"Blue Jay Way" foi escrita por George em agosto de 1967 durante a viagem à Califórnia que fez com Pattie, Neil Aspinall e Alex Mardas (Magic Alex). Ao chegar a Los Angeles no dia 1º de agosto, eles foram levados para um pequeno chalé com piscina alugado em Blue Jay Way, uma rua no alto de Hollywood Hills, acima da Sunset Boulevard. Ele pertencia a Robert Fitzpatrick, advogado do mercado musical que estava de férias no Havaí.
Blue Jay Way era famosa pela dificuldade da localização - era possível estar próximo geograficamente e, ainda assim, separado por um desfiladeiro. "Quando chegamos lá, a música estava praticamente pronta", diz DerekTaylor "Claro, na época eu me senti muito mal. Lá estavam essas duas pessoas terrivelmente cansadas da viagem, e nós estávamos duas horas atrasados."
Taylor se divertiu com as interpretações dadas à música. Um critico achou que o verso em que George pede que seu convidado nào demore (be long) era um conselho para os jovens não pertecerem (belong), junto à sociedade. Outro aclamado musicólogo acreditava que, quando George disse que seus amigos tinham se perdido (lost their way), queria dizer que uma geração inteira tinha perdido a direção. “É só uma música”, disse Taylor. "Blue Jay Way" começa com o órgão em fade in. Esta é a única faixa do Magical Mystery Tour em que foi empregado o phasing, efeito eletrônico produzido que toca o som gravado em dois gravadores ligeiramente fora de sincronia, o que causa uma sonoridade espiralada e alguns zunidos. A parte principal da gravação - o vocal de George Harrison gravado em duas pistas, o órgão Hammond tocado também por ele e a bateria de Ringo - é tratada com essa técnica; uma conquista e tanto, já que o phasing tende a ser difícil de controlar antes de algum tempo. O acompanhamento musical inclui também um violoncelo, sons eletrônicos e vocais de fundo tocados para a frente e para trás.
5 comentários:
Uma música enigmática
Passei nessa rua.
A banda Violeta de Outono tem uma demo gravada nos anos 1980 tocando "Blue Jay Way" de um jeito bem psicodélica.
Gosto muito, bem "viajante".
Acho legal, principalmente quando a voz e bateria usam aquele efeito, Mas das psicodélicas do George prefiro Its all too much.
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