segunda-feira, 22 de agosto de 2011

DR. ARTHUR JANOV - O HOMEM DO GRITO PRIMAL

"O Grito Primal apresenta um novo método revolucionário para o pensamento psicológico que é a TERAPIA PRIMAL, e por meio de históricos de casos apresenta provas documentadas de eliminação de moléstias de toda uma vida, tanto psicológicas como somáticas. A TERAPIA PRIMAL é um sistema clínico de terapia da ampla ação que força o paciente a reviver as suas mais primitivas (primais) experiências, ou sejam, aqueles momentos da infância desde a mais tenra idade quando ele verificava ser a realidade dolorosa demais para poder ser suportada e ia buscar refúgio no confortável mundo falso da neurose. Uma das indicações de haver chegado o ponto de experimentar novamente as repressões da infância, o que, aliás, significa que a cura está à vista, é quando o paciente solta o aterrador Grito Primal que chega a gelar o sangue dos ouvintes. Este é realmente um livro provocador que desafia todas as outras formas de terapia como são atualmente praticadas. ARTHUR JANOV, Ph. D., praticou a terapia de insight durante dezessete anos, como psicólogo e como assistente social psiquiátrico, antes de formular a teoria da Terapia Primal. É membro da American Psychological Association e da California State Psycological Association e é ainda consultor de diversas escolas para crianças anormais. Fez parte durante algum tempo da equipe do Departamento Psiquiátrico do Hospital de Crianças de Los Angeles. Mora em Beverly Hills, na Califórnia."
No final dos anos 60, um psicólogo chamado Arthur Janov, se tornou famoso ao “descobrir”, por acaso, o que mais tarde viria a se tornar a base central de uma terapia revolucionária: o grito primal. Segundo o Dr. Janov, o grito primal não é simplesmente um grito, ele é a conseqüência de uma dor central que fica guardada, sem possibilidade de expressão. Essa dor é chamada de dor primal por ser a primeira e é a partir dela que surgem todas as neuroses que poderão acompanhar o indivíduo a vida toda.
A primeira vista pode parecer estranho, mas quem já experimentou garante que funciona. Dentre as diversas personalidades que já experimentaram a Terapia Primal podemos citar Carlinhos Lira, Roland Orzabal (do Tears For Fears), e a mais famosa delas: John Lennon. Segundo dizem, o seu período mais criativo aconteceu quando ele fazia a Terapia Primal, tendo produzido o álbum Plastic Ono Band de grande sucesso na época.
Em entrevista à revista Rolling Stone, em 1970, Lennon comenta sobre o álbum: “Acho que é a melhor coisa que já fiz. É realista e verdadeiro com o Eu que vem se desenvolvendo ao longo dos anos em minha vida. Sempre escrevi sobre mim mesmo, quando era possível. Mas por causa de meus bloqueios e muitas outras coisas, só de vez em quando eu compunha especificamente sobre mim mesmo. Desta vez, tudo que escrevi é sobre mim mesmo e é por isso que eu gosto. Sou eu! E mais ninguém. É verdadeiro, só isso.”
No dia 8 de junho de 1970, o doutor Arthur Janov - preocupado com o comportamento de John Lennon - e como parte do tratamento da Terapia do Grito Primal - o aconselhou a assistir o filme Let it Be para relaxar. John aceitou e assistiu o filme num cinema vazio em São Francisco. Com ele estavam o próprio Janov, Yoko Ono, o editor da revista Rolling Stone, Jann Wenner e a esposa dele, Jane. John Lennon chorou ao ver o filme.

2 comentários:

Valdir Junior disse...

Sou formado em Psicologia e li esse livro quando estava na faculdade ( pois já tinha lido que o John tinha feito essa terapia ) e lembro que fiquei impressionado com os relatos dos casos e da terapia em si que achei muito traumatizante para a pessoa que esta sendo tratada e se ela não for muito forte pode acabar aumentando ainda mais seus traumas.Apesar do John falar bem dela e nela se inspirar para compor as musicas do que veria a ser o album Plastic Ono Band ( que é o meu preferido ) não concordo e nem recomendo esse tipo de terapia , que até onde sei não é usada aqui no Brasil .

Anônimo disse...

Valdir, não concordo com você, apesar de respeitar a sua opinião. A terapia é simplesmente ótima, pois já a utilizei. No entanto, deve-se observar o bom senso ao usá-la. Se a pessoa não tem um cômodo isolado acusticamente em sua casa, pode sair de carro por uma estrada pouco movimentada e efetuar seus gritos. O alívio que a terapia proporciona é fantástico, e remonta aos primórdios da evolução humana, quando diante de algum perigo iminente, a pessoa acuada e indefesa, gritava com todas as suas forças, para extravasar seus medos. A psiquiatra que me iniciou nesta saudável prática, dizia que uma das dificuldades para a aplicação da mesma, era justamente a dificuldade em adequar um local ou consultório para tal. Acredito que esta seja a causa para que ela não vingasse muito aqui no nosso país. Além do que, é uma terapia que proporciona resultados rápidos e eficazes, e pode ser aplicada individualmente ou em conjunto com psicanálise e medicação. Paradoxalmente, pode ser que isso não seja interessante para muitos terapeutas, que sentem necessidade de criar um vínculo de dependência terapeuta-paciente.