sábado, 16 de março de 2024

THE BEATLES - A HARD DAY'S NIGHT - SENSACIONAL!

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THE BEATLES - SHE LOVES - 1 - 2000 ⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐

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Aqui, a gente confere "She Loves You" e logo abaixo, o álbum completo.

SID BERNSTEIN - UMA CARTA PARA JOHN, PAUL, GEORGE E RINGO

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Sid Bernstein foi um empresário, produtor musical e promoter americano. Ele ajudou a iniciar a invasão britânica, promovendo os Beatles nos Estados Unidos, e também os Rolling StonesHerman's HermitsThe Moody Blues e The Kinks, mudando o cenário da música americana na década de 1960. Ele foi o primeiro empresário a organizar concertos de rock em estádios esportivos. Foi ele o responsável pela famosa apresentação dos Beatles no Shea Stadium. Também organizou concertos para Frank Sinatra, Ray Charles, Jimi Hendrix, Sly & the Family Stone, Bruce Springsteen, Laura Branigan e Lenny Kravitz. Bernstein foi o primeiro a organizar e promover um show de rock no Madison Square Garden - The Concert For BangladeshMorreu em 21 de agosto de 2013 com 95 anos.
No dia 19 de setembro de 1976, Sid Bernstein, responsável pelas apresentações dos Beatles no Shea Stadium uma década antes, publicou um anúncio de página inteira no New York Times demonstrando suas esperanças de reunir os Beatles para um concerto. Um evento que iria trazer consolo para um mundo "tão desesperadamente dividido". Ele salienta que as receitas poderiam chegar a US$ 230 milhões - Cerca de 1 bilhão de dólares em dinheiro de hoje. Os ex-Beatles, todos deram de ombros. Em 1979, ele tornaria a repetir a dose. A “história oficial” diz que eles nunca responderam a estes anúncios, mas Bernstein afirmou em uma entrevista em 2001 que Lennon pediu "mais detalhes" depois de ver o segundo anúncio em 79. Com base no anúncio publicado por Bernstein em 76, o produtor do programa “Saturday Night Live” - Lorne Michaels, anunciou que daria 3 mil dólares se os Beatles aparecessem lá “ao vivo” naquela noite. O que ele não sabia, era que John e Paul estavam juntos no Dakota vendo o programa e por alguns minutos acharam que seria “um tremendo sarro” aparecerem lá para faturar a mixaria. Mas depois de um telefonema de Yoko Ono, acabaram desistindo. Esse episódio, é basicamente o argumento do filme Two Of Us ou "Tudo Entre nós" de Michael Lindsay-Hogg.

Aqui no Brasill, o texto do anúncio de Sid Bernstein, apareceu na íntegra na sensacional revista “Violão e Guitarra Especial” N°7 – Beatles”, em novembro de 1976 e a gente confere agora:

