sábado, 10 de janeiro de 2015

PARABÉNS ROD STEWART - 70 ANOS


Roderick David Stewart, o grande ROD STEWART completa hoje 65 anos. Ao longo de sua carreira, Rod atingiu várias vezes as paradas de sucesso, principalmente na Inglaterra onde ele atingiu o primeiro lugar com seis álbuns e por 24 vezes ficou entre o top 10 e seis vezes na posição número 1 entre as músicas mais executadas. Estima-se que Rod Stewart tenha vendido mais de 260 milhões de discos. ‘O aniversário é dele, mas quem o presente somos nós!’ - (essa é nova) - a gente tem agora o privilégio de conferir aqui, mais uma crônica do nosso amigo João Carlos Mendonça publicada com absoluta exclusividade na coluna SÁBADO SOM em 15 de novembro de 2014.

O que importa é que a voz áspera, rouca e inconfundível de Rod Stewart ‘ta sempre na área com aquele senso de oportunismo dos bons artilheiros. Nem sempre ele acerta as redes, às vezes chuta na trave ou até manda a bola pra fora do estádio, mas quando marca, seus gols são antológicos. Quando o conheci, já foi com sua clássica canção “Maggie Mae” e o álbum EVERY PICTURE TELLS A STORY que, imediatamente fascinou os iniciados no começo dos anos 70, na verdade, fãs que o desancaram tão logo foi captando mais admiradores e virar arroz de festa das rádios mundo afora. O preço do sucesso. Ainda nos dias atuais, muita gente acredita que Rod é escocês. De fato, seus pais e irmãos os são, mas ele, o caçula, nasceu em Londres. E ralou muito pra chegar ao estrelato. Antes de se aventurar no meio musical, foi pintor de “silkscreen”, coveiro e até tentou ser jogador de futebol no time meia sola do Brentford F.C., só não sei precisar se tudo isto foi logo antes ou depois de ser expulso da Espanha por vagabundagem. Militou como vocalista de várias bandas que animavam botecos britânicos até chegar ao JEFF BECK GROUP, onde conheceu Ronnie Wood, quando produziram o excelente “TRUTH”. Todavia, o grande êxito deste disco não foi suficiente para manter a banda, que terminou naquele exato período. Dá até pra imaginar a guerra de egos. Junto com Ronnie, entrou no realmente diminuto THE SMALL FACES, mudando o nome do grupo para THE FACES, que a partir de então ganhou notoriedade e credibilidade tantas que, paralelo ao conjunto iniciou sua carreira-solo. Concorrendo consigo mesmo, o conjunto se desfez. Na época, Jeff Beck já era a lenda viva que conhecemos, Ronnie Wood foi virar outra lenda nos ROLLING STONES, enquanto ROD deslanchava de vez, acumulando sucessos, produzindo grandes álbuns e curtindo o melhor do “jet set” internacional. Leia-se, muita grana, marias-microfones e drogas... Moderadamente. Afinal, Rod Stewart nunca deixou de ser um craque das peladas (sem trocadilhos). “Sailing”, “I Don’t Want To Talk Abou It”, “You’re In My Heart”, “Tonight’s The Night” são alguns de seus muitos clássicos, mas como dá pra notar, apesar de roqueiro de primeira linhagem, suas baladas acertavam o alvo sempre. Não ficam atrás também, suas regravações como “The First Cut Is The Deepest”, “Maybe I’m Amazed” e “Have You Ever Seen The Rain” entre outras. Um dos seus “big hits”, inclusive no Brasil, foi a sacolejante “Da Ya Think I’m Sexy?”, que lhe rendeu um processo por plágio do Jorge Benjor, cuja incipiente “melô”, “Taj Mahal”, foi (conscientemente ou não) copiada por Rod. No fim, os dois lucraram: Benjor virou parceiro e a música subiu nas paradas mais ainda. “Da Ya Think I’m Sexy?” foi uma das mais ovacionadas canções das apresentações de Rod no histórico ROCK IN RIO de 1985. Recuperado de um câncer na tireóide em 1999, Rod reapareceu com uma série de álbuns com velhos e belos “Standards” americanos (tipo “As Time Goes By”, “Stardust” e “It Had To Be You”) e um CD com clássicos do rock no início dos anos 2000. Se fosse recomendar um de seus discos de carreira, citaria “ATLANTIC CROSSING” (1975), mas uma boa coletânea de sucessos também cairia bem. Se as próximas jogadas de Rod Stewart vão dá pé eu não posso adivinhar. Mas se ele estará bem posicionado na cara do gol? Tenho absoluta certeza!

Parabéns, Rod Stewart! Parabéns amigo João Carlos! E para fechar com chave de ouro, a gente fica com quatro grandes momentos da carreira desse artista excepcional: as baladonas lindas “Sailing”e "You're In My Heart", o superockão “Hot Legs”, e por último, a emocionante performance do Faces para um dos maiores sucessos de Paul McCartney – “Maybe I’m Amazed”, ao lado de Ronnie Lane, Ronnie (Ron) Wood, Ian McLagan e Kenney Jones em 1972. Valeu. Abração!

Um comentário:

João Carlos disse...

Vou acabar ficando mascarado! Eu que agradeço irmão!