quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

JEFF HEALEY - WHILE MY GUITAR GENTLY WEEPS ★★★★★★★★★★★★★★★★★★★★★★★★★★★★★★★★★


Em 1990, The Jeff Healey Band lançou seu segundo álbum, Hell to Pay, que trazia nada mais, nada menos que George Harrison tocando com Jeff Healey na faixa cover dos Beatles "While My Guitar Gently Weeps" e também Mark Knopfler (Dire Straits) tocando em “I Think I Love You Too Much”, outro grande sucesso. Hell to Pay é considerado por muitos fãs e imprensa, como sendo o melhor álbum da banda. Além das presenças da HarrisonKnopfler, Eric Clapton também participou de Hell to Pay.

Não deixe de conferir a superpostagem especial de JEFF HEALEY, publicada aqui em 2 de março de 2011, em que além de "While My Guitar Gently Weeps" também toca "Yer Blues". Imperdível!

ROY ORBISON AND K.D. LANG - CRYING - SENSACIONAL!


K. D. Lang (Kathryn Dawn Lang) é uma cantora canadense vencedora de vários prêmios Grammy. Embora tenha tido considerável êxito ao longo da carreira com temas como "Constant Craving" ou "Miss Chatelaine", foi o dueto com Roy Orbison, "Crying", que tornou a sua voz conhecida mundialmente. "Crying" foi escrita por Roy Orbison e Joe Melson para o terceiro álbum de estúdio de Orbison com o mesmo nome (1962). Lançado em 1961, como single, foi um hit número 2 nos Estados Unidos para Orbison e foi regravado em 1980 por Don McLean, cuja versão alcançou o número 1 no Reino Unido. Em 1987, Orbison regravou a música em dueto com K.D. Lang como parte da trilha sonora do filme "Hiding Out". Essa colaboração ganhou o  Grammy de "Melhor Colaboração Country com Vocais".
Esse pequeno texto sobre Roy Orbison que a gente confere a seguir foi escrito por K.D. Lang e publicado na edição original da revista Rolling Stone com a lista dos 100 Maiores Artistas de Todos os Tempos em 2012.
"Sempre comparei Roy Orbison a uma árvore: passiva e bela, mas extremamente sólida. Ele manteve um senso de humildade, sensibilidade e gentileza incomum para sua idade. Ele não era efeminado, mas extremamente gentil. Ele era alguém com quem você se sentia totalmente segura, quer estivesse ouvindo seus discos ou estando perto dele. Não era como Elvis: não era como se suas partes baixas estivessem pegando fogo ou algo assim. É mais como se Roy fosse um lugar privado para ir - um consolo ou um refúgio. Ele quebrou o molde do cara durão dos anos 50, e até mesmo o estilo de sua música era uma forma de arte para alguém que veio de Wink, Texas. Era cosmopolita de uma forma misteriosamente suave e romântica. Roy Orbison era como um cantor de ópera folk. Acho que ele foi influenciado pela ópera espanhola na estrutura e no sentimento. Ele também adorava expressar sua voz nessa faixa superior, em falsete. Ele era vulnerável e forte ao mesmo tempo. Ele era extremamente sincero em sua voz e em sua aparência, e ainda assim tinha esse véu de mistério para ele. Em 1987, Roy e eu gravamos uma versão de "Crying" para um filme chamado "Fugindo da Máfia". Acabamos gravando "Crying" em Vancouver, onde eu morava. Entrei no estúdio e foi como olhar para a enorme imagem do Marlboro Man na Sunset Boulevard - tão imediatamente presente e imponente. Estávamos ensaiando a música no estúdio com a banda, e Roy e eu estávamos dividindo o microfone. Quando chegamos a uma parte em que estávamos cantando ao mesmo tempo, nós dois nos inclinamos para o microfone e nossas bochechas se tocaram. Sua bochecha era tão macia, e a energia era tão incrível. Não sexual, mas totalmente explosiva, como a química de algum tipo de parentesco. Eu nunca vou esquecer o que senti. Eu posso ouvir aquela voz bem no meu ouvido. Seu vibrato era meio rápido e tinha uma pequena oscilação dentro dele, e foi isso que deu a ele o som vulnerável. Aquela voz".

