domingo, 18 de março de 2018

ROBERTO CARLOS - QUERO QUE VÁ TUDO PRO INFERNO!*****

3 comentários:

"Quero Que Vá Tudo Pro Inferno" é uma música composta por Roberto Carlos e Erasmo Carlos, gravada e lançada em 1965 como a primeira faixa do álbum Jovem Guarda de Roberto Carlos. Lançada inicialmente em compacto simples em 1965, "Quero Que Vá Tudo Pro Inferno" explodiu e é tida como um marco na carreira de Roberto Carlos. Ela se tornaria seu maior sucesso dos anos 1960 e um dos maiores hits de toda sua carreira. Febre nas rádios brasileiras, ela elevou Roberto Carlos a condição de fenômeno musical no país dando a ele o título de "rei".
"Quero Que Vá Tudo Pro Inferno" foi composta para Magda Fonseca, então namorada do cantor, e que estava nos Estados Unidos para fazer um curso de inglês. A letra expressava tanto a saudade que o cantor sentia quanto um desabafo - que tudo o mais fosse para o inferno. RC compôs inicialmente a primeira parte e apresentou a Erasmo Carlos, que ajudou no restante da letra. Depois de dois meses, RC finalizou a música e, em agosto, encaminhou uma fita com sua gravação para a amada. Logo depois, RC apresentou "Quero Que Vá Tudo Pro Inferno"para Othon Russo, diretor da CBS, que disse a ele que a gravasse imediatamente e que ela seria a faixa de abertura do próximo LP de RC, "Jovem Guarda".
Em 1975, "Quero Que Vá Tudo Pro Inferno" foi regravada para o LP "Roberto Carlos" - novamente como faixa de abertura de seu álbum anual. Mas com o passar do tempo, a crescente religiosidade do cantor, aliada à superstição causada pelo transtorno obsessivo-compulsivo, fizeram com que, a partir da década de 1980, banisse a canção de seu repertório. RC sequer mencionava o título, pois sua doença fez com que ele evitasse pronunciar palavras como "mal" e "inferno". Somente em 2016, dizendo que estava livre da doença, RC cantou a música no Roberto Carlos Especial daquele ano. No final, justificou dizendo que "isso é só força de expressão" ao se referir a palavra "inferno". Cada um com seu cada qual. Aqui, a gente confere "Quero Que Vá Tudo Pro Inferno" em dois momentos, em 1965, com o incomparável órgão do imortal Lafayete e a perfeita interpretação de RC, e essa, 50 anos depois, com toda a produção, tecnologia e pasteurização da Globo, no especial de 2016.

MAFALDA - A MENINA QUE ADORAVA OS BEATLES

2 comentários:

Essa postagem super bacana, apareceu aqui originalmente em março de 2013. Quem não viu, confere agora, quem já viu, confere de novo! Desta vez, com um abraço para a amiga Denise Alencar. Valeu!
Embora as tirinhas da Mafalda tenham sido produzidas entre as décadas de 1960 e 1970, a obra de Quino continua atual e instigante. Difícil não se surpreender com a lucidez da personagem em relação às questões do mundo.
Para relembrar: Mafalda tem seis anos, é fã dos Beatles e odeia sopa. Vive refletindo sobre a sociedade de consumo, o papel da televisão, a alienação, a política que favorece minorias e por aí vai. Ela ainda observa como os adultos não cumprem aquilo que ordenam às crianças.
Além dos pais de Mafalda, um corretor de seguros e uma dona de casa, fazem parte desse universo: Susanita, que quando crescer, quer casar com um marido, o garoto Manolito que, por influência do pai comerciante, só pensa em como ganhar mais dinheiro e Miguelito, o menino de bom coração que se esforça para entender o que Mafalda diz, mas acaba sempre compreendendo o que é dito de modo literal.
Resultado de imagem para mafalda beatles
Aos 50 anos, suas tirinhas parecem terem sido escritas ontem. “Sem ir muito longe, ano passado saiu na Itália um livro sobre Mafalda. O mais incrível é como muitas histórias pareciam fazer referência direta à campanha de Berlusconi”, comenta o cartunista argentino Joaquín Salvador Lavado, o Quino, que a deu vida à garotinha de 1964 a 1973.
Uma garota idealista e sincera, louca pelos Beatles, Mafalda nunca se calou diante da inquietude que lhe causava um mundo adulto que não lhe oferecia respostas satisfatórias, algo que persiste até o século 21. Para Quino, “nossa obrigação é acreditar que o futuro vai ser melhor, mas no fundo sabemos que tudo continuará sendo como até agora”. Que, como Mafalda, possamos ser críticos diante da realidade que nos é apresentada. Sinceros, talvez, irônicos, mas sempre dispostos à mudança que existe, às vezes, somente nos corações de crianças de 6 anos.
Resultado de imagem para mafalda beatles