Domingo, 19 de setembro de 1976.
Prezados George, John, Paul e Ringo: Vocês fizeram do mundo um lugar mais alegre para se viver. Sua música encontrou o caminho nos corações de milhões de pessoas em todo os cantos do mundo. Durante quase dez anos, seus velhos e dedicados amigos e incontáveis novos desejaram, esperaram e pacientemente aguardaram um sinal de vocês, para que tocassem em cima de um palco, por apenas mais uma vez, individualmente, ou juntos.
Em um mundo que parece inevitavelmente dividido, comprometido com a guerra civil, aterrorizado por terremotos, e, frequentemente, vivendo no medo de se repetirem amanhã as manchetes trágicas, mais do que nunca, precisamos de um símbolo de esperança para o futuro. Simplesmente mostrando ao mundo que pessoas podem chegar lá, juntas.
Permitam ao mundo sorrir por mais um dia. Vamos, nós, mudar as manchetes do desânimo e da falta de esperança para música, vida e uma mensagem mundial de paz. Vocês quatro estão entre os pouquíssimos que têm uma posição de realizar o sonho de um mundo melhor no coração de milhões, em apenas um dia. O fardo do mundo não está nos ombros de vocês - todos nós compartilhamos essa responsabilidade. Esta proposta é feita para que vocês a considerem, apenas se vocês puderem encontrar tempo. E energia para fazer acontecer.
Nós daqui daríamos as boas-vindas ao retomo de vocês. O plano: sua aparição num palco, quer vocês toquem individual ou coletivamente, ou de ambas as formas. Isto seria visto por uma plateia de milhões. Ingressos razoavelmente baratos seriam vendidos com antecedência, em todo teatro, auditório, ginásio ou estádio - onde um circuito fechado de televisão pudesse ser instalado.
No dia do evento, seria pedido ao público para trazer, além do ingresso, uma lata de mantimento ou uma peça de roupa nova ou usável, para serem depositadas em caixas nas bilheterias. Esses presentes poderiam alimentar e vestir durante anos uma nação empobrecida.
Uma fundação beneficente ou organização mundial como a "CARE" ou "UNICEF" (Fundo das Nações Unidas para a Infância) pode ceder seus recursos para recolher esses presentes no dia seguinte ao concerto de vocês, e distribuí-los cinco dias depois numa região transformada, da noite para o dia, em naçào de esperança e vida.
Os vinte por cento destas cifras poderiam ser dirigidos à alimentação e educação de crianças órfãs das nações necessitadas.
Os rendimentos possíveis: 100 milhões de dólares da venda de um disco gravado ao vivo neste evento: 40 milhões de dólares da venda de lugares a preço razoável de todo local com circuito fechado; 15 milhões de dólares pelos direitos de transmissão por TV para todo o mundo, para que seja mostrado no dia ou na semana seguinte ao concerto, 60 milhões de um filme do acontecimento, e uma quantidade igual de filme devotada a cada um de vocês - para conversar, tocar, ou dividir da sua própria maneira, suas vidas como indivíduos com seus amigos que querem ver vocês... 15 milhões da venda de programas e lembranças. A hora - Dia de Ano Novo ou Páscoa de 1977. O lugar: Belém, Liverpool, ou onde for o certo!
Respeitosamente, Sid Bernstein

THE BEATLES - HELP! SHEA STADIUM - 1965 ⭐⭐⭐⭐

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sexta-feira, 15 de março de 2024

PAUL MCcCARTNEY - DRESS ME UP AS A ROBBER - 1982

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"Dress Me Up As A Robber" é a penúltima música de Tug of War, terceiro álbum solo de Paul McCartney. "Quando você está tentando escrever algo, muitas vezes você está procurando uma tag para começar. Escrevi isto, creio eu, no verão de 1980, possivelmente na Escócia. E por alguma razão eu pensei: 'Você poderia me vestir de ladrão, mas isso não vai mudar meus sentimentos por você'; isso foi o básico. 'Você pode me vestir de soldado / Mas eu não saberia para quê / Fui eu quem disse que te amava / Não quero ir para outra guerra'. Isso foi um pouco do pacifista ali". Paul McCartney - The Lyrics: 1956 To The Present. A faixa básica foi gravada em 4 de fevereiro de 1981 no AIR Studios em Montserrat, com: Paul McCartney - voz, guitarra, violão e baixo; Linda McCartney - voz; George Martin - piano elétrico; Denny Laine - guitarra e sintetizador; e Dave Mattacks - bateria e percussão. "Dress Me Up As A Robber" foi completada com mais overdubs em 23 de março de 1981, no AIR em Londres. "Dress Me Up As A Robber" foi uma das músicas do single "Take It Away" de 12 polegadas, lançado em 5 de julho de 1982.

THE BEATLES - THE INNER LIGHT - 1968 ⭐⭐⭐⭐⭐⭐

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terça-feira, 12 de março de 2024

THE BEACH BOYS - GOOD VIBRATIONS - 1966

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PAUL McCARTNEY - YOU WANT HER TOO - 1989

