"SEN-SA-CI-O-NAL!". É a única palavra que encontro que possa definir a obra de Hunter Davies "As Cartas de John Lennon", que devorei rapidamente me deliciando com cada uma das 400 páginas deste tesouro precioso. "As Cartas de John Lennon", é uma biografia inédita de Lennon por meio das cartas que escreveu: cartas para a família, namoradas, amigos, jornais, advogados e até para a lavanderia, todas com um tom cômico, sábio, poético e às vezes até comovente. Cada carta é precedida de uma introdução, explicando como, por que e quando ele a escreveu. Algumas são apresentadas com fac-símile, com a letra dele e até mesmo com desenhos. É uma maneira diferente e original de conhecer um pouco mais sobre a vida de um dos maiores ídolos da história da música em todos os tempos. A compilação de Davies compreende 285 documentos endereçados a familiares, amigos, amores, produtores, críticos de música e fãs. São cartas, bilhetes, autógrafos e cartões-postais organizados em ordem cronológica, de 1951 a 1980, divididos em 23 partes. Através de suas cartas, cartões postais, recados, bilhetes e até mesmo um jornal feito quando criança sobre a escola é possível conhecer um pouco mais a fundo John Lennon.
Quem ele foi além da fama? Quais foram suas intenções com a música? E com seus livros publicados? Como sua vida foi se desenrolar e tombar com Paul, George e Ringo? Como foi o relacionamento com Freddie, seu pai que foi preso, e Julia, sua mãe que não o criou? E o seus dois grandes relacionamentos: Cynthia e Yoko?
As Cartas que John escreveu, respostas de outras cartas, são mais que sua vida em palavras por ele mesmo, são sua alma transformada em pura vivência de cada momento estar acreditando com todo seu ser em algo, e se dedicar aquilo sem nunca, jamais, deixar de ser o mesmo Lennon que por vezes fugia ao certo controle, não era sempre certinho, cometia erros de ortografia (nem sempre propositais) e era sempre cem por cento apenas ele mesmo. Hunter Davies nos dá uma visão um pouco melhor ao nos situar quanto às pessoas e lugares, assim como seus assuntos e alguns jogos de palavras de John na carta seguinte, tudo acaba se tornando tão interessante que é impossível largar as páginas, minuciosamente organizadas em capítulos temáticos ainda que cronológicos. Para os fãs de música, dos Beatles e de John, é um livro indispensável, cuja leitura é agradável aos olhos, a diagramação é impecável e edição brasileira é tão primorosa que o próprio Lennon ficaria orgulhoso. Vale cada tostão! Imperdível. Parabéns ao autor e também a Yoko Ono pelo melhor lançamento Beatles dos últimos tempos.
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7 comentários:
Já estava salivando por esse livro , agora então nem se fala !!!
Infelizmente tenho que esperar até Dezembro !!!!!.
Ainda bem que Dona Yoko deixou aparecer nem que seja só um pouquinho do verdadeiro John Lennon !!!
Desde quando eu vi os Beatles pela 1ª vez, meu impacto inicial foi com John Lennon. Não com Paul, George ou Ringo. Bateu! Como alguém disse outro dia, John Lennon era O CARA! Lendo o livro de Hunter Davies – sensacional- fantástico-indescritível – Vi John Lennon de uma forma que há muito tempo para mim tinha se perdido. Dessa vez, potencializando mil vezes a capa do “two virgins”, John realmente está nu. Adorei. Vou sortear um para os “sócios” em breve. Topam?
Curioso como a vida toda ele assinou todas as suas cartas com "Com amor, John", ou "Com amor, John Lennon", ou "Com amor, John&Yoko" etc. Mas em todas, "Com amor". Mesmo para os desafetos.
Agora mais ainda fiquei ansioso ! Depois desse post dá vontade de sair correndo atrás !
eu tenho muito bom mesmo
Esse é daqueles livros que quando a gente termina, fica meio órfão! M.M.
Isso, isso, Isso!
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