quarta-feira, 16 de julho de 2014

A INCRÍVEL HISTÓRIA DE JOÃO E O PÉ DE FEIJÃO

Por fim, a agência de propaganda a qual dediquei os últimos 11 anos (com uma breve parada em 2008), ruiu e desmoronou. Depois de 40 anos no mesmo endereço – um lugar que eu adoro – o edifício Brasília Rádio Center, no coração da cidade e ocupando seis salas, “nossa” agênciazinha foi reduzida à apenas uma sala, em outro andar. Em dezembro de 2013, para efeitos legais, a coisa encerrou e fomos todos demitidos. Nessa época, a de maior turbulência, nem eu nem meus colegas abandonamos o barco e nos unimos igual essa agência nunca tinha visto. Foram bravos sete meses durante os quais nada mudou. O ritmo do trabalho nada mudou. Mas, cada cabeça é um universo e nunca sequer conseguimos remover a ideia fixa do líder de que tinha que se associar novamente com alguém. No dia 2 de julho, tivemos que sair do Rádio Center e fomos parar literalmente onde Judas perdeu as botas, lá no final do Setor Sudoeste, quase 30 km da minha casa, já perto do cemitério. Nunca tive carro, nem nunca aprendi a dirigir. No dia da mudança, não sabíamos sequer o nome do lugar ou o endereço. Tudo foi em absoluto sigilo e só fomos saber (eu e meus cupinchas) onde fomos cair depois que chegamos. Na manhã do dia 3, houve uma reunião e um babacão que eu mal-sei-o-nome, anunciou-se como pica do universo. O “diretor da criação”. Um merda de 30 e poucos anos. Tudo que fizéssemos a partir dali, passaria pelo crivo dele. Eu e ele batemos logo de frente! De cara! E nosso líder mostrou-se impassível. Depois, a partir daquela tarde já não fui mais. E realmente adoeci de tanta dor e decepção. Esses últimos dias foram terríveis e só consegui voltar a dormir direito a partir do último domingo quando conversei longamente com o líder, e, depois de ele reconhecer que deu um tiro em cada pé, finalmente pedi para sair. Agora estou novamente desempregado, como há 6 anos quando criei o Baú. Liso, leso e louco. Me sinto exatamente como Paul McCartney depois do fim dos Beatles. Ainda não sei o que vou fazer, mas sei que não estou só. Como bem lembrou meu amigo Felipe Cruz, o Felipão: “Ele trocou a vaquinha leiteira por três feijõeszinhos mágicos”. That’s all, folks! Finish! Come together! Life goes on, bra!
BEATLES FOREVER! BADFINGER BOOGIE!

5 comentários:

Michellen Amancio disse...

Uma pena Edu! Muito triste tudo isso. Fique em paz meu amigo e sempre que precisar estamos por aqui. Beijos

Fábio Simão disse...

Caríssimo Edu,

Mando em forma de música a minha mensagem para você.
Paul McCartney - Sing the Changes
http://youtu.be/S6EbORrYL0k

Forte abraço!

Murilo Pedreira disse...

Muito triste, espero que já tenha novas portas se abrindo. Boa sorte em suas novas empreitadas!

Valdir Junior disse...

Hold On Edu .....Eu to contigo !!
mandei um email ..ve la´!!
abs

João Carlos disse...

Não dá pra imaginar o que se passa no coração de alguém em tal situação. Afinal, 11 anos não são 11 horas. Mas se Deus quiser a coisa se reverterá ao seu favor (quiçá dos seus colegas fiéis) e algo novo acontecerá para melhor. Não sei como, mas estou de prontidão para ajudar. Nem que seja com palavras e um ombro amigo!