quinta-feira, 30 de setembro de 2010

JAMES DEAN - A VIDA CURTA DE UM REBELDE SEM CAUSA

“James Dean morreu exatamente no momento certo. Se tivesse vivido,não teria conseguido fazer jus a imagem e a lenda criada pelos agentes de publicidade da Warner ...” Estas foram palavras de Humphrey Bogart, um dos ídolos de James Dean - o outro era Marlon Brando. Se Bogart estava certo, jamais saberemos. Mas não há dúvidas de que a morte prematura de Dean aos 24 anos, em um acidente na perigosa estrada de Salinas, na Califórnia, acabou com uma carreira promissora, provocou comoção mundial e quadruplicou o número de seus fãs. Nascido em Marion (Indiana,EUA), em 08/12/1931, James Byron Dean perdeu a mãe com 7 anos de idade e foi criado por um tio e uma tia após o segundo casamento de seu pai. Rebelde e inconformado com a disciplina e com as regras da escola e da sociedade, fugiu para Nova York aos 17 anos, empregando-se como garçom e ascensorista para pagar as aulas no famoso Actors Studio. Em 1950, após adquirir alguma experiência no teatro novaiorquino, iniciou sua carreira no cinema, fazendo uma figuração no filme "O Marujo foi na Onda" (51), com Jerry Lewis e Dean Martin. Nos dois anos seguintes fez mais três figurações nos filmes "Baionetas Caladas", Sinfonia Prateada e "Atalhos do Destino". Recentemente, graças ao empenho do National Film Theater de Londres,do Museum of Broadcasting de Nova York e do James Dean Museum de Ohio, descobriu-se que nos primeiros anos de sua carreira ele participou também de 25 telefilmes. No primeiro deles Hill Number One (51),fez o papel de São João e chamou a atenção de um grupo de garotas de uma escola católica, que fundou o primeiro fã clube conhecido do ator, a Associação de Apreciadoras do Coração Imaculado de James Dean. Esses foram os primeiros sinais de que um novo mito estava nascendo. Finalmente, o diretor Elia Kazan, seu mentor no Actors Studio, deu-lhe o papel do torturado Carl de "Vidas Amargas", baseado no livro de John Steinbeck. O chefão Jack Warner o fez assinar um contrato de sete anos e o escalou para mais dois trabalhos: "Juventude Transviada" e "Assim Caminha a Humanidade".

No dia 30 de setembro de 1955, logo após terminar sua participação nesse último filme, Dean colidiu seu Porsche branco contra um Ford que vinha em direção contrária. Sua morte provocou uma exceção na história da Academia de Hollywood, sendo indicado postumamente para o Oscar de melhor ator de 1955 por Vidas Amargas e de 1956 por Assim Caminha a Humanidade. Tão atormentado quanto seus personagens, nunca escondeu seu envolvimento com alguns gays em Nova York, mas em Hollywood teve romances com duas estrelas famosas: a suíça Ursula Andress e a italiana Píer Angeli, por quem curtiu uma paixão doentia. Estava disposto a se casar com ela mas só não o fez por oposição da mãe de Píer, que preferia um genro menos problemático. Quando Píer se casou com o cantor Vic Damone, em 1954, James Dean foi à porta da igreja do Bom Pastor, em Beverly Hills ,para ver a saída dos noivos. De jaqueta vermelha, jeans surrado, botas e boné de couro, ficou acionando sua motocicleta até que Píer e Vic entrassem no carro. Então deu uma espetacular arrancada. Em 1971, Píer, infeliz em dois casamentos e com a carreira em declíneo, suicidou-se com uma overdose de drogas. O pai de James Dean,o senhor Winton Dean disse a jornalista Dulce Damasceno de Brito, que reproduziu suas palavras no livro HOLLYWOOD NUA E CRUA “ Jimmy não tentou ser diferente para vencer em Hollywood, como diziam. Nasceu diferente e morreu diferente.”

11 comentários:

Edu disse...

O jovem Lennon, então com 15 anos, chocado com a morte prematura de Dean, fez um trocadilho infame e perverso. Algo como: "Ele virou pudim"...

Anônimo disse...

O apelido de Jimmy Dean em Hollywwod era "human ashtray" - cinzeiro humano!

João Carlos disse...

Como o meu Náutico,aqui de Recife,oo rapaz tinha vocação para a tragédia!

Cacá disse...

Muito legal essa matéria. Ele era LINDO!!!!

Eduardo Sales disse...

Grande Edu !
Foi com imenso prazer que recebi hoje os postais que vc tão generosamente me presenteou ! Ficaram incríveis ! Vou mandar colocar em uma moldura e vai enfeitar o meu escritório. Muito obrigado ! Que Deus proteja os Edus e todos os seus amigos !
O artigo sobre o James Dean ficou excelente, como tudo o que vc faz !
Grande abraço, do xará,
Edu Sales

Edu disse...

Caríssimo amigo e xará Eduardo Sales (existem mais Eduardos do que gente!...): Como sempre digo e parece chavão, é isso que faz tudo valer à pena. Muito obrigado a você por estar aqui. Prometo que você vai receber um presente especial. Valeuzão! Seu xará de Brasília, Eduardo Bonfim.

Eduardo Sales disse...

Só mais um comentário: o James Dean morreu no ano em que nasci... e parecia tão moderno, não é ? Existem pessoas que não saem de moda: Marlon Brando, James Dean, os Beatles, JK, Marilyn Monroe, Jimmmy Hendrix, Janis Joplin e muitos outros.
Quando vc fala sobre eles, é como eles fossem contemporânes nossos !
Valeu Edu ! Continua seu trabalho de divulgação da cultura pop ! O mundo agradece !
Abraços,

Edu disse...

Ôpa! O Baú do Edu é meu, nosso e de todo mundo! BEATLES 4 EVER! BADFINGER BOOGIE! YEAH!

Unknown disse...

Eu tenho medo do Little Bastard...

Vania Junqueira disse...

Grande Edu de nosso Boogie 4ever,

James Dean, para mim, não era um rebelde sem causa. Mas o protótipo, antecipado, de tudo o que gestava hollywood: sem maquiagem.

VJ.

Daniel Marques disse...

Se naquele ano quando ainda nem os carros esportivos corriam tanto e tinha uma lataria quase indestrutível ele conseguiu deixar o carro naquela situação, deu pra ver que ele era louco mesmo.