terça-feira, 21 de outubro de 2008

GEORGE HARRISON - VIVENDO NO MUNDO ESPIRITUAL

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Desde criança George Harold Harrison tinha um ar grave, misterioso, depois realçado pela descoberta da meditação transcendental e pelo encontro definitivo com o misticismo oriental. Introspectivo, normalmente calado, George tinha, no entanto, tiradas que desarmavam o ouvinte, reveladoras de um humor no mínimo peculiar. Era também, de uma timidez que podia se confundir com arrogância, mas que, na verdade, escondia boa dose de autoconfiança.

Nos pouco mais de dez anos de existência, os Beatles praticamente estabeleceram todos os novos parâmetros do rock e do pop. George tinha sua cota como cantor e autor em uma ou duas faixas por disco da banda e foi conquistando seu espaço com canções cada vez melhores. Alguns dos maiores clássicos dos Beatles são de sua autoria: a energética Taxman, que abre o Revolver, a bela e singela Here Comes the Sun e Something, considerada por Frank Sinatra "a mais bela canção de amor dos últimos 50 anos".

Como guitarrista, George diferenciava-se pelo uso elegante da slide guitar, que produz um som alongado, choroso. Dois momentos nesse período parecem ter sido especialmente marcantes para que George começasse a finalmente ganhar voz própria e libertar-se da sombra incômoda dos egos enormes de John e Paul. Um deles foi quando experimentou LSD pela primeira vez. A experiência transformou sua vida, e parece ter mesmo "expandido sua consciência", como pregavam os teóricos hippies da época.

O outro momento foi quando, em 1966, foi com a mulher, a modelo Pattie Boyd, para a Índia, onde ficou hospedado na casa de Ravi Shankar, a quem conhecera numa festa dada pelo diretor e ator Peter Sellers. Iniciaram uma amizade que seria responsável em grande parte pela popularização da cultura indiana no Ocidente. Shankar não apenas lhe ensinou a tocar cítara, como foi decisivo na conversão espiritual do amigo. Foi depois desse encontro iluminador que os Beatles foram à Índia meditar sob os auspícios de Maharishi Maheshi Yogi, um guru de longos cabelos, barbas brancas e sorriso curioso.

Antes mesmo de conhecer Shankar, George já havia colocado os sons encantatórios da cítara na gravação de Norwegian Wood. Tudo muito por acaso: depois de ver alguns músicos indianos nas filmagens de Help! (1965), ele resolveu experimentar o instrumento. Comprou um bem barato numa lojinha em Londres e arriscou-se sem manual na posição desconfortável que a cítara exigia. Foi descobrindo as notas e fez de Norwegian Wood a primeira música pop com sabor indiano. Depois, foi "Love You To" de Revolver. E, depois, "Within You Without You", para alguns a melhor faixa do Sgt. Pepper's (1967), para outros a mais deslocada, foi a evolução natural. Com sua melodia sinuosa e conotação filosófica, levava o ouvinte a um breve estado de transe, próximo da meditação transcendental que George tanto praticava.

A ioga, as batas, os incensos e o I-Ching também faziam parte desse novo universo místico de Harrison. Foi quando abriu o livro milenar ao acaso e bateu os olhos na frase "gentle weeps" que teve a inspiração para compor uma de suas melhores canções com os Beatles. A gravação de "While My Guitar Gently Weeps" não foi tão simples, porém. George buscava não apenas a beleza harmônica, mas um tipo de revelação através da música. Havia certo descaso com suas composições, contudo – George era, afinal, o caçula. Insatisfeito com a gravação, ele insistiu com o produtor George Martin e refez a canção do jeito que queria, incluindo a participação tornada mítica do amigo Eric Clapton.

Chant And Be Happy - The London Radha-Krishna Temple

Em abril de 1970, a Apple Records lançou um álbum que trazia canções devocionais vaishnavas (cantadas por devotos de Krishna), produzido por George com o próprio tocando guitarra, baixo e harmônio. Os demais músicos que o acompanham eram os próprios devotos de Krishna do Radha Krishna Temple de Londres. Essas canções devocionais, também conhecidas como bhajans, são cantadas para purificação e realização espiritual. A mais conhecida entre elas é o mantra Hare Krishna (maha-mantra) - Hare Krishna, Hare Krishna, Krishna Krishna, Hare Hare, Hare Rama, Hare Rama, Rama Rama, Hare Hare – e são cantadas e tocadas com ritmos e instrumentos indianos.


