sábado, 30 de maio de 2020

THE BEATLES - LEAVE MY KITTEN ALONE✶✶✶✶✶

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"Leave My Kitten Alone", 
algo como "deixe minha gatinha em paz" foi um hitzinho de R&B de 1959, escrito por Little Willie John, Titus Turner e James McDougal, gravado pela primeira vez pelo próprio Willie John e logo em seguida por Johnny Preston. A versão original, de Little Willie John, pela King Records, chegou ao número 13 na parada da Billboard e número 60 no gráfico de pop em seu primeiro lançamento em 1959. A versão cover de Johnny Preston alcançou o n° 73 no gráfico pop no início de 1961, momento em que a versão de Little Willie John foi relançada e novamente subiu para # 60. Nenhuma dessas gravações alcançou o UK Singles Chart.
Ao longo das décadas que se seguiram, várias covers foram gravadas, em diferentes gêneros musicais, às vezes com a letra alterada pelos artistas, incluindo Solomon Burke, Sam the Sham & the Pharaohs, Roky Erickson, The Syndicats com Steve Howe, The Sonics e outros.
Os Beatles gravaram cinco takes de "Leave My Kitten Alone" durante as sessões de gravação para o Beatles for Sale, em 14 de agosto de 1964. A música nunca chegou a ser mixada e não foi incluída no álbum. "Leave My Kitten Alone" foi a primeira música completa dos Beatles a ser descartada desde "How Do You Do It" em setembro de 1962. A banda provavelmente baseou sua versão no single de Johnny Preston em 1961, embora tivesse sido originalmente gravada por Little Willie John em 1959. Essa música fazia parte do repertório ao vivo dos Beatles durante o período de Hamburgo, embora em agosto de 1964 eles já não a tocassem mais há dois anos.
Se "Kitten" tivesse sido lançada no Beatles For Sale, certamente teria sido um dos destaques. O motivo pelo qual foi rejeitada não é claro, embora tenha sido sugerido que foi em favor de "Everybody's Trying To Be My Baby", para dar a George Harrison um vocal principal. Os Beatles gravaram "Leave My Kitten Alone" em 14 de agosto de 1964 nos estúdios da EMI em Abbey Road. Foi produzida por George Martin e teve Norman Smith como engenheiro. John Lennon faz os vocais e toca guitarra; Paul McCartney toca baixo e piano; George Harrison toca a guitarra principal e Ringo Starr toca bateria e pandeiro. "Leave My Kitten Alone" foi mixada em 1982 por John Barrett para The Beatles at Abbey Road, uma apresentação de vídeo mostrada como parte de um passeio público dos estúdios Abbey Road no ano seguinte. Foi novamente remixada em 1984 por Geoff Emerick para a inclusão em um projeto de sessões inéditas. Em 1994, Geoff Emerick remixou a música novamente, desta vez para o projeto Anthology e finalmente viu a luz do sol no lançamento oficial no primeiro volume do projeto em 1995.

THE BEATLES - HONEY DON'T - SENSACIONAL! ✶✶✶✶✶

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"Honey Don't" foi composta por Carl Perkins e originalmente lançada por ele em janeiro de 1956 como lado B do single "Blue Suede Shoes". Ambas as canções se tornaram clássicos do rockabilly. Bill Dahl, da Allmusic, elogiou dizendo: "'Honey Don't' na verdade supera seu companheiro de disco mais célebre em alguns aspectos". Foi gravada por dezenas de outros artistas, incluindo Os Beatles, Ronnie Hawkins, Johnny Rivers e Raul Seixas em seu álbum de 1975, Novo Aeon.
Os Beatles gravaram sua versão em 26 de outubro de 1964. Uma das últimas músicas gravadas para o Beatles for Sale, lançado no Reino Unido em 4 de dezembro de 1964. O lançamento norte-americano foi em 15 de dezembro no Beatles '65. Embora John Lennon já tivesse cantado a música ao vivo, foi Ringo Starr quem a cantou para o álbum. Durante a música, Ringo faz comentários auto-referenciais que levam aos riffs de George Harrison, dizendo "Rock on George, one time for me!" e depois "Rock on, George, for Ringo one time!". Os Beatles tocaram "Honey Don't" duas vezes para a BBC nos programas From Us To You e Top Gear. Uma versão cantada por John está disponível no Live at the BBC e uma versão cantada por Ringo foi lançada no On Air - Live no BBC Volume 2. Ringo cantou uma versão ao vivo da música, como uma homenagem a Harrison por sua predileção por Perkins, no Concerto para George no Royal Albert Hall, em Londres, em 2002.

