domingo, 23 de abril de 2017

SGT. PEPPER'S É A CAPA DA REVISTA MOJO DE JULHO


No clima das comemorações dos 50 anos do legendário álbum Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, Sir PAUL MCCARTNEY cedeu uma entrevista exclusiva à revista MOJO especial de julho, que chega às bancas esta semana para refletir sobre a história do disco. Ele relembra algumas das circunstâncias na época de gravação deste que foi o álbum mais ousado da carreira dos Beatles. Antes de Sgt. Pepper's vir a se tornar o ícone que é hoje, houve um período de perplexidade e estranhamento em relação ao novo estilo musical. Como os Beatles puderam ter a ousadia de se tornarem tão “esquisitos?”.
“Eles ficavam nos falando o tempo todo, ‘Vocês vão perder todos os seus fãs com isso aí”, McCartney conta. “E a gente dizia, ‘Bem, nós vamos perder alguns - mas vamos ganhar outros. Nós temos que evoluir!"
No ano de 1967, a banda enfrentava o desafio de uma mídia em pânico devido ao novo frenesi das drogas e da ascensão da nova ideologia “Nova Era”. As coisas estavam mudando. A moda, o mundo, as pessoas. O estereótipo dos rapazes comportadinhos de terno já estava ultrapassado. “Sgt. Peppers teve uma péssima recepção pelo The New York Times,” relembra Paul. “O crítico da época, Richard Goldstein, disse que ele havia odiado o álbum, o que acabou sendo um erro. Com o tempo ele passou a ver o que as pessoas estavam dizendo e acabou retirando o que disse (numa edição seguinte da Village Voice). Mas a gente estava acostumado a isso. “She Loves You” já havia sido considerada como algo “banal”. Mas se a gente gostasse dela e achasse legal, a gente iria lutar por ela”. “...Pense, George compondo Within You Without You,” continua Paul, “uma gravação num estilo completamente indiano – não era nada do tipo que alguém tinha escutado antes, pelo menos não do nosso contexto. Era tudo um risco, e a gente sabia disso.” Mas mesmo dado a ascensão subseqüente do Sgt. Pepper’s ao status de inigualável, há um aspecto do disco que tem escapado consistentemente de críticas, e até mesmo dos fãs. "A mixagem estereofônica original é um pouco de uma peça de época", admite McCartney. "Você tem a bateria em um canto, você tem os vocais em outro canto. Onde andávamos, eu dizia, 'Ouça a bateria nessa, cara!' ... e ele não podia ouvi-la. Isso foi abordado na reedição do Sgt. Pepper’s que será lançado no dia 26 de maio. Um robusto novo estéreo feito por Giles Martin que retorna a bateria dos Beatles e os vocais para as posições centrais que lembra o mono original, e obtém o selo de aprovação de McCartney.

Um comentário:

Valdir Junior disse...

Quero só ver, e ouvir, se essa "nova" mixagem é tudo isso mesmo. Agora fiquei louco por essa revista Mojo, só a capa já vale ela.