"Sue Me, Sue You Blues" é uma música composta e gravada por George Harrison, lançada em seu álbum de 1973, Living in the Material World. Harrison inicialmente deixou o guitarrista americano Jesse Ed Davis gravá-la para seu álbum Ululu de 1972, em gratidão a Davis por sua participação no Concerto por Bangladesh. Ao escrever a música, Harrison se inspirou nas questões legais envolvendo os Beatles durante os primeiros meses de 1971, particularmente o processo que Paul McCartney iniciou em um esforço para dissolver a parceria comercial da banda e a Apple Corps (Allen Klein).
A inclusão de "Sue Me, Sue You Blues" no Living in the Material World marcou um raro exemplo de composição secular no álbum de orientação mais espiritual de Harrison. Gravada no Apple Studio em Londres, a faixa apresenta o uso extensivo de uma guitarra ressonadora estilo Dobro, bem como contribuições de Gary Wright, Nicky Hopkins, Klaus Voormann e Jim Keltner. O clima musical e a letra da música lembram aspectos da antiga quadrilha inglesa (dança para quatro casais, ou oito dançarinos no total), uma qualidade que alguns escritores identificam como espelhando a mudança de lado em meio aos processos judiciais relacionados à separação dos Beatles. Alguns críticos compararam a faixa com "How Do You Sleep" de John Lennon; Stephen Holden, da revista Rolling Stone, descreveu-a como uma "crítica lennonista inteligente".
Harrison cantou "Sue Me, Sue You Blues" durante sua turnê norte-americana de 1974, utilizando um arranjo inspirado no funk que apresentava os músicos Willie Weeks, Andy Newmark e Tom Scott. Para essas apresentações, Harrison modificou a letra para refletir a união dos ex-Beatles contra o empresário Allen Klein. O título da música (Me processe, processe você Blues), foi uma frase que Harrison e os comentaristas adotaram ao se referir a questões legais relacionadas aos Beatles durante o início da década de 1970. Um clipe de filme contendo a demo de Harrison de "Sue Me, Sue You Blues" de 1971 apareceu no DVD que acompanha a remasterização de Living in the Material World de 2006.
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