RINGO STARR AND HIS ALL STARR BAND - HONEY DON'T - 1989 ✶✶✶✶✶

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quinta-feira, 28 de maio de 2020

THE BEATLES - I'M A LOSER - SENSACIONAL!!! ✶✶✶✶✶✶✶

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“Embora eu ria e pareça um palhaço, por baixo da máscara eu uso uma carranca. Minhas lágrimas caem como a chuva cai do céu. Será por ela ou por mim mesmo que eu choro?”
"I'm a Loser" é uma música dos Beatles, originalmente lançada no álbum Beatles for Sale no Reino Unido em 4 de dezembro de 1964 e mais tarde no álbum Beatles '65 nos Estados Unidos, em 15 de dezembro de 1964. Composta por John Lennon, e creditada a Lennon e McCartney, foi considerada para lançamento como um single até Lennon aparecer com "I Feel Fine". Segundo o crítico musical Richie Unterberger, enquanto a letra conta uma história de rejeição romântica, "I'm a Loser" é uma das primeiras composições dos Beatles que "vão além do amor jovem, incluindo a hipocrisia de manter um rosto feliz quando seu mundo está caindo".
Em 1964, dois fatos tiveram efeito profundo nas composições de John Lennon. O primeiro deles foi ouvir a música de Bob Dylan, quando Paul ganhou o LP The Freewheelin' Bob Dylan de um DJ de uma rádio. McCartney já tinha ouvido a música de Bob Dylan antes, mas John ainda não conhecia. Depois de ouvir Freewheelin' (segundo álbum de Dylan), eles compraram também o primeiro 'Bob Dylan', o de estreia, e, segundo John Lennon, "não conseguíamos parar de ouvi-lo por três semanas. Todos nós fica­mos loucos por Dylan".
O segundo fato que teve grande impacto em Lennon foi conhecer o jornalista Kenneth Allsop*, que escrevia para o jornal Daily Mail e era entrevistador do noticiário Tonight, da BBC Television. Lennon o conheceu em 23 de março, depois o encontrou de novo em um evento literário sobre seu livro, In His Own Write.

Allsop, um cara bonitão e durão de Yorkshire, tinha 44 anos na época e era um dos rostos mais conhecidos da televisão britânica. Jornalista desde 1938, ele havia também servido, durante a guerra, na Royal Air Force. Em sua primeira conversa com John Lennon, no estúdio Lime Grove da BBC, Allsop foi enfático ao recomendar ao Beatle que não escondesse seus sentimentos por trás das convenções da música pop. A leitura de "In His Own Write" levara Allsop a acreditar que John Lennon tinha muito mais a oferecer. Anos depois, Lennon disse ao seu confidente Elliot Mintz que esse encontro havia sido um momento decisivo para o modo dele de compor. "Ele me contou que estava particularmente ansioso naquele dia e, por causa disso, ficou muito falante e envolvido na conversa com Allsop. Allsop disse a ele que não morria de amores pelas canções dos Beatles porque todas tendiam a ser 'ela o ama', 'ele a ama', eles a amam' e 'eu a amo'. Ele sugeriu que John tentasse escrever algo mais autobiográfico, em vez de usar os velhos temas superficiais. Isso res­soou dentro dele". Disse Mintz.
Apesar de ter sido gravada cinco meses depois, "I'm A Loser" pode ser considerada o primeiro fruto desse encontro com Allsop. Seria equivocado dizer que foi uma mudança completa de direção, porque desde o começo Lennon tinha escrito músicas em que se revelava solitá­rio, triste e abandonado, mas em "I'm a Loser" ele se expôs mais. Vista de forma superficial, ela é mais uma canção sobre perder uma namorada. Mas alguns versos, como a passagem na qual ele diz que sob a máscara ele usa uma carranca, sugerem que se con­sidera um fracasso em mais de uma maneira. Não é apenas um fra­casso no amor, é também um fracasso na vida. "I'm a Loser" pode ser vista hoje como um estágio inicial da tortuo­sa jornada de Lennon rumo à franca autorrevelação. Na época, ele logo revelou o efeito que Bob Dylan teve em "I'm a Loser". "Qualquer um que seja um dos melhores em sua área - como Dylan é - acaba influenciando os demais. Eu não me sur­preenderia se nós o tivermos influenciado de alguma forma". Lennon afirmou na ocasião.
Na época, John Lennon deu alguns sinais de como estava sendo sincero na letra. Um deles foi um comentário que fez a Ray Coleman, da Melody Maker, dois meses depois, quando estavam nos bastidores de um show. "Eu gostaria que me pintassem um sorriso também. Acha que vou conseguir sorrir hoje à noite? Às vezes eu me pergunto como é que nós conseguimos seguir adiante".