George Harrison já era um simpatizante do Movimento para a Consciência de Krishna quando conheceu o seu líder, A.C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada. Mas foi somente em 1969 que a relação entre George e o movimento de Prabhupada se estreitaram ainda mais. George, Paul e Linda McCartney e o baterista Ginger Baker [Cream] juntamente com o Radha Krishna Temple gravaram nos próprios estúdios da Apple uma versão para o maha-mantra "Hare Krishna" e a música "Govinda". Ambas foram lançadas como singles e tocadas a exaustão nas rádios naquela época. Também permaneceram por muito tempo na primeira posição dos charts europeus e asiáticos.
O líder do movimento, Swami Prabhupada, passou a admirar bastante George Harrison. Num dos encontros entre os dois, quando George perguntou a Prabhupada se ele deveria raspar a cabeça e passar a freqüentar um templo Hare Krishna, Prabhupada respondeu que George poderia fazer mais por Krishna se continuasse sua carreira de músico. E depois de ter ajudado os devotos de Krishna a gravar o álbum completo que mais tarde seria conhecido como Chant And Be Happy - The London Radha-Krishna Temple, George gravaria ainda em 1970 o álbum triplo All Things Must Pass que reuniu clássicos de sua carreira-solo.

George Harrison teve uma importância seminal na difusão do Movimento para a Consciência de Krishna no ocidente. Aliás, Bhaktivinoda Thakur, o primeiro mestre a disseminar os ensinamentos da cultura vaishnava, fez uma previsão entre o final do século 19 e começo do século 20, de que um dia o maha-mantra e as canções devocionais de Krishna seriam cantadas em todo o mundo a partir de ritmos e línguas locais. George Harrison foi providencial nesse sentido. Prabhupada, quando ouviu pela primeira vez a versão de George Harrison para "Govinda", caiu em lágrimas e ordenou que a música fosse tocada todas as manhãs em todos os templos Hare Krishna do mundo. Isso é feito até os dias de hoje.
Seja você um devoto vaishnava, fã dos Beatles ou apenas apreciador de boa música com vibrações positivas, Chant And Be Happy - The London Radha-Krishna Temple é um disco que você precisa ouvir. Não é difícil de encontrar para venda e nem para download. Se lhe interessou, dê preferência para a versão canadense do álbum que ainda traz como bônus a faixa "Prayer to the Spiritual Masters" que nada mais é do que o registro de uma conversa entre George, John Lennon e Yoko Ono com o Swami Prabhupada gravada em setembro de 1969 na mansão de Lennon no Tittenhurst Park, na Inglaterra.
Tenho certeza de que, se existe mesmo um céu, um paraíso, e Deus... George está lá. Quanto a John... talvez, ... também. Quem saberá?
Hare Krishna! Hare, Hare!