Aqui, a gente confere a apresentação de Roy Orbison no programa "Late Show" de David Letterman em 1988. Orbison estava lançando o álbum “A Black And White Night (Roy Orbison and Friends)”. Orbison toca "Mean Woman Blues" e fala sobre a excursão que fez com The Beatles em 1963.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

JOHN LENNON - MOTHER - SENSACIONAL! ★★★★★★★★


No dia 28 de dezembro de 1970, John Lennon lançou o single "Mother", creditado a John Lennon / Plastic Ono Band"Mother", uma uma das mais emocionais e comoventes criações de Lennon, também foi a primeira faixa do álbum John Lennon/Plastic Ono Band, lançado alguns dias antes, em 11 de dezembro. "Mother" tem a duração de 5:37 minutos e se incia com quatro fúnebres badaladas de sino, e é seguida por Lennon cantando sobre sua relação com seus pais, acompanhado de piano, bateria baixo. Nos últimos dois minutos, Lennon repete num forte tom agressivo versos sobre seus pais; eles fazem referência à morte de sua mãe (Julia) e o abandono da família por seu pai (Alfred).
Lennon escreveu "Mother" enquanto estava passando pela terapia do "Grito Primal" do Dr. Arthur Janov, em Los Angeles, onde estava lidando com uma série de questões que são detalhadas na letra: Ele perdeu sua mãe em um período crucial de sua vida para um policial bêbado e de folga que a atropelou na faixa de pedestres, e sua tia Mimi o criou. Seu pai, um marinheiro mercante, o deixou pelo mar e pelo trabalho. Os gritos primitivos de Lennon expressam a dor de sua infância.

Em John Lennon/Plastic Ono Band, o álbum de estreia de seu grupo pós-Beatles, auxiliado por Yoko Ono, Klaus Voormann e Ringo Starr, com co-produção de Phil Spector, John liberou suas emoções reprimidas sobre uma infância disfuncional e sua mãe ausente. "Mother" abre o álbum e sua caixa de pandora pessoal de memórias. Enquanto muitas das primeiras canções dos Beatles eram dramas fabricados refletindo os problemas enfrentados por jovens apaixonados, a letra de "Mother" brotou diretamente da experiência de infância de Lennon, memórias que ele lutou para esquecer, mas agora estava determinado a confrontar na esperança de se  libertar, de uma vez por todas, do trauma que ainda perdurava.
"Mother", foi a última tentativa de Lennon de se libertar do cordão umbilical psíquico que ainda o prendia ao espectro de Julia. A música começa com quatro pesadas badaladas de um sino de igreja, que poderiam ser tomadas para simbolizar o descanso final dos Beatles - com cada badalada representando cada membro do grupo. Os sinos lançam uma atmosfera sombria e fúnebre sobre a música de abertura e definem o tom por todo o álbum. John afirmou que a inspiração surgiu enquanto estava em Los Angeles assistindo a um filme de terror na TV. "Mother" é uma das três músicas que Lennon escreveu para sua mãe, junto com "Julia" e "My Mummy's Dead". Da gravação participaram: John Lennon – vocais e piano; Ringo Starr – bateria; e Klaus Voormann – baixo.

THE BEATLES - THE BEATLES BALLADS - 1980


The Beatles Ballads foi um álbum de compilação com uma seleção de baladas 'românticas' dos Beatles, lançado em 13 de outubro de 1980. Não foi lançado nos Estados Unidos, mas sim no México, Reino Unido, Canadá, Nova Zelândia, Alemanha, Itália, Espanha, Índia, Japão, Coreia do Sul, Austrália e Brasil. Na Austrália, The Beatles Ballads foi um grande sucesso, passando 7 (sete) semanas seguidas no primeiro lugar. Alcançou o número 17 no Reino Unido.

