quarta-feira, 31 de julho de 2013

OS BEATLES SÃO MAIS POPULARES QUE JESUS CRISTO!

Tavez, nesses tempos com tanta tecnologia, seja difícil para os mais novos entender completamente o tamanho do incrível poder da Beatlemania naqueles anos. No auge de sua popularidade, na primavera de 1966, boa parte do público americano demonstrou como esse amor avassalador poderia se transformar em ódio muito rapidamente. Em 04 de março de 1966, esta citação de John Lennon, apareceu em uma entrevista feita pela repórter Maureen Cleave no London Evening Standard para uma matéria "Como Vive um Beatle? Eu vivo assim - John Lennon".
 Quando Lennon disse isso, este pequeno trecho fazia parte de toda uma explanação sobre o cristianismo. Na Inglaterra não houve problemas, porém quase cinco meses depois, em 29 de julho, uma revista teen americana, "Datebook", publicou novamente a citação fora do contexto como parte de uma matéria de capa intitulada "Os Dez Adultos Que Você Mais Odeia".

O inferno começou. Estações de rádio no sul baniram a música dos Beatles. Em 31 de julho, os noticiários da BBC exibiram cristãos fanáticos em Birmingham, no Alabama, queimando discos dos Beatles em uma grande fogueira, da mesma forma que os nazistas queimavam livros. E a coisa só foi piorando. No dia 6 de agosto, Bria
n foi aos Estados Unidos para tentar contornar os problemas causados pelos comentários de John. Temia-se que a turnê no país tivesse que ser cancelada. Até essa data, 30 estações de rádio americanas já haviam excluído os Beatles de suas programações.

Os discos dos Beatles foram proibidos de ser executados também na África do Sul, sob a alegação de que os comentários, supostamente antirreligiosos, de John feriram o regime do apartheid. O veto durou cinco anos e, quando expirou, os Beatles já haviam se separado. Depois de vários dias sob pressão e muita tensão, finalmente os Beatles chegam nos Estados Unidos no dia 11 de agosto de 1966, fazendo uma escala em Boston e, chegando em Chicago às 16h18.

Quase toda a imprensa e todas as três redes de televisão estavam esperando a banda em Chicago, e não falavam de outro assunto que não fosse a declaração sobre Jesus. Os Beatles tiveram de fazer um entrevista coletiva, transmitida ao vivo, no 27º andar do Astor Towers Hotel, onde ficaram hospedados. John estava visivelmente constrangido, pois estava sendo obrigado a se desculpar por algo que os americanos haviam tirado do contexto.

John Lennon alegou ter sido mal interpretado, e se explicando logo depois: "Olhe, não sou antideus, nem anticristo, nem antireligião" disse ele. "Eu não quis dizer que os Beatles são melhores que Deus ou Jesus. Apenas usei o nome dos Beatles, pois para mim é mais fácil falar sobre os Beatles. Eu poderia ter citado a 'TV' ou o 'cinema' ou 'carros de corrida' ou qualquer outra cois que fosse popular e teria me saído bem dessa. Sim, eu acredito que Deus é como uma usina de força, que ele é um poder supremo, que não é nem bom nem ruim, nem de direita nem de esquerda, nem branco nem preto, Ele simplesmente É. Eu não disse aquilo que dizem que eu disse e, realmente, me arrependo de tê-lo dito. Eu não pretendia que minhas palavras fossem um desprezível comentário antirreligioso. Por tudo que tenho lido e observado, parece-me que o cristianismo está enfraquecendo, perdendo contato", declarou John, ao que um repórte respondeu: "O DJ de Birmingham, no Alabama, um dos que deu início a toda essa repercussão, exige que você peça desculpas". 
"Pois não, peço desculpas", respondeu John.

Em 13 de agosto, a estação de rádio Station KLUE, de Longview, aderiu - tardiamente - à onda de manifestações contra os Beatles e organizou uma queima pública de discos da banda. O diretor da estação declarou: "Estamos pedindo aos adolescentes da região para que tragam seus discos e quaisquer outros símbolos da popularidade dos Beatles, para serem queimados em uma fogueira pública, na noite de sexta-feira, 13 de agosto". O dia e o mês do cachorro-louco. Eu, héin?

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8 comentários:

Júlio disse...

Este episódio mostra bem o alto preço do sucesso. Muita gente ficava procurando motivo para prejudicar os Beatles e essa declaração de John, fora do contexto, foi um prato cheio. Mas, como diz o ditado, o tempo é senhor da razão, e hoje, passados tantos anos, o que prevaleceu foi o talento de John.

Thainá Claudino disse...

Uma declaração que por ser mal interpretada, acabou resultando em problemas mais tarde para o John.

Comunhão do cão? disse...

Excelente! Os oBeatles campeavam pelo mundo. Agora pululam pelo universo a despeito de Critsto! Gostei muito.

Unknown disse...

É como eu disse,religiões temos aos montes,só que saber discernir entre o fanatismo e o bom censo,ainda estamos longe de ver,John sempre disse o que pensava, só que ele dessa vez mexeu num vespeiro,entao deu no que deu todo esse fanatismo besta que só estraga á humanidade.

Murilo Pedreira disse...

Normal essa declaração. Qualquer grupinho de amigos já discutiu isso hj em dia. O cristianismo est6á perdendo o contato realmente. Agora, queria que o Edu fizesse um post sobre o Hitler na capa do Pepper. Pois ali só havia pessoas admiradas pela banda..

João Carlos disse...

Estivesse eu por perto,teria feito um rapa.Iria ganhar uma coleção "de grátis". Aposto que os zecas compraram tudo novamente!

Francisco Gomes disse...

EU AMO OS BEATLES ATE HOJE PRATICAMENTE OS OUCO TODOS OS DIAS. SOU ATEU POREM CREIO EM UM SER SUPERIOR NUNCA VI NADA DEMAIS NA DECLARACAO DE JOHN. ISTO E COISA DE FANATICOS.

Francisco Gomes disse...

AMO OS BEATLES ATE HOJE. PRATICAMENTE OS OUCO TODOS OS DIAS. SOU ATEU NAO CREIO EM RELIGIOES. POREM CREIO EM UM SER SUPERIOR DEUS. O COMENTARIO DE JOHN LENON NAO FOI NADA DEMAIS. APENAS A VERDADE QUE OBSERVAMOS NO DECLINIO DO CRISTIANISMO .