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"You Want Her Too" é a terceira música do oitavo álbum solo de Paul McCartney, Flowers In The Dirt, lançado no início de junho de 1989. Foi escrita por McCartney e Elvis Costello e embora seja uma das quatro canções co-escritas pela dupla, é o único dueto do álbum. As outras três são: "My Brave Face""Don't Be Careless Love" e "That Day Is Done". McCartney e Costello gravaram uma demo acústica de "You Want Her Too" no estúdio Hog Hill Mill em 3 de setembro de 1987. A versão do álbum foi iniciada em 1º de fevereiro de 1988, com McCartney nos vocais e baixo, Costello nos vocais e teclados, Hamish Stuart e Kevin Armstrong nas guitarras e Chris Whitten na bateria. No entanto, foi regravada principalmente em 31 de outubro de 1988, durante as sessões de gravação de McCartney produzidas por Mitchell Froom e Neil Dorfsman. "You Want Her Too" termina com som de uma banda de jazz. Essa parte foi arranjada por Richard Niles e foi reduzida para apenas 25 segundos na mixagem final. Paul McCartney nunca cantou "You Want Her Too" ao vivo.

segunda-feira, 11 de março de 2024

THE BEATLES - YOU KNOW MY NAME (Look Up The Number) - 1970

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"You Know My Name (Look Up the Number)" é uma música dos Beatles composta por John Lennon, creditada a Lennon-McCartney e lançada como Lado B do single Let It Be de 1970. Começou a ser gravada em 1967, logo depois das sessões de Pepper, mas só foi lançada três anos depois.

Paul McCartney diz na biografia "Many Years From Now" de Barry Miles: "John veio uma noite com essa canção que era basicamente um mantra, 'você sabe meu nome, procure o número'. E eu nunca percebi o que ele quis dizer com aquilo, poderia ter alguma presença de Yoko, talvez. Era a ideia original de John e era toda a letra. Ele trouxe originalmente e ficamos uns 15 minutos pensando na estrutura enquanto ele ficava meio fora do ar e então nós dissemos, 'O que iremos fazer com isso então?' e ele disse, 'Vamos fazendo, igual a um mantra'. Então eu disse, "Beleza, vamos fazer isso".
Na verdade a faixa foi inspirada em um slogan que ficava em uma lista telefônica na casa de McCartney, como disse Lennon na entrevista da Playboy em 1980: "Eu estava esperando Paul em sua casa, e eu vi a lista telefônica em cima do piano com a frase 'Você sabe meu nome, procure o número'. Era igual a um slogan e eu logo mudei. Era para ser quatro tipos de som, e os acordes mudariam em instantes, mas nunca se desenvolveu, então fizemos um monte de palhaçada com ela".
A estrutura de "You Know My Name" consiste em cinco partes separadas, a primeira mais convencional traz o título da faixa cantada por John e Paul com o fundo de piano. A parte dois, foi mais tarde editada por John, que repetia um vocal de apoio estilo Ska, parte esta que, foi restaurada em 1996 para o Anthology 2. A parte três era a sessão da boate, com Lennon dizendo: "Boa noite e bem vindo ao Slaggers. Apresentando Dennis O’Bell".
Dennis O’Bell era um artista fictício interpretado por Paul McCartney. O nome vinha do produtor cinematográfico Dennis O’Dell, que trabalhou em A Hard Day's Night e com John Lennon em How I Won The War. O'Dell mais tarde produziu o filme Magical Mystery Tour e se tornou chefe da Apple Films. A parte quatro, gravada como última parte, (já que uma parte cinco foi adicionada em 1969 para o lançamento do single), era uma parte cômica ao estilo Monty Python, com sons de relógio cuco, gaita, bongôs, piano, vozes bobinhas e outros efeitos da coleção Abbey Road. A parte final era outro piano estilo jazz, com trechos de vibrafone e vocais incompreensíveis. Traz também a participação de Brian Jones, dos Rolling Stones, que veio visitá-los na sessão e acabou fazendo um solo de saxofone. "You Know My Name" ficou intocável até 30 de abril de 1969, quando Lennon e McCartney voltaram a trabalhar nela para o lançamento, com a ajuda de Mal Evans e sem a participação de George e Ringo.

Em 1988, Paul McCartney, inesperadamente disse que esta era sua canção favorita dos Beatles, no livro The Complete Beatles Recording Sessions de Mark Lewisohn: "As pessoas estão descobrindo os lados-B dos singles dos Beatles. Estão descobrindo faixas como "You Know My Name (Look Up The Number)", provavelmente minha canção favorita por ser tão insana".

