sexta-feira, 10 de setembro de 2010

UM VERDADEIRO SHOW DE ROCK AND ROLL

Vocês se lembram da minha voz? Continua a mesma. Mas os meus cabelos... quanta diferença! O jargão publicitário da década de 70 se adequa perfeitamente a Peter Frampton, um jovem senhor de 60 anos. A vasta cabeleira loira que ostentava naqueles anos se foi, mas sua técnica e habilidade com o instrumento ainda impressionam. O show que Frampton e sua banda fizeram ontem aqui em Brasília, foi literalmente o que o nome diz: SHOW! Es-pe-tá-cu-lo!

Cheguei ao Centro de Convenções pontualmente às 20 horas. Ainda no estacionamento, encontrei os amigos Ivan - o cruel - e a jovem e doce Tarsila. Tomamos algumas latinhas e nos separamos. Eles foram para os seus lugares vips, e eu fui lá pra cima, no mezanino, pra última fila. Longe pra caramba do palco. No problems. Fui salvo pelos telões!

O Auditório Máster do Centro de Convenções Ulysses Guimarães tem capacidade para 3 mil pessoas. A sala não estava totalmente lotada. Até porque os ingressos eram caros. Percebia-se nas pessoas um clima de intensa ansiedade. Peter Frampton não pisou no palco britânicamente às 21 horas. Depois de um atraso de 20 minutos, finalmente a banda entrou já atacando com “Four Day Creep” – clássico do Humble Pie. Frampton estava feliz e interagia o tempo inteiro com a platéia contagiando a todos. O guitarrista trocava e exibia suas guitarras a cada canção e a poderosa marcação do baixão Fender de John Regan dava a impressão de que a qualquer momento um terremoto destruiria a moderna construção. Velhos clássicos de Frampton eram alternados com as novas canções do seu álbum mais recente: Thank You Mr. Churchill. Como as pessoas não conheciam, não se entusiasmavam tanto. “Show Me The Way” foi absolutamente emocionante e cativante. Parecia ter sido o ponto alto do espetáculo. Mas o melhor estava guardado para o final. Quando a banda voltou para o bis, atacaram com o megasucesso “Breaking All The Rules”. Aí, a negada enlouqueceu! Depois, Frampton começou a dedilhar a Gibson e aos poucos foram surgindo os primeiros acordes de “While My Guitar Gently Weeps” eterno clássico de George Harrison. A negada pirou de vez e não queria deixar que os músicos fossem embora de jeito nenhum. Mas não teve jeito. Frampton agradeceu e se despediu. Muito legal, Mr. Frampton. O senhor e sua banda estão de parabéns! Espero que tenham gostado de Brasília e voltem no ano que vem. Estarei esperando, com certeza! Ao final do show, fui tentar falar com o astro nos bastidores e lhe entregar os presentes que levei. Só que umas 500 pessoas estavam na fila antes de mim. Havia um negão segurança de uns 2 metros. Chamei-o num canto e tentei suborná-lo para me deixar passar na frente dos outros... Tsc, tsc. Não adiantou. Não fiquei contrariado. Fui embora feliz da vida sentindo um gostinho muito bom: eu vi uma autêntica lenda viva do rock, um dos seus maiores guitarristas e um dos melhores shows da minha vida! Valeu, Frampton! Obrigado pelo showzaço! Boa temporada do Brasil! Quem tiver oportunidade de ver, não perca de jeito nenhum!

PETER FRAMPTON -WHILE MY GUITAR GENTLY WEEPS

4 comentários:

Unknown disse...

Sem ter ido ao show fiquei entusiasmado só em ler o seu post Edu. Deve ter sido mesmo de enlouquecer a galera. Tomara que ele volte. Abs

Michellen disse...

Edu, esse show deixou vc com uma cara boa hoje. Que bom que vc gostou e o Fampton não decepcionou a galera. Muito bacana seu texto. Bjs

Edu disse...

Thnkas, my friends! Forever!

Anônimo disse...

Ele ficou parecido com o Paulo Coelho. Isso é bom ou ruim?