Os Beatles gravaram "I'm a Loser" em 14 de agosto de 1964, no dia em que também gravaram "Mr. Moonlight" e "Leave My Kitten Alone". A gravação foi direta e foram necessárias oito tomadas para acertar, sem a necessidade de overdubs. O álbum Beatles For Sale foi lançado quatro meses após a gravação de "I'm a Loser" em 4 de dezembro de 1964. No entanto, 17 de novembro de 1964, eles deram aos fãs uma prévia de quatro faixas do álbum, junto com "I Feel Fine" e "She's A Woman", no programa de rádio da BBC Top Gear. Esta versão da BBC de "I'm a Loser" foi transmitida pela primeira vez em 26 de novembro e acabou sendo lançada comercialmente no Live At The BBC de 1994. A produção (claro), foi de George Martin, e teve Norman Smith como engenheiro. John Lennon canta, toca guitarra e gaita; Paul McCartney faz backing vocals e toca baixo; George Harrison toca a guitarra principal e Ringo toca bateria e pandeiro. "I'm a Loser" só aparece oficialmente em Beatles For Sale (1964), Beatles '65 (1964) e no Live At BBC (1994).

*✝ Kenneth Allsop foi encontrado morto em sua casa, em maio de 1973 - A causa da morte foi uma overdose de analgésicos. "Huid Travellin", o relato de Allsop sobre a vida dos hobos, andarilhos aventureiros, foi publicado pela primeira vez em 1967, tornou-se um clássico e ainda é reimpresso até hoje.

SALTWATER ROSES - I'M A LOSER

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PAUL McCARTNEY - FLAMING PIE - (The Song) - SENSACIONAL!!! ✶✶✶✶✶

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A sensacional “Flaming Pie” é a sétima música do álbum homônimo, depois de "Calico Skies" e antes de "Heaven on a Sunday". Talvez, a melhor do álbum, juntamente com "Beautiful Night", a mais bonita. Dura cerca de apenas dois minutos e meio, mas é o suficiente para dar uma sacudida em um disco belíssimo, mas melancólico. Flaming Pie foi lançado em 5 de maio de 1997.
“Flaming Pie” foi gravada em 27 de fevereiro de 1996 no estúdio The Mill em East Sussex. Paul decidiu que queria simular uma sessão típica dos Beatles, o que significava gravar três músicas em cerca de quatro horas. Paul McCartney canta, toca baixo, bateria, guitarra, piano e faz harmonização vocal; Jeff Lynne cantou, tocou guitarra e produziu junto com McCartney.
Flaming Pie foi o décimo álbum solo de estúdio de Paul McCartney, lançado pela primeira vez em 1997. Seu primeiro trabalho de estúdio em mais de quatro anos, foi gravado principalmente após o envolvimento de McCartney no altamente bem-sucedido projeto Beatles Anthology. Flaming Pie foi gravado em vários locais ao longo de dois anos, 1995 e 1997. Contou com vários membros da família e amigos de McCartney, principalmente o filho, James McCartney. Nas anotações de Flaming Pie, McCartney disse: "[The Beatles Anthology] me lembrou os padrões dos Beatles e os padrões que alcançamos com as músicas. Então, de certa forma, foi um curso de atualização que estabeleceu o quadro para este álbum". Flaming Pie alcançou o número dois no Reino Unido e nos EUA e foi certificado em ouro. O álbum, que foi bem recebido pela crítica, também alcançou o top 20 em muitos outros países. Desde o seu lançamento até meados de 2007, Flaming Pie vendeu mais de 1,5 milhões de cópias.
A letra que fala do homem que veio na torta flamejante que chegou a Paul McCartney se encaixava perfeitamente com alguns riffs descolados que ele e Jeff Lynne haviam desenvolvido dias antes, enquanto aguardavam os overdubs de 'Souvenir'. Com a letra e a música de repente criadas, "Flaming Pie" foi gravada rapidamente - de maneira totalmente apropriada. Paul sugeriu que a música fosse gravada com a velocidade que os Beatles costumavam trabalhar, cortando três músicas por dia. Estabelecendo um prazo de quatro horas, Paul cantando ao vivo para seu próprio acompanhamento de piano com Jeff na guitarra antes de adicionar bateria e baixo e, em seguida, guitarras e vocais de harmonia.
“John brincou que o nome Beatles veio em uma visão de um homem em uma torta (pie) flamejante, chegando até nós... “Vocês serão Beatles com um A”. Eu estava andando, pensando em letras, procurando por uma rima para ‘sky… ‘bye’… ‘pie’. A história voltou e eu pensei ‘Ooo, ‘flaming pie’.”