Os Beatles começaram gravando 14 takes em 17 de maio de 1967, com os instrumentos principais. Em 7 de junho voltaram e adicionaram um bom número de overdubs, o que tornou uma canção de 20 minutos. A instrumentação ainda trazia flautas e tamborim. Na madrugada para o dia 8 de junho foi gravado mais alguns takes e o solo de saxofone feito por Brian Jones. Paul McCartney comenta a participação do Rolling Stone também em “Many Years From Now”: “Ele chegou no estúdio com um grande casaco afegão. E estava constantemente tenso, inseguro e estava realmente tenso por estar numa sessão dos Beatles. Ele estava nervoso a ponto de tremer, acendendo cigarro atrás de cigarro. Eu gostava muito de Brian. Eu achei que seria uma ótima ideia traze-lo talvez com uma guitarra e fazer ele tocar alguma levada, mas para nossa surpresa ele trouxe um saxofone. Ele abriu o case e começou a aquecer tocando um pouco. Ele era um saxofonista tão ruim, que eu pensei ‘há-há, teremos apenas uma palhinha".
"You Know My Name" foi editada em 9 de junho de 1967 em versão mono. E em 30 de abril de 1969, foi feito uma reedição em estéreo, adicionando mais vocais e alguns efeitos. Alguns dos efeitos incluíam o som do assistente Mal Evans, cavando pedras com uma pá, além de vozes bizarras e palmas. Lennon reduziu o tempo da canção de 6’08 para 4’19"You Know My Name" quase foi lançada como lado A do novo single da Plastic Ono Band. Lennon queria essa com “What's The New Mary Jane” no lado B. Porém, mesmo após ter imprimido selos, e autorizado pela Apple Records, o restante da banda vetou o lançamento.
Três meses depois a música foi lançada como Lado B de "Let It Be" no dia 11 de março de 1970 - Último compacto lançado pelos Beatles. "What's the New Mary Jane" não foi oficialmente lançada até 1996 no Anthology 3 embora antes tenha aparecido em dezenas de piratas. Foi a última canção inédita lançada pelos Beatles, até 1995-1996, com "Free As a Bird", "Real Love" e outras). A primeira versão em CD foi em 1988, na coletânea, "Past Masters, Volume Two""You Know My Name" foi produzida por George Martin e teve Geoff Emmerick como engenheiro. Participaram da gravação: John Lennon - vocais, guitarra, maracas, palmas; Paul McCartney - vocais, piano, baixo, palmas; George Harrison - vocais de apoio, guitarra, vibratos, palmas; Ringo Starr - vocais, bateria, bongôs e palmas; Mal Evans - efeitos sonoros e Brian Jones - solo de saxofone.

domingo, 10 de março de 2024

THE BEATLES - DRIVE MY CAR - 1965 ⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐

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THE ROLLING STONES - SHE'S A RAINBOW - 1967 🌸🌸🌸

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"She's a Rainbow" (Jagger/Richards) é uma música dos Rolling Stones lançada em seu álbum de 1967, Their Satanic Majesties Request. Foi chamada de "a música mais bonita e incomum" que Mick Jagger e Keith Richards escreveram. Inclui lirismo rico, piano vibrante de Nicky Hopkins e uso do Mellotron por Brian Jones. John Paul Jones, mais tarde do Led Zeppelin, fez os arranjos de cordas durante seus últimos tempos como músico de estúdio. Os backing vocals foram fornecidos por toda a banda, exceto Charlie Watts. Notavelmente, todos os vocais soam como um canto suave de fundo, com a música ofuscando-os a ponto de as letras serem difíceis de ouvir. "Rainbow" começa com o piano tocando uma escala ascendente com reviravolta, que retorna ao longo da música como um motivo recorrente. Este motivo é desenvolvido pela celesta e pelas cordas no meio 8. Dispositivos humorísticos e ambíguos são usados, como quando as cordas tocam desafinadas no final da música, e quando os outros Stones cantam seus "La La's" como crianças.

