sábado, 3 de setembro de 2016

IMAGEM DO DIA - GEORGE HARRISON

4 comentários:

Marcelennon disse...

Acho que o George sempre se ressentiu das pressões da fama e do alto custo que isso teve sobre seu "sistema nervoso", como ele mesmo disse, no Anthology. Por outro lado, sempre penso que quem escolhe ser artista deve ter consciência que, se for um artista muito querido (ou no caso dos Beatles, os mais queridos), privacidade será algo extremamente difícil de encontrar...
Ou alguém em sã consciência pensa que só virá o lado bom? Não existe só lado bom...
Desumano e errado a atitude das pessoas à volta? Claro.
Lennon pagou um altíssimo preço por essa desumanidade e loucura.... Harrison também...
Mas o que se pode fazer?
Agora, que os Beatles ajudaram o mundo a "enlouquecer", de uma forma que hoje pode soar até ingênua, ajudaram sim... Enlouqueceram de alegria e felicidade, mas muitos enlouqueceram de despeito e inveja e tentaram derrubá-los também.
Fica fácil posar de forma até blasé quando tudo deu certo e "se chegou lá".
Nunca gostei desse negócio de posar de vítima.
E a filosofia que ele próprio depois seguiu deixa isso bem claro: "Só colhemos aquilo que plantamos".
Amo o George e sou louco por suas canções, principalmente as do álbum "Rubber Soul" em diante, culminando com o álbum "All Things Must Pass", mas é meio chato ouvir ele dizer no "Anthology": "Os fãs deram seu dinheiro... Mas os Beatles deram seu sistema nervoso... E isso é muito mais difícil de dar!". Ele tem toda razão... Mas há fãs que gastam parte de suas vidas até hoje para levar o nome dos Beatles adiante e mantê-los vivos nos corações das outras pessoas.
E o George em momento nenhum reconheceu isso, o que é uma pena.
Por isso é que o Paul sempre foi um dos mais queridos do público: além de diplomático pra caramba, ele é atencioso e, muitas vezes, carinhoso com os fãs.
Cada um dá o que tem, George: você nos deu a sua música, nós nos encantamos, nos comovemos, às vezes até nos sentimos encorajados a seguir alguns de seus conceitos filosóficos, que por sinal, são muito belos e compramos os discos... Simples assim!
Amo você, George, e espero que, esteja onde estiver, esteja bem. Perdoe-me pelo comentário, mas sou humano e quando você fazia suas declarações eu as entendia como sendo para nós, fãs... E era isso mesmo! E é triste ver alguém que você admira tanto seja insensível à certas coisas...
Pronto... Falei!

Valdir Junior disse...

Concordo. Acho que o sarcasmo, ironia e mau humor do George deixaram os seus depoimentos no "Anthology" um pouco ranzinzas. Visto as cenas em que os e Beatles remanescentes estão juntos, a fisionomia do George era tipo: "Falta muito pra acabar isso". Mas o George era assim mesmo.

João Carlos disse...

George era Harrison. Só isso.

Joelma disse...

Também não entendo a contradição de George meu lindo. Na época dos Fab ele se ressentia do destaque que não lhe era concedido pela dupla Lennon/Maccartney.

Mas ao mesmo tempo o ser humano ao ganhar destaque sente um vazio depois.
Exemplo : John Lennon. Basta ver uma carta que ele escreveu para sua esposa: "I'll go now 'cause I'm bringing myself down thinking about what a thoughtless bastard I seem to be - and it's only short of three o'clock in the afternoon, and it seems the wrong time of day to feel so emotional - I really feel like crying - its stupid - and I'm choking up now as I'm writting - I don't know what's the matter with me - It's not the tour that's so different from other tours - I mean I'm having lots of laughter (you know the type hee! hee!) but in between the laughter there is such a drop - I mean there seems to be in between feelings. Anyway I'm going now so this letter doesn't get to draggy. "

Mas ele tinha razão. A Beatlemania era coisa de louco!