Link para download do discão:
http://www.badongo.com/file/3312211

sábado, 18 de outubro de 2008

SHE LOVES YOU - UM CLÁSSICO DA MÚSICA POP

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George Martin pressionava os Beatles a produzir material para um novo compacto, de modo a manter a liderança nas paradas. Uma composição iniciada em Newcastle, após um espetáculo no fim de junho, dava a impressão de que poderia satisfazer os requisitos do pedido. Viajando na traseira de uma perua mal iluminada internamente, Paul tinha esboçado um fragmento de letra bastante promissor. Era baseado em uma answering song (música de resposta), segundo Paul, que se recordou de ter ouvido uma gravação de Bobby Rydell em que ele usava o recurso de forma inteligente. Um coro de garotas cantava: "Go, Bobby, go, everything's cool", ao que Rydell respondia: "We all go to a swingin' school". Paul vislumbrou os Beatles fazendo uma coisa parecida. Ele cantaria: "She loves you", enquanto o restante da banda responderia: "Yeah, yeh...yeah", produzindo um efeito meio sem sentido, mas com um gancho musical eficaz. Decidiu levar o projeto a John, que o classificou como "idéia de jerico". Mas achou que a letra tinha futuro. Retornaram então ao quarto no Turk's Hotel, empunharam as guitarras, e em poucas horas tinham elaborado a estrutura da canção.
"She Loves You" foi concluída na noite seguinte, durante um raro dia de folga em Liverpool. Os rapazes trabalharam com afinco nela, em uma pequena sala de jantar, na Forthlin Road, com o pai de Paul sentado a menos de 2 metros, fumando sem parar e assistindo à televisão. A presença dele e o ruído não tinham importância - nada conseguia interromper a concentração de Paul e John. Eles compunham com um sentido de missão, reformulando frases inadequadas, tocando sem parar, aperfeiçoando a métrica até chegar ao ponto certo. Quando acabaram, sabiam que tinham um sucesso nas mãos. A música tinha uma energia positiva que inrrompia nas primeiras notas e culminava em uma bela harmonização vocal, distribuída pelos yeahs. George Martin ouviu-a num ensaio no estúdio, no dia primeiro de julho, e a considerou "brilhante, uma das melhores canções já composta pelos Beatles".
O conjunto trabalhou na música durante os dias que se seguiram, ensinando a George Harrison uma terceira voz, para encorpar o efeito. De volta ao estúdio, com Martin empoleirado em um banco em frente ao piano, eles a repassaram, seguindo um arranjo que John e Paul tinham elaborado para a guitarras. O engenheiro Norman Smith, de pé em frente à mesa de edição, mostrava-se agradavelmente surpreso enquanto ouvia a música. Um pouco antes, ele tinha examinado a letra, que estava em um suporte, e sentira um frio na barriga. Ele contaria mais tarde a Mark Lewisohn: "She loves you, yeah, yeah, yeah, she loves you, yeah, yeah, yeah...aí eu pensei: "ah, meu Deus, que letra! Acho que não vou gostar dessa música".
Na verdade, essa é uma composição com elementos que agradam a gregos e troianos, embora nada atraísse mais quem a ouvia do que a forma de executá-la. Os Beatles cantam "She Loves You" com tanta convicção que, durante a curta duração da música - bem menos dois minutos e meio -, criam um clima não apenas envolvente, mas irressistível. O desempenho dos Beatles nessa música, lhes conferiu uma imagem perfeita e duradoura. Os yeah-yeah-yeahs e os uuuuuuus em falsete (nesse ponto, eles sacudiam a cabeça ao mesmo tempo, arrancando gritinhos extasiados das fãs) se transformaram em ícones. Apesar da evolução de sua música, apesar se suas experiências com texturas musicais e equipamentos eletrônicos complexos, é difícil pensar nos Beatles sem visulizar quatro rapazes sorridentes com cabelos de cuia em sua posição clássica nos palcos - guitarras na parte superior do peito, baquetas com condução nos pratos - cantando: "And you know you should be glad - uuuuuuuu!, e agitando a cabeleira. Nenhuma referência a eles é tão imediata.
Fonte: THE BEATLES - A BIOGRAFIA - BOB SPITZ 

SHE LOVES YOU - UM SUCESSO MATADOR E DEFINITIVO

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"She Loves You" foi uma canção originalmente gravada para ser lançada como um single em 1963 e alcançou a primeira posição nas paradas do Reino Unido no dia 07 de Setembro de 1963. Este compacto de vinil superou muitos recordes, entre eles:
É a canção dos Beatles que mais vendeu até hoje no Reino Unido, entre todas suas composições.
Nos Estados Unidos da America, é uma das cinco canções dos Beatles que lideravam simultaneamente os cinco primeiros lugares nas paradas de sucesso americana - um recorde não-superado até hoje por qualquer outro artista.
Apesar de "I Want to Hold Your hand" ter alcançado o primeiro lugar nas paradas de sucesso dos EUA antes de "She Loves You"(embora esta que foi lançada antes mesmo), foi o re-lançamento de "She Loves You," nos EUA, que tirou "I Want to Hold Your Hand" do primeiro lugar, em 1964, enquanto no Reino Unido "She Loves You" chegou ao número 1 duas vezes.
Foi a primeira vez também que o nome do compositor John Lennon apareceu antes do nome de Paul McCartney no Reino Unido. Até então as músicas de parceria desta dupla apareciam com os créditos de: "McCartney/Lennon."
"She Loves You" é também uma das duas canções dos Beatles que recebeu nome e teve versão em outra língua, especificamente para a Alemanha, "Sie Liebt Dich" (a outra canção "Komm, Gib Mir Deine Hand" (I Want to Hold Your Hand").
A revista Inglesa, Uncut Magazine declarou em outubro de 2005, que "She Loves You" foi a terceira maior canção que mudou o mundo pop, atrás de "Heartbreak Hotel", do cantor-intérprete, Elvis Presley; e, "Like a Rolling Stone," do compositor-poeta, Bob Dylan. Tão só e por causa de sua preeminência nas vendas e pura energia, a canção é considerada por muitos o sucesso definitivo da Beatlemania
.