ROY ORBISON - KING OF HEARTS - 1992 ✶✶✶✶✶

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King of Hearts (Rei de Copas) é um álbum póstumo de Roy Orbison com canções reunidas em sessões master e demos trabalhadas po vários outros produtores para a Virgin Records. É o 23º álbum de Orbison no geral e foi lançado originalmente em outubro de 1992 em LP, CD e cassete.
Roy Orbison morreu em 6 de dezembro de 1988, aos 52 anos, de um ataque cardíaco no meio de seu renascimento na carreira. O excelente Mystery Girl, foi lançado em 7 de fevereiro de 1989, poucas semanas após sua morte. Dezenas de músicas foram gravadas durante as sessões, e havia material suficiente para um novo álbum. Algumas dessas músicas foram gravadas como demos e trabalhadas por vários produtores que dirigiram as gravações: Jeff Lynne, Don Was, David Was, Pete Anderson, Robbie Robertson, Will Jennings, David Briggs, Chips Moman, Guy Roche, Albert Hammond e Diane Warren. Apesar de parecer apenas um “álbum de sobras” (em certos aspectos é mesmo), King of Hearts tem seus méritos e é uma grande coleção de boas faixas como a belíssima "You're the One", que abre o álbum e o rockão “Heartbreak Radio” - só essas duas já fazem valer a pena. Também está presente uma versão em dueto com KD Lang do sucesso de Orbison de 1961 "Crying". Há também uma versão de Cyndi Lauper de "I Drove All Night", também lançado como single.

Certamente não é um disco para ser comparado em nada com a qualidade de Mystery Girl, mas, empregando alguns dos mesmos músicos e produtores, tem o mesmo som.

segunda-feira, 25 de maio de 2020

JOHN LENNON - OH, YOKO! SENSACIONAL!!!*****

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Esse vídeo incrível e até então inédito aqui no Baú, foi enviado pelo amigo Paulo Newmann. Valeu, abração!

"Oh Yoko!" é uma música de 1971 composta e gravada por John Lennon, lançada pela primeira vez em seu álbum Imagine em 9 de setembro de 1971. A música foi escrita sobre sua esposa Yoko Ono e conta com Nicky Hopkins no piano e o co-produtor Phil Spector na vocalização de harmonia. Lennon toca gaita pela primeira vez em uma gravação solo (desde "Rocky Raccoon" dos Beatles), e também seria a última vez que ele usava o instrumento em uma gravação lançada. Lennon começou a escrever a música em 1968 durante a estada dos Beatles à Índia, mas não foi totalmente concluída até as sessões do Imagine três anos depois.

A melodia foi inspirada em "Lost John", de Lonnie Donegan, uma música que Lennon gostava e tocava com frequência. "Oh Yoko!" foi gravada em 25 de maio de 1971 no Ascot Sound Studios. A EMI queria lançar a música como single, mas Lennon recusou. O único single lançado para Imagine foi a faixa-título nos Estados Unidos; nenhum foi emitido no Reino Unido. "Oh Yoko!", assim como todo o álbum Imagine, foi produzida por John Lennon, Yoko Ono e Phil Spector. John Lennon canta, toca guitarra e gaita; Nicky Hopkins toca o piano; Klaus Voormann, baixo; Alan White toca a bateria; Phil Spector faz backing vocals; Rod Linton e Andy Davis tocam violão. Além de Imagine, "Oh Yoko!" mais tarde foi incluída na coletânea de maiores sucessos Working Class Hero: The Definitive Lennon.