RAUL SEIXAS - A MOSCA QUE POUSOU EM MINHA SOPA

4 comentários:

Maior expoente do Rock nacional nos anos 70, Raul Seixas dispensa qualquer apresentação, todas suas músicas são verdadeiros clássicos da MPB, além de ter toda uma mística e irreverência bem original em suas letras, tornando-o em um mito da cultura brasileira. Lançada em 1973, Mosca na Sopa é um de seus hits mais conhecidos, tanto pela letra bem chiclete e irreverente, como pelo ritmo da música que mistura Rock com ritmos de origem afro-brasileiros, como a capoeira e a dos pontos cantados nos terreiros de Umbanda e Candomblé. Usando da metáfora e do humor, Raul Seixas em Mosca na Sopa dispara uma poderosa crítica a censura patrocinada pela Ditadura, dizendo que nem mesmo usando o método mais cruel, não conseguirá calar a voz das massas oprimidas, podiam matar um, dois ou mais, viria outros substituírem e incomodar cada vez mais, ou em outras palavras, a mosca é a representação povo e dos grupos de oposição, o homem que tem seu sono perturbado é o Regime Militar e seus aliados. blogdoprofessorandrio

quinta-feira, 15 de março de 2018

RINGO STARR - SENTIMENTAL JOURNEY - 1970*****

2 comentários:

42 anos antes de Paul McCartney fazer um álbum com os grandes estandartes do jazz que seu pai gostava, Ringo fez isso para sua mãe em “Sentimental Journey”, seu álbum de estreia na carreira solo em 1970, logo depois do fim dos Beatles.
"Sentimental Journey", o primeiro álbum da carreira solo de Ringo Starr foi lançado em 27 março de 1970 no Reino Unido e um mês depois, em abril, nos EUA. O álbum foi produzido por George Martin. Ringo começou a gravar esse projeto em outubro de 1969 e decidiu regravar canções antigas: estandartes e temas jazzísticos das décadas de 1930 e 1940. Mais que isso, ele pediu para sua própria mãe e alguns parentes escolherem o repertório. Mas a intenção era dar uma roupagem diferente para essas músicas. Ringo solicitou que uma série de músicos se dedicasse de maneira especial criando novos arranjos para cada faixa. Entre os envolvidos que recriaram as canções estavam Paul McCartney, George Martin, Klaus Voormann, Maurice Gibb, Quincy Jones, entre outros. Além da faixa-título, "Sentimental Journey" traz outras grandes pérolas como as belíssimas "Whispering Grass (Don't Tell the Trees)", "Stardust", "Bye Bye Blackbird" (também regravada por Paul McCartney em seu Kisses on the Bottom de 2012) e "Love Is a Many Splendoured Thing". Na capa, uma foto do pub The Empress em Dingle (o mais próximo do local onde o baterista nasceu), com fotos dos parentes de Ringo nas janelas.
O disco acabou não sendo bem recebido pela crítica. Todos apontavam para o mesmo 'defeito': "onde estava o rock’n’roll?". Entretanto, a intenção definitivamente não era fazer um disco de rock. Era um álbum conceitual, composto por canções pop do período entre guerras. Mesmo assim, o título ficou bem posicionado nas paradas. Com o passar dos anos, percebe-se que as críticas ao Sentimental Journey foram exageradas e injustas. Realmente não é um disco de rock ou um dos trabalhos mais significativos da trajetória solo de um dos ex-Beatles, e nem mesmo da carreira de Ringo. Porém, reconheceu-se mais tarde que o ataque selvagem empreendido pela imprensa da época foi exagerado. De qualquer forma, em 1970, Ringo mostrava ao mundo que estava na pista e possuía ótimas cartas na mão. Em setembro, iria lançar seu segundo solo, o interessante "Beaucoups of Blues", e em 73, o incomparável e aclamado álbum "Ringo".

