sexta-feira, 26 de abril de 2013

PAUL McCARTNEY - TUG OF WAR - DEZ, NOTA DEZ!


Em outubro de 1980, Paul McCartney se voltou para um velho projeto que consistia em juntar algumas faixas nunca gravadas para um novo álbum que se chamaria “Cold Cuts”, que já apareceu aqui no Baú até para download. Paul e seus Wings trabalharam nesse projeto durante um mês na fazenda dele em Sussex, mas o projeto foi cancelado. Em novembro, Paul e Denny Laine se juntaram no estúdio de George Martin em Montserrat. Paul McCartney começou então a elaborar um novo álbum em colaboração com Martin. Esta seria a primeira colaboração dos dois desde “Live And Let Die” de 1973. Então, os Wings acabaram. Foram dispensados Laurence Juber e Steve Holly e “Back To The Egg” foi o último e definitivo trabalho dos Wings.

Para o novo álbum, Macca queria ter vários convidados de peso para a gravação das canções. Em dezembro de 1980, John Lennon foi brutalmente assassinado e Paul interrompeu as gravações, decidindo recolher-se em Sussex. Finalmente voltou para Monserrat em fevereiro de 1981 e começou a gravar o que seria “Tug of War”. Vários músicos famosos foram convidados para participar das faixas do novo álbum: Dave Mattacks, Steve Gadd, Carl Perkins, Stevie Wonder, Stanley Clarke, Eric Stewart e Andy MacKay. Paul também recebeu a visita de Ringo Starr e George Harrison e começaram a gravar uma composição nova de George “All Those Years Ago” em homenagem a John Lennon. Foi quando finalmente Denny Laine e Paul terminaram a parceria definitivamente durante as primeiras sessões de Tug Of War. Denny começou sua carreira de solo, porém não obteve sucesso algum.

O álbum “Tug Of War” foi lançado em abril de 1982 e muito bem recebido pelos críticos. Até hoje, para muitos, considerado como o melhor desde “Band On The Run”. A qualidade do álbum é indiscutívelmente sentida na colaboração entre Paul e George Martin e o acompanhamento dos artistas escolhidos por Paul desde o inicio das gravações do álbum, sem mencionar a maturidade crescente de Paul que, aquela altura mostrava-se ainda melhor como compositor e como artista.

“Tug Of War” foi um sucesso arrasador em todo o mundo, principalmente nos Estados Unidos onde ficou durante 3 semanas em primeiro lugar. Ainda figurou nas paradas americanas durante 29 semanas. Por “Tug Of War”, Paul foi premiado como o melhor artista britânico e melhor contribuição para música britânica (BPI Awards) em 1982. Esta obra-prima é dada o chute inicial com a música tema, Tug Of War, belíssima balada que começa lentamente com uma introdução acústica e, ao decorrer, se torna mais elétrica e poderosa, contando com o apoio de uma orquestra. Nesta canção, como em muitas outras do álbum, Eric Stewart auxilia ainda nos vocais de apoio juntamente com Paul e Linda. Sem dúvida alguma, um álbum fundamental em qualquer discoteca, de fãs dos Beatles, ou apenas de boa música. “Tug Of War” levou ainda para as paradas o megasucesso gravado com Steve Wonder “Ebony and Ivory” e a maior paulada do disco: a clássica “Take It Way”, além da belíssima homenagem a John Lennon, “Here Today”. Senhoras e senhores, agora com vocês, Sir Paul McCartney. Boa diversão!

4 comentários:

Valdir Junior disse...

Uns dos melhores discos do Paul e também um dos meus favoritos !!!
Capa Linda demais !!
A Produção do George Martin foi eficaz e acertou em cheio para só para deixar o que tinha de melhor das demos do Paul !!

Unknown disse...

Ola Edu, Here today ebony and Ivory,sao para mim bélissimas musicas saídas da cabeça de Paul ,

Tug of War é mais uma obra prima de Paul, que juntou vários artistas e compilou um trabalho maravilhoso , nessa época ele estava bem novo ainda e tamanha disposição incontrolável ,enfim mais disco inquestionável dessa fera imortal.

João Carlos disse...

O texto não podia ser mais feliz e preciso.Este álbum me surpreendeu muito.Imaginava um disco prá baixo por conta de Lennon e torcia para que não fosse tão fraco. E o cara me sai com uma obra fundamental, moderna (até hoje em dia),elegante e comovente (sem ser piegas).Vai ser gênio assim nos cafundós do Judas!Eita nós!

roque22 disse...

Realmente, um dos Melhores discos de Paul.