Senhoras e Senhores: com vocês, THE BEATLES, SHE LOVES YOU!


BALSAS QUERIDA, CIDADE DOS MEUS AMORES...

5 comentários:
Faz 28 anos desde que eu estive em Balsas pela última vez. Tenho muitas saudades de todos os nossos parentes e amigos e espero poder voltar muito em breve. Quando tudo estiver melhor. Se alguém souber a letra da canção do título, me mande... Não lembro inteira. There's a places i remember...


Valeria disse:

Balsas querida

Cidade dos meus amores

Quando estou distante estou chorando

Lembrando também suas cores

Quando estou perto vivo a cantar

Balsas querida

Igual a ti não há

Cidade muito boa

De grandes corações

Foi onde assisti melhores foliões

Balsas, cidade querida

Por ti serei capaz de dar a prórpia vida

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

MEU QUERIDO, MEU VELHO, MEU AMIGO - Roberto Carlos

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Esses seus cabelos brancos, bonitos, esse olhar cansado, profundo
Me dizendo coisas, num grito, me ensinando tanto do mundo...
E esses passos lentos, de agora, caminhando sempre comigo,
Já correram tanto na vida,
Meu querido, meu velho, meu amigo
Sua vida cheia de histórias e essas rugas marcadas pelo tempo,
Lembranças de antigas vitórias ou lágrimas choradas, ao vento...
Sua voz macia me acalma e me diz muito mais do que eu digo
Me calando fundo na alma
Meu querido, meu velho, meu amigo
Seu passado vive presente nas experiências
Contidas nesse coração, consciente da beleza das coisas da vida.
Seu sorriso franco me anima, seu conselho certo me ensina,
Beijo suas mãos e lhe digo
Meu querido, meu velho, meu amigo
Eu já lhe falei de tudo,
Mas tudo isso é pouco
Diante do que sinto...
Olhando seus cabelos, tão bonitos,
Beijo suas mãos e digo
Meu querido, meu velho, meu amigo

Querido Papai: estamos todos torcendo muito! WE LOVE YOU 4 EVER DEMAIS! WE CAN WORK IT OUT!

Edu & Todos os Amigos do Baú

sábado, 11 de outubro de 2008

PAUL IN RIO - 1990 - UMA AVENTURA INESQUECÍVEL!

Um comentário:

Em novembro de 1989, quando soube que Paul McCartney faria 2 shows no maracanã, coloquei em minha cabeça que não perderia por nada. Nas duas semanas que antecederam as datas marcadas para os concertos (19 e 21 de abril de 1990) vivi momentos de grande angústia com muito medo de não ir aos shows. Tentava arrebanhar os amigos, mas todos estávamos quebrados por causa do plano Collor. Consegui convencer meu velho amigo Cacá Soares a embarcar comigo na aventura. Faltando uma semana para os shows, dei minha cartada final. Na época, eu trabalhava numa agência chamada Ratto Propaganda (do grande amigo Ratão). Pois bem, chamei o Ratão para conversar e expliquei que não poderiar perder os shows. Ele disse: tudo bem, Dudu. Tá liberado. Contei que havia um segundo problema: grana! Ele me disse que passasse na administração e fizesse um vale de quanto eu precisava. Beleza. Mas ainda havia um terceiro problema: meu amigo Cacá também trabalhava na mesma agência e o Ratão teria que liberar nós dois! E assim, na noite da quarta-feira, dia 18, embarcamos no ônibus rumo à cidade maravilhosa. O Júnior, irmão do Cacá. morava no Rio e tinha instruções para nos pegar na rodoviária já com nossos ingressos. Como eu sabia que os ingressos eram cartões magnéticos e não seriam devolvidos, pedi que comprasse 2 para mim para o show de sábado. Tenho até hoje! Durante a viagem, só se falava que o Rio estava se acabando em água e que os shows poderiam ser cancelados. De manhã, quando chegamos encontramos o Rio de Janeiro inundado! A chuva não parava um minuto sequer. E logo foi confirmada a notícia do cancelamento do show do dia 19. Adiado para o outro dia. O próprio Paul prometeu que haveriam os shows nos dias 20 e 21 com ou sem chuva. Minha expectativa era enorme e aumentava na medida que o tempo passava.
Às sete horas da noite de sexta-feira, 20 de abril de 1990, debaixo de uma chuva torrencial e água até o meio das canelas, pisamos no gramado do Estádio Mário Filho. Estava chegando a hora! Nossa proteção da chuva eram sacos das casas da banha amarrados na cabeça e uma garrafa de conhaque presidente. Às nove em ponto, as luzes apagaram e Paul McCartney e a banda tomaram todos de assalto! Havia mais de 140.000 pessoas encantadas ali, debaixo de chuva! Depois de quase 3 horas de espetáculo, deixamos o Maracanã. Com as almas literalmente lavadas. Mas o melhor de tudo ainda estava por vir!
Milagrosamente (?) o Rio de Janeiro amanheceu no sábado com o sol incrivelmente radiante e belo! Nem sinal da chuva! Então, muitos passeios, praias, chopes, mais passeios, mais chopes até que novamente (graças a Deus!) chegou a hora de ir ver o Macca no Maraca pela segunda vez! Simplesmente, indescritível o show do dia 21. Ainda havia uma tremenda lua cheia para coroar tudo isso. Obrigado, meu Deus! Este concerto, foi o maior de todos que Paul já fez na vida, tocando para um público recorde de 184.000 pessoas! Eu sabia que haviam dois grandes amigos lá no maracanã naquela noite também. João e Débora. Mas era impossível encontrar. Afinal, a graça já tinha sido alcançada!
Na segunda feira, quando cheguei na agência para trabalhar, escrevi no cartaz PAUL IN RIO que havia atrás da minha prancheta: "EU VI". E fui na copa tomar café. Quando voltei, alguém também tinha escrito: "EU TAMBÉM!". Foi o Cacá! Ah, muleke! Hehe.