quarta-feira, 14 de março de 2018

GEORGE HARRISON - I DON'T WANT TO DO IT*****

Nenhum comentário:
"I Don't Want to Do It" é uma canção escrita por Bob Dylan em 1968 e gravada por George Harrison para a trilha sonora do filme “Porky's Revenge”, em 1985. Foi lançada como single nos Estados Unidos, e alguns outros países, inclusive o Brasil, mas não conseguiu boas posições. "I Don't Want to Do It” sempre foi pouco conhecida até que a versão de George Harrison apareceu pela primeira vez em março de 1985. A música marcou a primeira nova gravação de Harrison em mais de dois anos, desde “Gone Troppo” de 1982. Harrison gravou a música em Los Angeles em novembro de 1984, com o produtor Dave Edmunds, que estava supervisionando contribuições musicais de um número de diferentes artistas para a trilha sonora do filme. O álbum com a trilha sonora foi lançado pela Columbia Records nos Estados Unidos em 18 de março de 1985, e na Inglaterra em 28 de junho. A versão do single americano distingue-se por um solo de guitarra no meio, enquanto o mix escolhido para o filme, apresenta um solo de órgão de Chuck Leavell. Uma demo foi gravada antes das sessões principais em 1970 do álbum triplo de Harrison "All Things Must Pass", e pode ser encontrada em alguns bootlegs, como “Beware Of ABKCO!”. Em 2009, a versão que aparece no filme foi remasterizada por Giles Martin e Dave Edmunds para inclusão no álbum “Let It Roll: Songs by George Harrison”.

THE BEATLES LIVE AT WASHINGTON COLISEUM, 1964

Nenhum comentário:

No dua 14 de março de 1964, o show dos Beatles no Washington Coliseum realizado em 11 de fevereiro de é exibido nos cinemas americanos. Aproximadamente 8 mil fãs, em sua maioria garotas, assistiram ao show no Coliseum, sob a proteção de 362 policiais. Os Beatles tocaram: "Roll Over Beethoven", "From Me To You, "I Saw Her Standing There', "This Boy", All My Loving", I Wanna Be Your Man”, "Please Please Me”, “Till There was you”, “She Loves You”, “I Want To Hold Your Hand”, “Twist And Shout" Long Tall Sally". Além do quarteto de Liverpool, também fizeram parte do show: The Chiffons e Tommy Roe.

JOHN LENNON E A CONFUSÃO NO TROUBADOUR CLUB

Nenhum comentário:
Na noite de 12 março de 1974, John Lennon e seu amiguinho mala Harry Nilson, drogados e mortos de bêbados, iniciaram uma grande confusão no Troubadour Club, em Los Angeles, quando John Lennon, completamente transfigurado começou a insultar os Smothers Brothers. Sobre esse episódio bizarro, a gente confere aqui o texto da ‘Coluna do Beatlelado’ – do site The Beatles College – sobre o que, de fato aconteceu naquela fatídica noite.
Quando John Lennon se separou de Yoko e mudou-se para Los Angeles, em outubro de 1973, uma sucessão de escândalos começou a cercá-lo. Rumores davam conta de que enquanto morou vizinho aos “maluquetes” Harry Nilsson e Keith Moon, John destruiu mobiliário, brigou em algumas casas noturnas, apareceu completamente bêbado para um encontro com Jerry Lee Lewis, saqueou um Kotex (absorvente higiênico feminino) do restaurante ‘Lost in Larrabee’ e colocou na testa quando foi ao Troubadour, desenhou pornografia em paredes e se meteu em pancadarias com alguns fãs e dizem que chegou até a ser amarrado para não bater na sua então companheira May Pang. Uma dessas confusões foi registrada pela imprensa americana que já o seguia de perto: o “barraco” no Troubadour Club.Imagem relacionada
Na noite de 12 de março de 1974, John, May Pang e Harry Nilsson foram ver os comediantes Smothers Brothers, que iniciavam uma temporada de “retorno aos palcos” naquela casa noturna. Era uma ocasião especial, com a presença de várias celebridades de Hollywood, gente como Paul Newman, Joanne Woodward, Helen Reddy e Peter Lawford. Até a famosa atriz de ‘Garganta Profunda’, Linda Lovelace estava naquela noite no Troubadour Club. Lennon já havia aprontado duas semanas antes naquele nightclub, mas sem incidentes maiores e foi convidado a se retirar. John chegou de estômago vazio e começou a beber como água o traiçoeiro e refrescante Brandy Alexander (um coquetel de conhaque misturado com leite, creme de cacau, noz moscada e gelo). Após a meia-noite, durante a espera pelo início do espetáculo, já bebadaço, começou a cantar bem alto junto com Nilsson ‘I Can’t Stand the Rain’. Quando os dois Smothers Brothers apareceram no palco, John começou a vociferar palavrões dirigidos a Dickie Smothers (John gostava de Tommy, mas não de Dickie). A garçonete pediu calma e foi xingada por Lennon. O ator Peter Lawford que estava sentado perto do trio, na área Vip, chamou a gerência da casa e solicitou providências no sentido de acalmar John. De nada adiantou, Lennon estava endiabrado turbinado pelo álcool e continuava a falar alto atrapalhando o show dos irmãos Smothers. Tommy interrompeu o show e pelo microfone disse a John: “Existe uma linha tênue entre o mau gosto e a vulgaridade e você a ultrapassou”.O empresário dos comediantes, Ken Fritz, aproximou-se e começou a discutir furiosamente com Lennon, agarrou-o pela gola, mas foi golpeado no rosto pelo ex-beatle. John ainda atirou seu óculos na direção de Ken, mas errou o alvo. Imediatamente cinco seguranças apareceram e John, May e Harry Nilsson foram colocados para fora. A confusão continuou do lado de fora, o pior de tudo registrado por câmeras. John agarrou-se com um manobrista do estacionamento e lutou com ele até caírem, mas recebeu um olhar do tipo “perplexo” do pobre coitado que a raiva de Lennon se evaporou. Dois outros espectadores alegaram posteriormente que o ex-beatle os tinha atacado: uma recepcionista do clube e uma fotógrafa chamada Brenda Parkins. John teve que fazer alguns acordos extrajudiciais para que não virasse um caso de polícia e comprometesse seu processo de obtenção do Green Card nos EUA. O próprio dono do Troubadour disse à imprensa naquela madrugada que estava pensando seriamente ingressar na justiça para impedir nova entrada de Lennon naquele nightclub. No dia seguinte, John e Harry mandaram flores e um bilhete de desculpas aos Smothers Brothers, que divulgaram uma declaração diplomática dizendo que “foi em parte nossa culpa”. May Pang, mais tarde falaria sobre o incidente: “Eu percebi que eu teria que trabalhar muito para limpá-lo. Havia más influências por perto e, às vezes, sentia que estava perdendo a batalha. Mas no fundo era um cara muito carinhoso. A bebida estava lhe drenando emocionalmente, e aquela noite foi o pior exemplo disso.” O famoso “fim de semana perdido” em certos momentos como esse aqui relatado, mostra que o lado turbulento de John aflorou novamente e nem tudo correu às mil maravilhas naquele período sem Yoko por perto.

