segunda-feira, 2 de julho de 2018

THE BEATLES - PAUL McCARTNEY - LET IT BE - RS


Fonte: Rolling Stone - Evocando a soul music religiosa de Aretha Franklin, Paul McCartney começou a compor “Let it Be” em 1968, durante as sessões para o Álbum Branco. As frases de abertura de McCartney - “When I find myself in times of trouble/Mother Mary comes to me” (“Quando me encontro em tempos conturbados/ A mãe Mary vem a mim” - foram baseadas em um sonho onde a falecida mãe dele, Mary, oferecia conforto. “Não tenho certeza se ela usou as palavras ‘Let it Be’ [‘Deixa estar1”, relembrou Mc­Cartney, “mas essa era a essência de seu conselho”. Naquele ponto, os Beatles enfrentavam seus próprios tem­pos conturbados. Um mês de ensaios filmados e gravações ao vivo foram feitos com a intenção de energizar os companhei­ros de banda e trazê-los de volta às suas raízes como grupo pop (eles deixaram George Martin em segundo plano. “Não que­ro nada dessa sua merda de produção”, disse John Lennon a ele. “Queremos que este seja um álbum honesto”). Em vez dis­so, foi uma experiência miserável, durante a qual as discus­sões bobas dos álbuns anteriores se transformaram em hosti­lidade explícita. Lennon não era louco por “Let it Be”; ele tirou sarro da sinceridade da música no es­túdio, perguntando: “Devemos dar ri­sadinhas no solo?” Mas a banda tra­balhou por dias na música, gravando a trilha básica no Apple Studios em 31 de janeiro de 1969. Depois de encerrar as sessões de filmagens daquele dia, os Beatles entregaram uma montanha de fitas para o engenheiro Glyn Johns transformar em um álbum, por hora intitulado Get Back. George Harrison não gostou de seu solo na versão de “Let it Be” escolhida por John e subs­tituiu sua parte com um novo take, em que sua guitarra rola sobre o efeito de um amplificador de órgão Leslie. Este solo, com seu tom característico, aca­bou indo parar no single. No começo de 1970 - quase um ano após sua gravação inicial, McCartney, Harrison e Starr se reuniram para retocar algumas músicas do ano ante­rior, incluindo “Let it Be” (Lennon, que havia efetivamente deixado os Beatles depois da gravação de Ábbey Road, es­tava na Dinamarca com Yoko Ono). McCartney substituiu o baixo de John com o dele, Harrison gravou outro so­lo de guitarra (que foi usado na mixagem do álbum), uma sessão de metais composta por Martin foi acrescenta­da e Harrison, Paul e Linda McCart­ney fizeram vocais de apoio. Lennon havia ficado impressiona­do com o trabalho do produtor Phil Spector em seu single “Instant Karma!” e, em março de 1970, ele e o em­presário dos Beatles, Allen Klein, cha­maram Spector para trabalhar nas fitas de janeiro de 1969. “Ele recebeu o pior monte de merda já gravado, e fez algo com aquilo”, disse Lennon. Spector fez a mixagem da música tí­tulo do LP (depois que o single já ha­via sido lançado) e é creditado como produtor da faixa, embora ela tenha sido mixada a partir da mesma fita usada no single. McCartney mais tar­de declarou que a versão de Spector “soava terrível”. John disse que prefe­ria sua mixagem da música, feita an­tes de “Spector vomitar em cima dela”. Spector qualificou o ambiente entre os membros da banda como uma “zo­na de guerra” e sentiu que havia feito o melhor possível dentro das circuns­tâncias. “Se estiver uma merda, serei culpado por isso”, ele disse. “Se for um sucesso, são os Beatles.” “Let it Be” foi lançada em 11 de mar­ço de 1970. Um mês depois, em 10 de abril, McCartney aproveitou a ocasião do lançamento de seu primeiro álbum solo para anunciar que os Beatles ha­viam se separado.
Aqui, a gente confere uma versão rara da música, versão que eu mesmo não conhecia. Legal.

No sábado, dia 9 de junho, Paul McCartney esteve em Liverpool, para gravar sua participação no programa "Carpool Karaoke" de James Corden, onde o apresentador "dá carona" para Paul enquanto eles batem papo e cantam algumas de suas músicas. Neste trecho, Paul fala exatamente sobre “Let It Be”.

2 comentários:

Joelma disse...

Sempre bom ouvir do Paul essa história. E muito bom descobrir coisas novas sobre os Beatles.
Como sempre o solo do George é um brilho a parte - completa o sentimento da canção.

Edu disse...

Golaço, Joelma!