THE BEATLES - IT'S GETTING BETTER ALL THE TIME

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Tudo está certamente ficando melhor! A letra de Paul McCartney é ambientada na mesma batida sincopada que ele usara alguns anos antes em canções como "She's A Woman". O solo vocal também é de Paul e John se junta a ele na segunda voz. Com George, os dois fazem os coros a três vozes do fundo. George |á havia feito experiências com a cítara indiana em outras canções dos Beatles, e nesta gravação ele usa mais um instrumento indiano, a tambura, que parece uma citara maior mas não produz notas musicais como as da escala ocidental Esse instrumento de cordas produz um som ressonante que na música indiana, é usado mais como pano de fundo do que como parte da instrumentação principal. Perto do fim da faixa, George Martin se junta a banda, ao piano. Detalhe: ele não toca as teclas, mas percute diretamente nas cordas. Genial! Jeff Russel

sábado, 9 de março de 2024

THE BEATLES EM CORES - LONG TALL SALLY - With Jimmy Nicol - SENSACIONAL!

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ALF BICKNELL - BABY YOU CAN DRIVE MY CAR

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Alf Bicknell, 75 anos, que trabalhou em 1964, 65 e 66 como motorista dos Beatles, e vivia da venda de recordações, histórias de bastidores e anedotas do tempo em que viveu com os rapazes de Liverpool, morreu no dia 9 de março de 2004 em sua casa em Banbury, Inglaterra. Ele teria desmoronado em sua cozinha. A causa da morte nunca foi divulgada.
Depois de começar a trabalhar cedo como aprendiz de açougueiro e palhaço, Bicknell encontrou o caminho do sucesso como motorista particular em Londres para pessoas distintas. Por recomendação do empresário dos Beatles, Brian Epstein, Alf Bicknell se tornou parte da entourage da banda a partir do segundo semestre de 1964.
Alf sempre disse que não estava acostumado com o nível de adoração das fãs dos Beatles e isso o deixava preocupado, sendo levado a alguns acidentes de percurso. Para evitar a loucura das fãs batendo em torno do carro, Bicknell muitas vezes teve de fazer mudanças bruscas no trânsito. A primeira vez que ele conduziu um Beatle, dirigia um luxuoso Austin Princess em alta velocidade que, numa freiada, George Harrison bateu a cabeça contra o vidro. Alf pensou que sua carreira estava encerrada ali, mas Harrison começou a rir. Com os anos, Alf deixou crescer o cabelo e a barba em solidariedade aos seus jovens clientes.
Sua principal tarefa era assegurar conforto e segurança dos Beatles, incluindo a manutenção de um estoque de cigarros no carro. Mas ele também era um guarda-costas de verdade - foi espancado pela polícia nas Filipinas durante a estadia desagradável dos Beatles por lá - e passou outros tantos apuros na companhia dos patrões famosos. Através dos Beatles, conheceu Bob Dylan e Elvis Presley. De todas as histórias que conta sobre sua convivência com os Beatles, a que Alf mais adorava contar era a de um dia em que John Lennon tirou-lhe o cap de motorista e jogou-o do carro pela janela. Lennon disse: "Você não precisa mais disso, Alf. Você agora é um de nós".

Alfred George Bicknell nasceu em Haslemere, Inglaterra. Começou a trabalhar aos 14 anos, após a morte do pai. Serviu no exército e tornou-se motorista particular em 1950. Os Beatles pararam com as turnês em 1966, então Alf Bicknell teve de encontrar novos clientes. Ele dirigiu para outros músicos e executivos até 1980, quando machucou o braço direito com uma serra elétrica em um acidente de jardinagem. Precisando de dinheiro, começou a vender lembranças de seu tempo com o grupo, incluindo horas de fitas de ensaios dadas a ele por John Lennon tantos anos antes.

Alf co-escreveu sua autobiografia de 1989 "Baby, You Can Drive My Car" com o fã dos Beatles Garry Marsh - Um título inspirado pelo hit dos Beatles "Drive My Car", da qual Alf jurava que tinha sido a inspiração. Mais tarde lançou um livro e uma coleção de vídeos, Beatles Diary, que oferece um retrato bastante lisonjeiro dos rapazes. Nas convenções dos Beatles, Alf era uma figura sempre cativa.
MAL EVANS - THE BEATLES ROAD MANAGER
NEIL ASPINALL - BEATLES PERSONAL ASSISTANT
THE BEATLES - DRIVE MY CAR 