terça-feira, 13 de março de 2018

EDU NÃO TINHA ORELHAS - SENSACIONAL!*****

11 comentários:

Este ano, em agosto, nosso blog preferido completa 10 anos no ar. E isso não é pouca coisa não! No início, na segunda metade de 2008, inocente, puro e besta, estava com 40 e poucos anos e não tinha a menor intimidade sobre como alimentar ou sustentar um blog, ainda mais sobre os Beatles, como eu queria. Tudo era difícil. Sem ajuda, para mim, parecia um bichinho daqueles virtuais japoneses que você tinha que criar e educar. E era isso mesmo. Até 2010 (e ainda por algum tempo), ainda publicava qualquer tipo de bobagens que pudessem incrementar ou incentivar a audiência do Blog, que carecia de identificação, confiança e auto-afirmação. Mas isso só viria (?) com o aprendizado dos anos. Nessa época, publicava qualquer coisa que achasse interessante, enviada pelos fãs. Podiam ser histórias bacanas (ou não) e raras sobre os Beatles, como podiam ser piadas, tirinhas, caricaturas, memes (que ainda não tinham esse nome), uma gostosa nua (como a filha do Mr. Bean), ou qualquer besteira dessas que chamasse alguma atenção. Mas no meio dessas 'bobagens', sempre havia algumas pérolas, como essa incrível história "EDU NÃO TINHA ORELHAS" enviada pelo amigo Leandro Lopes Pereira (que ainda é meu amigo até hoje) em 5 de janeiro de 2009 e publicada no mesmo dia. Tenho certeza que quem viu na época, vai lembrar e rir novamente. E quem não viu, esta é a chance e aposto que pode gostar. Até o fim do ano, ainda vamos poder conferir novamente várias postagens iguais a esta, daquele duro início do Baú (menos as meninas nuas). Espero que ainda estejam por aqui. Eu também.
"Edu, que não tinha orelhas, era dono de uma empresa e precisava contratar um novo gerente. Selecionou três currículos e marcou as entrevistas. O primeiro cara era ótimo. Conhecia tudo que precisava e era muito interessado. Ao final da entrevista Edu lhe perguntou: - Você percebeu alguma coisa diferente em mim? E o cara respondeu: - Sim, não pude evitar de reparar que o Sr. não tem orelhas. Edu não gostou daquela franqueza e mandou-o embora. O segundo entrevistado era uma mulher, e era bem melhor que o primeiro cara. Ao final, entusiasmado, Edu fez a pergunta fatal: - Você percebeu alguma coisa diferente em mim? E ela: - Bem, você não tem orelhas. Novamente, Edu se zangou e mandou-a embora. O terceiro e último entrevistado também era muito bom. Jovem, recém saído da faculdade, inteligente, boa pinta, parecendo ser melhor homem de negócios que os dois primeiros juntos. Edu estava tão ansioso, que foi logo fazendo a pergunta de sempre: - Você percebeu alguma coisa diferente em mim? E para sua surpresa, o jovem respondeu: - Sim, você usa lentes de contato. Edu ficou chocado e disse: - Que observador incrível você é! Como é possível você saber disso? E o cara caiu da cadeira gargalhando histericamente: - Porque é impossível usar óculos sem a porra das orelhas".