Júnior: Obrigado pela acolhida, valeu!
Ratão: Um abração! Nunca esquecerei!
Cacá: O maior abraço do mundo! Forever.
Macca: THANK YOU! YOU'RE THE BEST!
Obbbrrigaaduoarduu Brazzill!!!


Meu amigo Cacá Soares e eu em abril de 1990

Cacá disse:
Valeu Edu!!! Foi mesmo inesquecível, né? Abração!
Edu disse:
Foi. Foi, sim!!!

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

ANIVERSÁRIO DE JOHN ! YEAH, YEAH, YEAH!!!

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O grande John Lennon estaria completando hoje, 68 anos. Fico imaginando como estaria esse velhinho hoje se não houvesse aquela fatídica noite, ou se ele tivesse conseguido se safar. O que estaria fazendo essa figuraça de 68 anos? Ainda estaria casado com Yoko Ono? Os Beatles teriam voltado? Que espécie de som estaria fazendo agora? Tenho certeza que seria fascinado com as milagrosas possibilidades da Internet. Sei que é bobagem pensar nisso. Mas sempre penso. Ele era meu amigo. John Winston Lennon nasceu em Liverpool, no dia 9 de outubro de 1940. Debaixo de bombas.
Junto com Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr, criou THE BEATLES. O mais espetacular fenômeno musical de todos os tempos! Em 66, conheceu Yoko Ono e ficaram juntos até o final. Com o fim dos Beatles, John politizou-se e se tornou engajado na luta pelas minorias. Ele só pedia PAZ!

Depois de anos intensos de luta contra os Estados Unidos, finalmente ganhou seu passe livre para ir e vir sossegado em 75. E sossegou. Se afastou do mundo da música e dedicou todo o seu tempo na educação do pequeno Sean.

Estava preparando uma “volta” com um novo álbum e havia planos para uma turnê. Então chegou o dia. Ele tinha 40 anos. É isso aí, velho Johnny! Parabéns meu amigão. E sempre: muito obrigado. Sem você, não haveria nada! Você criou tudo isso! Para matar um pouco da saudade, Mind Games com um divertido John Lennon! Valeu! Badfinger Boogie, Beatles 4 ever!

PS: Querido amigo, só para você: Na minha opinião você continua sendo o maior! Só está perdendo para Paul e os Rolling Stones. Sinto se não são boas as notícias. Ah...também existe uma coisa chamada U2. Dizem até que o cara é um profeta. Nada que se compare com você, my old friend! Fique calmo! RIP.




Marco disse:



Certo dia do ano 2000, na mesa de um bar qualquer, após alguns copos de cerveja, dois amigos travaram o seguinte diálogo:

- Cada um é um universo...

- Isso todo mundo sabe, mané!

- É, mas você não sabe como é o meu, eu não sei como é o seu. Você não sabe como é o seu, eu não sei como é o meu.

- Eita! Isso parece coisa do John Lennon.

- Pô, valeu Lennon. Sentaí.