PAUL McCARTNEY & WINGS - TOMORROW ✶✶✶✶✶

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"Tomorrow" é uma música de Paul McCartney, creditada a ele e Linda McCartney, lançada por sua banda Wings em seu álbum de estreia - Wild Life, de 1971.
Paul McCartney havia gravado uma demo de "Tomorrow" antes de ele e Linda começarem a gravar seu álbum Ram na cidade de Nova York no final de 1970. A música é uma balada de piano e termina com uma coda ao estilo gospel, que é tocada em um ritmo mais lento que a parte principal. Segundo o autor Robert Rodriguez, os versos de McCartney "exaltam o otimismo diante das tristezas de ontem", enquanto Tom Doyle compara a música a uma sequência de "Yesterday", quando McCartney revela sua insegurança e “implora”para sua amante ara não decepcioná-lo”.
Wild Life foi lançado pela Apple Records em 7 de dezembro de 1971. "Tomorrow" aparece como a penúltima faixa, depois de "I Am Your Singer" e antes de "Dear Friend", a tentativa de reconciliação de McCartney com seu ex-colega dos Beatles, John Lennon. O álbum recebeu críticas altamente desfavoráveis ​​dos críticos sabichões. Na Rolling Stone, John Mendelsohn disse que "Tomorrow" era "arquetípico pós-Beatles de McCartney: letra banal e auto-comemorativa, cheia das rimas mais cansadas do pop ocidental; sem foco; melodias bonitas e eminentemente mutáveis". Por outro lado, o editor da Billboard destacou a faixa como um dos "triunfos" do álbum. O biógrafo dos Beatles, Nicholas Schaffner, disse que, embora a música estivesse entre as "uma ou duas meio decentes" de Wild Life, "foi sufocada pelos ‘oohs’ e ‘aahs’ de Linda, inexplicavelmente misturados até o vocal principal". Howard Sounes identifica "Tomorrow" e "Dear Friend" como "apenas duas músicas interessantes" do álbum. Em seu livro sobre as carreiras dos ex-Beatles, de 1970 a 1980, Robert Rodriguez inclui "Tomorrow" em um capítulo que cobre as melhores músicas "não marcadas" de McCartney. Ele a descreve como uma composição que "evocou seus triunfos nos Beatles, ou pelo menos os cortes mais fortes de McCartney" e diz que, se tivesse sido lançada como single, a música poderia ter criado mais interesse público em Wild Life.

"Tomorrow" nunca foi apresentada ao vivo pelo Wings ou em qualquer turnê da carreira solo de Paul McCartney. Com sua letra poética e nostálgica,"Tomorrow" descreve uma das viagens de Paul e Linda pelo campo em um dos momentos de folga dos negócios da Apple.

"Tomorrow" se tornou um hit na voz de David Cassidy em 1976. Essa arrojada gravação produzida por Bruce Johnston, foi lançada como single de seu álbum Home Is Where the Heart Is e chegou ao número 10 nas paradas. Paul McCartney comentou sobre a cover de Cassidy de "Tomorrow", que ele elevou a música ao seu potencial máximo.

Aqui na terrinha, "Tomorrow" virou “Sozinho” na versão de Rossini Pinto, gravada pelos FEVERS em 1974. Uma vez, em 2014, ela apareceu aqui no blog, mas eu acho tão ruim que não vai aparecer de novo não. Quem quiser, confere aqui.

