Quem tiver 27 anos ou quase e pertencer a uma banda de rock, abra o olho! Muito cuidado para não entrar para o temido Clube 27.
Alguns (muitos) ídolos do universo do rock morreram muito cedo e acabaram fazendo parte de um Clube que ninguém quer participar. Entre eles Kurt Cobain – que teria completado 42 esta semana, se não fosse um membro do amaldiçoado “Clube 27 - músicos que morreram aos 27 anos”. A lista torna-se curiosa por não ser curta e trazer tantos nomes de indiscutível talento como Hendrix e Janis Joplin.
Janis Joplin (19/1/1943 - 4/10/1970)
A eterna rainha do blues rock lançou maravilhas como Cheap Thrills (1968) e Pearl (1971). No palco, a cantora americana arrasava, deixando a plateia com o queixo caído. Seu temperamento era bem difícil. Foi vítima de uma overdose acidental, quando estava no final das sessões de gravação de Pearl. Cantava muito! Sua voz vinha do fundo da alma.
Jim Morrison (8/12/1943 - 3/7/1971)
Um dos grandes poetas do rock e totalmente imprevisível: era capaz de fazer shows maravilhosos ou horríveis, conforme o seu humor. The Doors (1967), Strange Days (1967) e L.A. Woman (1971) são alguns de seus melhores discos com os Doors. Era considerado o grande símbolo sexual do rock, nos anos 60, o que o irritava. Tinha um vozeirão. Vítima de overdose acidental.
Jimi Hendrix (27/11/1942 - 18/9/1970)
Ainda hoje considerado o maior guitarrista da história do rock, gravou discos espetaculares, como Axis Bold As Love (1967) e Electric Ladyland (1968). No palco, ele pôs até fogo na guitarra, e de verdade! Usava drogas e bebia como se não houvesse amanhã. Morreu sufocado no próprio vômito, após uma mistura de comprimidos e bebidas alcoólicas.
Brian Jones (28/2/1942 - 3/7/1969)
O guitarrista criou e deu o nome a uma banda lendária, The Rolling Stones. O grande músico acabou mergulhando nas drogas e sendo mandado embora do próprio grupo por Mick Jagger. Foi encontrado morto em sua piscina, afogado, apenas um dia depois de ser demitido. Tem gente que até hoje acha que ele foi assassinado. Jones foi o primeiro roqueiro famoso a morrer com 27 anos.
Kurt Cobain (20/2/1967 - 5/4/1994)
O maior mito do rock nos anos 90. Cantor, compositor, guitarrista e líder do grupo americano Nirvana, que lançou os brilhantes Nevermind (1991) e In Utero (1993). Não soube lidar com o sucesso, e seu fim foi trágico: estourou os miolos em sua própria casa. Fez shows cheios de altos e baixos no Brasil com o Nirvana em janeiro de 1993, e até gravou em um estúdio carioca.
Richey Edwards (22/12/1967 - 14/2/1995)
Ele era o letrista e o guitarrista base dos Manic Street Preachers, uma das principais bandas inglesas da década de 90. Intelectual e doidão, chegou a usar uma camiseta com a frase “kill yourself” (mate-se, suicide-se). Um dia antes de a banda viajar para os Estados Unidos, ele simplesmente sumiu. Do nada. E nunca mais foi encontrado.
Robert Johnson (8/5/1911 - 16/8/1938)
O cantor, compositor e violonista americano é considerado o legítimo avô do rock and roll. Reza a lenda que ele teria vendido a alma para o capeta para se tornar um excelente violonista, cantor e compositor, e que morreu tão cedo justamente por causa disso. Teria o diabo vindo cobrar a dívida? Oficialmente, foi vítima de envenenamento. Ídolo de Eric Clapton e inúmeros outros roqueiros famosos.
Alan "Blind Owl" Wilson (4/7/1943 - 3/9/1970)
O Cannet Heat foi uma das principais bandas de blues rock americanas dos anos 60, e Alan era seu guitarrista. O cara sabia tudo de blues, e conhecia a obra de cada grande nome do gênero. Future Blues (1968), melhor disco do grupo, teve grande participação de Alan. Ele foi encontrado morto pelos colegas de banda, vítima da mistura de duas garrafas de gin com comprimidos.