- Ele já está sentado, mané.

É isso aí, de alguma forma e de outras ele tá sempre na área. Parabéns, Lennon, valeu Edfinger. Vou tomar umas por vocês. Abração!




Marco Miranda



9 de Outubro de 2008 20:06





sábado, 4 de outubro de 2008

VOCÊ SABE QUEM FOI MAL EVANS?

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Mal Evans conheceu os Beatles quando eles tocavam no Cavern Club, e simpatizou tanto com eles que aceitou um emprego como porteiro do Cavern em 1960. Depois seguiu a carreira do grupo como auxiliar de Neil Aspinall e guarda costas da banda. Fazia parte do circulo fechado de amigos do grupo, viajando com a banda onde quer que fossem, participando como extra em todos os filmes dos Beatles, com excessão do primeiro. No "Help!" ele é o nadador que reaparece diversas vezes perdido; no "Magical Mystery Tour" ele é o quinto mago; no "Let It Be" ele surge no início empurrando a bateria com o logotipo dos Beatles e colocando no lugar o piano de cauda, e depois surge novamente batendo na bigorna durante a execução de "Maxwells Silver Hammer" e também aparece nas cenas do telhado. Vivendo intensamente uma década inteira ao lado dos Beatles, a separação da banda trouxe a Evans uma certa perda de identidade própria e propósito de vida. Depois de separar de sua esposa Lil, ele se muda para Los Angeles, onde arrumou uma namorada chamada Fran Hughes e começa a escrever suas memórias para um livro que se chamaria "Living The Beatles Legend". Em 4 de janeiro de 1976, extremamente deprimido, Mal chorou, tomou um valium, pegou um rifle descarregado e se trancou no quarto. Chamaram a polícia que invadiu o recinto e ao vê-lo, um homem gigantesco e forte com um rifle na mão, atiraram primeiro. Mal Evans morreu na hora. Mal Evans foi quem "descobriu" em Londres, a banda THE IVEYS que foi contratada pela Apple e trocaram o nome para BADFINGER. Os álbuns Magic Christian Music e No Dice, foram produzidos por ele. Valeu. Mal. Fez um bom trabalho, grandão!

KLAUS VOORMAN - O GENIAL ARTISTA AMIGO DOS BEATLES

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Bom, para que não sabe, Klaus Voorman teve seu espaço na história dos Beatles. Ele foi o primeiro a notar os Beatles na época dos shows em Hamburgo. Ele também foi o namorado de Astrid Kirchherr antes de Stuart Sutcliff aparecer. Ele também influenciou o corte de cabelo dos Beatles por já usar esse corte que era normal entre os jovens existencialistas alemães. Foi ele quem fez mais tarde a famosa capa do disco Revolver. Ele tocou baixo nos discos solo de John ( Plastic Ono Band, Imagine, Walls & Bridges e Rock'n'Roll ). George ( All things must pass, Concert for Bangladesh,Living in the material world, Dark Horse e Extra texture ). Ringo (Produziu uma música no Sentimental Journey, Ringo, Goodnight Vienna e Ringo's Rotogravure ). Também esteve no concerto por Bangladesh, promovido por George Harrison. Klaus hoje vive em Munique, Alemanha com esposa e filhos. Em 95, venceu o concurso entre ele e outros dois designers para desenvolver o projeto gráfico do “Anthology” dos Beatles. Sobre Revolver : A capa do disco já havia sido criada por Robert Freeman (uma colagem em espiral das metades de cima dos rostos dos quatro Beatles repetidas vezes) quando o grupo pediu ao velho amigo Klaus Voorman para recriá-la. A capa proposta por Klaus agradou em cheio: “Gostamos da forma que ele nos colocava com pequenas coisas saindo dos nossos ouvidos. E ele nos conhecia o suficiente para nos capturar de uma forma bonita em seus desenhos”, lembra Paul, “nos sentimos elogiados”.
Link para o site de Klaus Voorman:




sexta-feira, 3 de outubro de 2008

WINGS - O ESPETACULAR VÔO DE PAUL McCARTNEY

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Logo após o fim dos Beatles, Paul McCartney lançou seu primeiro álbum solo somente com a participação de sua mulher, Linda, nos vocais. No segundo álbum solo de Paul, houve a participação de outros musicos entre eles o baterista Denny Seweill.
Em agosto de 1971, Paul resolveu formar uma nova banda de rock. Ele chamou o baterista Denny Seweill e o guitarrista Denny Laine (ex-Moddy Blues) para juntar-se a ele a a mulher. Segundo Paul, o nome da banda surgiu após o nascimento complicado de sua segunda filha, Stella McCartney.Os Wings lançaram seu primeiro trabalho ainda em 1971, Wild Life. Para recriar o clima de uma gravação ao vivo, os Wings lançaram as músicas sem fazer muitos takes, o que acabou desagradando aos críticos pro considerar o álbum fraco.Em 1972, os Wings apresentaram-se pela primeira vez ao vivo em algumas universidades inglesas e na Escócia. Lançaram compactos com as canções "Give Ireland back to the Irish" (que foi banida pela BBC por seu conteúdo político), "Mary had a little Lamb", "Hi, Hi, Hi" (que também foi banida pela BBC por suas referências ao uso de drogas e por sua conotações sexuais) e "C Moon".Em 1972, Paul rebatizou a banda como Paul McCartney and Wings e no ano seguinte lançou o álbum Red Rose Speedway com mais um integrante na banda, o guitarrista Henry McCullough, e o grupo se tornou um quinteto. O álbum trouxe ao Wings seu primeiro hit de grande sucesso, a balada "My Love", mas no geral desagradou aos críticos. No mesmo ano, os Wings lançaram a canção "Live And Let Die" tendo ex-produtor dos álbuns dos Beatles a frente, George Martin. A canção foi composta especialmente para ser tema do filme do 007 - James Bond: Viva e Deixe Morrer. A música foi indicada ao Oscar.Após uma tournê pelo Reino Unido, os Wings gravaram o álbum seguinte na Nigéria, e durante as gravações Denny Seiwell e Henry McCullough largaram o grupo. Como trio, os Wings lançaram o seu álbum de maior sucesso, Band on the Run ainda em 1973. O álbum foi eleito o disco do ano. Atingiu o topo das paradas de sucesso, agradando a críticos e fãs. Entre as canções de destaque estavam " Hellen Wheels", "Bluebird", "Jet", "Band On The Run" e "Let Me Roll It". Pela primeira vez, Paul compôs uma música em parceria com Denny Laine, "No Words".Em 1974, os Wings, com os integrantes Jimmy McClloch na guitarra e Geoff Britton na bateria, lançaram em compacto a canção de sucesso "Junior's Farm". Foi o último lançamento do Wings pela Apple Records.Para a gravação do álbum Venus and Mars de 74, a banda voltou a só usar o nome Wings. Foi o primeiro álbum a ser lançado pela MPL Communications (ou "McCartney Productions Limited"), companhia de Paul McCartney. O álbum começou a ser gravado em Londres, mas as gravações mudaram para New Orleans durante a qual Geoff Britton largou a banda e foi substituído por Joe English. O álbum seguiu o estilo do anterior, e embora tenha atingido grande sucesso não causou tanto impacto como Band on the run. As canções que se destacaram foram "Listen to what the man said" (primeiro lugar nos Estados Unidos) e "Letting go". Pela primeira vez na curta história da banda, outros integrantes participam cantando uma canção. Denny Laine em "Spirits of Ancient Egypt" e Jimmy McClloch em "Medicine Jar".Após alguns shows na Austrália que fez parte da tournê chamada Wings Over the World Tour, os Wings gravaram seu quinto álbum, Wings at the Speed of Sound, em 1976. Em Wings at the speed of Sound, Paul responde à canção "How dou you sleep?" que John Lennon lançou em seu disco (Imagine) de 1971. Na canção, John acusou Paul de ser um cantor só de canções tolas e românticas, entre outras coisas. Paul respondeu em seu disco com a canção "Silly Love Songs". No álbum, todos integrantes da banda puderam cantar pelo menos uma canção, inclusive Linda McCartney. Mas as canções que se destacaram foram "Silly Love Songs" e "Let'Em in".A tournê pelos Estados Unidos, começada em 1975 que só acabou em 1976 acabou sendo registrada no álbum de 76, Wings Over America. Posteriormente, em 1980, foi lançado o vídeo Rockshow com o show de Seatlle da mesma tournê. Após a turnê mundial, os Wings fizeram uma pausa na carreira. Jimmy McCulloch e Joe English acabaram abandonando a banda. No final de 1977, os Wings lançaram a canção "Mull Of Kintyre", que trouxe o som de gaita de foles e tornou-se um dos maiores sucessos do grupo, tornando-se o compacto mais vendido na Inglaterra, só sendo superado mais tarde por Bohemian Rhapsody, do Queen. Foi a composição de maior sucesso da dupla McCartney e Laine.Em 1978, como trio, a banda lançou o álbum London Town. Foi o álbum mais vendido da banda que trouxe o sucesso "With A Little Luck". No ano seguinte, a banda lançou o álbum Back to the Egg com dois novos integrantes, Laurence Juber na guitarra e Steve Holly na bateria. A canção "Rockestra Theme" contou com a participação de alguns astros do rock, entre eles Pete Townshend (The Who), David Gilmour (Pink Floyd), John Paul Jones e John Bonham (Led Zeppelin). No mesmo ano, o ex-integrante Jimmy McCulloch morreu vítima de overdose de heroína.Em 1979, Paul McCartney organizou espetáculos em ajuda à UNICEF e aos refugiados do Camboja (Concert For The People Of Kampuchea). Participaram dos espetáculos, em Londres, os Wings, Queen, The Who, Pretenders, The Clash e Elvis Costello entre outros. Logo após, o grupo partiu em uma turnê ao Japão, onde Paul McCartney foi preso ao desembarcar no aeroporto por porte de maconha. Ele ficou preso por nove dias antes de ser deportado do país. O incidente marcou o fim dos Wings.
DISCOGRAFIA:
01- Wild Life (1971)
02- Red Rose Speedway (1973)
03- Band on the Run (1973)
04- Venus and Mars (1975)
05- Wings at the Speed of Sound (1976)
06- Wings Over America (1976)
07- London Town (album) (1978)
08- Wings Greatest (1978)
09- Back to the Egg (1979)
10- Concerts for the People of Kampuchea (1981)
11- Band on the Run: 25th Anniversary Edition (1999)
12- Wingspan - Hits & History Compilation (2001)

