domingo, 10 de janeiro de 2010

METROPOLIS - FRITZ LANG

Metropolis é um filme alemão de ficção científica produzido em 1927, realizado pelo cineasta austríaco Fritz Lang. Na época, foi a mais cara produção até então realizada na Europa, e é considerado por especialistas um dos grandes expoentes do expressionismo alemão. O roteiro, baseado em romance de Thea von Harbou, foi escrito por ela, em parceria com Lang.

O enredo é ambientado no século XXI, numa imensa cidade governada autocraticamente por um poderoso empresário. Os seus colaboradores constituem a classe privilegiada, vivendo em um jardim idílico, como Freder, único herdeiro do dirigente de Metropolis.

Os trabalhadores, ao contrário, são escravizados pelas máquinas, e condenados a viver e trabalhar em galerias no subsolo. Em meio à miséria dos operários, uma jovem, Maria, se destaca, exortando os trabalhadores a se organizarem para reivindicar seus direitos através de um escolhido que virá para os representar.

Através de cenas de forte expressão visual, com o recurso de efeitos especiais, algumas se tornaram clássicas, como a panorâmica da cidade com os seus veículos voadores e passagens suspensas. Alusões bíblicas, mistério, ação e romance, completam o leque que envolve o público e o mantém em suspense até ao final.

Na época, Metropolis impressionou tanto Hitler que, quando ele chegou ao poder, solicitou ao Ministro Goebbels que abordasse Lang, convidando-o a fazer filmes para o partido nazista. Enquanto Thea Von Harbou, sua esposa mergulhou no projeto, Lang evadiu-se para Paris, onde chegou a produzir filmes de conteúdo antinazista, passando-se posteriormente para os Estados Unidos, onde faleceu em 1976.

A obra demonstra uma preocupação crítica com a mecanização da vida industrial nos grandes centros urbanos, questionando a importância do sentimento humano, perdido no processo. Como pano de fundo, a valorização da cultura, expressa no filme através da tecnologia e, principalmente, da arquitectura. O ponto alto do filme e grande mote é, sem dúvida, o final - onde a metáfora "O mediador entre a cabeça e as mãos deve ser o coração!" se concretiza no simbólico aperto de mão mediado por Freder entre Grot (líder dos trabalhores) e Jon Fredersen - o empresário.

A composição da torre de Metropolis foi inspirada na obra "Torre de Babel" do pintor flamengo Pieter Brueghel, do século XVI. A máscara da ginóide foi inspirada nos trabalhos dos escultores Oscar Schelmmer e Rudolf Belling.

A seguir você confere o QUEEN e o megasucesso RADIO GA GA com cenas do filme Metropolis. Valeu! Abração!



4 comentários:

Unknown disse...

Demais, Edu. Demais!

Lucy disse...

Hey, Edu! Como sempre arrebentando! Estava de férias, mas agora voltei com força total! Me aguardem!

Silvio Claudio disse...

Olá, sou o pai da Ringomaniaca Danielle Starkey!
Já conhecia o Blog e gostei muito do post sobre o filme "Metrópolis"!
estou mandando o link para quem se interessar ver este ótimo filme:
http://lagrimapsicodelica.blogspot.com/2009/04/metropolis.html
Assistam!
Abraços

Edu disse...

Prazer em tê-lo por aqui Silvio. Sua filha é nota 10! Abração e volte sempre!