sexta-feira, 8 de março de 2024

JOHN LENNON - WOMAN IS THE NIGGER OF THE WORD 🌹

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"Contrariando imagens da primeira fase dos Beatles - quando a banda e seus acólitos eram vistos como uma espécie de Clube do Bolinha -, Lennon saudou a ascensão do feminismo e do movi­mento pela liberação da mulher, que, no começo da década de 1970, se encontrava no auge. Da mesma forma como a luta pelos direitos dos negros exigia o despertar dos brancos, o movimento das mulheres exigia o envolvimento dos homens. Além da força de suas convicções, Lennon tinha o hábito de desafiar estereótipos e tendia, por princípio, a trilhar caminhos diferentes. Ele era contra a guerra num país e num mundo que costuma tomar agressividade por masculinidade. Ele era criativo num mundo em que os homens são mais recompensados pela agressividade do que pela criatividade. Sua vida - assim como seu trabalho - era e ainda é uma influência libertadora para todos, especialmente os homens." Trecho do excelente livro “John Lennon em Nova York – Os anos da revolução” de James A. Mitchel
"Woman Is the Nigger of the World" foi composta por John Lennon em co-parceria com Yoko Ono e foi lançada como single pela Apple Records nos Estados Unidos, na Nova Zelândia e Japão, chegando à posição nº 57 na Billboard Hot 100, tornando-se o single que alcançou a mais baixa posição na vida de Lennon. O compacto trazia no lado B "Sisters O’ Sisters” de Yoko Ono. As duas faixas aparecem no álbum “Some Time in New York City”. Foram gravadas entre novembro de 1971 a março de 1972 e produzidas por Phil Spector, John Lennon e Yoko Ono. Quando foi lançada, "Woman Is the Nigger of the World" provocou controvérsia, devido ao seu título e conteúdo. ''A mulher é o negro do mundo" retrata situações cotidianas vividas pelas mulheres e mostram sua infeliz subordinação a uma sociedade patriarcal. A frase-título foi ‘inventada’ por Yoko Ono em uma entrevista com a revista Nova em 1969 e foi citada na capa da revista.
Em uma entrevista de 1972 para o programa The Dick Cavett Show, John Lennon afirmou que o revolucionário irlandês James Connolly foi uma inspiração para a música. Lennon citou a afirmação de Connolly, "a trabalhadora é escrava do escravo", explicando a inspiração pro-feminista por trás da música. Devido ao uso de um epíteto racial ofensivo e o que foi percebido como uma comparação inadequada dos direitos das mulheres com a opressão dos afro-americanos, a maioria das estações de rádio nos EUA recusou-se a tocá-la. A Organização Nacional para a Mulher concedeu a Lennon e Ono uma "Imagem Positiva das Mulheres" citando a "forte declaração pro-feminista" da música em agosto de 1972.

Através de entrevistas de rádio e televisão, Lennon explicou seu uso do termo "nigger" como se referindo a qualquer pessoa oprimida. A Apple Records colocou um anúncio para o single na edição de 6 de maio da revista Billboard com uma declaração recente, não relacionada à música, pelo proeminente congressista negro Ron Dellums para demonstrar o uso mais amplo do termo. Lennon também se referiu à citação de Dellums durante uma aparição no The Dick Cavett Show, onde ele e Ono tocaram a música com a banda Elephant's Memory. Por causa do título polêmico, a ABC pediu a Cavett que pedisse desculpas ante a plateia pelo conteúdo da música, caso contrário, a apresentação não seria exibida.
Lennon também visitou os escritórios das revistas Ebony e Jet com o comediante/ativista Dick Gregory e apareceu em uma capa intitulada "Ex-Beatle Tells How Black Stars Changed His Life" em 26 de outubro de 1972. Uma versão editada da música foi incluída no coletânea de 1975 “Shaved Fish”. A música foi reeditada novamente como o lado B para "Stand by Me" em 4 de abril de 1977. Além de “Some Time in New York City”também aparece no "Live in New York City", em “Working Class Hero: The Definitive Lennon” e nas caixas "John Lennon Anthology"“Gimme Some Truth”. Participaram da gravação: John Lennon – vocais e guitarra; Stan Bronstein – sax tenor ; Gary Van Scyoc – baixo; Adam Ippolito – piano e órgão; Wayne "Tex" Gabriel – guitarra; Richard Frank Jr. – bateria e percussão e Jim Keltner – bateria. 8 de março - Feliz Dia Internacional das Mulheres!