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

OS DIAS QUE A BAKER STREET FICOU MAIS BONITA

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Durante o fim de semana de 10 a 12 de novembro de 1967, enquanto os Beatles estavam preocupados em gravar o vídeo de seu novo compacto, "Hello Goodbye", The Fool* começaram a pintar a antiga fachada de tijolos da loja, armando um andaime e envolvendo-o com encerados, de modo que o trabalho pudesse ser feito em sigilo. "Eles se recusavam a dizer a qualquer um de nós a aparência que a fachada teria" diz Alistair Taylor. Ninguém, com exceção dos estudantes de artes contratados para executar o painel, tinha permissão de espiar o trabalho em curso. Até os Beatles eram mantidos a distância, como normalmente se faz com crianças ávidas de curiosidade. "Quando finalmente chegou a hora de tornar público o trabalho, todos nós nos juntamos na rua. O encerado caiu de maneira dramática e, sob ele, estava um incrível mural psicodélico na fachada do pequeno edifício, um autêntico gênio de dois andares, com estrelas, luas e fadas e coisas desse tipo. Minha nossa! Nós ficamos absolutamente pasmados. Era fabuloso! As pessoas debruçavam-se das janelas dos prédios e dos ônibus para olhar. Qualquer motorista que entrava na rua quase batia no carro da frente, cujo chofer também tinha parado para olhar.
"A pintura era maravilhosa", disse Paul, fazendo eco à opnião compartilhada pelos demais Beatles com a maior parte do público. Na cidade toda, o mural da butique da Apple tornou-se assunto de conversa. Londres jamais vira algo parecido. As pessoas vinham de todos os bairros para observar melhor, obstruindo a calçada em frente à loja, congestionando o tráfego. Ela se tornou tão popular como atração turística como qualquer um dos pontos turísticos tradicionais. Porém, a comissão de planejamento da City of Wesminster, à qual tinha sido requerida a permissão oficial para pintar a fachada - ignorando-se se ela havia ou não dado a resposta -, não mostrava muito entusiasmo com isso tudo. 'Não demorou muito tempo para que fôssemos chamados pelos advogados do poder público, que disseram que teríamos de devolver ao prédio a antiga aparência", lembra Taylor. Seguiram-se três semanas de uma acalorada disputa na justiça, até que, finalmente, o mural foi apagado pelos The Fool.

Fonte: The Beatles - A BIOGRAFIA - Bob Spitz.

*The Fool, grupo de designers holandeses que fez diversos trabalhos para os Beatles. Os mais famosos foram a fachada, claro, o Rolls Royce de John Lennon, e os muros externos da casa de George, em Esher. Além dos desenhos das roupas psicodélicas que eram vendidas na butique.