JOHN LENNON - WATCHING THE WHEELS - SENSACIONAL!

5 comentários:

"Watching The Wheels" é uma das mais belas (e últimas) canções de John Lennon. Foi lançada como terceiro e último single do álbum Double Fantasy, tendo "Yes, I'm Your Angel" de Yoko Ono como lado B. Lançado postumamente em 13 de março de 1981, nos EUA, chegou a número 7 no Top 100 da Cashbox e número 10 na Billboard Hot 100. No Reino Unido foi lançado em 27 março e chegou ao número 30. A música foi composta meio que como resposta a todos que viviam perguntando o que ele estaria fazendo durante todo o tempo em que se afastou da carreira e da mídia. Lennon brinca com isso numa letra simples mas inspirada, embalada numa bela melodia. O tom de nostalgia está tão presente quanto em "(Just Like) Starting Over", carro-chefe do Double Fantasy.
A fotografia na capa foi feita por Paul Goresh, um fã de Lennon, que também tirou a foto infame de Lennon assinando uma cópia de Double Fantasy para seu algoz, Mark Chapman. Ambas as fotos foram tiradas no mesmo local, na entrada do Dakota.

MORRE JIM McCARTNEY - PAI DE PAUL

Um comentário:

segunda-feira, 12 de março de 2018

PAUL McCARTNEY - A LOVE FOR YOU - SENSACIONAL!*****

2 comentários:

Paul McCartney já foi citado no Guinness, o livro dos recordes, em algumas oportunidades. Se os ingleses considerassem o tempo levado para realizar um projeto e deixá-lo na gaveta após tanto esforço, certa­mente Cold Cuts teria seu lugar reservado no Guinness - e na primei­ra fila. Desde o início do projeto, que pretendia combinar sucessos a sobras de estúdio e outras raridades, “A Love for You” recebeu quatro mixagens em períodos distintos. O sinal de que Cold Cuts jamais che­garia aos fãs foi dado quando a própria música foi remixada mais uma vez, além de ter sua estrutura alterada em 2003 para entrar na trilha sonora de Casamento de Alto Risco, produzida por David Kahne. Sua aparição na reedição de Ram é o mais próximo que chegamos da versão original gravada em outubro, com a intenção de disputar uma vaga entre as faixas do LP, lançado em 1971. Depois disso, “A Love for You” seria cogitada para as demais versões de Cold Cuts, eventualmente canceladas em 1981 e 1986. Em “A Love for You”, Paul faz uma pergunta propícia. Parece que ele fala sobre o destino da música ou até mesmo do projeto Cold Cuts: “Where will I run to? / Where would I hide? / If you ever leave me by my side” (“Para onde eu iria correr? Ou mesmo poderia me esconder? Se você me deixasse, para onde eu seguiría?”). A base de “A Love for You” foi gravada em 26/10/1970 com Paul tocando violão, guitarra, baixo e teclados. Linda: Backing vocais e pandeirola. Denny Seiwell: Bateria. Mais sessões aconteceram em 1981 e 1986 para o projeto Cold Cuts, com Laurence Juber e Steve Holley. Fonte: “Masters – Paul McCartney em discos e canções” de Claudio Dirani.