A arte da capa de "Patrick" (John Byrne) foi criada em 1968 como uma possível capa para o que se tornaria o álbum duplo The Beatles ("The White Album"). Seu estilo e conceito parecem estar perfeitamente alinhados com título de trabalho original para a capa do White Album que era "A Doll's House"The Beatles Ballads foi lançado em 1985 em LP e cassete sob o selo EMI-ODEON no Brasil, usando capa e contracapa originais idênticas. Nunca foi lançado oficialmente em CDLADO 1: "Yesterday"; "Norwegian Wood (This Bird Has Flown)"; "Do You Want to Know a Secret"; "For No One"; "Michelle"; "You've Got to Hide Your Love Away"; "Across the Universe" (versão do álbum No One's Gonna Change Our World); "All My Loving" e "Hey Jude"LADO 2: "Something"; "The Fool on the Hill"; "Till There Was You"; "The Long and Winding Road"; "Here Comes the Sun"; "Blackbird"; "And I Love Her"; "She's Leaving Home""Here, There and Everywhere" e "Let It Be".

RINGO STARR - PHOTOGRAPH - SENSACIONAL! ★★★★★


"Photograph" é uma canção de Ringo Starr lançada como o single principal de seu álbum RINGO, de 1973. Foi co-composta por George Harrison, seu ex-colega dos Beatles. Ringo e George começaram a escrever "Photograph" em um iate de luxo no sul da França em maio de 1971. Ringo havia alugado um iate, o Marala, durante o Festival de Cannes, depois de assistir ao casamento de Mick Jagger em Saint-Tropez. Os Starkeys então se juntaram na França a Harrison e sua esposa, Pattie Boyd, para o Grande Prêmio de Mônaco de 1971. Este período coincidiu com o primeiro sucesso de Ringo como artista solo, com o single "It Don't Come Easy", embora ele continuasse a se concentrar em sua carreira como ator de cinema. A letra de "Photograph" é centrada em torno de um amor perdido, com o cantor tendo apenas uma única imagem para lembrar de sua amada ausente. A fotografia o lembra de sua antiga felicidade juntos, ao mesmo tempo em que reforça a realidade de que ela não vai mais voltar. Ringo expressa resignação com o que o futuro reserva, em linhas como "Agora você está esperando que eu viva sem você / Mas isso não é algo que me deixe ansioso"

Musicalmente, "Photograph" foi descrita como o que se chama de "melodia fácil" que permite as limitações de Ringo como cantor. O estilo de composição distinto de Harrison é particularmente evidente, e Ringo diria mais tarde sobre o papel de seu amigo em suas colaborações nesse período: "Eu só conheço três acordes, George coloca mais quatro, e todos acham que eu sou um gênio". Uma música característica de Ringo Starr como artista solo, "Photograph" foi um sucesso internacional, liderando as paradas de singles nos Estados Unidos, Canadá e Austrália, e recebendo a certificação de disco de ouro pelas vendas de 1 milhão nos Estados Unidos. Os críticos musicais também receberam a música favoravelmente considerando "uma das melhores canções pós-Beatles de qualquer um dos Fab Four"Ringo Starr – vocais, bateria; George Harrison – violão de 12 cordas e backing vocals; Bobby Keys – saxofone tenor; Nicky Hopkins – piano; Vini Poncia – violão, vocal de apoio; Jimmy Calvert – violão; Klaus Voormann – baixo; Jim Keltner – bateria; Lon Van Eaton – percussão; Derrek Van Eaton – percussão; e Jack Nitzsche – arranjos orquestrais e corais.

PAUL McCARTNEY - HOPE OF DELIVERANCE - 1992 ★★★


O single de "Hope of Deliverance" com "Long Leather Coat" do lado B, foi lançado por Paul McCartney em 28 de dezembro de 1992 e "Hope of Deliverance" também apareceu como a terceira faixa de seu nono álbum solo de estúdio, Off the Ground, lançado em 2 de fevereiro de 1993. Alcançou o número 18 no UK Singles Chart e se tornou um dos cinco maiores sucessos na Áustria, Canadá, Alemanha, Itália, Noruega e Suíça. Foi gravada durante sessões para o élbum, que ocorreram em 17 de julho de 1992. Em "Hope of Deliverance"McCartney continua a abraçar visões calorosas e positivas neste primeiro vislumbre de Off the Ground. Com um arranjo suave e ancorado à acústica, um ritmo alegre e as influências culturais espanholas e os ritmos de bater palmas dão à faixa uma vibração única e refrescante. O videoclipe oficial de "Hope of Deliverance" foi dirigido pelo diretor britânico Andy Morahan. Paul McCartney: violão, baixo, guitarra e vocal; Linda McCartney: autoharp e backing vocals; Hamish Stuart: violão e vocal de apoio; Robbie McIntosh: guitarra; Blair Cunningham: backing vocals e percussão; Paul "Wix" Wickens: piano, programação de bateria, percussão e backing vocals; David Giovannini: percussão; Dave Pattman: percussão; e Maurizio Ravalico: percussão.