IMAGENS DO DIA - BRIAN EPSTEIN E GEORGE MARTIN CURTINDO EM MIAMI - 1964

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SIR GEORGE MARTIN - O QUINTO BEATLE - 1926 / 2016

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Há oito anos, morria Sir George Martin. De todos os indicados ao almejado título de "Quinto Beatle", ninguém é mais justificável de que eleprodutor, arranjador, compositor, engenheiro, músico e maestro. Devido a sua importância em relação à produção musical dos discos dos Beatles, é chamado com justiça de “o Quinto Beatle”, em referência ao seu trabalho como produtor de quase todos os álbuns lançados pelos rapazes de Liverpool, incluindo, em 1967, o inovador "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band", que lhe trouxe reconhecimento, fama e consagração definitiva na história da música pop e "Let It Be", que também teve produção de Phil Spector. Martin foi um dos maiores produtores musicais de todos os tempos, com mais de trinta canções chegando ao primeiro lugar das paradas no Reino Unido e nos Estados Unidos. Ele nasceu em Londres, em 3 de janeiro de 1926.
George Martin nasceu em Holloway (pequena cidade ao norte da capital Londres). Filho de pai carpinteiro, teve uma juventude humilde, sem uma educação musical erudita. Autodidata, aprendeu a tocar piano sem ajuda de mestre, ainda com dezesseis anos. Além do seu trabalho com os Beatles ou com seus ex-integrantes, Martin também foi o produtor de dezenas de artistas, incluindo a banda America. Ele também é um compositor de talento (exemplos são as trilhas sonoras dos filmes Yellow Submarine, dos Beatles, e Live and Let Die de James Bond.

Em uma carreira de seis décadas, Martin trabalhou em cinema, televisão e espetáculos ao vivo. Ele também já teve vários cargos executivos em companhias midiáticas e contribuiu para várias de causas beneficentes, incluindo seu trabalho para o The Prince's Trust da ilha de Montserrat. Em reconhecimento por suas contribuições para a música e cultura popular, ele recebeu um título Knight Bachelor em 1996. George Martin faleceu no dia 8 de março de 2016 aos 90 anos, em Londres. Foi casado por mais de trinta anos com Judy Lockart Smith e tiveram quatro filhos, o mais velho, Giles, é o produtor dos álbuns dos Beatles hoje.

quinta-feira, 7 de março de 2024

THE BEATLES - I'VE GOT A FEELING - LET IT BE... NAKED

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Faixa sensacional, produzida a partir de uma tomada distinta da usada no álbum original, com som pesado e ótima mixagem. A energia da banda é incrível. I've Got A Feeling (Lennon-McCartney) foi gravada em 30 de janeiro de 1969, to telhado da Apple, em Saville Row, Londres. O produtor foi George Martin e o engenheiro de som, Glyn Johns.
THE BEATLES - I'VE GOT A FEELING

BOB DYLAN - JUST LIKE A WOMAN - 1966 - ⭐⭐⭐⭐⭐

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"Just Like a Woman" é uma canção do cantor e compositor Bob Dylan, que aparece como a quarta faixa do lado 2 de seu sétimo álbum de estúdio Blonde on Blonde, lançado a 16 de maio de 1966 pela Columbia Records e primeiro álbum duplo na história do rock. Foi lançada como um single nos Estados Unidos durante agosto de 1966 e alcançou a posição número 33 na Billboard Hot 100. Não foi lançada como um single no Reino Unido, mas o grupo britânico de música beat Manfred Mann lançou uma versão single de sucesso da canção em julho de 1966, que alcançou a posição de número 10 nos gráficos da UK Singles Chart. Em 2011, a revista Rolling Stone classificou a versão original desta música na 232ª posição em sua lista das 500 Maiores Músicas de Todos os Tempos.

