O dia 7 de fevereiro é um dia histórico na carreira dos Beatles e da história da cultura pop ocidental. Os Beatles partem no voo 101 da Pan Am rumo à Nova York, onde 3 mil fãs os esperavam no aeroporto JFK. A trupe era formada por Paul, Ringo, George, John e Cynthia, Neil Aspinall, Mal Evans, o relações-públicas Brian Sommerville e Brian Epstein. O produtor musical Phil Spector também estava no voo. Os rapazes estavam, particularmente, calados. Ringo desabafou com George Harrison: “Eles já têm tudo o que querem, será que vão nos querer também?’’. Não havia motivo para preocupação. Ed Sullivan já recebera 50 mil pedidos de ingressos para seu show, que só tinha 728 lugares disponíveis e vários fãs já os esperavam no aeroporto JFK desde a tarde anterior.
O Boeing 707, que trazia os Beatles, aterrissou às I3h20 em um cenário jamais visto: um céu limpo de inverno, 5 mil fãs, na sua maioria colegiais que faltaram à escola, dispostas em quatro fileiras que lotavam o topo do terminal de desembarque, acenavam com faixas e cartazes com os dizeres “WE LOVE YOU BEATLES". “Nunca presenciamos uma recepção conto esta. Nunca. Nem mesmo para reis e rainhas.” Disse um Funcionário do aeroporto JFK.
Além das adolescentes histéricas, 200 repórteres e fotógrafos da rádio, da televisão, das revistas e dos jornais os esperavam. Os Beatles, primeiramente, pensaram que o avião do presidente estava prestes a pousar e, de repente, perceberam que na verdade todos esperavam por eles. Durante dias, as estações de rádio vinham incitando as fãs ao frenesi, até que Murray the K, da rádio 1010 WINS, divulgou os supostos detalhes sigilosos da companhia aérea: a hora de chegada e o número do voo. Informações que foram rapidamente transmitidas pelas concorrentes WABC e WMCA.
Mais de 100 jornalistas, todos berrando ao mesmo tempo, os esperavam na saída do setor de imigração e os flashes eram tantos que os cegavam, “Então isto é a América... Todos aqui parecem completamente loucos”, disse Ringo.
O cenário no Plaza, o mais luxuoso hotel de Nova York, era caótico: um cordão de policiais, junto com 20 guardas da polícia montada, continham centenas de fãs que recitavam continuamente, como uma espécie de mantra, intercalado com gritos de “Queremos os Beatles!”. Naquela noite, vários convidados visitaram os rapazes na suíte presidencial, incluindo as Ronettes, o DJ Murray the K e a irmã de George. Louise, que morava em Illinois, mas fora até Nova York para vê-lo. Os Beatles deram uma entrevista por telefone a Brian Matthew, da BBC de Londres, que iria ao ar no dia seguinte, no Saturday Club. Em seguida, leram algumas das mensagens de suas fãs: 100 mil cartas os esperavam quando chegaram a Nova York.
3 comentários:
Tem que entrar nos livros de história! Conheço gente que não acredita que isso de fato aconteceu, assim como não acreditam que o homem foi na lua. É mole?
Pois é! Mas foi!
Vixe, tem gente que não acredita nisso??!!!
É louco ou doente do pé...rsrsrsrsr
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