JACOB DO BANDOLIM - ASSANHADO - GENIAL! ★★★★★


Jacob do Bandolim, nascido como Jacob Pick Bittencourt no Rio de Janeiro, em 14 de fevereiro de 1918, foi um dos grandes músicos do chorinho, modernizando o estilo com a introdução de outros instrumentos não usuais no gênero, como o sanfona e o vibrafone. São de sua autoria clássicos do choro como "Vibrações", "Doce de Coco", "Noites Cariocas", "Assanhado" e "Receita de Samba". Chegou ao sucesso ao montar o conjunto Época de Ouro no início da década de 60. Entre seus ídolos estavam Almirante, Orestes Barbosa, Noel Rosa, Nonô (pianista, tio de Ciro Monteiro e parente do cantor Cauby Peixoto), Bonfiglio de Oliveira, Pixinguinha, Ernesto Nazareth, Sinhô, Paulo Tapajós, João Pernambuco, Capiba e Luiz Vieira. Só feras!

No dia 13 de agosto (mês do desgosto) de 1969, Jacob passou sua última tarde, no bairro de Ramos, no Rio, em visita a seu amigo compositor e maestro Pixinguinha, onde tinha começado a planejar um novo disco. De volta pra casa, ao chegar à varanda, cansado e esbaforido, caiu nos braços de sua esposa, já sem vida. O grande Jacob do Bandolim morreu de um ataque cardíaco. Ele tinha apenas 51 anos.

THE BEATLES - I CALL YOUR NAME - SENSACIONAL!!!


"I Call Your Name" é uma música dos Beatles, composta principalmente por John Lennon, com pequena participação de Paul McCartney. Foi lançada nos EUA em 10 de abril de 1964 no álbum The Beatles Second Album e no Reino Unido em 19 de junho de 1964, no EP Long Tall Sally.

"I Call Your Name" é caracterizada pela força das guitarras, a voz de John Lennon e um insuportável e dispensável cowbell tocado por Ringo Starr que persiste por boa parte da música. Uma das primeiras composições de John Lennon"I Call Your Name", foi o único original de Lennon e McCartney no EP Long Tall Sally. Provavelmente ficou de fora do álbum A Hard Day's Night devido ao uso semelhante do cowbell em "You Can't Do That".
Musicalmente, "I Call Your Name" é talvez mais interessante por seu solo de guitarra, durante o qual os Beatles entram no ritmo do Ska. Lennon, em particular, adorou Ska e Reggae nos últimos anos, embora em 1964 fosse amplamente desconhecido fora da Jamaica. Segundo Paul McCartney"I Call Your Name" foi escrita na casa da tia de Lennon, Mimi, na Menlove Avenue em Liverpool. Ele disse no livro Many Years From Now, de Barry Miles: “Nós trabalhamos juntos, mas foi ideia era de John. Quando olho para algumas dessas letras, penso: espere um minuto. O que ele quis dizer? "Eu chamo seu nome, mas você não está lá". É a mãe dele? O pai dele? Devo admitir que realmente não vi isso quando escrevemos porque éramos apenas alguns jovens escrevendo”.
Em 1963, John Lennon deu "I Call Your Name" para que Billy J. Kramer and The Dakotas, outra banda de Liverpool, também do staff de Brian Epstein, gravasse. Kramer lançou "I Call Your Name" como o lado B do single "Bad to Me", outra composição de Lennon e McCartney. Lennon não gostou do arranjo de Kramer e os Dakotas, gravado em 26 de junho de 1963, bem como com sua posição como lado B, então os Beatles gravaram sua própria versão. "I Call Your Name" foi gravada pelos Beatles quase um ano após a gravação de Billy Kramer, em 1º de março de 1964 , no mesmo dia em que gravaram “I'm Happy Just Dance With You” e “Long Tall Sally”, tudo em uma sessão de três horas. "I Call Your Name" foi gravada no estúdio 2 da EMI em Abbey Road. O produtor foi George Martin e Norman Smith foi o engenheiro. John Lennon faz os vocais e toca guitarra; Paul McCartney toca baixo, George Harrison toca a guitarra principal (Rickenbaker 360 de 12 cordas) e Ringo Starr toca bateria e o insuportável cowbell.

