segunda-feira, 21 de maio de 2018

THE DOORS - L.A. WOMAN - SENSACIONAL!*****


Por volta de 1969, os Doors já tinham alcançado o sucesso e a aceitação da crítica, mas durante o mesmo ano, foram censurados pelas rádios e a audiência aos seus concertos diminuiu após Jim Morrison ter sido acusado por difamação e exibicionismo num concerto em Miami, Florida, no início de março. Os promotores da banda temiam que este incidente se repetisse. Morrison, que era reconhecido mais como poeta que músico, e que também já tinha começado trabalhar em filmes, no final de 1968 mencionou sair da banda, mas foi convencido pelo teclista Ray Manzarek a ficar por mais seis meses. Em setembro de 1970, Morrison foi condenado pelo incidente de Miami. Em novembro, os Doors foram para os estúdios Sunset Sound Recorders, em Los Angeles, para gravar as primeiras versões de "L.A. Woman", "Riders on the Storm" e "Love Her Madly". Estas novas músicas marcam um afastamento das composições anteriores, fortemente orquestradas, do álbum The Soft Parade, que ocupou o grupo em longas sessões de gravação. O estilo simples e direto, característico de Morrison Hotel, foi bem recebido, "Um regresso à pura raiva das primeiras músicas dos Doors". A banda entrou em conflito com sua gravadora, a Elektra Records, que lançou a primeira compilação do grupo, o álbum 13, para ser vendido no Natal. Foi comercializado sem a colaboração da banda, e mostrava um jovem Morrison, o que o irritou muito ao ponto de ameaçar assinar com outra gravadora. Como o contrato que tinham com a Elektra previa mais um álbum, o grupo não conseguiu seguir em frente com a ameaça, e continuou a ensaiar material novo. O produtor Paul A. Rothchild, que tinha trabalhado com a banda nos seus cinco primeiros álbuns, participou nas primeiras sessões, mas acabou por sair por problemas com o grupo. Uma das questões era a sua insatisfação com a canção "Love Her Madly", que, lembra Rotchild, "o fazia sair do estúdio". Ele achava que gravar aquela música significava um passo atrás na criatividade artística do grupo. Rothchild também deixou o grupo porque eles eram lentos na preparação de material novo. O seu entusiasmo em colaborar com os Doors deteriorou-se ainda mais por não ser capaz de convencer Morrison a aparecer nos ensaios. "L.A. Woman" encerra o primeiro lado com a música que dá título ao álbum, a mais longa deste trabalho. Pensada como o último adeus de Morrison a Los Angeles, transmite os seus sentimentos ambíguos de paixão e desdém pela the city of night ("cidade da noite"). A letra inclui um anagrama para MORRISON: “Mr. Mojo Risin”. O álbum L.A. Woman foi lançado em 19 de abril de 1971. Chegou ao nono lugar da Billboard 200, permanecendo na tabela de vendas durante 36 semanas, e alcançou o lugar 28 no Reino Unido, onde esteve quatro semanas. Os críticos avaliaram "L.A. Woman" como um dos melhores álbuns dos Doors, salientando o entusiasmo inabalável de Morrison no seu desempenho vocal, e o regresso da banda às suas origens de rock e blues. Três meses depois de ser comercializado, no dia 3 de julho, Morrison foi encontrado morto em Paris.

2 comentários:

Dani disse...

Sensacional mesmo!! Comecei a ouvir the Doors na época em que o filme de 1991 foi lançado.

MeireViana disse...

Valeu demais encontrar esse blog pois estou pesquisando sobre a figura lendária de Morrison!