BRIAN EPSTEIN - O 'QUINTO BEATLE' VAI VIRAR SÉRIE

2 comentários:

A aclamada graphic novel “O Quinto Beatle” (The Fifth Beatle: The Brian Epstein Story) vai virar série no canal pago americano Bravo, mais conhecido por exibir reality shows. O autor da história em quadrinhos, Vivek J. Tiwary, fará a própria adaptação. E ele conta com algo que nenhum outro produtor já conseguiu: autorização para usar as músicas originais dos Beatles na atração. Embora novato na indústria televisiva, Vivek goza de bastante prestígio nos meios teatrais. Suas produções para a Broadway já foram indicadas a 44 Tony Awards e renderam 25 troféus. Entre seus créditos, estão as montagens de “A Família Addams” e “American Idiot”, baseado no disco homônimo da banda Green Day.
Resultado de imagem para The Fifth Beatle: The Brian Epstein Story
O chamado “quinto beatle” é Brian Epstein (1934-1967), empresário dos Beatles e um dos responsáveis pelo sucesso da banda nos anos 1960. A expressão “quinto beatle” foi atestada por Paul McCartney, que disse: “Se alguém pudesse ser considerado o quinto Beatle, seria Brian”. A minissérie será produzida pela Universal Cable Productions e a Sonar Entertainment, e a trama acompanhará a jornada do empresário para levar a banda ao sucesso. Epstein já foi retratado numa minissérie anteriormente. Ele foi vivido por Ed Stoppard na produção britânica “Cilla” (2014), sobre outra artista que ele ajudou a estourar, a cantora Cilla Black. Não há detalhes adicionais sobre o projeto ou previsão para a estreia. Com desenhos de Andrew Robinson (dos quadrinhos de “Star Wars” e “Batman”) e contribuições adicionais do premiado artista Kyle Baker (da graphic novel “Why I Hate Saturn”), “O Quinto Beatle” foi editado pela Dark Horse nos EUA e recebeu uma edição nacional pela Editora Aleph em 2014, que, inclusive já esteve aqui no Baú.

O CASAMENTO DE PAUL McCARTNEY E LINDA EASTMAN

Um comentário:

Há 49 anos, no dia 12 de março de 1969, aconteceu o casamento de Paul  McCartney e Linda Eastman, a mulher que lhe deu três filhos e uma enteada, e ainda o salvou da depressão depois do fim dos Beatles. Uma semana depois do casamento de Paul - 20 de março - John Lennon se casou com Yoko Ono em Gibraltar.
Em 1967, McCartney conheceu Linda Eastman, uma fotógrafa norte-americana, antes do fim de seu noivado com Jane Asher, em um clube noturno de Londres. Ela estava lá para tirar fotos de músicos ingleses ligados ao Swinging London. Após o rompimento de McCartney e Asher, ele se encontrou com Linda em Nova York na ocasião do anúncio do lançamento da Apple Corps. Não demorou muito para os dois começarem um relacionamento. Em 12 de março de 1969, ele se casou com Linda e adotou a filha dela, Heather. Com Linda, McCartney teve três filhos: Mary (1969), Stella (1971) e James (1977). Após a separação dos Beatles, Linda se tornou parte da carreira de McCartney. Fez parte da banda Wings, tocou piano em shows e discos solos de McCartney.
Em 1998, Linda morreu de câncer em Tucson, Arizona. Na época houve rumores que sua morte foi eutanásia, porém McCartney sempre negou isso. Atualmente, Paul McCartney tem seis netos frutos de seu casamento com Linda. Mary tem dois filhos: Arthur Alistair Donald, nascido em 3 de abril de 1999 e Elliot Donald nascido em 1 de agosto de 2002. Stella também tem dois filhos, Miller Alasdhair James Willis nascido em 25 de fevereiro de 2005 e Beckett, e duas filhas, Bailey Linda Olwyn Willis nascida em 8 de dezembro de 2006 e Reiley, nascida 30 de novembro de 2010. Depois de Linda, Paul casou-se mais duas vezes, com Heather Mills, com quem tem uma filha, Beatrice, e atualmente é casado com Nancy Shevell.