terça-feira, 5 de março de 2024

THE BEATLES - DON'T BOTHER ME - 1963 ⭐⭐⭐⭐⭐⭐

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"Don't Bother Me" foi a estreia oficial do jovem George Harrison, então com 20 anos, como autor de uma canção dos Beatles. O principal guitarrista da banda, conseguiu o mérito de estar à frente em nada menos que três músicas – “Don’t Bother Me”, dele próprio, o clássico “Roll Over Beethoven”, de Chuck Berry e a menos notada regravação dos Beatles para “Devil In Her Heart” de Richard Drapkin que a gravou com o nome de Ricky Dee.
O álbum With The Beatles foi o segundo lançado por eles, em 22 de novembro de 1963. No primeiro, Please Please Me, George aparecia com duas: “Chains” (escrita pela dupla Goffin / King) e “Do You Want To Know a Secret?” de John Lennon e Paul McCartney, além dos seus solos espetaculares e absolutamente matadores como em “I Saw Her Standing There” - faixa que abre o disco e a carreira fonográfica dos Beatles.
Harrison escreveu a música enquanto estava doente e de cama em um quarto de hotel em Bournemouth, Inglaterra. Os Beatles já tinham gravado duas canções compostas por George Harrison mas não as tinham lançado: "In Spite of All the Danger" (em parceria com Paul McCartney) e "Cry for a Shadow" (em parceria com John Lennon). Ambas só foram lançadas oficialmente em 1995 no álbum duplo Anthology 1O verso que diz: "So go away, leave me alone, don't bother me" - Então vá embora, deixe-me só, não me perturbe - não era comum em canções dos Beatles na época mas esses versos, se tornariam uma das mais marcantes características de George Harrison"Don't Bother Me" mais tarde apareceria na cena da boate no filme "A Hard Day's Night".
Os Beatles gravaram "Don't Bother Me" pela primeira vez no Studio Two da EMI em Abbey Road em 11 de setembro de 1963. Gravaram sete takes, três dos quais eram overdubs, nenhum deles foi usado. Os resultados foram considerados insatisfatórios. Retornando ao estúdio no dia seguinte, refizeram a música das 7h às 11h30, designando o primeiro take como "take 10". George Martin produziu, assistido pelos engenheiros Norman Smith e Richard Langham. Harrison canta o vocal principal e toca o solo de guitarra em todas as faixas, reclamando entre as tomadas sobre a dificuldade que isso adiciona à apresentação. Lennon toca guitarra base, tentando obter um som "sujo" nas primeiras tomadas, aumentando o ganho de sinal em sua Rickenbacker 325 Capri. Martin não ficou satisfeito com o efeito e sugeriu o uso de um compressor para nivelar a faixa dinâmica da guitarra e atingir o "som de órgão" desejado. O amplificador de Lennon fornece um efeito de tremolo,  resultando em um som mais "sinistro" no refrão e na ponte. O take 13 foi considerado o melhor, permitindo que os Beatles continuassem com a dobragem. Harrison gravou outro vocal, duas vezes seguidas de seu original, enquanto McCartney toca claves, Lennon o pandeiro e Ringo um bongô árabe.

With the Beatles foi lançado pelo selo Parlophone da EMI em 22 de novembro de 1963, com "Don't Bother Me" sequenciada como a quarta faixa entre "All My Loving" e "Little Child"Ian MacDonald escreveu que a recepção da música tem sido geralmente ruim, com até o próprio Harrison subsequentemente descartando-a. Em sua biografia "I, Me, Mine", Harrison escreve: "Não acho que seja uma música particularmente boa... Pode nem ser uma música, mas pelo menos me mostrou que tudo que eu precisava fazer era continuar escrevendo, e então talvez eventualmente eu escreveria algo bom". Tim Riley descreve-a como uma estreia de composição fraca e demonstra a força dos Beatles como um grupo que "encontra um groove nesta música, apesar de suas falhas". Mark Hertsgaard foi mais favorável, descrevendo-a como uma das melhores em With the Beatles e "uma estreia promissora". George Harrison faz o vocal dobrado e toca a guitarra solo; John Lennon toca a guitarra base e pandeiro; Paul McCartney toca baixo e claves; e Ringo Starr toca bateria e bongô árabe.