
MAD foi uma revista norte-americana de humor satírico fundada pelo empresário William Gaines e pelo editor Harvey Kurtzman em 1952. A revista satirizava de forma sarcástica, todos os aspectos da cultura popular americana. A publicação mensal foi o último título sobrevivente da aclamada linha de revistas da EC Comics, lançada como uma revista em quadrinhos antes de se tornar uma revista no formato magazine. Foi amplamente imitada e influente, afetando a mídia satírica, bem como a paisagem cultural do século XX, com o editor Al Feldstein aumentando o número de leitores para mais de dois milhões durante seu pico de circulação em 1974. De 1952 até 2018, MAD publicou 550 edições regulares, bem como centenas de reimpressões e outros projetos de impressão. A numeração da revista teve a numeração zerada com a edição de junho de 2018, coincidindo com a mudança da sede da revista para a Costa Oeste.

Em 3 de julho de 2019 foi anunciado que a MAD não seria mais vendida nas bancas até ao final do ano; além disso, além de um número especial de fim de ano, as edições futuras não mais apresentariam novos conteúdos, com a revista confiando no conteúdo clássico da história de 67 anos da publicação.

Desde o início, MAD era como nenhuma outra revista. Trazia um humor tosco, irreverente, agressivo, mas quase sempre inteligente, carregado de sátira e crítica social, e impecavelmente bem desenhado. A arte sempre foi uma preocupação maior na revista. Espaços em branco não eram bem-vindos; entupia-se os fundos de piadas visuais, gags, e referências ocultas. Kurtzman teve papel central nessa primeira etapa. Além de escrever grande parte do material, criou o logo da revista, deu vida ao personagem Alfred E. Neuman e desenhou capas.

Apesar da proposta inovadora, MAD não foi um sucesso instantâneo. Mas Gaines adorou, e lhe deu fôlego (ou seja, dinheiro) para construir uma base de leitores – o que aconteceu em alguns meses. Já o número 4 esgotou rapidamente, trazendo uma paródia do sucesso maior da época: Superman, impiedosamente parodiado por Wood como Superduperman.

MAD ganhou versões – e imitações – em 19 países. No Brasil, começou a ser publicada no início da década de 1970, pela editora Vecchi. Desde já com Otacílio D’Assunção (1974-outubro de 2008), o Ota, no editorial, a MAD atingiu seu apogeu no final daquela década, quando começou a produzir material nacional e mesclá-lo às traduções e adaptações.

Na década de 1980, na seqüência da falência da Vecchi, a revista deixou de ser publicada por vários meses até ser assumida pela Record em meados de 1984, também sob o comando do Ota. E durante toda a década de 90, a MAD continuou sendo publicada pela Editora Record, que assumiu o comando até ao ano 2000. Então sucedeu-se a mesma coisa que há anos: devido às baixas vendas a revista parou de ser publicada. Mas poucos meses depois a revista foi editada pela Mythos. A editora publicou a revista durante 6 anos, tendo o último número sido publicado no final de 2006. Atualmente, e após um período de mais de um ano, - maior período de tempo que a revista deixou de ser publicada no Brasil - a MAD voltou pelas mãos da editora Panini, editada em seus primeiros números pelo Ota e por Raphael Fernandes e, posteriormente, apenas por Raphael, até ser cancelada em abril de 2017.
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