domingo, 11 de março de 2018

THE BEATLES - GLASS ONION - SENSACIONAL!*****

Um comentário:
Em novembro de 2018, o Álbum Branco dos Beatles completa 50 anos. Parece bem longe. Por isso, a gente confere agora a primeira de uma das 30 músicas desse discaço duplo. The Beatles, Glass Onion.
Em uma época de mudanças sociais tão rápidas e intensas, os Beatles muitas vezes eram vistos como profetas, e cada música era ouvida e analisada em busca de símbolos e alusões. Quem era o homem-ovo em “I Am The Walrus”? O chá de “Lovely Rita” era mesmo de maconha? “Henry The Horse” era gíria para heroína? Talvez os Beatles tivessem se exposto a isso ao misturar poesia com non sense. John era quem mais gostava de confundir seu ponto de vista, talvez por insegurança. No entanto, por volta de 1968, ele estava tentando escrever de forma mais direta, e a maior parte do material produzido na índia era menos complicado. Quando um aluno de sua antiga escola escreveu pedindo que ele explicasse o que estava por trás de suas letras, John respondeu que seu trabalho era feito para divertir e fazer rir. “Eu faço para mim primeiro. O que quer que as pessoas entendam depois é válido, mas não tem necessariamente de corresponder aos meus pensamentos sobre o assunto, ok? Isso vale para as criações de qualquer um, arte, poesia, música etc. O mistério e essa merda toda que se constrói em torno das formas de arte precisam ser rompidos”.
"Glass Onion" era uma resposta jocosa àqueles que analisavam sua obra em busca de significados ocultos. Ele começou a fazer a música usando imagens de algumas canções ‘mais enigmáticas dos Beatles’ - "Strawberry Fields Forever", "There's a Place", "I'm Looking Through You", “I Am The Walrus”, "Within You Without You", "Lady Madonna", "The Fool on the Hill", e "Fixing a Hole". "Glass Onion" foi gravada em 11 de setembro de 1968, com todos os integrantes. O final um tanto quanto sombrio, na qual a música corta repentinamente dando continuidade a brincadeira de mensagens subliminares, é orquestrada por George Martin. A música dita o que iria ser um dos padrões de composição de Lennon futuramente como “Cold Turkey” e “Instant Karma”. Nos trechos das referências é possível ouvir instrumentos usados nas versões originais, como a flauta de “The Fool on the Hill”, por exemplo. Uma curiosidade: "Glass Onion" era o nome que John queria usar para The Iveys, banda que assinou contrato com a Apple em julho de 1968. Os Iveys não gostaram do nome e, em vez disso, passaram a se chamar Badfinger.

YOKO ONO - HIROSHIMA SKY IS ALWAYS BLUE

3 comentários:

Há 23 anos, no dia 11 de março de 1995, aconteceu um encontro no mínimo, inusitado. Yoko Ono e Sean Lennon se juntaram a Paul McCartney, Linda e os filhos para uma gravação de uma música (?) chamada “Hiroshima Sky Is Always Blue”. A sessão ocorreu no estúdio de Paul para lembrar os 50 anos do lançamento da bomba atômica que devastou Hiroshima. Paul Mccartney e Yoko Ono, viúva de John Lennon, decidiram terminar um período de quase 30 anos de atritos com a gravação de uma música juntos. A experiência aconteceu na casa de campo de Paul Mccartney em Rye, sul da Inglaterra. Além dos dois, a gravação reuniu Sean, filho da cantora (?) com Lennon, a mulher de Mccartney, Linda, e seus quatro filhos. As duas famílias interpretaram a canção "O Céu de Hiroshima é Sempre Azul", escrita por Yoko Ono para marcar os 50 da devastação de Hiroshima. Foi durante esse encontro entre Ono e Mccartney, que a viúva de Lennon teria entregue a Mccartney algumas músicas incompletas escritas por Lennon para que fossem, usadas no futuro, lançadas como novas canções dos Beatles. "Hiroshima Sky Is Always Blue", na minha opinião, assim como todas as incursões de Yoko Ono no meio musical, é puro lixo. Eu mesmo, nunca consegui passar dos 10 primeiros segundos. Seja como for, confira.

MÚSICAS & MUSAS - THE ROLLING STONES - UNDER MY THUMB

3 comentários:
Em fevereiro de 2013 foi lançado aqui no Brasil um livrinho danado de bom, que inclusive já apareceu aqui na época. Agora, a gente confere aqui mais um capítulo bem legal sobre a história de Chrissie Shrimpton, musa inspiradora de várias músicas dos Rolling Stones.
Era janeiro de 1963. A formação dos Rolling Stones estava completa - Charlie Watts acabara de ser recrutado como baterista e Bill Wyman se juntara à banda como baixista no mês anterior. Estava garantido que eles tocariam todo domingo no lendário Crawdaddy Club, em Ríchmond, Inglaterra. Também estavam marcados para tocar no Ricky Tick Club, no Thames Hotel, em Windsor, e foi lá que Chrissie Shrimpton se apresentou a Mick Jagger, de maneira pouco ortodoxa.
Chrissie era a irmã mais nova e extravagante da modelo favorita do fotógrafo David Bailey, Jean Shrimpton. Ela foi o tema de vários sucessos dos Stones durante e depois de seu tempestuoso relacionamento de três anos com Mick Jagger - um relacionamento que acabou de forma abrupta pouco antes do Natal de 1966. Subindo em uma mesa do bar do Thames Hotel, Chrissie se pendurou nas redes de pesca que decoravam o teto do salão. Depois, com a ajuda da plateia lá embaixo, foi amparada e passada de mão em mão, como uma crowd surfer, conseguiu chegar até o palco. Caminhou até Jagger e, diante de todos, deu um beijo e tanto naqueles lábios de Rolling Stone.
O jovem Mick Jagger ficou de pernas pro ar. O romance desabrochou rapidamente, e, em poucas semanas, Jagger já tinha feito a primeira de diversas propostas de casamento a Chrissie. Ela foi a primeira garota que ele levou para conhecer seus pais, e eles gostaram dela. Em junho de 1965, havia boatos de um casamento iminente, mas, na verdade, o relacionamento já estava em decadência.

