Sir Paul McCartney fez ontem à noite uma performance antológica no estádio do Morumbi. Em frente a um público estimado em 64.000 pessoas, o maior artista do planeta mostrou o melhor de sua produção em 50 anos de carreira: das canções inocentes e românticas que fizeram parte do início dos Beatles à chegada da maturidade; da bem-sucedida carreira com os Wings, grupo que formou com a mulher, Linda, e com o guitarrista Denny Laine no início dos anos 1970, às criações da última década, que incluem até parceria com o baixista Youth, do grupo pós-punk Killing Joke (o projeto se chama The Fireman). E, acima, de tudo, Paul, o grande performer, que ao lado de músicos de primeira linha - o guitarrista Rusty Anderson, o guitarrista e baixista Brian Ray, o tecladista Paul Wix Wickens (o único que esteve nas duas vindas anteriores de McCartney, em 1990 e 1993) e o soberbo baterista Abe Laboriel Jr. - tocou por quase três horas sem dar o mínimo sinal de cansaço ou tornar a apresentação enfadonha.
Paul McCartney disse que não existe nada pior do que transformar uma canção de sucesso. Por isso, as músicas que interpreta são tocadas no tom original e com arranjos semelhantes. All My Loving, por exemplo, soou tão fresca quanto a da apresentação dos Beatles no programa Ed Sullivan, em 1963 - que desencadeou a Beatlemania nos Estados Unidos. O mesmo se pode dizer de And I Love Her e Drive My Car, esta última, de Rubber Soul. A voz de Paul ainda impressiona! Está praticamente impecável. O ritmo de seu show também é notável. Não há um momento para dispersão, nem mesmo quando sobe ao piano para interpretar baladas ou mostra canções que não fazem parte da memória afetiva do público - caso de Highway, do projeto Fireman. E mesmo nessas horas, conta com momentos divertidos do seu grupo (a dança de Laboriel Jr. em Dance Tonight) ou com sua simpatia irradiante. McCartney dedicou “My Love” para a ex-mulher, Linda, morta de câncer em 1998, a qual chamou novamente de “minha gatinha Linda!”.
Paul McCartney tocou de tudo um pouco. Músicas de todas as suas fases. Porém, deu um maior destaque a Band on the Run, que lançou em 1973. Há dois bons motivos para tanto. Primeiro porque se trata de um clássico irretocável, um dos melhores de sua carreira. Dali saíram Jet, Band on the Run, Mrs. Vandebilt e Let Me Roll It. Segundo, o álbum está sendo relançado em dois formatos especiais - um contendo um CD bônus e um DVD e outro, com três CDs e um DVD. Portanto, nada mais natural que privilegiar este grande lançamento. Mas ainda há espaço para boas surpresas, como I’ve Just Seen a Face, do album Help! e Ob La Di Ob La Da. E não há como não se emocionar com Here Today, homenagem a Lennon, um dos muitos bons segredos do disco Tug of War, de 1982. Lennon foi ainda lembrado no refrão de Give Peace a Chance, que foi unida a Day in the Life. O outro homenageado da noite foi George Harrison, que ganhou uma linda versão de Something - e cujo solo, um dos melhores da carreira do ex-Beatle, foi recriado com fidelidade por Rusty Anderson. Mas foi com a “matadora” Live And Let Die que a negada literalmente foi ao delírio! Paul encerrou a apresentação com Hey Jude. Depois, voltou para mais dois bis: o primeiro, trazia Day Tripper, Lady Madonna e Get Back. Yesterday, Helter Skelter (um proto-heavy metal) e Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band foram executadas para enlouquecimento geral da platéia que, foi embora com a certeza de ter vivenciado uma das melhores apresentações do superastro em todos os tempos! Parabéns Paul! Hoje é dia da segunda dose!
VENUS AND MARS - ROCKSHOW - JET
Paul McCartney disse que não existe nada pior do que transformar uma canção de sucesso. Por isso, as músicas que interpreta são tocadas no tom original e com arranjos semelhantes. All My Loving, por exemplo, soou tão fresca quanto a da apresentação dos Beatles no programa Ed Sullivan, em 1963 - que desencadeou a Beatlemania nos Estados Unidos. O mesmo se pode dizer de And I Love Her e Drive My Car, esta última, de Rubber Soul. A voz de Paul ainda impressiona! Está praticamente impecável. O ritmo de seu show também é notável. Não há um momento para dispersão, nem mesmo quando sobe ao piano para interpretar baladas ou mostra canções que não fazem parte da memória afetiva do público - caso de Highway, do projeto Fireman. E mesmo nessas horas, conta com momentos divertidos do seu grupo (a dança de Laboriel Jr. em Dance Tonight) ou com sua simpatia irradiante. McCartney dedicou “My Love” para a ex-mulher, Linda, morta de câncer em 1998, a qual chamou novamente de “minha gatinha Linda!”.