Kristen Pfaff (26/5/1967 - 16/6/1994)
Kristen Pfaff tocou baixo com o Hole, banda liderada por Courtney Love, a mulher de Kurt Cobain. Ela entrou no grupo e participou de seu disco mais vendido, Life Through This (1994). Reza a lenda que a moça teria tido um rápido caso com Kurt. Em trágica coincidência, Kristen também foi encontrada morta, vítima de overdose, e também aos 27 anos de idade, dois meses depois de Cobain.
Gary Thain (15/5/1948-8/12/1975)
O baixista inglês é até hoje considerado um dos melhores da história do heavy metal, e viveu seus anos de ouro como integrante do Uriah Heep, participando de CDs como Demons And Wizards (1972). A coisa ficou feia para ele a partir de setembro de 1974, quando foi eletrocutado em cena. Conseguiu sair vivo, mas sua vida nunca mais foi a mesma. Foi demitido do Uriah Heep e, deprimido, morreu de overdose.
Ron "Pigpen" Mckernan (8/9/1945-8/3/1973)
McKernan era tecladista do Grateful Dead, uma das bandas mais malucas e experimentais da geração hippie. Ele era quem mais aparecia nos shows, pois sabia prender a atenção do público. Infelizmente, também bebia como se não houvesse amanhã, e morreu vítima de uma hemorragia gastrointestinal, que ganhou ao encher tanto a cara.
Pete Ham (27/4/1947-24/4/1975)
Cantor, compositor e guitarrista do grupo inglês Badfinger, que soube como poucos se valer da influência dos Beatles e lançou trabalhos maravilhosos como Straight Up (1971) e Wish You Were Here (1975). Seu rock era melódico e contagiante, uma delícia de se ouvir. Sacaneado pelo empresário, ficou desesperado e em situação financeira lamentável, Acabou se suicidando.
Chris Bell (12/1/1951-27/12/1978)
O cantor, compositor e guitarrista americano era outro que aproveitou muito bem as influências dos Beatles. Ao lado do cantor, compositor e músico Alex Chilton, integrou a banda Big Star, que vendeu poucos discos mas influenciou inúmeros outros grupos de rock, como R.E.M. e Oasis. A falta de sucesso comercial lhe rendeu forte depressão. Morreu vítima de um acidente de carro.
D Boon (1/4/1958-22/12/1985)
O cantor, compositor e guitarrista americano liderou o Minutemen, que não vendeu muitos discos, mas que era adorado pelos outros músicos. Ele ficou na posição de número 89 entre os melhores guitarristas de todos os tempos, em votação feita pela revista americana Rolling Stone. D Boon morreu em um acidente de carro, no qual não estava usando o cinto de segurança.
Pete de Freitas (2/8/1961-14/6/1989)
Pete de Freitas foi considerado um dos melhores bateristas do rock dos anos 80, e tocava com o Echo & The Bunnymen. Esteve com a banda quando eles tocaram no Brasil pela primeira vez, em 1987, em shows antológicos. Participou de discos ótimos, entre eles Ocean Rain (1984) e Echo & The Bunnymen (1987). Morreu em um acidente de moto.
E por último, Amy Winehouse, que morreu hoje (24/07/11) em Londres com 27 anos.
8 comentários:
Era justamente sobre isso que pretendia falar no meu blog amanhã. Acho muito interessante essa coincidência de tantos músicos terem morrido com a mesma idade. Realmente muito estranho.
Bjs
Rafa
rafadeoliveira-tudosobrequalquercoisa.blogspot.com
EDU, apesar de trágico, este seu apanhado está espetacular.Nunca conhecí alguém como você, para entender tanto de defuntos.
Aguardamos o próximo!
Até breve.
Docaboiote.
Que eles estejam tocando onde estiverem, upstairs or downstairs... grandes perdas, mas é a vida...
impressionante o caso do Richey Edwards
quanto ao famoso clube dos 27
é pura coincidencia essas mortes num tem nada a ver com o numero, e sim a droga e a vida desregrada de cada um deles
E agora,AMY.
Sinistro...
Adoro me impressionar!!!!!! Mas falando sério, eu adoro coisas inexplicáveis, então desde o lamentável falecimento da Amy WineHouse que estou pesquisando sobre os jovens músicos que faleceram com 27 anos, e vi uma lista com 41 músicos... o que encabeça a lista é o Robert Johnson .... foi o primeiro jovem da lista do clube dos 27.... bj
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