As drogas desempenhavam papel central, como era de se esperar, no relacionamento de um casal que estava no olho do furacão da agitada Londres no início da década de 1960. Era uma época em que muitas substâncias ainda não haviam sido declaradas ilegais. No início, nenhum dos dois sabia ao certo o quanto o outro estava consumindo, mas, em determinado momento, eles compartilharam sua primeira viagem de ácido - evento comemorado na letra de "19th Nervous Breakdown". Foi uma "viagem errada" para Chrissie, induzindo surtos de paranóia e dando início a um constante declínio mental. Jagger, por sua vez, era notoriamente possessivo e controlador. Em 2004, Shrimpton, então com 58 anos, contou que ele pagava as contas dela nos bares mas só sob a condição de ela voltar para casa quando ele mandasse: "Ele sempre telefonava dizendo que era para eu ir para casa... e ligava para minha casa às três da manhã. Eu até que gostava daquilo". Pode ser que os anos tenham abrandado as memórias dela - certa vez, ela estava tão perturbada pela demora de Jagger para voltar para casa, que caiu em cima dele com murros e pontapés quando ele chegou. Ele fugiu.Resultado de imagem para rolling stones aftermath
"Aftermath", o LP que se seguiu ao single "19th Nervous Breakdown" em abril de 1966, continha pelo menos mais duas músicas sobre Chrissie Shrimpton. "Under My Thumb" é um hino à dominação masculina e parece sugerir que Jagger finalmente domara a extravagante e enérgica garota. Ele tinha transformado "o cão indomável" ("a squirming dog who's just had her days") em seu "mais doce bichinho de estimação" (“She's the sweetest pet in the world"). Outra música de Aftermath inspirada por Chrissie, "Stupid Girl", não passa de uma lista de insultos e ataques adolescentes. A óbvia incapacidade de Shrimpton de lidar com a instável mistura da década de 1960 de sexo, drogas e rock'n'roll deve ter sido frustrante para Jagger, que tirava tudo aquilo de letra.
Em agosto de 1966, o casal escapou ileso de um acidente que destruiu o carro esporte Aston Martin DB6 de Jagger. O relacionamento também estava virando sucata. No final do ano, Jagger, que começara a ter um caso com Marianne Faithfull, decidiu terminar com Shrimpton. No início, porém, ele não disse nada a ela, e demonstrou surpresa quando Chrissie reclamou que o escritório dos Roliing Stones (sob as ordens de Jagger) havia parado de pagar suas contas. Em 15 de dezembro, Mick e Chrissie iam para a Jamaica passar o Natal, mas, em vez disso, Mick passou o dia fazendo compras na Harrods com Marianne. Foi a gota d'água. Três dias mais tarde, depois de uma última gritaria, Shrimpton tentou o suicídio com uma overdose de soníferos. Médicos socorristas salvaram a vida dela e lhe fizeram uma lavagem gástrica. Jagger recebeu a conta do hospital e se recusou a pagar. Em vez disso, emitiu uma declaração anunciando que seu relacionamento com Shrimpton havia acabado e que "não estou gostando desse teatro, como se fôssemos casados". Ele então encaixotou todos os pertences dela e os tirou de seu apartamento de Londres. Era noite de Natal.
Duas semanas depois, para piorar a situação, "Let's Spend the Night Together" virou um sucesso esmagador dos dois lados do Atlântico. A música fora composta depois da primeira noite de Jagger com Faithfull. Chrissie, por sua vez, engatou um curto caso com Steve Marriott, da banda Small Faces; o casal foi preso por de posse de drogas em fevereiro. Quando esse relacionamento esfriou, três meses depois, Marriott compôs "Talk to You", o lado B de "Here Comes the Nice", o grande sucesso do Small Faces, que falava da perda de Shrimpton. Jagger, por sua vez, compôs uma cruel canção de desprezo, "Yesterday's Papers", cheia de frases como "Quem quer os jornais de ontem? Quem quer a garota de ontem?"Chrissie Shrimpton depois participou de vários filmes, entre eles o malfadado Soldado Universal, projeto de George Lazenby, em 1971. Desde então, ela desapareceu completamente do olhar público.