sábado, 23 de maio de 2020

THE BEATLES - BABY'S IN BLACK - 1965

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Alguns podem até ficar até chateados comigo, mas depois passa (ou não), mas, na minha opinião, a mais fraca do álbum (Beatles For Sale) e de todo o repertório dos Beatles é “Baby’s In Black” (Lennon e McCartney), junto as covers de “A Taste of Honey” (Bobby Scott e Ric Marlow) de Please Please Me  e “Till There was You” (Meredith Willson) do With The Beatles. Nunca vou entender porque gostavam tanto de “Baby’s In Black” que se tornou parte obrigatória de praticamente todos os shows de 1965 até 1966. Paul McCartney disse que eles apresentavam a música dizendo: “E agora, algo diferente... Costumávamos colocar isso lá e pensávamos: Bem, eles não sabem o que fazer com isso, mas é legal”. Em 1996, uma versão ao vivo de "Baby's in Black" foi lançada como um lado B de "Real Love", o segundo single do projeto Anthology.
Uma colaboração uniforme entre John Lennon e Paul McCartney, "Baby's In Black", foi escrita em um quarto de hotel enquanto os Beatles estavam em turnê no verão de 1964. Especula-se que a música seja sobre Astrid Kirchherr, a fotógrafa e artista alemã de quem os Beatles fizeram amizade em Hamburgo. Ela ficou noiva do primeiro baixista do grupo, Stuart Sutcliffe, que morreu de hemorragia cerebral em abril de 1962. Na letra, ele (sujeito) está no auge da tristeza - sua garota está de luto por alguém que nunca vai voltar, então ele fica triste (blue) porque ela nunca pensa nele.
Em 1964, Lennon e McCartney começaram a escrever sozinhos, embora continuassem ajudando um ao outro a completar as músicas quando surgisse a necessidade."Baby's In Black", no entanto, foi um esforço conjunto escrito, como Lennon lembrou em 1980, "juntos, no mesma quarto".
“Baby’s In Black” foi a primeira música a ser gravada para Beatles For Sale, e foi concluída em uma única sessão em 11 de agosto de 1964. Foram necessárias 14 tomadas para aperfeiçoar, embora apenas cinco delas estivessem completas. John Lennon e Paul McCartney cantaram suas partes simultaneamente no mesmo microfone, para dar uma sensação de proximidade. A nota de abertura da guitarra causou problemas particulares durante a sessão. Depois que a faixa foi concluída, George Harrison gravou várias peças de edição que consistiam em variações das notas, embora nenhuma tenha sido usada.
“Baby’s In Black” é a 3ª faixa do lado 1 do álbum Beatles For Sale, lançado em 4 de dezembro de 1964 na Inglaterra e 15 de dezembro de 1964 nos Estados Unidos. Foi produzida por George Martin e teve Norman Smith como engenheiro. Os Beatles estão em seus instrumentos habituais: John Lennon canta e toca guitarra; Paul McCartney canta e toca baixo; George Harrison toca a guitarra solo e Ringo toca sua bateria.
Inexplicavelmente, essa música se tornou uma parte essencial dos shows ao vivo dos Beatles, até o concerto final em 29 de agosto de 1966, no Candlestick Park, em São Francisco. Eles também tocaram no Shea Stadium e no Hollywood Bowl. Uma versão de um de seus shows no Hollywood Bowl foi incluída no single "Real Love" em 1996. "Baby's In Black" foi tocada em 119 shows dos Beatles. (Fonte: The Paul McCartney Project).

THE EASYBEATS - FRIDAY ON MY MIND - 2020

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Na cola do sucesso das bandas Beat européias, surgiram centenas de bandinhas em todos os cantos do planeta. Na Austrália (como no Brasil) a coisa não foi diferente. Algumas (poucas) realmente eram muito boas - The Easybeats era uma dessas. Foram diretamente influenciados diretamente pelos Beatles e outros grupos adjacentes da chamada invasão britânica. Rapidamente, os "Easys" se tornaram uma das bandas mais populares de Sidney, ainda em início de carreira. No final de 1965 eles eram o grupo mais popular da Austrália, com vários hits tocando nas rádios (todos escritos por Stevie Wright e George Young) e seus shows eram marcados por intensa histeria das fãs.
Em 1966 os Easys foram para Londres e gravaram uma série de músicas no estúdio da EMI em Abbey Road, já com um produtor freelancer, Shel Talmy (notado pelo seu trabalho com a banda The Who e The Kinks). Entre elas “Friday On My Mind” (G. Young e H. Vanda), que ficou em 1º lugar na Austrália, 6º lugar no Reino Unido, 16º nos EUA e entrou no Top das 10 mais tocadas na França, Holanda, Itália e Alemanha, chegando a vender mais de um milhão de cópias em todo o mundo.
“Friday On My Mind” chegou a ser regravada em 1973 por David Bowie no seu álbum Pin Ups. Eles fizeram uma turnê pela Europa (com os Rolling Stones) e pelos EUA. Depois da “volta pra casa”, em 1967, o baterista Gordon Henry Fleet, deixou a banda e foi substituido por Tony Cahil. Começou o declínio, que terminaria com o irremediável fim da banda em 68. "Friday" também foi regravada pelo grande Peter Frampton numa versão matadora no seu fantástico Breaking All The Rules, de 83. Uma curiosidade: George Young é irmão mais velho dos dois Youngs do AC/DC. Valeu, abração!