suas composições dessa época, referindo-se a ela como "outra de minhas descartáveis... papel decorado embrulhando uma caixa vazia".
John Lennon faz o solo vocal, com Paul McCartney e George Harrison se unindo a ele na harmonização de alguns trechos. A canção tornou-se memorável pelo seu poderoso riff de guitarras proeminentes, tocadas por George Harrison e Paul McCartney e mixadas de tal forma que deixa de ser um simples acompanhamento. Uma versão desta música, com George tocando sua guitarra Rickenbacker de 12-cordas, foi gravada em 20 de Abril de 1966 mas foi descartada: o grupo gravou a versão que apareceu em Revolver em 26 de Abril. A versão rejeitada, que aparece no album Anthology 2, possui uma seqüência vocal na qual John e Paul estão rindo histéricamente. As notas no encarte de Anthology afirmam que as fitas não indicam a origem do riso.
Uma série de incidentes têm sido sugeridos como inspirações para a letra enigmática da música, que lembram alguns tons de She Said, She Said: Jonathan Gould, no livro Can't Buy Me Love de 2007, afirma que Lennon escreveu a canção em resposta a um comunicado oficial da imprensa promovendo um especial de Sinatra na TV como um show para aqueles que estavam "cansados de cantores jovens vestindo esfregões de pêlos grossos o suficiente para esconder uma caixa de melões". De acordo com o jornalista Richard Simpson, Lennon escreveu a música em resposta a Mick Jagger dos The Rolling Stones que gabava-se de sua namorada pop-star ("bird" na gíria Inglesa) Marianne Faithfull. "And Your Bird Can Sing" foi usada como música tema da série de desenho animado The Beatles durante a terceira temporada.
Colin Campbell é uma socialite britânica que está causando polêmica depois de ter criticado Paul McCartney. Vizinha do cantor, a celebridade falou sobre o seu desgosto por morar tão próxima ao ex-beatle. “Não entendo nada de música pop, mas posso dizer que ele é um babaca e completamente banal”, revelou Colin ao jornal Daily Mail. Questionada se estava falando sobre McCartney, a socialite não hesitou. “Ele é uma pessoa completamente ordinária... não suporto a forma como ele e seus filhos acreditam fazer parte de algum tipo de aristocracia do rock”, completou.
A importante revista francesa "Les Inrockptibiles" elegeu "Revolver" lançado pelos Beatles em 1966, o melhor álbum britânico de todos os tempos. A lista, com 100 álbuns, foi publicada em uma edição especial. A banda de Liverpool tem mais duas presenças no top 100: "Sgt. Peppers" de 1967 em 14° e "Rubber Soul" (1966) em 21°. David Bowie e os Rolling Stones são os outros nomes com três discos cada na relação. Do artista morto em janeiro deste ano, a revista selecionou "Ziggy Stardust" (1972) em segundo lugar, "Hunky Dory" (1971) em 26° e "Station to Station" (1976) em 36°. Dos Stones estão presentes "Sticky Fingers" (1971 em 4°), "Beggars Banquet" (1968 em 11°) e "Exile On Main Street" (1972, 29°). A lista também é interessante pelo seu enfoque um pouco diferente em relação a enquetes do tipo feitos por revistas inglesas ou americanas. É curioso notar que discos celebrados como "The Dark Side Of The Moon" do Pink Floyd ou "Something Else" dos Kinks ficaram de fora e que o único disco solo de um ex-Beatle presente é "Ram" de Paul McCartney. Ao mesmo tempo a "Les Inrocks" lembrou de nomes como Divine Comedy, Tindersticks, Wedding Present, The Coral e Herbert. Os outros álbuns presentes no top 5 foram "London Calling" do The Clash (1979 em 3°) e "Closer" do Joy Division (1980) no 5° posto. "Overgrow" de James Blake, na 91ª
posição, foi o único álbum lançado nessa década a entrar para os "100 mais".