terça-feira, 12 de junho de 2018

THE BEATLES - HERE, THERE AND EVERYWHERE**********

Fonte do texto: Revista Rolling Stone - The Beatles - As 100 Melhores Canções".
Um paradoxo de Revolver: o álbum marca o período em que os Beatles começaram a explorar a miríade de possibilidades criativas do estúdio de gravação, e ainda assim, contém algumas das músicas mais enxutas e diretas do catálogo do grupo - entre elas, a radiante “Here, There and Everywhere”, de McCartney. Ele a compôs na casa de Lennon em Weybridge, enquanto esperava o parceiro acordar. “Sentei à beira da piscina em uma das espreguiçadeiras com meu violão e comecei a tocar em Mi”, relembrou McCartney. “E logo tinha uns poucos acordes, e acho que, até a hora em que ele acordou, eu já tinha quase escrito a música, então entramos e terminamos.” McCartney tem citado Pet Sounds (Beach Boys) como a influência de “Here, There and Everywhere”. Ele ouviu o álbum ainda antes do lançamento, durante uma festa em Londres, em maio de 1966, e ficou fascinado. A sequência de acordes da canção carrega a influência de Brian Wilson, caminhando por três notas relacionadas sem nunca se fixar totalmente em ne­nhuma, e as modulações - parti­cularmente as presentes na linha “changing my life with a wave of her hand” [“mudando minha vida com um aceno de mão dela"] - en­fatizam os versos, inspirados na na­morada de McCartney, a atriz Jane Asher. Quando George Martin ouviu a música, persuadiu os mú­sicos a murmurarem juntos, ao es­tilo dos quartetos de barbearia, fa­zendo fundo para o vocal principal “As harmonias nela são muito sim­ples” relembrou Martin. “Não há nada muito esperto, nenhum con­traponto, só harmonias em bloco se movendo. Muito simples... mas muito efetivo.” McCartney a iden­tificou repetidamente como uma de suas melhores composições, um sentimento ecoado por seu parcei­ro de composição: Lennon disse à Playboy em 1980 que a faixa era “uma de minhas canções favoritas dos Beatles”. O grupo passou três dias no es­túdio trabalhando na música, um tempo atipicamente longo para uma única faixa nesse período. Depois de concordarem sobre uma trilha base, a banda fez os vocais de apoio, e Mc­Cartney gravou seu vocal principal - que teve uma surpreendente ins­piração. “Quando cantei no estú­dio, lembro-me de pensar. “Vou can­tar como Marianne Faithfull - algo que ninguém jamais saberia”, disse ele. “Usei uma voz em quase false­te e a dupliquei. Minha imitação de Marianne Faithfull".

5 comentários:

Edu disse...

Ô música linda!

roque22 disse...

Perfeita!

Henrique disse...

Uma das melhores do Maca

Evandro disse...

Contrariando os comentários aqui, uma das pouquíssimas músicas dos Beatles que acho realmente chata

Anônimo disse...

Uma das mais lindas cancoes.dos Beatles...basta ver a tradução.