Os Beatles novamente gravaram"I Call Your Name" para o programa de rádio da BBC, Saturday Club, em 31 de março de 1964 (transmitido em 4 de abril de 1964). A faixa também aparece nos álbuns Beatles Forever (1973) e Rock And Roll Music, de 1976 e em 1988 na coletânea Past Masters Volume One. The Mamas & the Papas fizeram uma cover de "I Call Your Name" em 1966 em seu álbum de estreia If You Can Believe Your Eyes and Ears. No mesmo ano, também foi regravada pela banda “The Buckinghams”. Ringo Starr gravou uma versão para um especial de televisão que marcava o 10º aniversário da morte de Lennon e o 50º aniversário de seu nascimento. A faixa, produzida por Jeff Lynne, apresentava um supergrupo composto por Lynne, Tom Petty, Joe Walsh e Jim Keltner.

terça-feira, 27 de dezembro de 2022

TRAVELING WILBURYS - VOL 3 - ABSOLUTAMENTE SENSACIONAL! ★★★★★★★★★★★★★★★★★★★★★★★★


Tão anunciado e popular quanto o álbum de estreia de Traveling Wilburys de 1988, o álbum seguinte de 1990, Traveling Wilburys Vol. 3 foi relativamente ignorado. Em parte, isso foi culpa dos próprios membros do grupo, que levaram sua propensão para piadas internas um pouco longe demais ao nomear este segundo lançamento de “Volume 3”. Ainda mais confuso para os fãs foi a adoção de pseudônimos completamente novos pelos quatro membros restantes do grupo para os fictícios irmãos Wilbury: Spike (George Harrison), Clayton (Jeff Lynne), Muddy (Tom Petty) e Boo (Bob Dylan).
A morte prematura de Roy Orbison em dezembro de 1988 (enquanto Traveling Wilburys Vol. 1 estava atingindo seu pico de popularidade) reduziu instantaneamente o supergrupo a um quarteto. Enquanto o álbum de estreia, principalmente espontâneo, foi solto e divertido, a vibração neste segundo álbum parece mais profissional. Além disso, George Harrison, o criador e líder não oficial da banda, tem uma presença mais leve em Traveling Wilburys Vol. 3. Entrando para preencher o vazio estão Bob Dylan e Tom Petty, cada um com uma presença muito mais forte na frente do que no álbum de estreia. Em uma nota de consistência, o álbum foi mais uma vez produzido por Harrison e Jeff Lynne, que ofereceram uma qualidade sonora requintada ao longo de todo o álbum.

