quinta-feira, 14 de julho de 2011

PINK FLOYD E O CLÁSSICO "THE WALL"

O álbum duplo "The Wall" do Pink Floyd foi lançado em 1979 e está na lista dos 200 álbuns definitivos no Rock and Roll Hall of Fame. Ocupa também a 87ª colocação na Lista dos 500 melhores álbuns de todos os tempos da Revista Rolling Stone. Aclamado por críticos e fãs como um dos melhores álbuns do Pink Floyd (juntamente com Dark Side of the Moon e Wish You Were Here), é conhecido como sendo um clássico do rock, e suas canções inspiraram muitos dos músicos de rock contemporâneos.
A inspiração de Roger Waters para a criação do álbum apareceu-lhe durante um concerto da excursão "Animals" em 1977. Em Montreal, Quebec, Waters cuspiu na cara de um fã que estava perturbando. De imediato, repugnado com o ato que tinha cometido, surgiu-lhe a ideia de construir um muro entre si e o público, idéia essa desenvolvida mais tarde para a produção do filme "The Wall". O álbum recebeu disco de platina 23 vezes e é o 3º álbum mais vendido nos Estados Unidos em todos os tempos, chegando a primeira colocação nas tabelas da Billboard em 1980. "The Wall" foi reeditado em CD em 1994 no Reino Unido e em 1997 no resto do mundo. No ano 2000, por ocasião do 20º aniversário do seu lançamento, foi novamente reeditado. Em 1998 os leitores da Q magazine votaram em The Wall como o 65º melhor álbum de todos os tempos e em uma enquete similar em 2003, leitores da Rolling Stone o escolheram como o 87º melhor álbum de todos os tempos.
O conceito do álbum, tal como a maioria das músicas, pertence a Roger Waters. A história retrata em ficção a vida de um anti-herói ("Pink") que é martelado e espancado pela sociedade desde os primeiros dias da sua vida: sufocado pela mãe, oprimido na escola, ele constrói um muro em sua consciência para isolá-lo da sociedade, e refugia-se num mundo de fantasia que criou para si. Durante uma alucinação provocada pela droga, Pink transforma-se num ditador fascista apenas para que a sua consciência rebelde o ponha em tribunal, onde seu juiz interior ordena-lhe que mande abaixo o seu próprio muro e se abra para o mundo exterior.
Durante as gravações, Richard Wright foi despedido da banda, mas continuou tocando nos concertos ao vivo como um músico contratado. O álbum foi gravado em quatro estúdios. Um em Nova Iorque (CBS Studios), um em Los Angeles (Producers Workshop) onde o álbum também foi mixado e dois no sul da França (Super Bear and Miravel). As mudanças de um estúdio para outro foram resultado de problemas financeiros do grupo, problemas estes que acabaram por influenciar a produção da obra. Na época, o executivo da banda Norton Warburg gastou milhões em dinheiro recolhido por eles entre 1973 e 1977 e abandonou os abandonou deixando-os quase falidos. O álbum foi sucesso absoluto em todo o mundo e gerou uma série de singles de sucesso, incluindo: The Happiest Days of Our Lives, Another Brick In The Wall (Parte II), Mother, Empty Spaces, Young Lust e Comfortably Numb.
Para Another Brick in the Wall (Parte II), o Pink Floyd precisava de um grupo coral estudantil, eles então foram até Alun Renshaw, professor da Islington Green School, que ficava perto da Britannia Row Studios. Chegaram no meio de uma aula e fizeram o convite. O coro foi gravar, mas impedidos de escutar o resto da música depois de cantarem, o que os decepcionou, já que eles gostariam de ouvir o solo de Gilmour. A voz do grupo coral foi sobreposta doze vezes para dar a impressão que havia mais gente cantando. Apesar do colégio receber um pagamento de mil libras, não houve operações contratuais para royalties. Pela lei de copyright de 1996, o coro ficou elegível a ganhar royalities. Os alunos foram reunidos por um site da internet e processaram a banda. Sensacionalistas dizem que cada aluno ganhou o equivalente a quinhentas libras e uma cópia do disco The Wall.
"The Wall" foi para o cinemaem 1982 pela MGM sob o título de "Pink Floyd: The Wall". O filme foi realizado por Alan Parker, com Bob Geldof no papel principal, conta a história de um rapaz chamado "Pink" que perdeu o pai na 2ª Guerra Mundial quando era criança, tendo, por consequência, desenvolvido uma relação muito estreita com a sua mãe. Abusado na escola e com poucos amigos, cresceu e tornou-se uma estrela do rock, e casou-se com uma atraente groupie. No entanto a sua vida é completamente vazia e após a traição da mulher, ele tenta o suicídio. Depois disso, durante uma alucinação causada pelas drogas, imagina-se um líder de um grupo Neo-Nazista e manda as minorias lutarem "contra o muro", durante seus shows.
Após Waters ter deixado o grupo, seguiu-se uma batalha jurídica sobre quem tinha os direitos sobre o nome "Pink Floyd". Waters ganhou os direitos sobre The Wall sendo seu nome mais associado com o álbum. Em 21 de Julho de 1990, Waters levou ao palco um gigantesco espectáculo de "The Wall" em Berlim com vários artistas convidados tais como: Van Morrison, Sinead O'Connor, Cyndi Lauper, Scorpions, Jerry Hall e Bryan Adams, para comemorar a queda do Muro de Berlim e para angariar fundos para o World War Memorial Fund for Disaster Relief. Em 2 Julho 2005, no concerto britânico Live 8, apesar do desentendimento entre os ex-membros da banda, Waters tocou com Gilmour, Mason e Wright pela primeira vez depois de aproximandamente 23 anos. Eles tocaram "Breathe", "Money", "Wish You Were Here" e "Comfortably Numb".
Maiores informações no link:

8 comentários:

Anônimo disse...

boa noite! gosto do pynk e aquele show que a minha musa cyndi participou colega ficou na história foi um sucesso mais de 300,00mil pessoas assistiram o show foi transmitido para mais de 100 paises!rogério,hey now,1994

Valdir Junior disse...

Apesar do THE WALL ser um grande disco , não gosto muito dele( prefiro o Pink Floyd do 1° disco até o Wish Were You Here )até hoje não tenho o disco.
Acho o disco um pouco cansativo ,na minha opinião Roger Waters pesou um pouco a mão no disco ( que até se parece um disco solo dele ) as canções de David Gilmors se encaixam , mas soam diferentes do resto das musicas e o fato dele despedir Richard Wright da banda ( apesar de tocar no disco ) parece que meio virou uma banda de um homen só , me parece que ele queria que assim fosse onde a inspiração e criação tivesse dele a ultima palavra deixando os colegas de banda apenas como músicos de estúdio , o clima então com certeza não era dos melhores entre eles, e para mim acaba transparecendo no álbum deixando o ainda mais denso !!!
Isso ficou bem claro no disco Final Cut ainda mais com sua cara e logo depois ele declarando que o Pink Floyd havia encerrado suas atividades , pois para ele o grupo (??!! ) não tinha mais nada a dizer, coisa que o David Gilmor não aceitou e como nos Beatles um processo judicial foi iniciado ( no caso deles para ver quem é que seria o dono do nome PINK FLOYD ).
Para mim aquele Pink Floyd mais viajandão era mais legal e o THE WALL parece que acabou com isso !!

Leonardo Polaro disse...

Mandou bem Edu, parabéns !!
Não conhecem pink Floyd?: leiam a matéria...!!!

João Carlos disse...

Muito bom o post EDU. Enxuto e objetivo.Foi na essência.O que seria do REVOLVER se todos preferissem ABBEY ROAD ? Pois é,THE WALL é um discaço,fundamental.Todavia prefiro o DARK SIDE e o WISH YOU WERE HERE (do Floyd e do Badfinger KKKK).

LSelem disse...

Estou com o João Carlos!!

Anônimo disse...

