terça-feira, 13 de novembro de 2012

SEX PISTOLS - A BANDA PODRE DO ROCK


Sex Pistols foi uma banda ícone do punk rock, formada em 1975 em Londres. Nenhum movimento musical conseguiu superar a força seminal do punk. Incorporando a rebeldia primal do rock n' roll, um bando de garotos eternamente inconformados, conseguiu transformar os padrões de comportamento em todos os segmentos do mundo pop. Não é exagero nenhum dizer que o punk mudou tudo - e não apenas no que tange à música. Desde os primórdios, o estilo sustentou-se graças à sua multiplicidade. Ser punk sempre foi algo maior do que ser apenas mais um fã de qualquer outra facção do amplo universo da música pop. Punk era um estilo de vida.

Desde 1972 o guitarrista Steve Jones e o baterista Paul Cook tentavam formar uma banda e, dois anos depois, juntamente com o baixista Glenn Matlock e o guitarrista Wally Nightingale, fundam "The Swankers". Àquela altura, Jones trabalhava na Let itRock, uma boutique que vendia as criações da estilista Vivienne Westwood e artigos de sadomasoquismo, que depois mudaria de nome para Seditionaires e, logo em seguida, Sex. O dono da loja era Malcom McLaren, que havia empresariado algumas bandas de rock. No ano seguinte, McLaren foi para os EUA, onde tentou dar uma sobrevida ao New York Dolls, que estava afundando. Fracassou, mas viu o suficiente para voltar para a Inglaterra com novas ideias que usaria para promover a banda de seu jovem empregado Steve Jones.

A primeira providência foi despedir Nightingale e encontrar um vocalista com o carisma que McLaren visualizava para ser o homem de frente. Assim, John Lydon, um cara esquisito que de vez em quando aparecia na loja de McLaren com uma camiseta customizada com a frase "Eu odeio o Pink Floyd" acabou sendo convidado. Embora não soubesse cantar, tinha atitude de sobra. Logo estava ensaiando com o grupo que já se chamava Sex Pistols. E melhor: fazendo letras que detonavam a tudo e a todos com o sarcasmo e ironia na medida certa, sem papas na língua. Em novembro de 1975, o grupo começa a se apresentar ao vivo. A estreia foi no St. Martin's College of Art and Design, em 6 de novembro, abrindo para o grupo Bazooka Joe. Nessa época, Lydon começa a usar o apelido Johnny Rotten.

Sem duvida, o ano do Sex Pistols foi 1976. Depois de dezenas de apresentações, em julho gravam uma demo tape e logo aparecem nos principais jornais especializados em música e em alguns programas de TV. Em outubro assinam contrato com a EMI e logo a seguir gravam o hino "Anarchy In The UK", lançado no final de novembro. Os versos iniciais da música praticamente resumiam o que era o Sex Pistols e toda a geração punk: "I am an antichrist / I am an anarchist / Don't know what I want / But I know how to get it" (Eu sou o anticristo / Eu sou um anarquista / Não sei o que quero / Mas sei como consegui-lo). Era um pequeno tremor anunciando o terremoto.

Curiosamente não seria um disco nem um show que tornou o Sex Pistols conhecido nacionalmente, mas uma entrevista ao vivo em um talk show televisivo, comandado pelo apresentador Bill Grundy, na qual o entrevistador dava a impressão de não saber o que fazer com aquelas pessoas estranhas, Steve Jones então se irritou e começou a falar palavrões atrás de palavrões. O comportamento chocou a população que ainda não sabia o que se passava no underground. Um prato cheio para os tabloides sensacionalistas que começaram a seguir a banda e os punks em busca de mais escândalos e fotos chocantes. Pronto, era a publicidade que McLaren tanto desejava. Mas a EMI se assustou e reincidiu o contrato.

Logo a seguir, assinam com a A&M, porém, menos de três meses depois, a empresa preferiu pagar as 75 mil libras de multa e se livrar do problema. Nesse meio tempo, Glenn Matlock é substituído por Sid Vicious e Jones justifica a troca dizendo que o antigo baixista "gostava de Beatles". Mas a verdade é que não foi lá muito bom negócio. Primeiro porque Matlock era um excelente baixista e vicious mal sabia tocar. E o pior: Sid era um viciado em heroína e tinha um imã para encrencas. Mas, de início, rendeu boa publicidade e tornou a imagem da banda ainda mais punk.

O problema com a A&M foi o single "God Save The Queen", que atacava diretamente a rainha em pleno jubileu de prata (25 anos). A única gravadora que teve coragem de apostar neles foi a Virgin. O single caiu como uma bomba, sendo lançado pouco antes das comemorações do jubileu, vendeu como água, mas também despertou a ira dos defensores da monarquia e abriu-se uma guerra contra o grupo. Em meio a toda controvérsia, lançam vários outros singles que seguem causando polêmicas e arrebanhando um número cada vez maior de seguidores, bem como influenciando o surgimento de centenas de grupos por todo o país. Era o reinado do caos.

Em outubro de 77 chega às lojas "Never Mind The Bollocks... Here's The Sex Pistols", o aguardado álbum de estreia, que acabaria sendo o único. Em 12 faixas o Pistols resume a fúria e ódio de toda uma geração. Pauleira sem concessões, sem espaço para respirar. Mas o clima nos bastidores não ia bem. Para piorar, McLaren parecia estar satisfeito com a grana e se distanciou. Depois de uma caótica turnê pelos EUA, com datas canceladas, brigas internas e com o público, o fim do grupo é anunciado no dia 17 de janeiro. No mesmo ano, McLaren junta trechos aparentemente desconexos de algumas filmagens e monta "The Great Rock'n'Roll Swindle", um filme no qual conta sua versão da historia da banda e que rendeu um álbum duplo como trilha sonora, ainda mais "catada" do que as filmagens. Fim.

5 comentários:

Magic (again) ALEXXX disse...

Gostô, gostô. Num gostô, num gostô! FUCK OF!
Abração, edu

Valdir Junior disse...

Acho que eles ( Sex Pistols ) tinham mais atitude do que propriamente musica .

Edu disse...

Xô, bicho! Abração ALEXXX.
Há quem ame e quem odeia, mas é impossível ser indiferente a mais esse “fenômeno” que abalou as estruturas em meados dos anos 70 quebrando, literalmente o rock, que começava a ficar chato, no meio! Eu não amo nem odeio. Tenho esse disco original que talvez tenha ouvido uma vez na vida, mas não bateu. Os Beatles eram “punks” de verdade 15 anos antes, em 1960, em Hamburgo, na Alemanha. No som, nas roupas e em atitudes. De qualquer forma, esta postagem é carinhosamente dedicada a todos os meus amigos ‘hipperpunkies’! Abração a todos!

João Carlos disse...

É tudo de bom! Menos música!

Ernesto Ribeiro disse...

SEX PISTOSL : A MELHOR E MAIS REVOLUCIONÁRIA BANDA DO MUNDO!