A abertura "She's My Baby" é um rock mais pesado do que praticamente qualquer coisa no álbum anterior. Um riff intenso com bateria estrondosa de Jim Keltner e, mais importante, a guitarra principal do convidado Gary Moore, todos trabalham para tornar esta uma faixa totalmente única. "Inside Out" volta ao estilo folk acústico convencional do grupo. "If You Belonged to Me" é uma faixa brilhante e multiacústica com gaita de introdução (e mais tarde gaita principal) de Dylan. Petty assume o comando vocal em “The Devil's Been Busy”, com Harrison adicionando um pouco de sitar esparso, mas estrategicamente colocado nos versos, seguido por um solo de sitar completo e eletrificado mais tarde na música. “7 Deadly Sins” é um doo-wop no estilo dos anos 50 com partes multi-vocais e um belo saxofone rosnante de Jim Horn. "Poor House" começa com a assinatura de Harrison, chorando a guitarra. Além disso, a música segue um arranjo básico de blue grass com vocais principais harmonizados e uma bela guitarra principal de George Harrison. "Where were You Last Night?" tem um riff acústico descendente legal e parece ser Dylan parodiando sua própria caricatura. Com uma infinidade de instrumentos acústicos e frases, “Cool Dry Place” é divertida musicalmente e mostra o Tom Petty clássico liricamente com suas linhas legais; "New Blue Moon" não é muito liricamente, mas divertida, divertida e sonoramente interessante, no entanto, enquanto "You Took My Breath Away" é uma balada acústica moderada de Harrison onde a produção de Lynne adiciona alguma profundidade à sensação geral. Tudo termina com o rock selvagem e frenético de “Wilbury Twist”, que é um tanto zombeteiro, ao mesmo tempo que uma homenagem às manias da dança ao longo dos anos. Cada membro assume os vocais principais, tornando este um final adequado para o álbum e a curta carreira dos fantásticos Traveling WilburysUma faixa adicional, uma cover de "Nobody's Child", foi gravada e lançada em junho de 1990 como um single de caridade para ajudar a instituição Olivia Harrison's Romanian Angel AppealTraveling Wilburys Vol. 3 foi dedicado à memória de "Lefty Wilbury" (Roy Orbison). Todas as faixas foram compostas pelos Wilburys exceto a citada "Nobody's Child" e "Runnaway", de Del Shannon.
Traveling Wilburys Vol. 3 foi gravado de abril a maio e julho de 1990 e lançado em 29 de outubro de 1990, como continuação de sua estreia em 1988, Traveling Wilburys Vol. 1. Com produção de Harrison e Lynne novamente, as sessões foram realizadas na primavera de 1990. Traveling Wilburys Vol. 3 foi recebido de forma menos positiva do que o Vol. 1, mas ainda obteve uma boa medida de sucesso. Nos Estados Unidos, "She's My Baby" "Inside Out" se tornaram sucessos de rádio, alcançando o 2º lugar nas paradas de rock e o 16º álbum de rock, respectivamente. O álbum alcançou a posição 14 no Reino Unido e 11 nos Estados Unidos, onde foi certificado como platina pela RIAA.

IF THESE WALLS COULD SING - SE ESSAS PAREDES CANTASSEM


"O Abbey Road Studios é o centro do setor musical há mais de 90 anos. Nesse filme pessoal, repleto de lembranças e insights, viajamos com Mary McCartney por nove décadas para ver e vivenciar a magia criativa que tornou esse estúdio famoso e o de vida mais longa do mundo. Do clássico ao pop, de trilhas sonoras ao hip-hop, If These Walls Could Sing explora o fôlego, a diversidade e a inventividade do Abbey Road Studios". Esse é o texto que aparece lá na página da Disney+ resumindo "IF THESE WALLS COULD SING", o filme/documentário que estava anunciado para 16 de dezembro pela plataforma - em comemoração ao 90º aniversário dos estúdios de gravação, e agora já mudaram para 6 de janeiro. Tomara que não aconteça o mesmo que aconteceu com "Get Back" de Peter Jackson que ficou mais de dois anos mudando de data.

domingo, 25 de dezembro de 2022

THE BEATLES - TOP 5 - HOT 100 - BILLBOARD - 1964


Essa lista poderia ter sido chamada de "Beatleboard". Na parada de singles Hot 100 de 4 de abril de 1964, os Beatles - um nome que tinha significado para poucos americanos apenas alguns meses antes - ocupavam os cinco primeiros lugares na Billboard, a principal publicação comercial de música do país. Qualquer pessoa que examinasse o gráfico veria isso: 1. “Can't Buy Me Love”; 2. “Twist and Shout”; 3. “She Loves You”; 4. “I Want to Hold Your Hand”; 5. “Please Please Me”. Nunca antes na história da Billboard um artista dominou as cinco primeiras posições seguidas. E isso não era tudo. Além das cinco líderes das paradas, os Beatles apareciam também por outros sete títulos na parada naquela semana: “I Saw Her Standing There” (#31), “From Me to You” (#41), “Do You Want to Know a Secret” (#46), “All My Loving” (#58), “You Can't Do That” (#65), “Roll Over Beethoven” (# 68) e “Thank You Girl” (# 79). E vários deles eram lados B - tal era a propulsão da Beatlemania no início de 1964.

CHARLES DICKENS - A CHRISTMAS CAROL - SENSACIONAL!


