domingo, 20 de julho de 2014

KATE VICTORIA TUNSTALL - SUDDENLY I SEE

A coluna "SÁBADO SOM", criada e escrita pelo nosso amigo João Carlos, esta semana nos brindou com uma novidade da qual eu nunca tinha ouvido falar, mas acabei indo atrás e gostei. Por isso compartilho agora com todos vocês a edição de ontem, sábado, 20, apresentando KATE VICTORIA TUNSTALL. Espero que gostem. Abração, João Carlos! Supimpa como sempre!
Uma das melhores artistas que ouvi/vi dessa nova safra. Não fique amuado, KT está a uma distância abissal das divas pré-moldadas da linha de montagem tipo Madonna (como Lady Gaga, Beyoncé e muitas outras) ou das “fofinhas” tipo Mallu Magalhães que, cantam canções “fofinhas” com a vozinha bem semitonadinha (apesar do indefectível afinador computadorizado PRO-TOOLS) como se tivessem 5 aninhos de idade. TUNSTALL é “pedra de responsa”. Tem muita juventude sim, mas bagagem de verdade, atitude, e sua música é bem elaborada, robusta e...original. No palco, sempre acompanhada por ótimos músicos, a garota evita pirotecnias e não conversa mais que o suficiente:“Esta canção eu escrevi para um cara feio que eu amava e me deu um pé no traseiro!” ou “Esta é uma das músicas de Bob Dylan que eu adoro!”. E vai direto ao ponto. E eu amo tudo isto!
Na verdade KATE VICTORIA TUNSTALL, não é tão adolescente assim, nascida na Escócia em 1975, foi adotada quando tinha 18 dias, assim como seus irmãos. Em sua casa, eram vetados TVs e aparelhos de rádio, já que o caçula sofria de problemas auditivos, no entanto, através do irmão mais velho, tomou os primeiros contatos com o rock e o som folk de sua região. Não tardou e logo estaria estudando música em St. Andrews (cidade natal) e de lá migrou pros EUA, para estudar em Connecticut, onde atuou em bandas independentes já esboçando suas primeiras criações. Resolveu morar em Londres e começar sua carreira profissional. Nessas alturas, dominava com destreza as guitarras, o piano, a bateria e além de compor, cantava com uma “pegada” desconcertante (confesso que ao ouvi-la demorei a perceber que era de uma mulher aquela voz forte). Logo chamou a atenção do produtor sueco Martin Serefe e depois trabalhou com o celebrado Steve Osbourne (U2, Happy Mondays e New Order).

Seu primeiro disco, EYE TO TELESCOPE (2004) está mais para o pop e o rock e chegou alcançando o 3º lugar na Europa. A consagração definitiva veio quando foi chamada de última hora para se apresentar no programa do JOOLS HOLLAND, substituindo a atração principal. Ela passou a véspera ensaiando e roubou o show. E o álbum foi logo lançado nos EUA com sucesso. Inquieta, em 2006, mudou de itinerário ao lançar o CD “KT TUNSTALL’S ACUSTIC EXTRAVAGANZA”, uma pérola imperdível, que só poderia ser adquirido via “site oficial”, depois, em outros endereços e só bem adiante, em lojas especializadas. No ano seguinte, a garota conheceu sua mãe natural e descobriu suas ascendências chinesa e irlandesa. Lançou mais um CD ótimo e indicado a diversos prêmios, “DRASTIC FANTASTIC”. Seguiram-se “TIGER SUIT” (2010) e “INVISIBLE EMPIRE/CRESCENT MOON” (2013). A verdade é que KT TUNSTALL vem acumulando prêmios conceituados de fato (embora menos “extravagantes”) e pelo que tenho acompanhado virei fã de carteirinha. Adoro música real, verdadeira. Seus “hits” mais visíveis são “HOLD ON”, “BLACK HORSE AND THE CHERRY THREE”, “SUDDENLY I SEE”, “OTHER SIDE OF THE WORLD” e “(STILL A) WEIRDO”. Se esta bela garota vai chegar bem mais longe ou vai ficar pelo caminho, não dá prá arriscar. Mas pelo show que assisti, pela reação da plateia e pela postura de palco da artista, ousaria afirmar que KT TUNSTALL foi a melhor coisa que ouvi desde o surgimento de Sheryl Crow nos anos 90. Pois é... “de repente eu vi”. Por João Carlos Mendonça.

5 comentários:

Edu disse...

Sempre muito bacana o Sábado Som. Acompanhem pelo facebook.

Valdir Junior disse...

Gostei João Carlos, já tinha ouvido falar da Kate , mas não fui atrás para conhecer melhor , seu texto me deixou com essa vontade !!
Parabéns !!

João Carlos disse...

Valeu Edu! Uma honra está aqui!

João Carlos disse...

Quase esqueço da generosidade do Valdir!

Fábio Simão disse...

Já conhecia a música, mas nem imaginava a história da moça.