Muito bom o seu texto. Gostaria de dizer antes de qualquer coisa que acho The Wall realmente um grande trabalho principalmente em termos de letras, porem poderia ter sido um disco melhor se o Roger Waters tivesse sido mais aberto às outras idéias dos demais integrantes em especial o Rick Wright (que em minha opinião era a verdadeira alma musical do Pink Floyd e um verdadeiro anti-pop-star). Acho que poderia haver alguns temas instrumentais, uma característica da banda que se perdeu neste disco. A quase total falta de seqüências instrumentais é acredito a maior falha em The Wall. Os temas instrumentais serviriam para reforçar a reflexão da mensagem das letras (o ponto forte do talento de Roger Waters) como aconteceu em The Dark Side of the Moon que contava com um bom equilíbrio entre música e palavras. Rick Wright era o principal arranjador (e orquestrador) do Pink Floyd até o disco de 1977 de Animals. A magia de seus teclados, seu toque suave e jazzistico definiram o som do Pink Floyd desde o início da banda conectando guitarras, baixo e bateria. Opinião compartilhada por David Gilmour, Nick Mason (outro que foi deixado de lado) e o próprio Waters em entrevistas quando da morte do tecladista. Tomando por base o álbum solo Wet Dream do Rick Wright que é um disco quase da mesma época (1978), acho difícil crer que nada daquele trabalho se encaixasse em The Wall ou mesmo em Animals (disco de 1977). Ali existem temas instrumentais melancólicos ou reflexivos como, por exemplo, “Waves”, “Mad Yannis Dance”, Cat Cruise ou “Mediterranean C” que com outros nomes com certeza poderiam ter sido aproveitados, aprofundando a temática do disco caso o grupo já não estivesse em crise desde pelo menos as gravações de Animals. Naturalmente que se isto viesse acontecer algumas coisas em The Wall teriam de ser mudadas ou mesmo substituídas e o Roger Waters não estava aberto para isto na época. Apesar de tudo, assim mesmo, The Wall foi muito bem sucedido sendo uma grande referência ainda hoje. Felizmente Roger Waters reconheceu recentemente que estava errado em algumas coisas em relação a seus antigos companheiros de grupo, sinal de grandeza de sua parte. Achei muito legal ele dedicar esta tour as vitimas do terrorismo de estado como o chileno Victor Jarra e o brasileiro Jean Charles entre outros tantos.

Claus Farina disse...

Muito bom o seu texto. Gostaria de dizer antes de qualquer coisa que acho The Wall realmente um grande trabalho principalmente em termos de letras, porem poderia ter sido um disco melhor se o Roger Waters tivesse sido mais aberto às outras idéias dos demais integrantes em especial o Rick Wright (que em minha opinião era a verdadeira alma musical do Pink Floyd e um verdadeiro anti-pop-star). Acho que poderia haver alguns temas instrumentais, uma característica da banda que se perdeu neste disco. A quase total falta de seqüências instrumentais é acredito a maior falha em The Wall. Os temas instrumentais serviriam para reforçar a reflexão da mensagem das letras (o ponto forte do talento de Roger Waters) como aconteceu em The Dark Side of the Moon que contava com um bom equilíbrio entre música e palavras. Rick Wright era o principal arranjador (e orquestrador) do Pink Floyd até o disco de 1977 de Animals. A magia de seus teclados, seu toque suave e jazzistico definiram o som do Pink Floyd desde o início da banda conectando guitarras, baixo e bateria. Opinião compartilhada por David Gilmour, Nick Mason (outro que foi deixado de lado) e o próprio Waters em entrevistas quando da morte do tecladista. Tomando por base o álbum solo Wet Dream do Rick Wright que é um disco quase da mesma época (1978), acho difícil crer que nada daquele trabalho se encaixasse em The Wall ou mesmo em Animals (disco de 1977). Ali existem temas instrumentais melancólicos ou reflexivos como, por exemplo, “Waves”, “Mad Yannis Dance”, Cat Cruise ou “Mediterranean C” que com outros nomes com certeza poderiam ter sido aproveitados, aprofundando a temática do disco caso o grupo já não estivesse em crise desde pelo menos as gravações de Animals. Naturalmente que se isto viesse acontecer algumas coisas em The Wall teriam de ser mudadas ou mesmo substituídas e o Roger Waters não estava aberto para isto na época. Apesar de tudo, assim mesmo, The Wall foi muito bem sucedido sendo uma grande referência ainda hoje. Felizmente Roger Waters reconheceu recentemente que estava errado em algumas coisas em relação a seus antigos companheiros de grupo, sinal de grandeza de sua parte. Achei muito legal ele dedicar esta tour as vitimas do terrorismo de estado como o chileno Victor Jarra e o brasileiro Jean Charles entre outros tantos.

Emerson Silva disse...

Muito bom o seu blog. Escrevi dois textos como análise do filme The Wall:

http://asabiaignorancia.blogspot.com/

Se der passa lá!