Charles Dickens foi o mais popular dos romancistas ingleses da era vitoriana. Suas obras gozaram de uma popularidade sem precedentes ainda durante a sua vida e, durante o século XX, críticos e acadêmicos reconheceram-no como um gênio literário. Os seus romances e contos são extensamente publicados e lidos até os dias de hoje.
Oliver Twist, o primeiro romance de Dickens, segue a vida de um órfão que vive nas ruas das partes pobres Londres nos tempos da rainha Vitória. Como editor de uma revista chamada Bentley's Miscellany, Dickens começou a publicar Oliver Twist em parcelas entre fevereiro de 1837 e abril de 1838, com a edição completa do livro publicada em novembro de 1838.
Em 19 de dezembro de 1843, Dickens publicou A Christmas Carol (Um Conto de Natal). O livro apresenta o atemporal protagonista Ebenezer Scrooge, um velho avarento e mesquinho que é assombrado por três fantasmas até que encontre o espírito natalino. Dickens escreveu o livro em apenas seis semanas, começando em outubro e terminando bem a tempo para as celebrações do feriado. O romance pretendia ser uma crítica social, para chamar a atenção para as adversidades enfrentadas pelas classes mais pobres da Inglaterra. A Christmas Carol foi um sucesso estrondoso, vendendo mais de 6.000 cópias após a publicação. Leitores na Inglaterra e na América foram tocados pela profunda empatia do livro; um empresário americano deu a seus funcionários um dia extra de férias depois de lê-lo. A Christmas Carol continua sendo uma das obras mais conhecidas e amadas de Dickens. Seguiram-se os sucesso "David Coperfield" (1849), Bleak House (1852), A Tale of Two Cities (1859), "Great Expectations" -Grandes Esperanças (1860), entre outros. Charles Dickens morreu aos 58 anos de causas cerebrais na cidade de Kent, Inglaterra, em 9 de junho de 1870. Foi sepultado no Poets' Corner (Esquina dos Poetas), na Abadia de Westminster. Na sua sepultura está gravado: "Apoiante dos pobres, dos que sofrem e dos oprimidos".

Em Scrooge: Um Conto de Natal, a história de Natal de Charles Dickens está de volta em uma adaptação musical sobrenatural, com direito até a viagens no tempo. Correndo o risco de perder a própria alma, Scrooge tem apenas uma véspera de Natal para encarar o passado e construir um futuro melhor.

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THE BEATLES - CHRISTMAS TIME IS HERE AGAIN ★★★★★


Entre 1963 e 1969 os Beatles gravaram 7 discos com mensagens de Natal para seu fã clube, a maioria com conversas, brincadeiras e trechos de músicas. A exceção foi o disco de 1967 que incluia a inédita "Christmas Time (Is Here Again)". Esta música só seria lançada comercialmente com o single 'Free as a Bird', em 1994. Esses discos flexíveis eram única e exclusivamente para os sócios do fã-clube oficial. Eram disputados a tapas pelas rádios e colecionadores. Gravados nos estúdios da EMI pelos quatro Beatles, todas as mensagens foram produzidas por George Martin, com exceção dos discos de 1968 e 1969, onde cada um gravou a sua parte separado, inclusive com a participação de Yoko Ono nas faixas de John"Christmas Time (Is Here Again)" foi gravada em Abbey Road, no dia 28 de novembro de 1968. Foi produzida por George Martin, que teve Geoff Emmerick como engenheiro. John Lennon canta, faz bass drum e toca órgão; Paul McCartney canta e toca piano; George Harrison canta e toca violão; Ringo Starr canta, toca bateria e bate palmas; George Martin faz alguns vocais, Victor Spinetti também e bate palmas e Mal Evans fala alguma coisa.

"Christmas Time (Is Here Again)" é uma das poucas de autoria Lennon / McCartney / Harrison / Starkey. Depois de ser marcada para inclusão no álbum "Sessions" planejado (mas finalmente descartado) em 1985, a música finalmente foi relançada oficialmente em 1995 no single "Free as a Bird" (lançado em conjunto com a série Anthology), para o qual foi editado de 6:17 original para uma versão abreviada de 3:03. "Christmas Time” começa com uma música alegre de todos os quatro Beatles e ocasionalmente corta para um conto dos Beatles chegando na casa fictícia da BBC. Esta parte foi cortada da edição do single de 1995. A música então termina com uma saudação de Natal dos quatro Beatles. No final, "Auld Lang Syne" é tocado no órgão enquanto Lennon lê um de seus poemas originais de versos sem sentido.

