sábado, 22 de junho de 2019

THE BEATLES - THINK FOR YOURSELF - SENSACIONAL!!!*****


“I've got a word or two... to say about the things that you do”. Eu tenho uma ou duas coisinhas para te dizer: Pode até parecer exagero, mas “Think For Yourself” (Pense Por Si Mesmo) para mim, é de longe, não só a melhor música de Rubber Soul, como um dos melhores rocks já criados pelos Beatles. “Do what you want to do... and go where you're going to, think for yourself 'cos I won't be there with you. (Faça o que você quiser fazer e vá onde você quiser ir, pense por si mesmo pois eu não estarei lá com você). Adoro!
"Think For Yourself" é uma música dos Beatles, lançada no álbum Rubber Soul no final de 1965. Uma das primeiras canções filosóficas de George Harrison, é cantada e foi composta por ele como uma espécie de advertência contra ouvir mentiras. A inspiração por trás da música é desconhecida. Em sua autobiografia de 1980, ele afirma não se lembrar de suas origens, embora fizesse uma referência auto-depreciativa a pessoas como faria posteriormente em Taxman e Piggies: “Think For Yourself deve ter sido sobre alguém, mas eu não me lembro quem inspirou, provavelmente o governo”. Esta música, junto com "If I Needed Someone" (sua outra no álbum), marcou o início do real surgimento de George Harrison como compositor ao lado de John Lennon e Paul McCartney.
A letra da música defende o pensamento independente e reflete o movimento dos Beatles em direção a conceitos mais sofisticados em seus textos nessa fase de sua carreira. Enquanto várias canções posteriores de Harrison foram inundadas de sabedoria pseudo-cósmica, "Think For Yourself" é notável por sua acidez natural. Paralelos também podem ser traçados entre a música e “Within You Without You”, que encontrava Harrison mais em paz com as diferenças dos outros.
Ainda sobre a letra, levando-se em consideração o período em que foi escrita, parece ser outra canção — como “Rain", "The Word” e "Nowhere Man” - sobre expansão da mente. Assim como John acusa as pessoas de cegueira, George as acusa de terem olhos fechados e mentes "opacas”, instigando-as a tentar "pensar mais”. A imagem dos olhos fechados é similar à que John usaria mais tarde em "Strawberry Fields Forever”. George revelou a Maureen Cleave em 1966 que havia comprado uma cópia do Roget’s Thesaurus para ajudá-lo nas letras. Foi ao procurar um sinônimo para "thick” (que pode significar “espesso” ou "estúpido”) que ele deparou com a palavra "opaco”.
“Think For Yourself” foi gravada em uma única sessão em 8 de novembro de 1965, sob o título provisório de “Won't Be There With You”. Os Beatles gravaram as guitarras básicas de ritmo, baixo e bateria - em uma única cena. Então adcionaram overdubs nas guitarras, mais baixo (já potencializado através de uma caixa de fuzz), pandeiro, maracas e órgão, juntamente com duas faixas vocais de três partes.
Da gravação participaram: George Harrison – guitarra solo e vocais principais; Paul McCartney – baixo com fuzz e vocais de harmonia; John Lennon – órgão Vox Continental, pandeiro e vocais de harmonia; e Ringo Starr – bateria e maracas. O produtor foi George Martin, tendo Norman Smith como engenheiro. “Think For Yourself” foi lançada no álbum “Rubber Soul” em 3 de dezembro de 1965 no Reino Unido e 6 de dezembro nos Estados Unidos.

A parte dominada pelo riff de McCartney serve ao papel de uma guitarra principal ao longo de toda a faixa. A inclusão do fuzz bass, e sua estratificação ao lado de uma parte de baixo padrão, caracterizou a disposição dos Beatles de experimentar o som no Rubber Soul. Paul usou um baixo Rickenbacker 4001S para fazer overdub no fuzz bass, que efetivamente serve como uma parte de guitarra principal. A gravação de um baixo através de um fuzzbox era inédita na época.

7 comentários:

Joelma disse...

Maravilha Edu. Bom saber a sua preferida de Rubber Soul. George mostrando a que veio. É maravilhosa mesmo. E só de ter vocais de todos (menos Ringo) tão claro de diferenciar. Gosto demais. E os detalhes técnicos... Valeu.

Edu disse...

Pois é Joelma...minha preferida desde quando comprei meu Rubber Soul com uns 16 anos. Só enquanto preparava a postagem, devo tê-la ouvido mais de trinta vezes!
Acho importante lembrar como as contribuições de Paul eram fundamentais nas músicas de Harrison. Muito injusta a forma como Harri se ressentiu tanto com ele no fim dos Beatles. Valeu!

Enzo disse...

Realmente, uma música som sonoridade estranha no melhor sentido da palavra e com ar de sofisticação no som do baixo e a fusão com a guitarra...

Enzo disse...

Rubber Soul foi o estopim para a experimentação e experimentos de estúdio que dariam obras primas...

Eliana Valette disse...

Cada nota do baixo de Paul é como o estalar de latidos de cães alemães quando vão atacar. Genial!

Edu disse...

Gostei.

Joelma disse...

Verdade. O George deveria ter sido mais grato.