Paul McCartney tocou de tudo um pouco. Músicas de todas as suas fases. Porém, deu um maior destaque a Band on the Run, que lançou em 1973. Há dois bons motivos para tanto. Primeiro porque se trata de um clássico irretocável, um dos melhores de sua carreira. Dali saíram Jet, Band on the Run, Mrs. Vandebilt e Let Me Roll It. Segundo, o álbum está sendo relançado em dois formatos especiais - um contendo um CD bônus e um DVD e outro, com três CDs e um DVD. Portanto, nada mais natural que privilegiar este grande lançamento. Mas ainda há espaço para boas surpresas, como I’ve Just Seen a Face, do album Help! e Ob La Di Ob La Da. E não há como não se emocionar com Here Today, homenagem a Lennon, um dos muitos bons segredos do disco Tug of War, de 1982. Lennon foi ainda lembrado no refrão de Give Peace a Chance, que foi unida a Day in the Life. O outro homenageado da noite foi George Harrison, que ganhou uma linda versão de Something - e cujo solo, um dos melhores da carreira do ex-Beatle, foi recriado com fidelidade por Rusty Anderson. Mas foi com a “matadora” Live And Let Die que a negada literalmente foi ao delírio! Paul encerrou a apresentação com Hey Jude. Depois, voltou para mais dois bis: o primeiro, trazia Day Tripper, Lady Madonna e Get Back. Yesterday, Helter Skelter (um proto-heavy metal) e Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band foram executadas para enlouquecimento geral da platéia que, foi embora com a certeza de ter vivenciado uma das melhores apresentações do superastro em todos os tempos! Parabéns Paul! Hoje é dia da segunda dose!
VENUS AND MARS - ROCKSHOW - JET
7 comentários:
Abertura de arrepiar.Será que ele notou o "We love you yeah..."
Tenho certeza q sim, JC! E fez um sinal pra galera do twitter que tinha combinado o coro! Também foram eles que soltaram os balões brancos na hora de "Give Peace A Chance"!
Achei horrível esse psletozino azul abotoado só no meio! Deve ter sido da filha dele! Rsrsrsrs!
Anápolis, 22 de novembro de 2010
Prezado Edu: estou usando este espaço para fazer um desabafo sobre minha insatisfação e indignação com o descaso da imprensa brazuca em relação à vinda do grande Paul McCartney ao Brasil! Como não pude ir a nenhum dos shows, ontem, domingo (21), como um tolo, achei que pelo menos os dois grandes jornais de São Paulo dedicariam páginas inteiras em homenagem ao grande astro, lhe rendendo calorosa saudação pelo privilégio de estar naquela cidade. Fui até a banca e comprei os dois (Folha e Estadão) na expectativa de saber TUDO e um pouco mais sobre os shows que meu ídolo iria fazer na maior capital do país. Tsc, tsc! A tal de “Folha” se dividiu entre os shows de Lou Reed, Roberto Carlos e Paul, tentando fazer comparações entre eles. Ridículo! Tudo bem com esses outros artistas... mas o que é um show que se chama “Só para Elas” ou “Metal Machine Music” comparados aos dois espetáculos da “UP AND COMING TOUR” que aconteceu ontem e se repete amanhã no Morumbi? Ainda por cima, esse mesmo jornal dedicou quase uma página inteira para falar do novo disco de Odair José. Faça-me o favor! Com o outro, o tal de “Estadão”, a coisa não foi diferente, preferindo fazer uma reportagem com seu rock de subúrbio e relegar Sir Paul McCartney a uma pequena nota sobre a ansiedade dos fãs. Para completar, soube que na revista “Veja” (que também foi para as bancas ontem) haveria uma “entrevista” com o ex-Beatle. Pimba! Comprei também e constatei que joguei meu dinheirinho no lixo! Logo ao abrir a revista, crente que a “entrevista” com Paul ocuparia as 6 páginas amarelas, me deparei com mais uma babação de ovo dessa tal de Dilma! A tal “entrevista” com McCartney se resume a duas páginas lá no final, sendo que uma é uma foto (sobra das sessões feitas para a Rolling Stone) e na outra algumas opiniões de Paul sobre tudo que ele disse também na R.S. Uma grande pena! Um tremendo descaso desses “gigantes” da imprensa tupiniquim! Acho que eles desperdiçaram e nem perceberam esse momento tão mágico proporcionado por Paul McCartney durante esses dias que nos trouxe tantas alegrias e alguns desabores como esse. Edu: se você quiser publicar minha revolta nos “comentários”, tudo bem. Se quiser colocar no “corpo” do Blog, também. E se não quiser nem publicar, acharei normal.
Um grande abraço!
Denílson J. Alves Filho – Anápolis - GO
Prezado Denilson: concordo com cada palavra, cada ponto e cada vírgula. Assino embaixo!
Noite MÁGICA!!! Abertura INCRÍVEL!!! Sensação INENARRÁVEL!!!
Macca é "O" CARA...
amei muuuuuuuuuuuuuito!!!
Dudu, bem, nem preciso dizer que o show foi fantastico, né? Sua t-shirt esta comigo. Me manda seu endereço pra eu te enviar? Estou em Belém e retorno na quinta, quando poderei te enviar, beleza? Peace and Love!
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