Publicada originalmente em 27 de julho de 2010.
O homem que “blew his mind out in a car” era Tara Browne, um amigo irlandês dos Beatles e aristocrata famoso da alta sociedade da swinging London que morreu em um acidente de carro em 18 de dezembro de 1966. O relatório do legista foi publicado em janeiro de 1967.
“Eu não estava copiando o acidente”, John disse a Hunter Davies. “Tara não arrebentou a cabeça. Mas pensei nisso quando estava escrevendo o verso.” Os detalhes do acidente na música – não ver o farol e uma multidão se formando no local – foram inventados. Paul, que colaborou com versos nessa parte da música, na época não sabia que John tinha Tara Browne em mente. Ele achava que estava escrevendo sobre um “político drogado”. Browne estava de carro por Redcliffe Gardens em Earls Court por volta das 6 da manhã (depois de passar uma noite com vários famosos bebendo e se drogando), quando um Volkswagen surgiu em seu caminho vindo de uma rua lateral. Ele desviou e seu Lótus Élan colidiu contra um furgão que estava estacionado. Ele foi dado como morto assim que chegou ao hospital. A autópsia revelou que a morte foi resultado de “lacerações no cérebro provocadas por fraturas no crânio”. Sua acompanhante, a modelo Suki Potier (que também namorava Brian Jones), escapou com escoriações leves porém, em estado de choque.
Tara Browne, bisneto do cervejeiro Edward Cecil Guinness e filho do Lord Oranmore and Browne, fazia parte da jovem elite aristocrática que adorava se misturar com astros do mundo pop. Apesar de ter apenas 21 anos quando morreu, ele teria herdado uma fortuna de 1 milhão de libras aos 25 e seu atestado de óbito o descreve como um homem de “meios independentes” com uma residência londrina em Eaton Row, Belgravia. Depois de estudar em Eton, Browne se casou aos 18 anos e foi pai de dois garotos antes de se separar da esposa e começar a se relacionar com jovens modelos. Freqüentava casas noturnas londrinas como Sibylla’s e Bag O’Nails e era muito próximo de Paul e Mike McCartney e do Rolling Stone Brian Jones. Em seu 21º aniversário, ele levou os Lovin’ Spoonful para a casa de seus parentes em County Wicklow, Irlanda. Mick Jagger, Mike McCartney, Brian Jones e John Paul Getty estavam entre os convidados. Paul estava com Browne quando tomou LSD pela primeira vez, em 1966. Inclusive, foi em companhia de Browne que Paul sofreu o “quase grave” acidente de motocicleta no início de 1966. Para todos, a morte de Tara Browne foi um tremendo choque. Todos eram jovens, ninguém tinha um amigo com idade para morrer. Seu acidente e morte foram eternizados na canção dos Beatles "A Day In The Life" onde em toda a primeira estrofe, John Lennon narra o incidente:
"Eu li as notícias de hoje, cara
Sobre um sortudo que ganhou na loteria
E embora as notícias fossem um tanto tristes
Bem, não pude deixar de rir
Eu vi a fotografia
Ele arrebentou a cabeça num carro
Não tinha percebido que o sinal havia mudado
Uma multidão parou para olhar
Já tinham visto seu rosto em algum lugar
Mas ninguém tinha certeza se não era da House of Lords"
Sobre a trágica morte de Tara Browne, Paul disse a Hunter Davies: "Ele não tinha, de fato, qualquer consciência cósmica. Nenhum de nós tínhamos, exceto George. Browne tinha apenas 21 anos... Depois daquilo tudo, começamos a pensar: poderia ter sido comigo ou com você. E então, baixamos um pouco a bola".
“Eu não estava copiando o acidente”, John disse a Hunter Davies. “Tara não arrebentou a cabeça. Mas pensei nisso quando estava escrevendo o verso.” Os detalhes do acidente na música – não ver o farol e uma multidão se formando no local – foram inventados. Paul, que colaborou com versos nessa parte da música, na época não sabia que John tinha Tara Browne em mente. Ele achava que estava escrevendo sobre um “político drogado”. Browne estava de carro por Redcliffe Gardens em Earls Court por volta das 6 da manhã (depois de passar uma noite com vários famosos bebendo e se drogando), quando um Volkswagen surgiu em seu caminho vindo de uma rua lateral. Ele desviou e seu Lótus Élan colidiu contra um furgão que estava estacionado. Ele foi dado como morto assim que chegou ao hospital. A autópsia revelou que a morte foi resultado de “lacerações no cérebro provocadas por fraturas no crânio”. Sua acompanhante, a modelo Suki Potier (que também namorava Brian Jones), escapou com escoriações leves porém, em estado de choque.
Tara Browne, bisneto do cervejeiro Edward Cecil Guinness e filho do Lord Oranmore and Browne, fazia parte da jovem elite aristocrática que adorava se misturar com astros do mundo pop. Apesar de ter apenas 21 anos quando morreu, ele teria herdado uma fortuna de 1 milhão de libras aos 25 e seu atestado de óbito o descreve como um homem de “meios independentes” com uma residência londrina em Eaton Row, Belgravia. Depois de estudar em Eton, Browne se casou aos 18 anos e foi pai de dois garotos antes de se separar da esposa e começar a se relacionar com jovens modelos. Freqüentava casas noturnas londrinas como Sibylla’s e Bag O’Nails e era muito próximo de Paul e Mike McCartney e do Rolling Stone Brian Jones. Em seu 21º aniversário, ele levou os Lovin’ Spoonful para a casa de seus parentes em County Wicklow, Irlanda. Mick Jagger, Mike McCartney, Brian Jones e John Paul Getty estavam entre os convidados. Paul estava com Browne quando tomou LSD pela primeira vez, em 1966. Inclusive, foi em companhia de Browne que Paul sofreu o “quase grave” acidente de motocicleta no início de 1966. Para todos, a morte de Tara Browne foi um tremendo choque. Todos eram jovens, ninguém tinha um amigo com idade para morrer. Seu acidente e morte foram eternizados na canção dos Beatles "A Day In The Life" onde em toda a primeira estrofe, John Lennon narra o incidente:
"Eu li as notícias de hoje, cara
Sobre um sortudo que ganhou na loteria
E embora as notícias fossem um tanto tristes
Bem, não pude deixar de rir
Eu vi a fotografia
Ele arrebentou a cabeça num carro
Não tinha percebido que o sinal havia mudado
Uma multidão parou para olhar
Já tinham visto seu rosto em algum lugar
Mas ninguém tinha certeza se não era da House of Lords"
Sobre a trágica morte de Tara Browne, Paul disse a Hunter Davies: "Ele não tinha, de fato, qualquer consciência cósmica. Nenhum de nós tínhamos, exceto George. Browne tinha apenas 21 anos... Depois daquilo tudo, começamos a pensar: poderia ter sido comigo ou com você. E então, baixamos um pouco a bola".
5 comentários:
Só fiquei sabendo dele muitos anos depois. O que poderia ter vivido.
Esta morte para aquela geração hedonista, trouxe a consciência da sua finitude.
pra que falar dificil ...^^^^
patetico.
Só pq vc é analfabeto, todos tem que ser? FILHO DA PUTA!
Verdade
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