Especialmente para os britânicos, os Beatles estariam permanentemente associados aos Natais dos anos 1960. Seis álbuns tinham sido lançados a tempo dos festejos e quatro singles tinham chegado ao número 1 no mesmo feriado. Em 1963 e 1964, eles apresentaram shows especiais de Natal em casas londrinas que eram uma mistura de música e pantomima, e contavam com atrações de abertura que iam dos Yardbirds e Rolf Harris.

Ringo Starr gravou sua própria cover de "Christmas Time (Is Here Again)" em seu álbum de Natal de 1999, I Wanna Be Santa Claus. Em 2000, o R.E.M. lançou uma cover em um single de Natal para seu fã-clube. Os Smithereens também coverizaram para o seu álbum de 2007, Christmas With the Smithereens. Também foi gravada por Terry Draper (ex-Klaatu) na compilação de 2002 Takin 'Care of Christmas. Em 2013, a Elephant Stone fez uma cover para o lançamento do Psychop Out Christmas, da Cleopatra Records. E é isso, Feliz Natal Everybody!

PAUL McCARTNEY - ROUGH RIDE - 1989 ★★★★★★★★★★


Flowers in the Dirt foi o oitavo álbum de estúdio de Paul McCartney, lançado em 5 de junho de 1989. É considerado como uma espécie de retorno já que depois de seu lançamento, Paul partiu em turnê mundial, durante a qual ele veio ao Brasil pela primeira vez, fazendo dois shows espetaculares no Maracanã, no Rio de Janeiro, em abril de 1990. “Rough Ride” com seus quase cinco minutos é a segunda faixa do álbum e é o resultado de dois dias de trabalho com os produtores Trevor Horn e Stephen Lipson em outubro de 1987. Foi gravada e mixada em 5 e 6 de outubro de 1987 no Hog Hill Studio, Rye, Reino Unido. Produzida por Paul McCartney, Trevor Horn e Steve Lipson.

THE BEATLES - YOU REALLY GOT A HOLD ON ME*****


"You Really Got a Hold on Me" (Você realmente me conquistou) foi um hit de 1962 composto por Smokey Robinson, gravada por The Miracles e aparece no álbum The Fabulous Miracles para a Tamla (Motown) label. A música, que entrou para o Top 10, fala sobre os sentimentos de um cara tão apaixonado por uma mulher que não pode deixá-la. "You Really Got a Hold on Me" foi um grande sucesso para os Miracles, chegando a posição número oito na Billboard Hot 100 e número 1 na parada de R&B singles entre 1962 e 1963.

Foi também o segundo hit do grupo a vender mais de um milhão cópias, depois de "Shop""You Really Got a Hold on Me" foi uma das mais famosas do início dos anos Motown foi e foi regravada por muita gente, incluindo a versão mais famosa, dos Beatles. Também foi coverizada por Percy Sledge, Mike and the Mechanichs, Greg Lake, Little Caesar e os Cônsules, The Zombies, Small Faces, The Temptations, The Supremes e tantos outros.
"You Really Got a Hold on Me" foi a primeira faixa gravada pelos Beatles, para seu segundo álbum With the Beatles, com John Lennon no vocal principal (claro) e George Harrison em estreita harmonia. Os Beatles tinham conseguido uma cópia importada da música gravada pelos Miracles e a incluíram em seu repertório no início de 1963. Foi gravada nos estúdios da EMI em 18 de julho de 1963 em 11 takes. Foi produzida por George Martin e teve Norman Smith como engenheiro. Foi lançada no álbum With the Beatles em 22 de novembro de 1963 no Reino Unido e em 10 de abril de 1964 nos Estados Unidos no álbum The Beatles' Second AlbumJohn Lennon: canta e toca guitarra; Paul McCartney: faz backing vocals e toca baixo; George Harrison faz backing volcals e toca guitarra; Ringo Starr toca sua bateria e George Martin toca piano.

Os Beatles também gravaram "You Really Got a Hold on Me" em outras quatro ocasiões, para a rádio BBC ainda em 1963. Uma delas, do dia 30 de julho, foi incluída no Live at the BBC em 1994 e outra versão gravada ao vivo em Estocolmo, Suécia, em outubro de 1963 aparece no Anthology 1.