terça-feira, 26 de abril de 2016

A PEDIDOS - THE JORDANS - CONTATOS IMEDIATOS DE 3º GRAU

Publicada originalmente em 7 de agosto de 2014. Abração para o amigo Bena Valadão. Vlads!
The Jordans. Um dos grandes grupos de rock instrumental do início da década de 1960, na linha dos ingleses The Shadows e dos norte-americanos The Ventures. O que distinguia os Jordans de outros grupos brasileiros na mesma linha, como Os Incríveis e The Jet Black’s, era o uso de instrumentos pouco comuns no pop-rock instrumental, como vibrafone, bandolim e três guitarras elétricas.
O grupo se formou em São Paulo SP, no bairro da Mooca, em janeiro de 1956, com Aladdin (Romeu Mantovani Sobrinho), guitarra-solo; Sinval (Olímpio Sinval Drago), guitarra-base; Tony (José de Andrade), contrabaixo; Foguinho (Valdemar Botelho Júnior), bateria; e Irupê (Irupê Teixeira Rodrigues), saxofone e trompete. Tiraram seu nome do grupo vocal The Jordanaires, que participava das gravações de Elvis Presley. Apareceram na televisão pela primeira vez em 1958, num programa comandado por Tony e Celly Campello, na Record. A primeira gravação do grupo foi um 78 rpm pela Espaciall Mocambo, o instrumental Boudah (G. Dovan e B. Drean), no início de 1961. O grupo lançou Manito (tocando bateria enquanto Foguinho servia o exército) e Mingo, que depois formaram o conjunto The Clevers. Mais tarde, o trompetista Neno, também do The Clevers, passou a fazer parte do grupo. Contratado pela Copacabana em 1961, o conjunto gravou vários 78 rpm, LPs e compactos. Seus sucessos incluem: Blue star (Victor Young), em 1964, e Tema de Lara (Maurìce Jarre), em 1966. Aladdin saiu em fins de 1968 e o grupo se dissolveu pouco tempo depois. Irupê transferiu-se para o grupo de samba Raça Negra, como saxofonista e arranjador.
Em 1995, com Aladdin, Sinval, Tony, Foguinho e, eventualmente, Manito, o conjunto gravou um disco de reunião, Bons tempos. Ainda ativo na segunda metade da década de 1990, foi citado em revistas francesas e inglesas como um dos remanescentes latino-americanos do pop instrumental dos anos de 1960.

Muito legal! Mas o que é mais legal e curioso em toda a trajetória de The Jordans, é que em 1967, em Londres, eles se encontraram com ninguém menos do que THE BEATLES. Pois é, que sorte danada desses caras! Aqui, a gente vai conhecer a história de como The Jordans se encontraram com The Beatles, contada pelo próprio Foguinho (Waldemar Botelho Jr.), baterista do conjunto.
“Era 5 de novembro de 1967,estávamos em LONDRES de passagem, comprando alguns instrumentos numa loja no centro da cidade, tocávamos eu (FOGUINHO) bateria, o TONI contrabaixo e o lojista um teclado, juntou muita gente em volta para ouvir “bossa nova”e tinha um rapaz ao meu lado prestando muita atenção no rítmo, quando paramos, ele se identificou como baterista de uma orquestra, seu nome era PEPE,um espanhol radicado em LONDRES a uns 15 anos e ficamos trocando ideias sobre o samba que ele insistia em tocar errado, para não esticar o papo falei que estava bom e ele ficou sorrindo. Como eram quase 17h e sem almoçar, perguntei se conhecia algum lugar para se comer massas, ele disse que na rua de traz um amigo dele tinha uma lanchonete e para lá fomos. Lugar pequeno, nos acomodamos nas mesas da frente e nos fundos tinham dois casais tomando chá, pedimos macarronadas e enquanto aguardávamos o IRUPÊ foi ao banheiro e ao retornar disse “aqueles caras sâo parecidos com os BEATLES” e ninguém deu bola mas quando saíram e passaram na nossa frente pararam para olhar nossas camisetas da escuderia Pepe Legal e ficamos olhando pra cara deles, quando saíram é que caíu a ficha, eram PAUL e RINGO, então perguntamos ao amigo do PEPE se êles vinham sempre ali e diante da afirmativa, disse que estavam trabalhando em frente num estúdio no filme Yellow Submarine. Ao sairmos vimos o PAUL entrar num carro e se mandar, dava pra ver na janela o LENNON, subimos as escadas e batemos a porta, um senhor atendeu e logo atrás dele veio o JOHN, o PEPE nos apresentou e o NENO mostrou uns LPs nossos que tinhamos comprado na ESPANHA e disse que estávamos indo tocar na ITÁLIA, o LENNON pensou que era um presente, agradeceu e guardou os discos, entramos e encontramos o RINGO que logo foi especulando sobre “bossa nova” pois o SERGIO MENDES tinha lançado um álbum com músicas deles em samba e ele achou legal, o TONI filmou tudo com uma super8, o IRUPÊ e o PEPE bateram as fotos (essa aí foi a única que saíu). Nesse encontro estivemos eu FOGUINHO,TONI IRUPÊ e NENO, um abraço a todos.” 

2 comentários:

Valdir Junior disse...

Acho muito engraçado essa estória do John pensar que os discos eram para ele.

João Carlos disse...

Tinha lido antes. Acredite, sempre vale reler.